Liturgia Diária
2 – SEGUNDA-FEIRA
SANTO ATANÁSIO
BISPO E DOUTOR DA IGREJA
(branco, pref. pascal, ou dos pastores, – ofício da memória)
O justo medita a sabedoria e sua palavra ensina a justiça, pois traz no coração a lei de seu Deus, aleluia! (Sl 36,30s)
Atanásio nasceu no ano 295 em Alexandria do Egito, onde foi bispo, e lá faleceu em 373. Exímio defensor da divindade de Cristo, participou ativamente do Concílio de Niceia, no ano 325. Vítima de pesadas calúnias, por diversas vezes sofreu o exílio. Escreveu a Vida de Santo Antão, de quem era amigo e admirador. Inspirados por esse santo doutor da Igreja, renovemos nossa fé em Cristo e sejamos fiéis cumpridores de sua mensagem.
Evangelho: João 6,22-29
Aleluia, aleluia, aleluia.
O homem não vive somente de pão, / mas de toda Palavra da boca de Deus (Mt 4,4). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Depois que Jesus saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram andando sobre o mar. 22No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar constatou que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos, mas que eles tinham partido sozinhos. 23Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. 24Quando a multidão viu que Jesus não estava ali nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus em Cafarnaum. 25Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: “Rabi, quando chegaste aqui?” 26Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade eu vos digo, estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. 27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna e que o Filho do Homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo”. 28Então perguntaram: “Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?” 29Jesus respondeu: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: João 6,22-29
«Trabalhai (…) mas pelo alimento que permanece até à vida eterna»
Rev. D. Jacques FORTIN
(Alma (Quebec), canad)
Hoje depois da multiplicação dos pães, a multidão põe-se em busca de Jesus e na sua busca chega até Cafarnaum. Ontem como hoje, os seres humanos procuraram o divino. Não é uma manifestação de esta sede do divino a multiplicação das seitas religiosas, o esoterismo?
Mas algumas pessoas quiseram someter o divino a suas próprias necessidades humanas. De fato, a história nos revela que algumas vezes tentou-se usar o divino para fins políticos ou outros. Hoje a multidão deslocou-se para Jesus. Por quê? É a pergunta que faz Jesus afirmando: «Em verdade, em verdade, vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes saciados» (Jo 6,26). Jesus não se engana. Sabe que não foram capazes de ler os sinais do pão multiplicado. Anuncia-lhes que o que sacia o homem é um alimento espiritual que nos permite viver eternamente (cf. Jo 6,27). Deus é o que dá esse alimento, o dá através de seu Filho. Tudo o que faz crescer a fé Nele é um alimento ao que temos que dedicar todas nossas energias.
Então compreendemos porque o Papa nos anima a esforçar-nos para ré evangelizar nosso mundo que frequentemente não acode a Deus pelos bons motivos. Na constituição “Gaudium et Spes” (A Igreja no mundo atual”) os Padres do Concílio Vaticano II nos lembra: “só Deus, a quem Ela serve, satisfaz os desejos mais profundos do coração humano, que nunca se sacia plenamente só com alimentos terrestres". E nós, por que ainda seguimos Jesus? O que é o que nos proporciona a Igreja? Lembremos o que disse o Concílio Vaticano II! Estamos convencidos do bem-estar que nos proporciona este alimento que podemos dar ao mundo?
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«A Sagrada Comunhão é para nós uma prenda eterna, de tal forma que nos assegura o céu; estes são os depósitos que o céu nos envia como garantia de que um dia será a nossa casa» (São Joao Mª Vianney)
«O pão milagrosamente multiplicado lembra-nos o milagre do maná no deserto e, indo além dele, assinala ao mesmo tempo que o verdadeiro alimento do homem é o Verbo eterno, o sentido eterno de onde viemos e na expectativa de que vivemos» (Bento XVI)
«Jesus não revela plenamente o Espírito Santo enquanto Ele próprio não for glorificado pela sua Morte e Ressurreição. No entanto, sugere-o pouco a pouco, mesmo no seu ensino às multidões, quando revela que a sua carne será alimento para a vida do mundo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 728)
Outros comentários
«A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou»
Rev. D. Josep GASSÓ i Lécera
(Ripollet, Barcelona, Espanha)
Hoje contemplamos os resultados da multiplicação dos pães, resultados que surpreenderam a toda aquela multidão. Eles desceram da montanha, ao dia seguinte, até beira do lago, e ficaram ali vendo Cafarnaúm. Ficaram ali porque não havia nenhum barco. De fato, só havia um: aquele que na tarde anterior havia partido sem levar Jesus.
A pergunta é: Onde está Jesus? Os discípulos partiram sem Jesus, e, sem dúvida, Jesus não está lá. Onde está então? Felizmente, as pessoas podem subir nas barcas que vão chegando, e zarpam em busca do Senhor a Cafarnaúm.
E, efetivamente, ao chegar do outro lado do lago, o encontram. Ficaram surpreendidos com a sua presença ali, e lhe perguntam: «Rabi, quando chegaste aqui?» (Jo 6,25). A realidade é que as pessoas não sabiam que Jesus havia caminhado em cima das águas milagrosamente e ,Jesus não dá respostas diretas às perguntas que lhe fazem.
Que direção e que esforço nos levam a encontrar a Jesus verdadeiramente? Nos responde o próprio Senhor: «Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará. Pois a este, Deus Pai o assinalou com seu selo» (Jo 6,27).
Atrás de tudo isso continua estando a multiplicação dos pães, sinal da generosidade divina. As pessoas insistem e continuam perguntando: «Que devemos fazer para praticar as obras de Deus?» (Jo 6,28). «A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou» (Jo 6,29).
Jesus não pede uma multiplicação de obras boas, e sim que cada um tenha fé naquele que Deus Pai enviou. Porque com fé, o homem realiza a obra de Deus. Por isso designou a mesma fé como obra. Em Maria temos o melhor modelo de amor manifestado em obras de fé.
Fonte https://evangeli.net/
JESUS É O PÃO DA VIDA Jo 6,22-29
HOMILIA
Toda pessoa sabe que se não comer morre. Há um ditado popular que diz: “saco vazio não para de pé”. Sabe também, que quem come muito pouco, ou passa fome, fica desnutrido, fraco, e muito mais propenso a doenças, e até à morte. Comer o pão e beber o vinho, é em primeiro lugar viver. É fácil perceber o que o Senhor quis nos ensinar, ao usar este símbolo: Assim como sem comida, até o mais forte dos corpos definha e morre, assim também até o maior dos santos, sem a eucaristia não consegue se sustentar.
Durante todo o evangelho, podemos perceber a importância que Cristo dá às refeições. Várias vezes, Ele come com os fariseus, com os publicanos, com os pecadores.
Durante as refeições, o Senhor ensinava, exortava, por isso nada mais natural do que escolher uma refeição para nela instituir a Eucaristia (Jo. 13,2). A palavra “Koinonia”, significa comunhão. São pessoas que estão juntas, partilhando, comungando da mesma refeição.
Na família, o momento da refeição é o momento de reunião, de troca, de se por os assuntos em dia; é nesses momentos que a união da família se solidifica. Quando queremos confraternizar numa festa, sempre existe refeição para se partilhar. Quando queremos aumentar nossa intimidade com alguém, convidamos para comer juntos. Se isto tudo é verdadeiro para simples refeições diárias, quanto mais será para a refeição eucarística compartilhada! É nessa mesa do Pão vivo que se opera a unidade real e misteriosa da Igreja.(I Cor. 10,16-17).
A Eucaristia é, sacramento de unidade. Ela une a igreja em torno de Cristo, de seu sacrifício. A igreja “comunga” com Ele; torna-se o corpo de Cristo, unindo-se com células, que recebem o mesmo alimento, e são purificadas pelo mesmo sangue. Assim como o pulmão é diferente na sua anatomia e função do intestino, mas ambos são essenciais e pertencentes ao mesmo corpo, nós também, embora sendo diferentes uns dos outros, somos partes de Cristo pelo batismo. Uma só fé, um só batismo, um só Espírito. Esta é a essência da unidade, operada e mantida pela comunhão do corpo e sangue de Cristo.
Que pelo conhecimento que o Senhor nos dá, do valor da Eucaristia, puro dom de Deus para a nossa salvação, possamos participar dela, com novo ânimo, de maneira a sermos curados, libertos e restaurados. E assim comprometidos partilha-la com os nossos irmãos.
Por tudo quando disse posso concluir e afirmar sem medo de errar que a Eucaristia é vida e compromisso. É partilha e serviço.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
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