Liturgia Diária
29 – SEXTA-FEIRA
PAIXÃO DO SENHOR
DIA DE JEJUM E ABSTINÊNCIA
(vermelho – ofício próprio)
Evangelho: João 18,1-19,42
Antífona:
Nas sombras do jardim, o Justo é traído, conduzido ao julgamento, coroa de espinhos, clamor da multidão, cruz erguida. Amor que se doa, redenção consumada, esperança ressurgida.
João 18,1-19,42 (Bíblia de Jerusalém)
Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo,18,1 Dito isto, Jesus saiu com os seus discípulos para o outro lado do torrente de Cedron, onde havia um jardim, no qual entrou com os discípulos.
2 Também Judas, o traidor, conhecia aquele lugar, porque Jesus ia muitas vezes ali reunir-se com os seus discípulos.
3 Judas, pois, levou consigo um batalhão de soldados e os guardas dos príncipes dos sacerdotes e dos fariseus, e veio ali com lanternas, tochas e armas.
4 Mas Jesus, sabendo tudo o que ia acontecer, adiantou-se e perguntou-lhes: “A quem buscais?”
5 Responderam-lhe: “A Jesus de Nazaré.” Disse-lhes Jesus: “Sou eu.” Estava também com eles Judas, o traidor.
6 Quando Jesus lhes disse: “Sou eu”, recuaram e caíram por terra.
7 Tornou a perguntar-lhes: “A quem buscais?” Eles responderam: “A Jesus de Nazaré.”
8 Respondeu Jesus: “Já vos disse que sou eu. Se, pois, me buscais, deixai que estes se retirem.”
9 Assim se cumpriu a palavra que dissera: “Dos que me deste, não perdi nenhum.”
10 Simão Pedro, que tinha uma espada, sacou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. O nome do servo era Malco.
11 Mas Jesus disse a Pedro: “Mete a espada na bainha. Não haverei de beber o cálice que meu Pai me deu?”
12 Então, a tropa, o tribuno e os guardas dos judeus prenderam Jesus, amarraram-no
13 e conduziram-no primeiro a Anás, pois era sogro de Caifás, sumo sacerdote daquele ano.
14 Foi Caifás quem aconselhou aos judeus que era conveniente que um homem morresse pelo povo.
15 Simão Pedro e outro discípulo seguiam Jesus. Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote.
16 Pedro ficou fora, à porta. Saiu, então, o outro discípulo, o conhecido do sumo sacerdote, falou à porteira e fez entrar Pedro.
17 A porteira disse, pois, a Pedro: “Não serás tu também dos discípulos deste homem?” Respondeu ele: “Não sou.”
18 Ora, os servos e os guardas tinham feito uma fogueira, porque fazia frio, e estavam se aquecendo. Pedro também estava com eles, aquecendo-se.
19 O sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito dos seus discípulos e do seu ensinamento.
42 Pilatos disse-lhes: “Que hei de fazer, então, com Jesus, chamado o Cristo?” - Palavra da Salvação.
Reflexão:
"Eu sou rei. Para isso nasci e para isso vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz." (João 18:37b)
Neste versículo, vemos Pilatos enfrentando uma decisão crucial: o que fazer com Jesus, chamado o Cristo. Ele está diante de uma escolha que tem implicações profundas e eternas. Essa pergunta ressoa através dos séculos, ecoando em nossos próprios corações e mentes. Como responder a Jesus Cristo?
Para Pilatos, Jesus era uma figura controversa. Ele reconhece que Jesus é chamado de Cristo, o Messias, o Ungido de Deus. No entanto, Pilatos não parece compreender plenamente a natureza e o propósito de Jesus. Ele está confrontado com uma escolha que não pode ser evitada: aceitar ou rejeitar Jesus como o Rei dos Judeus, como o Messias prometido.
Essa mesma pergunta ecoa em nossas vidas hoje. Como responderemos a Jesus Cristo? Podemos ignorá-lo, rejeitá-lo ou, como alguns fazem, tentar se esquivar de uma resposta definitiva. No entanto, a questão permanece, chamando-nos à tomada de decisão.
Que possamos refletir sobre o que fazer com Jesus, o Cristo, em nossas próprias vidas. Ele continua a nos chamar para uma resposta pessoal e comprometida. Que possamos abrir nossos corações e mentes para Ele, reconhecendo-O como nosso Senhor e Salvador, o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.
HOMILIA
"Trazendo à Luz a Profundidade da Paixão"
Meus irmãos e irmãs em Cristo,
Hoje, somos chamados a mergulhar nas profundezas da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, conforme nos é apresentado no Evangelho de João, capítulos 18 e 19. Esta passagem não é apenas uma narrativa histórica, mas uma fonte inesgotável de sabedoria espiritual e verdadeira compreensão sobre o sacrifício redentor de Cristo.
No jardim de Getsêmani, vemos Jesus em profunda angústia, enfrentando a agonia do que estava por vir. Ele sabia o que o esperava: a traição, a injustiça, o sofrimento físico e a morte na cruz. E, no entanto, Ele se submeteu à vontade do Pai, aceitando o cálice da dor para a nossa salvação.
Ao longo de todo o processo, Jesus permaneceu calmo, firme e digno. Ele não resistiu quando Judas o traiu, nem quando foi falsamente acusado diante de Anás e Caifás. Ele não se defendeu diante de Pilatos, mas permaneceu em silêncio diante das acusações. Sua coragem silenciosa fala volumes sobre o poder da humildade e da confiança em Deus.
O encontro de Jesus com Pilatos revela uma verdade profunda sobre o reino de Deus. Jesus não é um rei terreno, cujo poder é conquistado pela força das armas. Ele é o Rei dos corações, cujo domínio é estabelecido pela verdade, pelo amor e pela justiça. Pilatos, incapaz de compreender essa realidade espiritual, pergunta: "Que é a verdade?" Uma questão que ressoa até os dias de hoje, quando muitos buscam significado e propósito em um mundo cheio de incertezas.
Na Via Crucis, vemos Jesus carregando a cruz, não apenas como um símbolo de seu sofrimento, mas como um sinal de sua entrega total ao plano divino de salvação. Ele aceita o peso da humanidade pecadora sobre seus ombros amorosos, caminhando em direção ao Calvário, onde o amor de Deus será manifestado de forma suprema.
E na cruz, Jesus pronuncia palavras de perdão, amor e reconciliação. Ele perdoa aqueles que o crucificaram, demonstrando a magnitude de sua misericórdia divina. E ao entregar seu espírito nas mãos do Pai, Ele nos mostra o caminho para a verdadeira liberdade e redenção.
Meus amados, que este relato da Paixão de Cristo não seja apenas uma história para nós, mas uma fonte de inspiração e transformação. Que possamos nos unir a Jesus em sua jornada de sacrifício e redenção, oferecendo nossas próprias cruzes e sofrimentos como um meio de comunhão com Ele.
Que possamos aprender com Jesus a humildade, a coragem e a confiança na vontade do Pai. Que possamos seguir seu exemplo de amor incondicional, perdão e compaixão para com o próximo. E que possamos encontrar esperança e salvação na cruz de Cristo, onde o poder do pecado e da morte foi derrotado para sempre.
Que possamos viver cada dia em profunda gratidão pelo sacrifício de Jesus, lembrando-nos de que Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida. Amém.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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