domingo, 28 de fevereiro de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 18,9-14 - 13.03.2021

 Liturgia Diária


13 – SÁBADO  

3ª SEMANA DA QUARESMA


(roxo – ofício do dia)



Bendize, ó minha alma, ao Senhor, não esqueças nenhum dos seus benefícios: é ele quem te perdoa todas as ofensas (Sl 102,2s).


Deus nos orienta, corrige, perdoa, cura e ama sem cessar. Com um coração humilde e contrito, fiquemos atentos à benéfica e dinâmica presença do Senhor na liturgia e em nossa vida.


Evangelho: Lucas 18,9-14


Honra, glória, poder e louvor / a Jesus, nosso Deus e Senhor!


Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: / Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 9Jesus contou esta parábola para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros: 10“Dois homens subiram ao templo para rezar: um era fariseu, o outro cobrador de impostos. 11O fariseu, de pé, rezava assim em seu íntimo: ‘Ó Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros homens, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este cobrador de impostos. 12Eu jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de toda a minha renda’. 13O cobrador de impostos, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: ‘Meu Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!’ 14Eu vos digo, este último voltou para casa justificado, o outro não. Pois quem se eleva será humilhado e quem se humilha será elevado”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 18,9-14

«Não existe outro mandamento maior do que estes»


Rev. D. Pere MONTAGUT i Piquet

(Barcelona, Espanha)

Hoje, a liturgia da quaresma nos apresenta o amor como a raiz mais profunda da auto-comunicação de Deus: «A alma não pode viver sem amor, sempre quer amar alguma coisa, porque está feita de amor, que eu por amor a criei» (Santa Catalina de Siena). Deus é amor todo poderoso, amor até o extremo, amor crucificado: «É na cruz onde se pode contemplar esta verdade» (Bento XVI). Este Evangelho não é somente uma auto-revelação de como Deus mesmo —em seu Filho— quer ser amado. Com um mandamento de Deuteronômio: «Portanto, ame a Javé seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma e com toda a sua força» (Dt 6,5) e outro do Levítico: «Não seja vingativo, nem guarde rancor contra seus concidadãos. Ame o seu próximo como a si mesmo. Eu sou Javé» (Lev 19,18), Jesus leva ao extremo a plenitude da Lei. Ele ama o Padre como Deus verdadeiro nascido do Deus verdadeiro e, como Verbo feito homem, cria a nova Humanidade dos filhos de Deus, irmãos que se amam com o amor do Filho.


O chamado de Jesus à comunhão e à missão pede uma participação em sua mesma natureza, é uma intimidade na que devemos nos introduzir. Jesus não reivindica nunca ser a meta de nossa oração e amor. Agradece ao Pai y vive continuamente em sua presença. O mistério de Cristo atrai ao amor a Deus —invisível e inacessível— enquanto que, ao mesmo tempo, é caminho para reconhecer, verdade no amor e vida para o irmão visível e presente. O mais valioso não são as oferendas queimadas no altar, e sim Cristo que queima como único sacrifício y oferenda para que sejamos Nele um só altar, um único amor.


Esta unificação de conhecimento e de amor entrelaçada pelo Espírito Santo permite que Deus ame em nós e utilize todas nossas capacidades e nos conceda poder amar como Cristo, com seu mesmo amor filial e fraterno. O que Deus uniu no amor, o homem não o pode separar. Esta é a grandeza de quem se submete ao Reino de Deus: o amor a si mesmo já não é obstáculo e sim êxtase para amar ao único Deus e a uma multidão de irmãos.

Fonte https://evangeli.net/


TENDE PIEDADE DE MIM QUE SOU PECADOR! Lc 18,9-14

HOMILIA


O Evangelho de hoje nos mostra com clareza qual é o pensamento que Jesus tem a respeito da nossa oração, e não somente no que se relaciona ao nosso vínculo com os outros, mas especialmente diante de Deus, que nos conhece mais do que nós mesmos.


Lendo o evangelho de hoje eu fiquei muito feliz porque acredito que essa mensagem seja capaz de mudar de forma concreta a minha vida e a tua, uma vez que passamos a compreender o sentido real e concreto do ato de ser humilde e não apenas do conceito de humildade, podemos ser transformados interiormente e executar gestos no nosso cotidiano que irá nos proporcionar sentimentos bons e alegres.


É interessante verificar os dois tipos de oração! O Fariseu nomeia todas as suas observâncias, tudo que ele faz, conforme manda o a Lei! Ele não conta nenhuma mentira – ele faz isso mesmo. Só que ele confia absolutamente no poder da sua prática para garantir a salvação. Assim dispensa a graça de Deus, pois se a Lei é capaz de salvar, não precisamos da graça! E ainda se dá o luxo de desprezar os que não viviam como ele – ou porque não queriam, ou porque não conseguiam!: Ó Deus, eu te agradeço, porque não sou como os outros homens, que são ladrões, desonestos, adúlteros, nem como esse cobrador de impostos.


O publicano também não mente quando reza! Longe do altar, nem se atrevia a levantar os olhos para o céu, mas batia no peito em sinal de arrependimento de dizia: Meu Deus, tem piedade de mim que sou pecador. E era a verdade mesmo – ele era vigarista, ladrão opressor do seu povo, traidor da sua raça – mas ele tem consciência disso, e não só disso, mas do fato de que por ele mesmo é incapaz de mudar a sua situação moral. A sua única esperança é jogar-se diante da misericórdia de Deus. Para o espanto dos seus ouvintes, Jesus afirma que o desprezado publicano voltou para a casa “justificado” por Deus, e não o outro. Pois é Deus que nos torna justos por pura gratuidade, e não em recompensa por termos observado as minúcias duma Lei.


E como entrou o farisaísmo nas nossas tradições de espiritualidade! Como as nossas pregações reduziam a fé e o seguimento de Jesus à uma observância externa duma lista de Leis! Como reduzimos Deus a um mero “banqueiro”, que no fim da vida faz as contas e nos dá o que nós “merecemos”, segundo uma teologia de retribuição! Quem tem a conta em haver com Ele, ganhará o céu, e quem está em dívida irá para o inferno! E a graça de Deus? E a cruz de Cristo? Paulo mudou de vida quando descobriu que a Lei, por tão importante que fosse como “pedagogo”, não era capaz de salvar, mas que é Deus que nos salva, sem mérito algum nosso, através de Jesus Cristo! Com esta descoberta, se libertou! E defendia este seu “evangelho” a ferro e fogo! O texto de hoje nos convida para que examinemos até que ponto deixamos o farisaísmo entrar em nossas vidas; até que ponto confiamos em nós mesmos como agentes da nossa salvação; até que ponto nos damos o direito de julgar os outros, conforme os nossos critérios. Uma advertência saudável e oportuna que alerta contra uma mentalidade “elitista” e “excludente”, que pode insinuar-se na nossa espiritualidade, como fez na dos fariseu, sem que tomemos consciência disso!


Portanto, esse evangelho é transformador, ele vem ensinar para nós que a nossa oração é um meio de comunicação eficaz com o Pai, mas só subirá aos céus se nascer de um coração humilde, simples e puro! Se quisermos ser justificados e elevados diante de Deus, precisamos diminuir para que Deus cresça em nós! Meu Deus, é preciso que eu diminua e que Cristo cresça em mim. Dai-me Senhor um coração puro e humilde e assim como aquele cobrador de impostos clamou a ti eu também Te peço agora: tende piedade de mim que sou pecador.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Primeira Leitura

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Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 12,28-34 - 12.03.2021

 Liturgia Diária


12 – SEXTA-FEIRA  

3ª SEMANA DA QUARESMA


(roxo – ofício do dia)



Senhor, não há entre os deuses nenhum que se vos compare, porque sois grande e fazeis maravilhas: só vós, Senhor, sois Deus (Sl 85,8.10).


Em Deus encontra-se o acolhimento, o perdão e a felicidade. Reconhecendo nossos excessos humanos, celebremos com o firme propósito de retomarmos os caminhos do Senhor pela prática do amor.


Evangelho: Marcos 12,28-34


Glória a vós, Senhor Jesus, / primogênito dentre os mortos!


Convertei-vos, nos diz o Senhor, / está próximo o Reino de Deus! (Mt 4,17) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 28um escriba aproximou-se de Jesus e perguntou: “Qual é o primeiro de todos os mandamentos?” 29Jesus respondeu: “O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes”. 32O mestre da Lei disse a Jesus: “Muito bem, mestre! Na verdade, é como disseste: ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo o coração, de toda a mente e com toda a força e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios”. 34Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência e disse: “Tu não estás longe do Reino de Deus”. E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 12,28-34

«Não existe outro mandamento maior do que estes»


Rev. D. Pere MONTAGUT i Piquet

(Barcelona, Espanha)

Hoje, a liturgia da quaresma nos apresenta o amor como a raiz mais profunda da auto-comunicação de Deus: «A alma não pode viver sem amor, sempre quer amar alguma coisa, porque está feita de amor, que eu por amor a criei» (Santa Catalina de Siena). Deus é amor todo poderoso, amor até o extremo, amor crucificado: «É na cruz onde se pode contemplar esta verdade» (Bento XVI). Este Evangelho não é somente uma auto-revelação de como Deus mesmo —em seu Filho— quer ser amado. Com um mandamento de Deuteronômio: «Portanto, ame a Javé seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma e com toda a sua força» (Dt 6,5) e outro do Levítico: «Não seja vingativo, nem guarde rancor contra seus concidadãos. Ame o seu próximo como a si mesmo. Eu sou Javé» (Lev 19,18), Jesus leva ao extremo a plenitude da Lei. Ele ama o Padre como Deus verdadeiro nascido do Deus verdadeiro e, como Verbo feito homem, cria a nova Humanidade dos filhos de Deus, irmãos que se amam com o amor do Filho.


O chamado de Jesus à comunhão e à missão pede uma participação em sua mesma natureza, é uma intimidade na que devemos nos introduzir. Jesus não reivindica nunca ser a meta de nossa oração e amor. Agradece ao Pai y vive continuamente em sua presença. O mistério de Cristo atrai ao amor a Deus —invisível e inacessível— enquanto que, ao mesmo tempo, é caminho para reconhecer, verdade no amor e vida para o irmão visível e presente. O mais valioso não são as oferendas queimadas no altar, e sim Cristo que queima como único sacrifício y oferenda para que sejamos Nele um só altar, um único amor.


Esta unificação de conhecimento e de amor entrelaçada pelo Espírito Santo permite que Deus ame em nós e utilize todas nossas capacidades e nos conceda poder amar como Cristo, com seu mesmo amor filial e fraterno. O que Deus uniu no amor, o homem não o pode separar. Esta é a grandeza de quem se submete ao Reino de Deus: o amor a si mesmo já não é obstáculo e sim êxtase para amar ao único Deus e a uma multidão de irmãos.

Fonte https://evangeli.net/


O MANDAMENTO MAIS IMPORTANTE Mc 12,28b-34

HOMILIA


Qual é o mais importante de todos os mandamentos da Lei? Partimos do princípio de que os escribas eram intelectuais, conhecedores profundos e pormenorizados dos textos da Lei de Moisés. A ser assim, não havia nenhuma razão para perguntar a Jesus sobre qual seria o maior mandamento. Por outro lado Jesus olhando bem para ele, poderia até se questionar como é possível, este homem sendo doutor da Lei não saber qual era o maior. Mas tudo bem: Escuta Israel! O Senhor, vosso Deus, é o único Senhor. Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma, com toda a tua mente e com todas as tuas forças. E o segundo mais importante é este: Amarás próximo como a ti mesmo. Não existe outro mandamento mais importante do que esses dois.


Jesus, fazendo uma análise da figura deste escriba, e pelo seu interesse, chega a conclusão de que ele não está longe do Reino de Deus. Pelos detalhes, esta narrativa assemelha-se à cena do jovem rico (Mc 10,17-22), ao qual apenas faltou dar tudo aos pobres e seguir Jesus. Ao escriba faltava romper seus laços com as doutrinas e observâncias legais.


E para ti o que falta? Que barreiras deves romper para seguir e adorares ao Deus Único e verdadeiro? Saiba que a expressão da sua adesão ao amor de Deus não é o culto religioso, não é a observância do domingo, cumprimento de liturgias, mas sim o amor concreto e solidário ao próximo, que se resumem no: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a ti mesmo.


Nesta resposta de Jesus vemos duas realidades: A relação do homem com Deus e do homem com o próximo, para depois voltarem os dois para Deus, o princípio e o fim do homem. Portanto o segundo mandamento completa o primeiro e que, em conjunto, resumem toda a lei e todos os profetas. Sendo assim, Jesus explica ao escriba a impossibilidade que existe em cumprir o primeiro mandamento sem o segundo.


Para João não é possível amar a Deus, que não vemos, se não amarmos o nosso próximo a quem vemos. Se a assim for, não passamos de mentirosos. Porque Deus é amor e quem o ama deve amar o irmão. Logo, os dois mandamentos se abraçam e se completam. Este é o modelo que o próprio Evangelho nos apresenta na relação amistosa entre Jesus e o escriba, pois ambos se elogiam reciprocamente. Nisto consiste o amor: no reconhecimento de uma recíproca igualdade e numa mútua e perpétua fidelidade. É assim com amor: dá e recebe como Jesus. N’Ele está constantemente a cumprir-se o tudo, dar de Deus ao mundo no Filho e o tudo receber por parte do Filho para tudo dar ao Pai nos seus irmãos.


A fé pregada por Jesus apóia-se em dois pilares: o amor a Deus e o amor ao próximo. Isto é o essencial. Tudo o mais é complemento, e pode ser relativizado. Quem ama a Deus, recusa toda forma de idolatria, não aceitando ser subjugado por nenhum outro Absoluto fora dele. Quem ama o próximo, põe freios ao seu egoísmo, de modo a jamais desejar-lhe o mal, ou a fazer algo que possa prejudicá-lo.


Ante a sábia resposta do Verdadeiro Mestre, assim como o mestre da Lei, no diálogo com Jesus enxergou e afirmou que o amor a Deus e ao próximo supera todos os holocaustos e sacrifícios, que também eu possa ver e reconhecer nEle o caminho, a verdade e a vida, que me aproximam cada vez mais do Reino e da Casa do meu Pai que está no Céu.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Mensagens de Fé

sábado, 27 de fevereiro de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 11,14-23 - 11.03.2021

 Liturgia Diária


11 – QUINTA-FEIRA  

3ª SEMANA DA QUARESMA


(roxo – ofício do dia)



Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor: quando, em qualquer aflição, clamarem por mim, eu os ouvirei e serei seu Deus para sempre.


Sem cessar, o Senhor faz apelos para que o povo escute sua voz e tome o caminho da felicidade. Ele nos ensine a ouvir e dialogar fraternalmente, como pede a Campanha da Fraternidade Ecumênica deste ano.


Evangelho: Lucas 11,14-23


Jesus Cristo, sois bendito, / sois o ungido de Deus Pai!


Voltai ao Senhor, vosso Deus; / ele é bom, compassivo e clemente (Jl 2,12s). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 14Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas. 15Mas alguns disseram: “É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios”. 16Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. 17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: “Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra. 18Ora, se até satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes. 20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus. 21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava e reparte o que roubou. 23Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/



Reflexão - Evangelho: Lucas 11,14-23

«Se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, é porque o Reino de Deus já chegou até vós»


Rev. D. Josep GASSÓ i Lécera

(Ripollet, Barcelona, Espanha)

Hoje, na proclamação da Palavra de Deus, reaparece a figura do diabo: «Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas» (Lc 11,14). Cada vez que os textos nos falam do demônio, nos sentimos um pouco incômodos. Em todo caso, é verdade que o mal existe, e que tem raízes tão profundas que nós não podemos conseguir eliminar-las totalmente. Também é verdade que o mal tem uma dimensão muito ampla: vai “trabalhando” e não podemos de nenhuma maneira dominá-lo. Mas Jesus veio combater essas forças do mal, ao demônio. Ele é o único que o pode expulsar.


Jesus foi caluniado e acusado: o demônio é capaz de conseguir tudo. Enquanto que as pessoas se maravilham do que Jesus Cristo tem feito, «Mas alguns disseram: ‘É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios’» (Lc 11,15).


A resposta de Jesus mostra o absurdo do argumento de quem o contradiz. Esta resposta é para nós um chamado à unidade, à força que supõe a união. A desunião, no entanto, é um fermento maléfico e destruidor. Exatamente, um dos signos do mal é a divisão e a falta de entendimento entre uns e outros. Infelizmente, o mundo atual está marcado por este tipo de espírito do mal que impede a compreensão e o reconhecimento entre uns e outros.


É bom que meditemos qual é nossa colaboração neste “expulsar demônios” ou eliminar o mal. Perguntamo-nos: Ponho o necessário para que o Senhor expulse o mal de meu interior? Colaboro suficientemente neste “expulsar”? Porque «Pois é do coração que vêm as más intenções: crimes, adultério, imoralidade, roubos, falsos testemunhos, calúnias» (Mt 15,19). É muito importante a resposta de cada um, ou seja, a colaboração necessária a nível pessoal.


Que Maria interceda ante Jesus, seu Filho amado, para que expulse de nosso coração e do mundo qualquer tipo de mal (guerras, terrorismo, maus tratos, qualquer tipo de violência). Maria, Mãe da Igreja e Rainha da Paz, rogai por nós!

Fonte https://evangeli.net/


O PODER DE JESUS Lc 11,14-23

HOMILIA


Diante de um bem feito por Jesus, testemunhas oculares, habituadas à práticas demoníacas, ou seja a adivinhação, bruxaria, candomblé, umbandas e os seus derivados, se questionam sobre em nome e poder de quem Jesus estaria actuando. Ele acabava de libertar o homem endemoniado do poder de Satanás príncipe dos demônios. Vendo o homem curado e liberto, impávida e pasmada uma parte da multidão exclama:


 É Belzebu, o chefe dos demônios, que dá poder a este homem para expulsar demônios.


Outros, querendo conseguir alguma prova contra Jesus, pediam que ele fizesse um milagre para mostrar que o seu poder vinha de Deus.


E a atitude de como sempre é aconchegante e oportuna. Ele age na hora e no momento certo. Portanto, Jesus conhecendo-lhes os pensamentos, afirma: Todo o reino dividido acaba por se arruinar a si mesmo; a família que se divide em grupos que lutam entre si também acaba por ser destruída. Se o reino de Satanás tem grupos que lutam entre si, como continuará a existir? Se vós dizeis é por Belzebu que eu expulso demônios. Por quem os expulsam os vossos mestres. Assim, os vossos seguidores provam que vós estais completamente enganados. Na verdade é pelo poder de Deus que eu expulso demônios. O que prova que o Reino de Deus está no meio de vós.


Quando um homem forte e bem armado guarda a sua própria casa, tudo o que ele tem está seguro. Mas, quando um homem mais forte o ataca e vence, leva todas as armas em que o outro confiava e reparte tudo o que tomou dele.


Quem não é a meu favor é contra mim; e quem não me ajuda a ajuntar está espalhando.


A prática libertadora de Jesus restaurando a dignidade e a liberdade das pessoas suscita, por um lado, a admiração das multidões e, por outro, a repressão dos chefes religiosos de Isael.


Jesus afirma que veio para libertar todos que estão retidos sob o poder do encardido, ou seja, em poder daqueles chefes religiosos. Pois é preciso que todos saibam que é em nome e no poder de Deus que Ele veio, tornando presente o Reino de Deus Seu Pai entre nós.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Santo do dia

Mensagens de Fé

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 5,17-19 - 10.03.2021

 Liturgia Diária


10 – QUARTA-FEIRA  

3ª SEMANA DA QUARESMA


(roxo – ofício do dia)



Orientai meus passos, Senhor, segundo a vossa palavra, e que o mal não domine sobre mim! (Sl 118,133)


Deus está presente junto ao seu povo; cerca-o de carinho e proteção, orientando-o mediante suas leis. Somos convidados a caminhar segundo a vontade do Senhor, praticando seus mandamentos.


Evangelho: Mateus 5,17-19


Glória a Cristo, Palavra eterna do Pai, que é amor!


Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; / só tu tens palavras de vida eterna! (Jo 6,63.68) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade eu vos digo, antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei, sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino dos céus. Porém quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos céus”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 5,17-19

«Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas, mas para cumprir»


Rev. D. Vicenç GUINOT i Gómez

(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)

Hoje em dia há muito respeito pelas distintas religiões. Todas elas expressam a busca da transcendência por parte do homem, a busca do além, das realidades eternas. No entanto, no cristianismo, que afunda suas raízes no judaísmo, esse fenômeno é inverso: é Deus quem procura o homem.


Como lembrou João Paulo II, Deus deseja se aproximar do homem, Deus quer dirigir-lhe suas palavras, mostrar-lhe o seu rosto porque procura a intimidade com ele. Isto se faz realidade no povo de Israel, povo escolhido por Deus para receber suas palavras. Essa é a experiência que tem Moisés quando diz: «Pois qual é a grande nação que tem deuses tão próximos como o SENHOR nosso Deus, sempre que o invocamos?»(Dt 4,7). E, ainda, o salmista canta que Deus «Anuncia a Jacó a sua palavra, seus estatutos e suas normas a Israel. Não fez assim com nenhum outro povo, aos outros não revelou seus preceitos. Aleluia!» (Sal 147,19-20).


Jesus, pois, com sua presença leva a cumprimento o desejo de Deus de aproximar-se do homem. Por isto diz que: «Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para cumprir» (Mt 5,17). Vem a enriquecê-los, a iluminá-los para que os homens conheçam o verdadeiro rosto de Deus e possam entrar na intimidade com Ele.


Neste sentido, menosprezar as indicações de Deus, por insignificantes que sejam, comporta um conhecimento raquítico de Deus e, por isso, um será tido por pequeno no Reino dos Ceús. E é que, como dizia São Teófilo de Antioquia, «Deus é visto pelos que podem ver-lhe, só precisam ter abertos os olhos do espírito (...), mas alguns homens os têm empanados».


Aspiremos, pois, na oração seguir com grande fidelidade todas as indicações do Senhor. Assim, chegaremos a uma grande intimidade com Ele e, portanto, seremos tidos por grandes no Reino dos Céus.

Fonte https://evangeli.net/


JESUS DÁ SENTIDO À LEI Mt 5,17-19

HOMILIA


Para Jesus, a lei moral é obra da Sabedoria divina. Por isso, Podemos defini-la, em sentido bíblico, como uma instrução paterna, uma pedagogia de Deus. Ela prescreve ao homem os caminhos, as regras de procedimento que o levam à bem-aventurança prometida e lhe proíbe os caminhos do mal, que desviam de Deus e do seu amor. E, ao mesmo tempo, firme nos seus preceitos e amável nas suas promessas. Eis a razão do porque Jesus diz: o céu e a terra passarão; porém, nada será tirado da Lei – nem a menor letra, nem qualquer acento.


Portanto, a questão da obediência aos mandamentos divinos, ou tudo quanto Deus ordena, não visará à salvação, pois entra no campo da santificação, e não da justificação. Entender o papel da lei como meio de salvação seria um uso “ilegítimo” da mesma (1 Timóteo 1:8).


O fracasso espiritual de Israel, que motivou sua rejeição como propriedade de Deus, não estava na lei, que é “perfeita”, “santa, justa, boa, espiritual, prazerosa” (Salmo 19:7; Romanos 7:12, 14, 22). Mas sim na atitude de auto-confiança do povo quanto às suas possibilidades de obedecê-la plenamente.


Por isso é que Jesus dirigindo-se ao povo diz : Não pensem que eu vim para acabar com a Lei de Moisés ou com os ensinamentos dos Profetas. Não vim para acabar com eles, mas para dar o seu sentido completo. Assim, Ele ressaltou os princípios básicos da lei divina como sendo “amor a Deus sobre todas as coisas” e “amor ao próximo como a si mesmo” (Mateus 22:36-40). Paulo o confirma em Romanos 13:8-10 e ambos estes princípios sempre foram reconhecidos pelos cristãos como a síntese da lei divina tanto na linha “horizontal” ou seja, no amor ao próximo, quanto “vertical” o amor para com Deus, de relacionamento.


Com uma pouca margem de erro diria que há preceitos de caráter cerimonial, civil e moral na lei divina independentemente de ocorrer tal linguagem “técnica” nas páginas bíblicas, fato reconhecido por Confissões de Fé e autoridades cristãs de diferentes confissões do passado e do presente. Em toda a Lei está a defesa da vida que a final é um dom de Deus.


No sermão da montanha (Mateus 5 a 7), bem como no diálogo com o jovem rico (Mateus 19:16ss), ao Cristo tratar do verdadeiro espírito da lei Ele lembra que Deus leva em conta não só a mera obediência ao seu texto, mas as reais e íntimas intenções do indivíduo quanto a tal obediência.


Nenhum dos mandamentos da Lei de Deus tem aplicação limitada a Israel. O próprio princípio do sábado foi estendido aos “filhos dos estrangeiros” (Isaías 56:2-8), e todas as pessoas de todas as nacionalidades têm necessidade de um dia regular de repouso, daí porque “o sábado foi feito por causa do homem” (Marcos 2:27).


No novo concerto os princípios básicos da lei divina são escritos por Deus nos corações e mentes dos Seus filhos, judeus ou gentios, nos moldes do que havia sido prometido ao antigo Israel em Ezequiel 36:26, 27 e Jeremias 31:31-33.


Nos debates de Cristo com os escribas e fariseus sobre o sábado Ele está corrigindo a prática extremada e insensível deles do Decálogo, e não combatendo uma norma estabelecida por Ele próprio como Criador e Legislador (ver Mateus 12:1-12; Heb. 1:2).


João no Apocalipse (1:10) refere-se ao “dia do Senhor” que para nós católicos é o Domingo, como sendo um dia especial dedicado a Deus. Portanto, ele mantinha um dia especial de observância, como estabelecido no 3º mandamento da lei de Deus: Santificar os Domingos e Festas de Guarda.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Santo do dia

Mensagens de Fé

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 18,21-35 - 09.03.2021

 Liturgia Diária


9 – TERÇA-FEIRA  

3ª SEMANA DA QUARESMA


(roxo – ofício do dia)



Eu vos chamo, meu Deus, porque me atendeis; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).


Imensa é a misericórdia e a compaixão de Deus, que concede seu perdão sem medida ao ser humano. Aprendamos com o Senhor a perdoar a quem nos tiver ofendido.


Evangelho: Mateus 18,21-35


Jesus Cristo, sois bendito, / sois o ungido de Deus Pai!


Voltai ao Senhor, vosso Deus; / ele é bom, compassivo e clemente (Jl 2,12s). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei tudo’. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’. 29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! E eu te pagarei’. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’ 34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 18,21-35

«O senhor teve compaixão, (…) perdoou-lhe a dívida»


Rev. D. Enric PRAT i Jordana

(Sort, Lleida, Espanha)

Hoje, o Evangelho de Mateus convida-nos a uma reflexão sobre o mistério do perdão, propondo um paralelismo entre o estilo de Deus e o nosso na hora de perdoar.


O homem atreve-se a medir e a levar em conta a sua magnanimidade perdoadora: «Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?» (Mt 18,21). A Pedro parece-lhe que sete vezes já é muito e que é, talvez, o máximo que podemos suportar. Bem visto, Pedro continua esplêndido, se o compararmos com o homem da parábola que, quando encontrou um companheiro seu que lhe devia cem denários, «Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’» (Mt 18,28), negando-se a escutar a sua súplica e a promessa de pagamento.


Fechadas as contas, o homem, ou se nega a perdoar, ou mede estritamente a medida do seu perdão. Verdadeiramente ninguém diria que receberíamos da parte de Deus um perdão infinitamente reiterado e sem limites. A parábola diz: «o senhor teve compaixão, soltou o servo e perdoou-lhe a dívida» (Mt 18,27). E a divida era muito grande.


Mas a parábola que comentamos põe acento no estilo de Deus na hora de outorgar o perdão. Depois de chamar à ordem o seu devedor em atraso e de o fazer ver a gravidade da situação, deixou-se enternecer repentinamente pelo seu pedido contrito e humilde: «‘Tem paciência comigo, e eu te pagarei tudo’. Diante disso, o senhor teve compaixão…» (Mt 18, 26-27). Este episódio põe à vista aquilo que cada um de nós conhece por experiência própria e com profundo agradecimento: que Deus perdoa sem limites ao arrependido e convertido. O final negativo e triste da parábola, contudo, faz honras de justiça e manifesta a veracidade daquela outra sentença de Jesus em Lc 6,38: «Com a medida com que medirdes sereis medidos».

Fonte https://evangeli.net/


PERDOAR É UMA DECISÃO Mt 18,21-35

HOMILIA


O evangelho de hoje nos faz refletir muito sobre um aspecto de nossa vida que está bastante presente no nosso dia-a-dia: O PERDÃO.


Varias vezes por dia, e com diversas pessoas, nós sentimos a necessidade de pedir perdão. Isto acontece principalmente quando nossas atitudes magoam as pessoas que amamos e/ou quando vemos nos rostos destas pessoas a tristeza que causamos. Esse pedido de perdão nem sempre é tão simples, principalmente se temos o orgulho latente em nós e não queremos reconhecer o erro. Quando as pessoas magoadas não são as que amamos, esta atitude de humildade torna-se ainda mais difícil.


Mas apesar de tudo saiba que Perdoar é uma decisão. Ora veja!


Então Pedro, aproximando-se dele, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até sete? Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas, até setenta vezes sete. Há pessoas que dizem que é difícil perdoar. No entanto, creio que esta afirmação surge porque muita gente não sabe ao certo o que é perdoar.


Neste ensinamento de Jesus aprendemos que devemos perdoar setenta vezes sete. mas, então, o que é perdoar? Perdoar não é um sentimento. Perdoar não é esquecer tudo, ou melhor, não é ter uma amenésia!


Perdoar é uma decisão. O que sente não interessa, porque a decisão de perdoar está no seu coração e você está livre. Você pode perdoar e continuar a sentir-se incomodado, aborrecido com a pessoa, mas pela Palavra de Deus, podemos ver que perdoar é fácil: não é um sentimento, é uma decisão.


Há pessoas que se recusaram a perdoar a outros e acabaram doentes ou paralisadas, sem que nada funcionasse na sua vida. Você sabia que a falta do perdão pode causar doenças terríveis em nós? Muitas doenças estão relacionadas com a falta de perdão. Você tem que perdoar a esposa, ao marido, ao seu vizinho, ao colega, ao patrão, seja a quem for. Senão é você que vai ficar mal na vida, pois se não perdoarmos os nossos pecados uns dos outros, também Deus não nos perdoará os nossos.


Em Mateus 18:33-35, Jesus disse que se nós não perdoarmos do coração, cada um ao seu irmão, as suas ofensas, Deus também não nos perdoaria as nossas ofensas e até nos deixaria nas mãos dos atormentadores que são demônios. Deus perdoou-nos as nossas maiores ofensas e nos deu salvação. Nós não temos o direito de não perdoar aos outros.


Veja este exemplo: Você também pode ter que acordar cedo para ir trabalhar e não lhe apetecer, mas você sabe que tem que ir, por isso, levanta-se não porque lhe apeteça, mas porque é uma obrigação. Quando tiver que perdoar alguém faça-o quer sinta ou não. Diga a Deus: Oh Deus, eu perdôo aquela pessoa que me magoou e partir de agora não guardo nada no meu coração contra ela. Mesmo que no dia seguinte você se sinta ainda magoado, o que interessa é a sua decisão feita na véspera e a pessoa está perdoada e o seu coração está limpo. Se a outra pessoa não quiser perdoar o problema é dela, já não é seu.


Ouvimos a pouco que certo homem devia muito dinheiro ao rei, e quando foram fazer contas, o rei teve misericórdia, e perdoou-lhe toda a dívida. Quando este homem saiu da presença do rei foi ter com aqueles que lhe deviam pequenas quantias, e como não lhe podiam pagar, lançou-os na prisão. Quando o rei soube disto entregou este homem aos carrascos, confiscou todos os seus bens, e toda a sua família foi vendida como escravos, até que pagasse toda a dívida.


E, indignado, o seu senhor o entregou aos atormentadores, até que pagasse tudo o que devia. Assim vos fará, também, meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um, a seu irmão, as ofensas.


Algumas pessoas dizem: Eu perdôo, mas não posso esquecer. Mas, quando Deus lhe perdoa alguma falta, você fica como se nunca tivesse pecado. Ele não se lembra mais disso. Nós também temos que fazer o mesmo, i.é., perdoar e esquecer o mal que nos fizeram; é apagar de coração as ofensas cometidas contra si.


A razão de algumas pessoas sofrerem de artrite, úlceras no estômago e até esgotamentos cerebrais, noites sem dormir, etc., é porque elas se recusam a perdoar. E porque não perdoam Deus também não lhes pode perdoar; por conseguinte, sofrem as maldições que o diabo lhes quiser pôr.


Se alguém o ofender perdoe-lhe nesse mesmo instante, não deixe passar um dia sem perdoar. Por quê? Porque está a dar lugar ao diabo, que virá a si com pensamentos errados acerca dessa pessoa. E à medida que o tempo passa, rancor começa brotar do seu coração e a sua comunhão com Deus fica cortada.


Quando Jesus ensinou que nos devemos perdoar 70 vezes sete, estava a dizer que, se for necessário devemos perdoar 490 vezes por dia, isto é perdoar sempre sem esmorecer, porque é assim que Deus faz também. Portanto, trata-se de tomar uma decisão. Perdoar é uma decisão hoje aqui e agora! Decida-se!


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 4,24-30 - 08.03.2021

 Liturgia Diária


8 – SEGUNDA-FEIRA  

3ª SEMANA DA QUARESMA*


(roxo – ofício do dia)



Minha alma anseia, até desfalecer, pelos átrios do Senhor; meu coração e minha carne exultam pelo Deus vivo! (Sl 83,3)


Deus não é propriedade de um povo, mas estende sua misericórdia a todos os que o procuram com reta intenção. Celebremos renovando nossa confiança no Deus que nos cura de todos os males.


Evangelho: Lucas 4,24-30


Jesus Cristo, sois bendito, / sois o ungido de Deus Pai!


No Senhor ponho a minha esperança, / espero em sua palavra. / Pois no Senhor se encontra toda graça / e copiosa redenção (Sl 129,5.7). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: 24“Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”. 28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 4,24-30

«Nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra»


Rev. P. Higinio Rafael ROSOLEN IVE

(Cobourg, Ontario, canad)

Hoje, no Evangelho, Jesus nos diz «que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria» (Lc 4,24). Jesus, ao usar este provérbio, está se apresentando como profeta.


“Profeta” é o que fala em nome de outro, o que leva a mensagem de outro. Entre os hebreus, os profetas eram homens enviados por Deus para anunciar, já com palavras, já com signos, a presença de Deus, a vinda do Messias, a mensagem de salvação, de paz e de esperança.


Jesus é o Profeta por excelência, o Salvador esperado; Nele todas as profecias têm cumprimento. Mas, igual como sucedeu nos tempos de Elias E Eliseu, Jesus não é “bem recebido” entre os seus, pois são estes quem cheios de ira «o joga fora da cidade» (Lc 4,29).


Cada um de nós, por motivo de seu batismo, também está chamado a ser profeta. Por isso:


1º. Devemos anunciar a Boa Nova. Para eles, como disse o Papa Francisco, temos que escutar a Palavra com abertura sincera, deixar que toque nossa própria vida, que nos reclame que nos exorte que nos mobilize, pois se não dedicamos um tempo para orar com essa Palavra, então se seremos um “falso profeta”, um “contraventor” ou um “charlatão vazio”.


2º Viver o Evangelho. Novamente o Papa Francisco: «Não nos pedem que sejamos imaculados, mas sim que estejamos sempre em crescimento, que vivamos o desejo profundo de crescer no caminho do Evangelho, e não baixemos os braços». É indispensável ter a segurança de que Deus nos ama, de que Jesus Cristo nos salvou, de que seu amor é para sempre.


3º Como discípulos de Jesus, ser conscientes de que assim como Jesus experimentou a rejeição, a ira, o ser jogado fora, também isto vai estar presente no horizonte de nossa vida cotidiana.


Que Maria, Rainha dos profetas, nos guie em nosso caminho.


«Em verdade, vos digo que nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra»


Rev. D. Santi COLLELL i Aguirre

(La Garriga, Barcelona, Espanha)

Hoje escutamos do Senhor que «nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra» (Lc 4,24). Esta frase —na boca de Jesus— tem sido para muitos e muitas —em mais de uma ocasião— justificação e desculpa para não complicar-nos a vida. Jesus Cristo só quer advertir aos seus discípulos que as coisas não serão fáceis e que freqüentemente, entre aqueles que pensamos que nos conhecem melhor, ainda será mais complicado.


A afirmação de Jesus é o preâmbulo da lição que quer dar à gente reunida na sinagoga e assim, abrir os seus olhos à evidencia de que pelo simples feito de serem membros do “Povo escolhido” não têm nenhuma garantia de salvação, cura, purificação (isso o confirmará com os dados da história da salvação).


Mas, dizia que a afirmação de Jesus, para muitas e muitos é, com excessiva freqüência, motivo de desculpa para não “comprometer-nos evangelicamente” no nosso ambiente cotidiano. Sim, é uma daquelas frases que todos aprendemos de memória e, que efeito faz!


Parece como gravada na nossa consciência de maneira particular e quando no escritório, no trabalho, com a família, no circulo de amigos, no nosso meio social quando devemos de tomar decisões compreensíveis à luz do Evangelho, esta “frase mágica” tira-nos para trás como dizendo-nos: —Não vale a pena esforçar-te, nenhum profeta é bem recebido na sua terra! Temos a desculpa prefeita, a melhor das justificações para não ter que dar testemunho, para não apoiar a aquele companheiro que é vitima da gestão da empresa, ou ignorar e não ajudar à reconciliação daquele casal conhecido.


São Paulo dirigiu-se em primeiro lugar aos seus: foi à sinagoga onde «Paulo foi então à sinagoga e, durante três meses, falava com toda liberdade, discutindo e persuadindo os ouvintes acerca do Reino de Deus» (At 19,8). Não acredita que isso é o que Jesus queria dizer-nos?

Fonte https://evangeli.net/


JESUS EM NAZARÉ Lc 4,24-30

HOMILIA


Depois de Jesus ter andado pelas aldeias da redondeza, toma o firme propósito de ir à sua terra natal. Ele que curara os cegos, fizera andar os coxos e aleijados, fizera falar os mudos, ressuscitará os mortos, pregara a boa nova, a libertação aos oprimidos e anunciara um ano novo da graça do Senhor, vemo-lo interrogado pelos seus conterrâneos.


À estas perguntas Ele responde com firmeza, enfrentando a todos. Sua maior preocupação não é granjear simpatias ou privilégios, como estavam habituados os mestres dos templos e sinagogas dos fariseus que visitava.   


Ao citar Elias e a viúva de Sarepta, Eliseu e Naamá, Jesus, antes desejava se fazer compreender e entender por todos pregando a verdade que as Escrituras continham. Alias, Ele é o novo Elias, é o novo Eliseu em cuja a Lei e os Profetas encontram o pleno cumprimento.


Suas palavras são incisivas e firmes, e até certo ponto rudes. Recorrendo ao que diz a Sagrada Escritura afirmando diz aos que o menosprezavam: nenhum profeta é bem recebido na sua própria terra. E diante deles estava quem é maior do que Jonas, o conhecido como profeta. Portanto, Jesus desafia tudo e todos. Ele é o sinal de contradição entre os que estão na sinagoga. Pois aí a religião era levada de modo tardio. Muitas vezes ao invés de salvar, libertar o homem, escravizava-o. A nova religião trazida por Jesus tem como fundamento o amor, a misericórdia. O que desencadeia no ódio e na perseguição não só contra as Suas palavras, mas também na Sua própria vida.


Todos desejavam mata-lo, mesmo os que alguns momentos antes o louvavam pela sua sabedoria. Jesus, porém, passando por meio deles, retirou-se seguindo o seu caminho porque ainda não tinha chegado a sua hora de partir deste mundo para o Pai.


O que podemos tirar e ver na atitude de Jesus? Primeiro é que é impossível agradar a todos. Segundo, não importam as contrariedades. O importante é  fidelidade e firmeza nas posições que agradem a Deus, mesmo que muitas vezes desagradem aos homens. O Cristão deve ser firme em suas posições como Jesus é o seu Mestre. Pois Ele mesmo nos disse: ao discípulo, basta ser como o seu mestre. E se o nosso mestre é o Mestre da Glória, um dia com Ele seremos glorificados.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 2,13-25 - 07.03.2021

 Liturgia Diária


7 – DOMINGO  

3º DA QUARESMA


(roxo, creio – 3ª semana do saltério)



Tenho os olhos sempre fitos no Senhor, porque livra os meus pés da armadilha. Olhai para mim, tende piedade, pois vivo sozinho e infeliz (Sl 24,15s).


Estamos reunidos no templo do Senhor, casa da liberdade e da vida, para realizar nossa ação de graças ao Pai. A liturgia nos anima a acolher seus Mandamentos e buscar neles luzes para a caminhada cristã rumo à Páscoa. Em Cristo crucificado e ressuscitado, firmemos nosso encontro com Deus e façamos experiência do seu amor.


Evangelho: João 2,13-25


Glória e louvor a vós, ó Cristo.


Tanto Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único; / todo aquele que crer nele há de ter a vida eterna (Jo 3,16). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 13Estava próxima a Páscoa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. 14No templo, encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas e os cambistas que estavam aí sentados. 15Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. 16E disse aos que vendiam pombas: “Tirai isso daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!” 17Seus discípulos lembraram-se, mais tarde, que a Escritura diz: “O zelo por tua casa me consumirá”. 18Então os judeus perguntaram a Jesus: “Que sinal nos mostras para agir assim?” 19Ele respondeu: “Destruí este templo, e em três dias eu o levantarei”. 20Os judeus disseram: “Quarenta e seis anos foram precisos para a construção deste santuário e tu o levantarás em três dias?” 21Mas Jesus estava falando do templo do seu corpo. 22Quando Jesus ressuscitou, os discípulos lembraram-se do que ele tinha dito e acreditaram na Escritura e na palavra dele. 23Jesus estava em Jerusalém durante a festa da Páscoa. Vendo os sinais que realizava, muitos creram no seu nome. 24Mas Jesus não lhes dava crédito, pois ele conhecia a todos; 25e não precisava do testemunho de ninguém acerca do ser humano, porque ele conhecia o homem por dentro. -Palavra da salvação.

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Reflexão - Evangelho: João 2,13-25

«Não façais da casa de meu Pai um mercado!»


Rev. D. Lluís RAVENTÓS i Artés

(Tarragona, Espanha)

Hoje, perto da Páscoa, sucedeu um fato insólito no templo. Jesus retirou do templo o rebanho dos vendedores, derrubou as bancas dos cambistas e disse aos vendedores de pombas: «Tirai daqui essas coisas. Não façais da casa de meu Pai um mercado!» (Jo 2,16). E enquanto as ovelhas e os carneiros corriam pela explanada, os discípulos descobriram uma nova face da alma de Jesus: O zelo pela casa de seu Pai, o zelo pelo templo de Deus.


O templo de Deus convertido num mercado! Que barbaridade! Deve ter começado com pouca coisa. Algum pastor que subia para vender um cordeiro, uma anciã que queria ganhar algum trocado vendendo pombas..., e a bola foi crescendo. Tanto é assim que o autor do Cântico dos Cânticos clamava: «pegai as raposas, as pequenas raposas que devastam as vinhas» (Cant 2,15). Mas, quem ligava pra aquilo? A explanada do templo era como um mercado em dia de feira.


—Eu também sou templo de Deus. Se não cuido as pequenas raposas, o orgulho, a preguiça, a gula, a inveja, a avareza, tantos trajes do egoísmo, se infiltram dentro nós e estragam tudo. Por isso, o Senhor nos coloca em alerta: «O que vos digo, digo a todos, vigiai!» (Mc 13,37).


Vigiemos! Para que a preguiça não invada a consciência: «negar-se a ver a culpa é uma doença da alma mais perigosa que a culpa, pois está muito mais distante da verdade e da conversão» (Bento XVI).


Vigiar? — Tento fazê-lo cada noite. Ofendi alguém? São retas as minhas intenções? Estou disposto a cumprir sempre e em tudo a vontade de Deus? Mas, nessas horas estou cansado e me vence o sono.


—Jesus, você me conhece a fundo, você que conhece muito bem o que existe no interior de cada homem, faz-me conhecer as faltas, dá-me fortaleza e um pouco deste zelo seu, para que jogue fora do templo, aquilo que me separa de ti.

Fonte https://evangeli.net/


JESUS É O NOVO TEMPLO Jo 2,13-25

HOMILIA


Jesus sabendo do que os judeus e as pessoas pensam e fazem do templo e da festa da páscoa, Ele se levanta e dá um novo direcionamento daquilo que seria a verdadeira adoração e pureza. E sobretudo a nova relação para com o verdadeiro templo. Assim, no Evangelho de João, Jesus denuncia o sistema do templo como negação do projeto de Deus. Com a expressão “a Páscoa dos judeus”, João nos dá veladamente a conhecer que esta não é a festa de Jesus. A verdadeira Páscoa não consiste no que eles faziam.


Senão vejamos: Jesus está em Jerusalém, durante a Festa da Páscoa, muitos crêem nele porque viram os milagres que ele fazia. Mas Ele não confia neles, pois os conhecia muito bem. E ninguém precisava falar com Ele sobre qualquer pessoa, pois ele sabia o que cada pessoa pensava.


No episódio da expulsão dos vendilhões do templo de Jerusalém, ao se referir à sua ressurreição, Jesus deixou claro que Ele era o templo novo e definitivo. Do templo de pedra se passou à noção do templo espiritual. Depois de sua vitória sobre a morte, ressuscitando imortal e impassível, esse corpo, sinal da presença divina neste mundo, conhecendo um novo estado transfigurado, permitirá sua presença em todos os lugares e em todos os séculos através da Eucaristia.


Do antigo templo de Jerusalém nada restará e a destruição da Cidade de Davi no ano de 70 será o sinal de que a casa projetada por Davi e edificada por Salomão tinha cumprido sua missão profética. São Paulo captou esta mensagem de maneira maravilhosa e nas suas Cartas demonstrou que o cristão é ele próprio templo de Deus por ser membro do Corpo de Cristo. Ediz aos Coríntios: “Não sabeis que vossos corpos são membros de Cristo?” (1 Cor 6,15) e explicará aos Efésios que os batizados são “edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, tendo por pedra angular o próprio Cristo Jesus. É nele que todo edifício, harmonicamente disposto, se levanta até formar um templo santo no Senhor. É nele que também vós outros entrais conjuntamente, pelo Espírito, na estrutura do edifício que se torna a habitação de Deus” (Ef 2,20-22). Se Jesus exigiu respeito ao templo edificado pelos homens, muito mais ele requer acatamento para com a casa espiritual que é o seu seguidor: “Se alguém destruir o templo de Deus, Deus o destruirá.


Porque o templo de Deus é sagrado – e isto sois vós” (1 Cor 3,17). Indaga então: “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós, o qual recebestes de Deus e que, por isso mesmo, já não vos pertenceis?” (1Cor 6,19). O templo de Jerusalém era uma prefiguração, indicativa, mas sombra, da realidade que se daria para os cristãos.


Cumpre, portanto, a cada batizado embelezar esta casa de Deus com a prática das virtudes. Aí está o alicerce para um namoro e casamento cristão e santo, a base do respeito ao próprio corpo, o fundamento da fuga da bebida, das drogas e de qualquer imoralidade. Para tanto é preciso muita oração, a mortificação, a fuga das ocasiões de pecado e tudo fazer com amor a Deus e ao próximo. É deste modo que o cristão se torna uma testemunha viva de Cristo ressuscitado, fortificando-se a cada hora com a Palavra de Deus.


A luta é grande mas nunca se deve esquecer o que disse Jesus a São Paulo: “ Minha graça te basta” (2 Cor 12,9). Eis por que o Apóstolo podia afirmar: “Pela graça de Deus, sou o que sou, e a graça que ele me deu não tem sido inútil. ” (1Cor 15,10). Portanto, embora o fato de Deus habitar no interior de cada um seja um privilégio, com os auxílios divinos é possível viver em função desta dignidade.


Deus nos propõe constante conversão para a purificação do Corpo de Cristo que somos nós. Quem sabe sejamos estimulados a retirar do culto cristão todo o cheiro do esterco do diabo que é o dinheiro. Se bem que, com ele, podemos fazer muita caridade, mas é bom que esteja fora do culto. O culto não é meio de vida nem lugar da exploração do povo como é feito em diversas igrejas e templos. O templo deve ser purificado de toda as sujeira, pela água salvadora. O corpo, templo do Espírito, seja também purificado das marcas do pecado neste tempo da Quaresma.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 15,1-3.11-32 - 06.03.2021


 Liturgia Diária


6 – SÁBADO  

2ª SEMANA DA QUARESMA


(roxo – ofício do dia)


O Senhor é misericórdia e clemência, indulgente e cheio de amor. O Senhor é bom para com todos, misericordioso para todas as suas criaturas (Sl 144,8s).


Imensa é a misericórdia de Deus, que não nos trata conforme exigem nossas faltas, mas acolhe os que o procuram. Busquemos o Senhor, dispostos a fazer experiência de seu abraço de Pai.


Evangelho: Lucas 15,1-3.11-32


Salve, ó Cristo, imagem do Pai, / a plena verdade nos comunicai!


Vou voltar e encontrar o meu pai e direi: / Meu pai, eu pequei contra o céu e contra ti (Lc 15,18). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 1os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para o escutar. 2Os fariseus, porém, e os mestres da Lei criticavam Jesus: “Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles”. 3Então, Jesus contou-lhes esta parábola: 11“Um homem tinha dois filhos. 12O filho mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá-me a parte da herança que me cabe’. E o pai dividiu os bens entre eles. 13Poucos dias depois, o filho mais novo juntou o que era seu e partiu para um lugar distante. E ali esbanjou tudo numa vida desenfreada. 14Quando tinha gasto tudo o que possuía, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar necessidade. 15Então foi pedir trabalho a um homem do lugar, que o mandou para seu campo cuidar dos porcos. 16O rapaz queria matar a fome com a comida que os porcos comiam, mas nem isso lhe davam. 17Então caiu em si e disse: ‘Quantos empregados do meu pai têm pão com fartura, e eu aqui, morrendo de fome. 18Vou-me embora, vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti; 19já não mereço ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’. 20Então ele partiu e voltou para seu pai. Quando ainda estava longe, seu pai o avistou e sentiu compaixão. Correu-lhe ao encontro, abraçou-o e cobriu-o de beijos. 21O filho, então, lhe disse: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. 22Mas o pai disse aos empregados: ‘Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés. 23Trazei um novilho gordo e matai-o. Vamos fazer um banquete. 24Porque este meu filho estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado’. E começaram a festa. 25O filho mais velho estava no campo. Ao voltar, já perto de casa, ouviu música e barulho de dança. 26Então chamou um dos criados e perguntou o que estava acontecendo. 27O criado respondeu: ‘É teu irmão que voltou. Teu pai matou o novilho gordo, porque o recuperou com saúde’. 28Mas ele ficou com raiva e não queria entrar. O pai, saindo, insistia com ele. 29Ele, porém, respondeu ao pai: ‘Eu trabalho para ti há tantos anos, jamais desobedeci a qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos. 30Quando chegou esse teu filho, que esbanjou teus bens com prostitutas, matas para ele o novilho cevado’. 31Então o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. 32Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver; estava perdido e foi encontrado'”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 15,1-3.11-32

«Vou voltar para meu pai e dizer-lhe: ‘Pai, pequei contra Deus e contra ti»


Rev. D. Antoni CAROL i Hostench

(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje vemos a misericórdia, a característica distintiva de Deus Pai, no momento em que contemplamos uma Humanidade “órfã”, porque —esquecida— não sabe que é filha de Deus. Cronin fala de um filho que saiu de casa, esbanjou o dinheiro, a saúde, a honra da sua família... e acabou na prisão. Pouco antes de sair em liberdade, escreveu para casa: se o tivessem perdoado, então que pendurassem um pano branco na macieira, que ficava ao pé da linha do comboio. Se ele visse o pano, voltaria a casa; se não, nunca mais o veriam a ele. No dia em que saiu, ao aproximar-se de casa, nem se atrevia a olhar... Estaria lá, o pano? «Abre os teus olhos!... vê!», diz-lhe um amigo. E então, qual não foi o seu espanto: na macieira não havia apenas um pano branco, mas sim centenas; estava cheia de panos brancos.


Recorda-nos aquele quadro de Rembrandt, no qual se vê como o filho que regressa, fragilizado e esfomeado, é abraçado por um ancião, com duas mãos diferentes: uma mão de pai, que o abraça com força; uma outra de mãe, afetuosa e doce, que o acaricia. Deus é pai e mãe...


«Pai, pequei» (cf. Lc 15,21), queremos nós também dizer, e sentir o abraço de Deus no sacramento da confissão, e participar na festa da Eucaristia: «Mas era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver» (Lc 15,23-24). Assim sendo, já que «Deus nos espera —em cada dia— como aquele pai da parábola esperava o seu filho pródigo» (São Josemaria), percorramos o caminho com Jesus, ao encontro do Pai, onde tudo se torna claro: «o mistério do homem só no mistério do Verbo encarnado se esclarece verdadeiramente» (Concílio Vaticano II).


O protagonista é sempre o Pai. Que o deserto da Quaresma nos leve a interiorizar esta chamada a participar na misericórdia divina, já que viver é regressar ao Pai.

Fonte https://evangeli.net/


O PAI MISERICORDIOSO Lc 15,1-3.11-32

HOMILIA


Prefiro denominar assim o texto de hoje porque na verdade, O Senhor é misericórdia e clemência, indulgente e cheio de amor. O Senhor é bom para com todos e, misericordioso para todas as suas criaturas (Sl 144,8s)


Este Evangelho narrado por Lucas, conhecido como “parábola do filho pródigo”, poderia muito bem ser denominado “parábola do pai misericordioso”. Nele temos a revelação do Deus de Jesus que a todos acolhe em seu infinito amor. Respeita plenamente a liberdade de seus filhos e está com o coração aberto para acolhê-los a qualquer momento, sem censuras, independentemente de sua história passada. Este é o meu Deus de quem eu devo aprender todos os dias e horas. Diferencia-se do deus dos escribas e fariseus, que castiga os que dele se afastam, impondo-lhes variados sofrimentos; e, se há arrependimento, reata sua aliança sob ameaças.


É por seu amor misericordioso que o Deus de Jesus move à conversão e ao reencontro com a vida plena. Assim a parábola do Pai Misericordioso vai mostrar como Deus pai age diante do filho pecador. A situação que relata é absolutamente real e facilmente encontrável em qualquer família humana. Um homem tinha dois filhos. Um pede a parte na herança e vai embora. Gasta os bens, passa fome e resolve pedir para voltar para que viva apenas como empregado de seu pai – ele sabe que errou muito e que, por ser um homem justo, seu pai não deixava os empregados passar fome; por isso, quer viver ali nem que seja como um deles, para não morrer de forme. O pai, contudo, vai além: não só o recebe como o aceita novamente e o coloca no lugar onde sempre esteve: o de seu filho. O outro filho – que permanecera fiel ao pai – cobra, sente inveja, sente raiva. E o pai o convida a participar daquela festa, porque seu irmão havia sido recuperado e a família estava novamente composta.


O processo de conversão começa com a tomada de consciência: o filho mais novo sente-se perdido econômica e moralmente. A acolhida do pai e as medidas tomadas mostram não só o perdão, mas também o restabelecimento da dignidade de filho.


É necessário, filho, que te alegres: teu irmão estava morto e reviveu, perdido e foi achado. O filho mais velho é justo e perseverante, mas é incapaz de aceitar a volta do irmão e o amor do pai que o acolheu. Recusa-se a participar da alegria. Esta é a tua é minha atitude quando tachados de corretos e justos não aceitamos no nosso meio todos os que arrependidos nos pedem desculpas e perdão pelas falhas cometidas. Quantas vezes oiço dizer. Padre, eu não consigo perdoar o que meu marido me fez, minha esposa me fez. Tenho mágoas do meu pai, da minha mãe, dos meus filhos. O que faço? Está aqui a resposta da tua pergunta. Com esta parábola, Jesus nos faz apelo supremo para que assim como os doutores da Lei e os fariseus deveriam aceitar e partilhar da alegria de Deus pela volta dos pecadores assim tu, assim eu devemos nos alegrar com o arrependimento, a conversão e o retorno à dignidade da vida dos nossos irmãos e irmãs.


A atitude do pai é incondicional: meu filho estava perdido e voltou! Com a festa ele demonstra a sua alegria – que deve ser a alegria de toda a comunidade, até daqueles que se sentem diminuídos em valor diante do que se considera pecador.


Devemos acreditar na misericórdia do Pai que nos recebe sempre de braços abertos e com muita festa. E devemos, sobretudo, pedir que essa mesma misericórdia seja derramada infinitamente em nosso coração para que possamos ver com os olhos de Deus os nossos irmãos que julgamos pecadores e reconhecer que todos somos merecedores do mesmo amor do Pai.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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