quinta-feira, 27 de abril de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 6,30-35 - 02.05.2017

3ª-feira da 3ª Semana da Páscoa
2 de Maio de 2017
Sto. Atanásio BDr, memória
Cor: Branco

Evangelho - Jo 6,30-35

Não foi Moisés, mas meu Pai é que vos
dá o verdadeiro pão do céu.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,30-35

Naquele tempo, a multidão perguntou a Jesus:
30'Que sinal realizas,
para que possamos ver e crer em ti?'
Que obra fazes?
31Nossos pais comeram o maná no deserto,
como está na Escritura:
'Pão do céu deu-lhes a comer'.
32Jesus respondeu:
'Em verdade, em verdade vos digo,
não foi Moisés quem vos deu
o pão que veio do céu.
É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu.
33Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu
e dá vida ao mundo.'
34Então pediram:
'Senhor, dá-nos sempre desse pão'.
35Jesus lhes disse:
'Eu sou o pão da vida.
Quem vem a mim não terá mais fome
e quem crê em mim nunca mais terá sede.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 6, 30-35
Quem vai até Jesus não terá mais fome e quem crer nele não terá mais sede. Jesus coloca à nossa disposição não os bens transitórios desse mundo, mas os verdadeiros bens, aqueles que são perenes, que são eternos. Por isso, é muito importante que as pessoas conheçam Jesus. Somente a partir do conhecimento da sua pessoa e do seu reconhecimento como Filho de Deus é que as pessoas poderão desfrutar dos dons do alto que o Pai nos concede por meio de Jesus e podem ter a verdadeira vida, pois ele é o Pão da Vida, o Pão da verdadeira saciedade, que sempre se dá a todos nós em alimento para a vida eterna.
Fonte CNBB


SENHOR DÁ-NOS SEMPRE DESSE PÃO Jo 6,30-35
HOMILIA

A multidão que participou da partilha dos pães na montanha e, depois, seguiu Jesus em Cafarnaum, acaba percebendo que Jesus propõe algo novo. Pedem-lhe um sinal para crer. Não entenderam o sinal da partilha. Querem um sinal extraordinário como o de Moisés e o maná. É o apego do judaísmo às suas tradições, fechado à novidade de Jesus. Querem um messias poderoso, mesmo que seja opressor e explorador. E então Jesus revela a Sua verdadeira identidade bem como a daqueles que o recebem dignamente: Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede.

Ele é O verdadeiro Pão que desceu do Céu. Diferente do maná, alimento que Deus enviou por meio de Moises diz: Os nossos pais comeram o maná no deserto, como está escrito: Deus-lhes a comer pão do céu. O maná avalizou Moisés diante do povo como profeta enviado por Deus. Mas Jesus é o Próprio Filho de Deus que se deu como alimento para os homens peregrinos. É o primeiro e o último sinal. É a primeira e última palavra do Pai, por quem tudo começou a existir. Sem Ele nada seria criado e nem salvo. Por Ele todos nós alcançamos graças sobre graças. Pois onde abundou o pecado superabundou à graça.

Por duas vezes no Evangelho de hoje se repete o tema do maná no discurso de Jesus sobre o pão da vida; é um tipo ou referência fundamental para a comparação que se estabelece entre Moisés e Jesus. Entre o alimento que nos leva à morte e pão de vida eterna. O mana apareceu em circunstâncias providencias de tempo e lugar em que apareceu para saciar a fome dos israelitas, perdidos no deserto dentro enquanto caminhavam, reclamando e com saudades das panelas do Egito. Infelizmente a crença popular judaica esperava que na era messiânica voltasse a repetir-se o “milagre” do maná. Jesus faz-lhes um desafio. Apresenta-lhes não um pão. Mas O Pão. Eis aqui um alimento material que simboliza outro superior e mais completo: o pão da vida que é o próprio Cristo.

Por isso Jesus instrui a multidão acerca da verdadeira natureza do pão do céu: Em verdade vos digo que não foi Moisés quem vos deu o pão do céu, mas é meu Pai quem vos dá o verdadeiro ao do céu. Porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.

A expressão pão descido do céu nos remete hoje ao Pão eucarístico, que é o corpo de Jesus. Ele é o pão da vida. Então as pessoas, de acordo com a sua interpretação material do pão de que Cristo lhe fala – tal como a samaritana a respeito da água viva (Jo 4,14) -, dizem a Jesus: Senhor dá-nos sempre desse pão. Este pedido propicia a grande autorevelação em que Jesus se identifica com o pão em questão: Eu sou o pão da vida. O que vem a mim nunca mais terá fome, e o que crê em mim nunca mais terá sede. Jesus é o pão da vida que, tal como a água viva, satisfaz para sempre a fome e a sede do que crê nele.

Assim, o sinal que devemos pedir receber, acolher de Deus não deve ser outro senão Jesus. Ele é o resgate e o cultivo da vida. É a transformação das pessoas que, acolhendo o seu amor, passam a ser também fonte de vida para outros. Jesus deixa claro: o que vem do céu vem do Pai. O maná não foi dado por Moisés. É o Pai que dá o verdadeiro pão do céu, o pão que dá vida ao mundo. E este pão é Jesus. Os que o ouvem se sensibilizam de modo semelhante à samaritana quando Jesus oferece a fonte d”água da qual quem beber nunca mais terá sede. Pedem desse pão para sempre. Jesus identifica-se como sendo ele próprio o pão da vida. É Jesus que alimenta a vida eterna em nós por sua palavra, seu amor e seu testemunho. Como aquele povo diga você também: Senhor dá-nos sempre desse Pão.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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Mensagens de Fé

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 6,22-29 - 01.05.2017

2ª-feira da 3ª Semana da Páscoa
1 de Maio de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Jo 6,22-29

Esforçai-vos não pelo alimento que se perde,
mas pelo alimento que permanece até a vida eterna.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,22-29

Depois que Jesus saciara os cinco mul homens,
seus discípulos o viram andando sobre o mar.
22No dia seguinte, a multidão
que tinha ficado do outro lado do mar
constatou que havia só uma barca
e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos,
mas que eles tinham partido sozinhos.
23Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades,
perto do lugar onde tinham comido o pão
depois de o Senhor ter dado graças.
24Quando a multidão viu
que Jesus não estava ali,
nem os seus discípulos,
subiram às barcas
e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum.
25Quando o encontraram no outro lado do mar,
perguntaram-lhe:
'Rabi, quando chegaste aqui?'
26Jesus respondeu:
'Em verdade, em verdade, eu vos digo:
estais me procurando não porque vistes sinais,
mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos.
27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde,
mas pelo alimento que permanece até a vida eterna,
e que o Filho do homem vos dará.
Pois este é quem o Pai marcou com seu selo.'
28Então perguntaram:
'Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?'
29Jesus respondeu:
'A obra de Deus é que acrediteis
naquele que ele enviou'.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 6, 22-29
Um dos caminhos que temos para conhecer melhor a pessoa de Jesus é o sacramento da eucaristia. Porém, esse caminho exige de todos nós uma postura de fé diante dele e uma abertura para as realidades que estão além da materialidade. As pessoas que só buscam a saciedade material e procuram Jesus apenas para a satisfação desse tipo de necessidade são incapazes de buscar o alimento que não se perde e que nos leva a reconhecer que Jesus é aquele que o Pai marcou com o seu selo. Essas pessoas não são capazes de ver que Jesus é o enviado do Pai e, por isso, não acreditam nele.
Fonte CNBB


POR QUE PÃO VOCÊ TEM TRABALHADO? Jo 6,22-29
HOMILIA

O convite que Jesus faz a você é que trabalhe para o pão que dura a vida eterna. Veja que no capítulo 6 do Evangelho de João, o tema central é o pão. Jesus, o enviado de Deus, é o pão do céu, é o pão da vida eterna. E então diz: Trabalhai, não tanto pela comida que se perde,mas pelo alimento que dura até à vida eterna.

A partir da multiplicação dos pães, Jesus vai fazer uma longa catequese sobre o Pão da Vida. E começa, hoje, por criar em nós a fome de Deus, pela fé, pois que os sacramentos são sinais da fé. A multiplicação dos pães e dos peixes era também um sinal. Jesus tinha matado a fome àquela gente com o alimento que lhe multiplicara no monte. Mas, o alimento de que eles precisam e que devem esforçar-se por encontrar é Ele próprio, o Senhor, a quem alcançarão pela fé. Acreditar em Jesus e viver dessa fé é alimentar-se com o alimento que leva à vida eterna.

A graça de Deus é a causa da salvação e a fé é o meio. É claro que vários fatores ocasionam a salvação, como o próprio fato de estarmos perdidos, ou o fato de ouvirmos a mensagem do evangelho, mas tudo isto são causas imediatas, e por assim dizer, tornam-se meios. A causa primária é o próprio Deus, a sua graça, a sua vontade de salvar, o seu desejo e amor pela humanidade!

Em certo sentido podemos dizer que a graça é a parte de Deus e a fé é a parte do homem embora a fé também seja um dom de Deus. Deus oferece gratuitamente a salvação, mas o homem tem a responsabilidade de acreditar, confiar e recebê-la. Você precisa crer em Jesus e em sua palavra! Não sejas mulditão tratado no Evangelho de hoje que pede ou exige de Jesus um sinal forte, um milagre espetacular. O povo estava querendo ou esperando um Messias poderoso, capaz de derrotar os opressores romanos. E que lhe garanta o pão deste mundo, sem esforço e sem trabalhar. Notem que mais tarde Jesus vai dizer que “o meu reino não é deste mundo”.

E daí a reação de Jesus: Trabalhai pelo alimento que dura até à vida eterna. Qual é o alimento que dura até à vida eterna? Deve ser aquele que chega até lá. Jesus disse-nos que era Ele próprio. E o que é que significará trabalhar por Ele próprio, isto é, «pelo alimento que dura até à vida eterna»? Naturalmente, pôr em prática o 1º e 2º mandamentos. E trabalhar mais do que pela comida? Supondo que Jesus se refere ao trabalho pelo sustento. Há que trabalhar em mais quantidade e qualidade pelo alimento que dura até à vida eterna. Como é que o leitor faz isto?

Porque Jesus se posicionou desta maneira? A verdade é que o povo não estava entendo muito bem “qual era a de Jesus”. Jesus se apresenta como o único alimento que nos satisfaz plenamente. Ele se identifica como próprio pão que alimenta a vida eterna em nós: Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.

Jesus não está falando da sede de um copo de água nem a fome de um prato de comida necessariamente. Mas sim, da sede e da fome ou necessidade de se embriagar para fugir ou se esquecer da realidade sofrida com tantas frustrações. Porque aquele que se embebe de Jesus igual a uma esponja embebida em água, não terá necessidade de nenhuma fuga alucinante para se sentir bem. Conheci uma senhora solteirona e incrédula que quando entrava em depressão, se recuperava fazendo compras. Tem gente na mesma situação, que se vinga comendo, e comendo. Outros bebendo uma dúzia de cerveja, e assim por diante. Nada disso adianta porque longe de Deus não existe felicidade. Porque só Jesus mata a nossa sede, e a nossa fome, de querer mais e mais bens materiais, e prazeres de todos os tipos existentes nesta vida passageira.

Portanto, trabalhe e lute pelo pão que dura à vida eterna e este Pão é Jesus acredite n’Ele. Alimente-se da Sua Palavra, do Seu Corpo e Sangue e terá a vida eterna.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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quarta-feira, 26 de abril de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Lc 24,13-35 - 30.04.2017

3º Domingo da da Páscoa
30 de Abril de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Lc 24,13-35

Reconheceram-no ao partir o pão.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,13-35

13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana,
dois dos discípulos de Jesus
iam para um povoado, chamado Emaús,
distante onze quilômetros de Jerusalém.
14Conversavam sobre todas as coisas que tinham
acontecido.
15Enquanto conversavam e discutiam,
o próprio Jesus se aproximou
e começou a caminhar com eles.
16Os discípulos, porém, estavam como que cegos,
e não o reconheceram.
17Então Jesus perguntou:
'O que ides conversando pelo caminho?'
Eles pararam, com o rosto triste,
18e um deles, chamado Cléofas, lhe disse:
'Tu és o único peregrino em Jerusalém
que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?'
19Ele perguntou: 'O que foi?'
Os discípulos responderam:
'O que aconteceu com Jesus, o Nazareno,
que foi um profeta poderoso em obras e palavras,
diante de Deus e diante de todo o povo.
20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes
o entregaram para ser condenado à morte e o
crucificaram.
21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel,
mas, apesar de tudo isso,
já faz três dias que todas essas coisas aconteceram!
22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo
nos deram um susto.
Elas foram de madrugada ao túmulo
23e não encontraram o corpo dele.
Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos
e que estes afirmaram que Jesus está vivo.
24Alguns dos nossos foram ao túmulo
e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito.
A ele, porém, ninguém o viu.'
25Então Jesus lhes disse:
'Como sois sem inteligência e lentos
para crer em tudo o que os profetas falaram!
26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso
para entrar na sua glória?'
27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas,
explicava aos discípulos
todas as passagens da Escritura
que falavam a respeito dele.
28Quando chegaram perto do povoado para onde iam,
Jesus fez de conta que ia mais adiante.
29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo:
'Fica conosco, pois já é tarde
e a noite vem chegando!'
Jesus entrou para ficar com eles.
30Quando se sentou à mesa com eles,
tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía.
31Nisso os olhos dos discípulos se abriram
e eles reconheceram Jesus.
Jesus, porém, desapareceu da frente deles.
32Então um disse ao outro:
'Não estava ardendo o nosso coração
quando ele nos falava pelo caminho,
e nos explicava as Escrituras?'
33Naquela mesma hora, eles se levantaram
e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze
reunidos com os outros.
34E estes confirmaram:
'Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!'
35Então os dois contaram
o que tinha acontecido no caminho,
e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 24,13-35
«Naquele mesmo dia, o primeiro da semana»

Hoje comentamos a proclamação do Evangelho com a expressão: «Naquele mesmo dia, o domingo» (Lc 24,13). Sim, ainda Domingo. A Páscoa —já o dissemos— é como um grande domingo de cinquenta dias. Oh, se conhecêssemos a importância que tem este dia na vida dos cristãos! «Existem motivos para dizer, como sugere a homilia de um autor do século IV (o pseudo Eusébio de Alexandria), que o “dia do Senhor” é o “senhor dos dias” (…). Esta é, efetivamente, para os cristãos a “festa primordial”» (João Paulo II). O domingo, para nós, é como o seio materno, berço, celebração, casa e também alento missionário. Oh, se entrevíssemos a luz da poesia que leva! Então afirmaríamos como aqueles mártires dos primeiros séculos: «Não podemos viver sem o domingo».

Mas quando o dia do Senhor perde relevância na nossa existência, também se eclipsa o “Senhor do dia”, e ficamos tão pragmáticos e “sérios” que apenas damos crédito aos nossos projetos e previsões, planos e estratégias; então, inclusive essa liberdade com que Deus atua, é para nós motivo de escândalo e de afastamento. Ignorando o assombro, fechamo-nos à manifestação mais luminosa da glória de Deus, e tudo se converte num entardecer de decepção, prelúdio de uma noite interminável, onde a vida parece condenada a uma permanente insônia.

Apesar disso, o Evangelho proclamado no meio das assembleias dominicais é sempre anúncio angélico de uma claridade dirigida a entendimentos e corações lentos para crer (cf. Lc 24,25), e por isso é suave, não explosiva, pois —de outro modo— mais que iluminar-nos, nos cegaria. É a Vida do Ressuscitado que o Espírito nos comunica com a Palavra e o Pão partido, respeitando o nosso caminhar feito com passos curtos e nem sempre bem dirigidos.

Cada domingo recordemos que Jesus «entrou para ficar com eles» (Lc 24,29), conosco. Cristão, hoje já o reconheces-te?
Rev. D. Jaume GONZÁLEZ i Padrós 
(Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


NO CAMINHO DE EMAÚS Lc 24,13-35
HOMILIA

Dois discípulos caminham em desolação, afastando-se da comunidade de Jerusalém. Jesus se aproxima deles e caminha junto. Mas eles não o reconhecem. Um se conhece o nome: Cléofas e o outro não se especifica. Quero colocar no lugar dele o meu ou o seu. Muitas vezes ficamos como que sem esperança, não percebemos a presença do Ressuscitado. Podes se perguntar: em que situações costumo ficar desolado(a)? Como tenho reagido à desolação. Como deveria reagir?

Como Jesus perguntou aos dois também pergunta a você. “O que andais conversando pelo caminho?“ Eles respondem tristes, nervosos, irritados: “Você não sabe o que aconteceu em Jerusalém, nestes dias?” – “Que foi?” – “A morte de Jesus, o Nazareno… E nós que esperávamos que fosse ele o libertador de Israel!” – “Como sois lentos para crer o que os profetas falaram! Acaso não era necessário que o Cristo sofresse, para entrar na Glória?” As palavras de Jesus acendem a esperança nos discípulos. Refletir: Na desolação, é bom abrir-se, confrontar com alguém…

 “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Ele entra para ficar com eles. À mesa, Jesus toma o pão, abençoa e lhes dá. “Seus olhos se abriram, e eles o reconheceram”. Jesus desaparece da vista deles, mas fica no seu coração. “Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos explicava as Escrituras?” A experiência é tão extraordinária, que os discípulos precisam levar à notícia, naquela mesma noite, a Jerusalém.

Onde encontramos, hoje, a presença de Jesus? Na Palavra, nos sacramentos, na comunidade, no serviço aos mais necessitados (pobres, doentes, crianças, idosos…). Um recadinho para você: Em todas as situações, nunca se afaste da sua Comunidade, Paróquia. Ficar lá, buscando Jesus com simplicidade. No apostolado, no serviço fraterno, somos um sopro de esperança para os outros, especialmente o povo mais sofrido. Jesus consola os seus discípulos. Nós o que buscamos: “consolar” ou “ser consolados”? Faça como os discípulos de Emaús e peça: Fica connosco Senhor Porque o anoitece, afim de que possas reconhece-lo como fonte da verdadeira felicidade.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 6,16-21 - 29.04.2017

Sábado da 2ª Semana da Páscoa
29 de Abril de 2017
Sta. Catarina de Sena VgDra, memória
Cor: Branco

Evangelho - Jo 6,16-21

Enxergaram Jesus, andando sobre as águas.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,16-21

16Ao cair da tarde,
os discípulos desceram ao mar.
17Entraram na barca
e foram em direção a Cafarnaum,
do outro lado do mar.
Já estava escuro,
e Jesus ainda não tinha vindo ao encontro deles.
18Soprava um vento forte
e o mar estava agitado.
19Os discípulos tinham remado mais ou menos cinco quilômetros,
quando enxergaram Jesus,
andando sobre as águas
e aproximando-se da barca.
E ficaram com medo.
20Mas Jesus disse:
'Sou eu. Não tenhais medo'.
21Quiseram, então, recolher Jesus na barca,
mas imediatamente a barca chegou à margem
para onde estavam indo.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 6, 16-21
Nós podemos nos encontrar com Jesus nas situações e nos momentos em que menos esperamos que isso possa acontecer e, quando isso acontece, podemos nos assustar e até mesmo nos sentir assombrados, com muito medo. Mas a nossa postura deve ser justamente o contrário disso tudo. Quando encontramos Jesus, ele sempre nos mostra algo de concreto para as nossas vidas e para onde devemos chegar, nos revela alguma coisa que nos ajuda na superação das dificuldades que encontramos, ele nos mostra que o seu amor e a sua presença não são algo abstrato nas nossas vidas, mas que a sua presença é sempre amor concreto de Deus, força de superação e conquista do novo que nos revela o Reino definitivo.
Fonte CNBB


JESUS ANDA EM CIMA DA ÁGUA Jo 6,16-21
HOMILIA

Para interpretar com fidelidade a passagem de hoje, temos que usar o simbolismo; pois sem ele a narrativa parece ser um sucesso normal em que um homem se revela com poder especial sobre a natureza. Em primeiro lugar Jesus deixa seus apóstolos sozinhos, à noite, no meio do mar que por seu estado de turbulência aparece como representante do mal, dominado pelo maligno. A barca com tudo o que na hora representava o Reino, era realmente uma pequena semente de mostarda. Sem Jesus, o vento contrário a domina e a impede de chegar a seu destino. Não adianta o esforço dos remos porque a vela,  com o vento em contra, não pode ser usada. E esse vento não é humano.

Aparentemente os discípulos estavam sós. Mas, na realidade, Jesus estava ali seguindo-os e muito próximo. Para eles, Jesus, como a visão do espectro, como alguém saído das profundezas do mar, era um espírito maligno que os atormentava e produzia o vento furioso que impedia seu avanço. Somente as palavras como amigo do Mestre, logram acalmar os nervos e aportam a tranquilidade e sossego necessários. Era ele o amigo mais do que o mestre, o forte no momento da fragilidade; ele, e unicamente ele, traria a solução do problema que os afligia.

Pedro uma vez mais, se mostra impetuoso e mais confiante do que seus companheiros. Não só reconhece o Mestre, mas quer participar desse poder de estar acima do mal, representado pelas águas turbulentas do mar.  Ele sabe que o poder de Jesus não é unicamente pessoal, mas atinge igualmente seus mais íntimos amigos e reconhece na prática o que ele dirá mais tarde: em ti unicamente eu confio, pois cremos e reconhecemos que tu és o santo do Deus, que melhor podemos traduzir por o Ungido de Deus.

Porém sempre existe a dúvida e a indecisão após tomar uma atitude valente e corajosa. O vento, o mar agitado, abalam a fé e a confiança de Pedro. E unicamente a resposta de Jesus, ante a súplica angustiosa de auxílio de Pedro, restabelece a situação e salva o discípulo. A oração de Pedro é o grito que deverá salvar muitas vidas do fracasso total: Senhor salva-me. Nela encontramos a força que nos falta e a fé que a procura.

O trecho de hoje está escrito precisamente para demonstrar que a transcendência e independência de Jesus, manifestada com suas palavras e seu proceder diante das leis e costumes tradicionais e perante as leis físicas da natureza, revelam seu domínio absoluto sobre as crenças e seu senhorio total como de criador e não de criatura sobre os acontecimentos, de modo que a nossa resposta de hoje não pode ser outra que a dos que estavam no barco: Verdadeiramente tu és Filho de Deus.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/


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terça-feira, 25 de abril de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 6,1-15 - 28.04.2017

6ª-feira da 2ª Semana da Páscoa
28 de Abril de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Jo 6,1-15

Distribuiu-os aos que estavam
sentados, tanto quanto queriam.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 6,1-15

Naquele tempo:
1Jesus foi para o outro lado do mar da Galiléia,
também chamado de Tiberíades.
2Uma grande multidão o seguia,
porque via os sinais que ele operava
a favor dos doentes.
3Jesus subiu ao monte
e sentou-se aí, com os seus discípulos.
4Estava próxima a Páscoa, a festa dos judeus.
5Levantando os olhos,
e vendo que uma grande multidão estava vindo ao seu encontro,
Jesus disse a Filipe:
'Onde vamos comprar pão para que eles possam comer?'
6Disse isso para pô-lo à prova,
pois ele mesmo sabia muito bem o que ia fazer.
7Filipe respondeu:
'Nem duzentas moedas de prata bastariam
para dar um pedaço de pão a cada um'.
8Um dos discípulos,
André, o irmão de Simão Pedro, disse:
9'Está aqui um menino com
cinco pães de cevada e dois peixes.
Mas o que é isso para tanta gente?'
10Jesus disse:
'Fazei sentar as pessoas'.
Havia muita relva naquele lugar,
e lá se sentaram, aproximadamente, cinco mil homens.
11Jesus tomou os pães,
deu graças
e distribuiu-os aos que estavam sentados,
tanto quanto queriam.
E fez o mesmo com os peixes.
12Quando todos ficaram satisfeitos,
Jesus disse aos discípulos:
'Recolhei os pedaços que sobraram,
para que nada se perca!'
13Recolheram os pedaços
e encheram doze cestos
com as sobras dos cinco pães,
deixadas pelos que haviam comido.
14Vendo o sinal que Jesus tinha realizado,
aqueles homens exclamavam:
'Este é verdadeiramente o Profeta,
aquele que deve vir ao mundo'.
15Mas, quando notou que estavam querendo levá-lo
para proclamá-lo rei,
Jesus retirou-se de novo, sozinho, para o monte.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 6, 1-15
O capítulo sexto do evangelho de São João é reservado para o discurso sobre o sacramento da Eucaristia, e Jesus, no uso da sua pedagogia, prepara os judeus para esse discurso através da multiplicação dos pães. A prática pedagógica de Jesus deve ser o grande iluminativo para a nossa prática missionária, pastoral e evangelizadora. Nós devemos anunciar o evangelho a partir da realidade das pessoas, de suas experiências de vida, dos seus valores e das suas expectativas. Antes de anunciar a Palavra de Deus, precisamos criar a necessidade dela no coração das pessoas como Jesus, que a partir da necessidade do pão, cria a necessidade do pão da vida eterna.
Fonte CNBB


O Milagre do Pão Jo 6,1-15
HOMILIA

Nosso Senhor sabe que o caminho é longo, sabe que somos fracos. É o que vemos no evangelho de hoje: Jesus tem pena daquele povo que já estava cansado e com fome. Assim, com pena de despedi-los neste estado, o Senhor realiza o portentoso milagre da Multiplicação dos pães.

O que vinha a ser este milagre de Nosso Senhor? Uma figura da multiplicação de um pão muito mais excelente: vendo nossa fraqueza espiritual, Jesus, por amor, quer multiplicar um pão para alimentar nossa alma na caminhada para o céu: Ele mesmo na Santíssima Eucaristia!

Na Exortação Apostólica Sacramentum Charitatis o Santo Padre Bento XVI descreve a santíssima Eucaristia como doação que Jesus Cristo faz de Si mesmo, revelando-nos o amor infinito de Deus por cada homem. Neste sacramento admirável, manifesta-se o amor « maior »: o amor que leva a « dar a vida pelos amigos » (Jo 15, 13). De facto, Jesus « amou-os até ao fim » (Jo 13, 1). Com estas palavras, o evangelista introduz o gesto de infinita humildade que Ele realizou: na vigília da sua morte por nós na cruz, pôs uma toalha à cintura e lavou os pés aos seus discípulos. Do mesmo modo, no sacramento eucarístico, Jesus continua a amar-nos « até ao fim », até ao dom do seu corpo e do seu sangue. Que enlevo se deve ter apoderado do coração dos discípulos à vista dos gestos e palavras do Senhor diante da multiplicação dos pães prefigranda deste modo a Ceia Pascal!

Que maravilha este gesto da Multiplicação! Ele deve suscitar, também no nosso coração, o mistério eucarístico! Pois, uando Jesus age, as pessoas ficam satisfeitas! Observe as expressões: “o quanto queriam” […] “já estavam fartos”! Quando Jesus age, há fartura. Sobraram 12 cestos! Os doze apóstolos representavam a mim a você e todo o povo de Deus como comunidade do Espírito. O milagre pode ser contínuo, se acolhemos a palavra e o gesto de Jesus! Lembro-lhe que quando Jesus age, a sua glória se manifesta. Os sinais têm como objetivo principal levar as pessoas à fé em Jesus e à salvação.

Portando, como mendigo do pão do céu corra para Jesus O Pão da vida! E tendo O encontrado partilhe com os seus irmãos sedentos da vida como você. Não esconda os talentos que Deus lhe deu. Veja que Jesus estando presente, faz a diferença, convida os seus discípulos a participarem do milágre. Primeiro pela generosidade do rapaz que havia trazido os pães e dois peixes. Depois pela distribuição. O discíplos são convidados a levar um pedaço de pão e peixe a toda aquela mutidão. Como digo Jesus tinha poder para agir e estava decidido a alimentar a multidão faminta. Mas ele quis contar com a cooperação dos seus discípulos! O discípulo de Jesus hoje sou eu, é você. Ele assim como ontem conta com a sua colaboração, sua ajuda e seu serviço.

É verdade que os talentos humanos têm os seus limites, mas para Jesus tudo é possível. Diante da presença e da autoridade de Jesus, os discípulos agora não argumentam nem discutem, mas obedecem! Será que nós hoje estamos com Jesus naquilo que ele quer fazer usando nossos talentos?
Fonte http://homilia.cancaonova.com

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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 3,31-36 - 27.04.2017

5ª-feira da 2ª Semana da Páscoa
27 de Abril de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Jo 3,31-36

O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,31-36

31- 'Aquele que vem do alto
está acima de todos.
O que é da terra,
pertence à terra e fala das coisas da terra.
Aquele que vem do céu
está acima de todos.
32Dá testemunho daquilo que viu e ouviu,
mas ninguém aceita o seu testemunho.
33Quem aceita o seu testemunho
atesta que Deus é verdadeiro.
34De fato, aquele que Deus enviou
fala as palavras de Deus,
porque Deus lhe dá o espírito sem medida.
35O Pai ama o Filho
e entregou tudo em sua mão.
36Aquele que acredita no Filho
possui a vida eterna.
Aquele, porém, que rejeita o Filho não verá a vida,
pois a ira de Deus permanece sobre ele'.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 3, 31-36
Devemos procurar Jesus para que, a partir do encontro pessoal com ele, possamos conhecer o próprio Pai. Quando isso acontece, deixamos de pertencer às coisas da terra, porque assumimos novos valores e encontramos em Deus uma nova motivação para viver: a motivação das coisas do alto. A fonte dessa motivação é o dom do Espírito Santo que é derramado sem medida sobre nós e faz com que reconheçamos nas palavras de Jesus as palavras do próprio Deus, que são fonte de verdadeira alegria e de felicidade eterna para todos os que crêem nelas e as colocam em prática no dia a dia.
Fonte CNBB


JESUS O HOMEM DO CÉU Jo 3,31-36
HOMILIA

O Evangelho de João, de maneira admirável, nos faz meditar a forma como estamos apegados as coisas terrenas, as coisas cá de baixo. O olhar prazeroso para esta vida e às suas coisas ofusca muitas vezes o nosso olhar para as coisas do alto de onde nos veio a Salvação!

Fazendo recurso frequentemente à repetição dos temas e palavras-chave principais da revelação de Jesus, São João, apresenta um vocabulário bem mais reduzido do que os Evangelhos sinóticos. Neste texto de hoje, a partir das oposições céu e terra, crer e não crer são afirmadas a originalidade e a autenticidade do testemunho de Jesus em revelar a Boa-Nova de Deus. Aquele que vem do céu, Jesus, foi enviado para anunciar as palavras de Deus e dar o espírito sem medida. Ele está acima de todos. Quem é da terra, sejam profetas, discípulos ou adversários, só entende segundo suas tradições terrenas. Jesus, enviado por Deus, fala das coisas do céu. Porém, ele dá o espírito sem medida, que inspira a fé e a compreensão das coisas do alto. O auge da revelação é o dom da vida eterna a todo aquele que crê em Jesus, Filho de Deus.

Para todos os que têm a sua fé n’Aquele que vem do alto o medo, a angústia estão fora de questão. O medo da morte é um exemplo do maior desastre da humanidade deixa de existir. Pois até mesmo numa pessoa idosa, com quadro de saúde terminal. Não consegue se entregar a Deus. Às vezes é pelo medo de não saber ao certo para onde vai.

O zelo exagerado que dedicamos aos nossos pertences, nossos bens materiais, às vezes nos torna ridículos. Em muitos de nós, mais do que nos preocuparmos com a saúde do esposo, esposa, filhos ou filhas a nossa maior preocupação é com os bens materiais. Verificar, o carro, a moto ou um outro bem depois que este foi usado. Será que eles valem mais do que a pessoa? Somos assim, somos deste mundo, agarrados a ele com todas as nossas forças. Preocupados ao extremo com os bens materiais ao ponto de deixar de lado as coisas de Deus, alegando que é por causa da sobrevivência, esquecendo-nos das palavras do Mestre quando diz: Buscai, em primeiro lugar o reino dos céus e a sua justiça e o resto vos será dado por acréssimo.

Faço-lhe um convite. Dedique-se com total entrega ao serviço de Deus e você verá que todo o restante de sua vida vai fluir naturalmente, maravilhosamente, ao ponto de sua “taça transbordar”. Não seja mesqinho na hora da coleta. Dê um pouco mais que umas moedinhas e verás que Deus vai recompensar você.

É claro que precisamos de abrigo, transporte, e de nos apresentar de preferência bem vestidos, etc.

O evangelista nos convida no dia de hoje a olhar para Jesus acolhendo as Suas palavras e transforma-las em um Evangelho vivo na nossa vida. Visto que são palavras de vida eterna. E se é verdade que formos regenerados e renascidos na água e no fogo do Espírito, como diz são Pedro devemos aspirar ao leite puro e espiritual. Afim de que por ele possamos crescer para a salvação. Para isso é fundamental que usemos o que temos com desapego. Use o seu carro como se não o estivesse usando, em vez de usá-lo como se o estivesse adorando. Se for preciso daremos a nossa vida pela causa missionária, por causa do reino de Deus, pois “Quem perde a sua vida ganha-la-á” É bom aproveitar e saborear todos os momentos de nossa vida, pois o momento presente é a única coisa que temos a certeza de possuir. O carro, a casa e tudo mais ficarão na terra. Só temos o momento presente. O ontem já passou, e o amanhã não sabemos se virá para nós. Portanto, viva hoje como se fosse morrer amanhã, e aprenda como se fosse viver para sempre. Ame as pessoas que lhe cercam como se fosse o seu último dia de vida. E estude principalmente a palavra de Deus, como se você fosse viver para a eternidade.

Portanto, por Ele e n’Ele, toda a humanidade recebe não por direito, por mérito, mas por mera benevolência de Deus a vida eterna, ontem, hoje e sempre!

Oxalá meu irmão vinha irmã, se hoje ouvíssemos a sua voz não fechássemos os nossos corações. Mas que os abríssemos profundamente para colhermos a sua palavra e transforma-la no evangelho vivo em nossas vidas.

Acolhamos e acreditemos nas palavras daquele que véu do Céu. Pois em nenhum outro nome podemos ser salvos senão no nome de Jesus que veio do céu.
Fonte http://homilia.cancaonova.com

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segunda-feira, 24 de abril de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 3,16-21 - 26.04.2017

4ª-feira da 2ª Semana da Páscoa
26 de Abril de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Jo 3,16-21

Deus enviou seu Filho ao mundo
para que o mundo seja salvo por Ele.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,16-21

16Deus amou tanto o mundo,
que deu o seu Filho unigênito,
para que não morra todo o que nele crer,
mas tenha a vida eterna.
17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo
para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por ele.
18Quem nele crê, não é condenado,
mas quem não crê, já está condenado,
porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
19Ora, o julgamento é este:
a luz veio ao mundo,
mas os homens preferiram as trevas à luz,
porque suas ações eram más.
20Quem pratica o mal
odeia a luz
e não se aproxima da luz,
para que suas ações não sejam denunciadas.
21Mas quem age conforme a verdade
aproxima-se da luz,
para que se manifeste
que suas ações são realizadas em Deus.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 3, 16-21
A vinda de Jesus ao mundo é a grande manifestação do amor misericordioso de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva, e por isso manda o seu próprio Filho, não para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele, ou seja, pelo mistério de sua paixão, morte e ressurreição, todas as pessoas que querem viver segundo a luz, realizando as obras de Deus, e fugir das obras das trevas, fugir do pecado e das suas conseqüências, deixam de ser escravas do pecado e da morte e tornam-se livres, filhos e filhas de Deus, para viver segundo a graça e caminhar na esperança de que viverá eternamente junto de Deus.
Fonte CNBB


QUEM CRÊ NÃO É JULGADO Jo 3,16-21
HOMILIA

Ao contrário do que muitas vezes nós pensamos Jesus não veio ao mundo para condenar as nossas más ações, mas, justamente para nos ajudar a não mais cometê-las. A salvação de Jesus implica, porém, em que nós o acolhamos e não o rejeitemos. No Evangelho de hoje mais uma vez Jesus afirma categoricamente. Ele não nos vai condenar. Antes pelo contrário, somos nós que nos condenamos ao não acreditar nas Suas Palavras: “Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado.”

“Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más.” Quem rejeita a Luz vive nas trevas e é condenado pelas suas próprias obras. Quem não crê em Jesus e dele não se aproxima, rejeita a luz e tem medo de que a verdade seja revelada porque as suas ações são más.

Jesus é a luz enviada pelo Pai não para condenar, mas para nos salvar. Luz que iluminou e continua iluminando através dos missionários de hoje, as nossas mentes, conduzindo-nos a seguir o verdadeiro caminho da verdade e da vida em abundância.

Mas Essa luz é tão forte, penetrante e ofuscante que às vezes fugimos dela, para que ninguém veja a nossa sujeira, representada pela nossa inveja, o nosso egoísmo, a nossa ganância por mais riqueza do que na verdade necessitamos, etc. Então, ficar no escuro, no esconderijo, disfarçado, fugir da igreja, é a sugestão de satanás, para que não sejamos iluminados pela Luz.

É por isso que o mestre disse: “Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.”

Jesus veio iluminar a nossa mente e o nosso caminho a ser seguido. Ele nos mostrou de várias maneiras que longe de Deus não há felicidade. Nos convidou a segui-lo, mostrou-nos que Ele era o Próprio Deus, para que acreditássemos Nele, e tivéssemos um dia a vida eterna. Porém, muitos recusaram assim como hoje continuam recusando o seu convite. É convite por que Ele respeita a nossa decisão, a nossa escolha, o nosso sim ou não. Mas também não nos esqueçamos de rezar pela conversão principalmente daqueles a que dirigimos a palavra de Deus. Peçamos a Jesus que nos perdoe, nos proteja, e ao Espírito Santo que nos ilumine para que possamos levar a Luz para tanto quanto pudermos.

No entanto, se confiamos em Jesus, as nossas boas ações serão evidenciadas porque são elas realizadas em Deus, pelo poder do Seu Espírito Santo. Com efeito, a fé em Jesus Cristo é o meio mais eficaz para que nos aproximemos da luz de Deus. A luz esclarece, a luz tira da ignorância, a luz dá o norte, dá a direção. Jesus é a Luz do mundo, quem nele crer não ficará nas trevas. Ele veio para tirar todos os homens das trevas. Praticar o mal é não crer em Jesus, não se aproximar da Sua Luz, não aderir ao Seu projeto de Salvação. A Palavra de Deus nos assegura tudo isso. Ainda há tempo para que o mundo seja salvo. Ajudemos, portanto, a iluminá-lo com a luz de Deus que recebemos no nosso Batismo.

Você crê em Jesus como Luz para a sua vida? Como é que nós podemos iluminar o mundo com a Luz de Cristo? Qual é a virtude em você que mais revela ao mundo a luz de Jesus? Você tem tido a coragem de ficar debaixo da Luz, embora que a sua verdade seja descoberta? – Qual seria o primeiro passo para você fazer isto?
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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quinta-feira, 20 de abril de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mc 16,15-20 - 25.04.2017

São Marcos, Evangelista . Festa
25 de Abril de 2017
Cor: Vermelho

Evangelho - Mc 16,15-20

Foi levado ao céu e sentou-se à direita de Deus

+ Conclusão do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos 16,15-20

Naquele tempo:
Jesus se manifestou aos onze discípulos,
15e disse-lhes:
'Ide pelo mundo inteiro
e anunciai o Evangelho a toda criatura!
16Quem crer e for batizado será salvo.
Quem não crer será condenado.
17Os sinais que acompanharão
aqueles que crerem serão estes:
expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas;
18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal
não lhes fará mal algum;
quando impuserem as mãos sobre os doentes,
eles ficarão curados'.
19Depois de falar com os discípulos,
o Senhor Jesus foi levado ao céu,
e sentou-se à direita de Deus.
20Os discípulos então saíram e pregaram por toda parte.
O Senhor os ajudava e confirmava sua palavra
por meio dos sinais que a acompanhavam.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mc 16,15-20
«Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura»

Hoje haveria muito do que falar sobre por que não se ouve com firmeza e convicção a palavra do Evangelho? porque nós os cristãos, guardamos um silêncio suspeitoso sobre o que acreditamos, apesar da chamada à “nova evangelização”. Cada um fará sua própria análise e mostrará sua interpretação particular.

No entanto, na festa de São Marcos, ouvindo o Evangelho e olhando para o evangelizador, só podemos proclamar com segurança e agradecimento onde está a fonte e em que consiste a força de nossa palavra.

O evangelizador não fala porque assim o recomenda um estudo sociológico do momento, nem porque o manda a “prudência” política, nem porque “ele tem vontade de dizer o que pensa”. A ele lhe foi imposto uma presença e um mandato, desde fora, sem coacção, mas com a autoridade de quem é digno de toda credibilidade: «E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura». (cf. Mc 16,15). Quer dizer, que evangelizamos por obediência gozosa e confiadamente.

Nossa palavra, por outro lado, não se apresenta como uma mais no mercado das ideias ou das opiniões, mas que tem todo o peso das mensagens fortes e definitivas. De sua aceitação ou rejeição dependem a vida ou a morte; e sua verdade, sua capacidade de convicção, vem pela via testemunhal, isto é, aparece acreditada pelos signos de poder em favor dos necessitados. Razão pela qual, é propriamente, uma “proclamação”, uma declaração pública, feliz, entusiasmada, de um fato decisivo e salvador.

Por que, então nosso silêncio? Medo, timidez? Dizia São Justino que «aqueles ignorantes e incapazes de eloquência, persuadiram pela virtude a todo o gênero humano». O signo o milagre da virtude é nossa eloquência. Deixemos pelo menos que o Senhor no meio de nós e conosco realize sua obra: estava «Os discípulos partiram e pregaram por toda parte. O Senhor cooperava com eles e confirmava a sua palavra com os milagres que a acompanhavam.» (Mc 16,20).
Mons. Agustí CORTÉS i Soriano Bispo de Sant Feliu de Llobregat 
(Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors 


A MISSÃO DOS DISCÍPULOS Mc 16,15-20
HOMILIA

O anúncio do “Evangelho” obriga os homens a uma opção. Quem aderir à proposta que Jesus faz, chegará à vida plena e definitiva; mas quem recusar essa proposta, ficará à margem da salvação. A tarefa que os discípulos são chamados a fazer vai atingir não só os homens, mas “toda a criatura”.

Tornar-se discípulo é, em primeiro lugar, aprender os ensinamentos de Jesus – a partir das suas palavras, dos seus gestos, da sua vida oferecida por amor.

É um tremendo desafio testemunhar, hoje, no mundo os valores do “Reino” . Com freqüência, os discípulos de Jesus são objetos da irrisão e do escárnio dos homens, porque insistem em testemunhar que a felicidade está no amor e no dom da vida; com freqüência, os discípulos de Jesus são apresentados como vítimas de uma máquina de escravidão, que produz escravos, alienados, vítimas do obscurantismo, porque insistem em testemunhar que a vida plena está no perdão, no serviço, na entrega da vida.

A missão que Jesus confiou aos discípulos é uma missão universal: as fronteiras, as raças, a diversidade de culturas, não podem ser obstáculos para a presença da proposta libertadora de Jesus no mundo. Tenho consciência de que a missão que foi confiada aos discípulos é uma missão universal? Tenho consciência de que Jesus me envia também a todos os homens – sem distinção de raças, de etnias, de diferenças religiosas, sociais ou econômicas – a anunciar-lhes a libertação, a salvação, a vida definitiva? Tenho consciência de que sou responsável pela vida, pela felicidade e pela liberdade de todos os meus irmãos – mesmo que eles habitem no outro lado do mundo?

O confronto com o mundo gera muitas vezes, nos discípulos, desilusão, sofrimento, frustração. Nos momentos de decepção e de desilusão. Como tenho reagido? Se ainda algum dia tiver de chorar, consolar-me-á a certeza da presença de Jesus: “eu estarei convosco até ao fim dos tempos”. Esta certeza deve nos alimentar e encorajar no testemunho d’Aquele que nos envia e em quem acreditamos: Jesus Cristo nosso Senhor!
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 3,1-8 - 24.04.2017

2ª-feira da 2ª Semana da Páscoa
24 de Abril de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Jo 3,1-8

Se alguém não nasce da água e do Espírito,
não pode entrar no Reino de Deus.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 3,1-8

1Havia um chefe judaico,
membro do grupo dos fariseus,
chamado Nicodemos,
2que foi ter com Jesus, de noite,
e lhe disse:
'Rabi, sabemos que vieste como mestre
da parte de Deus.
De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes,
a não ser que Deus esteja com ele'.
3Jesus respondeu:
'Em verdade, em verdade te digo,
se alguém não nasce do alto,
não pode ver o Reino de Deus'.
4Nicodemos disse:
'Como é que alguém pode nascer, se já é velho?
Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?'
5Jesus respondeu:
'Em verdade, em verdade te digo,
se alguém não nasce da água e do Espírito,
não pode entrar no Reino de Deus.'
6Quem nasce da carne é carne;
quem nasce do Espírito é espirito.
7Não te admires por eu haver dito:
Vós deveis nascer do alto.
8O vento sopra onde quer
e tu podes ouvir o seu ruído,
mas não sabes de onde vem, nem para onde vai.
Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito'.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 3, 1-8
O Evangelho de hoje nos mostra uma nova oposição entre o velho e o novo, que não acontece mais segundo o tempo, mas segundo a condição do homem diante de Deus. O homem velho é o homem do Antigo Testamento, o homem que vive segundo a lei, é escravo do pecado e da morte. O homem novo é o homem que participa da Nova Aliança, é cidadão do Reino de Deus, não vive mais segundo a lei, mas vive o novo mandamento, o mandamento do amor, não é mais escravo do pecado, mas é filho de Deus, é livre e vive segundo a graça e não é mais prisioneiro da morte porque tem a Vida nova em Cristo.
Fonte CNBB


É PRECISO NASCER DE NOVO Jo 3,1-8
HOMILIA

Neste texto do Evangelho de hoje, temos a conclusão do diálogo de Jesus com Nicodemos. O evangelista João recorre ao simbolismo da serpente de bronze (cf. Nm 21,9) – a qual, pela fé, libertava das mordidas mortais das serpentes do deserto para aplicá-lo à fé em Jesus, pelo qual se tem a vida eterna. Este diálogo com Nicodemos é um convite à conversão. Coloca em confronto as duas opções: aquele que crê e aquele que não crê, aquele que pratica o mal e ama as trevas e aquele que pratica a verdade e se aproxima da luz.

Jesus rejeitava, muitas vezes, aqueles que tentavam segui-lo. A um jovem rico que buscava o seu conselho, ele replicou com palavras tão fortes que o homem foi embora entristecido, não disposto a seguir Jesus a tão alto preço. A um importante líder religioso, Nicodemos, que tinha vindo louvando Jesus, o Senhor respondeu abruptamente: Você tem que nascer de novo, se quiser ao menos ver o reino de Deus! Jesus pintava francamente as dificuldades em segui-lO e rejeitava todos os que tentavam fazê-lo de forma inadequada. Jesus pregou sobre o tema: “Não pode ser meu discípulo”, discutindo abertamente a necessidade de calcular o custo antes de embarcar na vida de discípulo.

Não era porque Jesus não quisesse seguidores. Ele veio ao mundo para buscar e salvar os perdidos. Ele estava profundamente comovido pelas multidões perdidas e ansiava pela sua conversão. Mas Jesus sabia que não seria fácil para os homens segui-lO e que eles estariam inclinados a enganarem-se a si mesmos, pensando que eram discípulos, quando não eram. O Senhor nunca deixou de declarar francamente o que a conversão real exige.

A troca de palavras entre Jesus e Nicodemos, neste Evangelho de hoje, é fascinante. Nicodemos era um chefe religioso. Ele veio a Jesus, louvando seus ensinamentos e milagres. É difícil saber o que se passava na mente de Nicodemos, enquanto falava. Talvez estivesse esperando louvor, uma posição na administração de Jesus ou um voto de confiança pela obra que ele mesmo estava fazendo, como mestre em Israel. Mas a resposta surpreendente de Jesus foi: “Nicodemos, você precisa começar tudo de novo, se quiser entrar no reino de Deus.” Seja o que for que Nicodemos estivesse esperando, não era isto! A resposta de Jesus significava que toda a religião de Nicodemos, toda a sua atividade no ensino, toda a sua posição no judaísmo, eram sem valor, em relação ao domínio de Deus. Nós também precisamos ver que toda a nossa religião e nossa própria grandeza nada valem. As realizações do passado nada representam. Precisamos recomeçar tudo novamente para sermos capazes de entrar num relacionamento com Deus.

Mas para isso basta olhar para o que Jesus ensinou! Para Ele é loucura começar um projeto sem entender primeiro o que será exigido para terminá-lo. Ele ilustrou com a idéia de um homem que começou a construir uma torre, mas loucamente esqueceu de fazer um orçamento para determinar se teria fundos para completá-la, e assim teve que parar no meio do projeto. A verdadeira conversão necessita de um cuidadoso exame do estilo de vida que Deus espera do convertido.

O arrependimento, que é essencial à verdadeira conversão, envolve morte ao pecado. A Bíblia o compara à morte e ressurreição de Cristo. Tem que haver uma mudança de estilo de vida radical. A Bíblia usa termos como matar o velho homem e revestir-se com o novo, e descreve com minúcias as mudanças exatas que precisam ser feitas. Maus hábitos — embriaguez, imoralidade sexual, ira, ganância, orgulho, etc. — precisam ser eliminados da própria vida, ao passo que devem ser acrescentados o amor, a verdade, a pureza, o perdão e a humildade. Este é o resultado do arrependimento.

Muitas pessoas tentam ser convertidas e converter outras, sem arrependimento. Elas ensinam um cristianismo indolor, que não exige sacrifício. Elas salientam as emoções, a felicidade e as bênçãos, porém pensam pouco sobre as mudanças reais que a conversão exige na vida diária da pessoa. Entendamos isto claramente: Não há conversão sem transformação. Aquele que creu e foi batizado, aquele que até mesmo foi aceito numa igreja e participa fielmente das atividades religiosas, mas que não se arrependeu, não é salvo. O arrependimento é um compromisso sério, determinado, para mudar sua própria vida.

Para tomar parte realmente na Ceia do Senhor, a pessoa precisa de nascer de novo, no poder a água e do Espírito Santo. Ela precisa executar o ato certo, pelo motivo certo. A pessoa precisa ser um discípulo fiel.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/


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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 20,19-31 - 23.04.2017

2º Domingo da da Páscoa
23 de Abril de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Jo 20,19-31

Oito dias depois, Jesus entrou.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,19-31

19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana,
estando fechadas, por medo dos judeus,
as portas do lugar onde os discípulos se encontravam,
Jesus entrou e pondo-se no meio deles,
disse: 'A paz esteja convosco'.
20Depois destas palavras,
mostrou-lhes as mãos e o lado.
Então os discípulos se alegraram
por verem o Senhor.
21Novamente, Jesus disse: 'A paz esteja convosco.
Como o Pai me enviou, também eu vos envio'.
22E depois de ter dito isto,
soprou sobre eles e disse: 'Recebei o Espírito Santo.
23A quem perdoardes os pecados
eles lhes serão perdoados;
a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos'.
24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze,
não estava com eles quando Jesus veio.
25Os outros discípulos contaram-lhe depois:
'Vimos o Senhor!'. Mas Tomé disse-lhes:
'Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos,
se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos
e não puser a mão no seu lado, não acreditarei'.
26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos
novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles.
Estando fechadas as portas, Jesus entrou,
pôs-se no meio deles e disse: 'A paz esteja convosco'.
27Depois disse a Tomé:
'Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos.
Estende a tua mão e coloca-a no meu lado.
E não sejas incrédulo, mas fiel'.
28Tomé respondeu: 'Meu Senhor e meu Deus!'
29Jesus lhe disse: 'Acreditaste, porque me viste?
Bem-aventurados os que creram sem terem visto!'
30Jesus realizou muitos outros sinais
diante dos discípulos,
que não estão escritos neste livro.
31Mas estes foram escritos para que acrediteis que
Jesus é o Cristo, o Filho de Deus,
e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB

Reflexão - Jo 20,19-31
«Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados»

Hoje, segundo Domingo da Páscoa, completamos a oitava deste tempo litúrgico, uma das oitavas —juntamente com a do Natal— que a renovação litúrgica do Concílio Vaticano II manteve. Durante oito dias, contemplamos o mesmo mistério a aprofundamo-lo à luz do Espírito Santo.

Por desígnio do Papa João Paulo II, a este Domingo chama-se o Domingo da Divina Misericórdia. Trata-se de algo que vai muito mais além de uma devoção particular. Como explicou o Santo Padre na sua encíclica Dives in misericordia, a Divina Misericórdia é a manifestação amorosa de Deus em uma história ferida pelo pecado. A palavra “Misericórdia” tem a sua origem em duas palavras: “Miséria” e “Coração”. Deus coloca a nossa miserável situação devida ao pecado no Seu coração de Pai, que é fiel aos Seus desígnios. Jesus Cristo, morto e ressuscitado, é a suprema manifestação e atuação da Divina Misericórdia. «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito» (Jo 3,16) e entregou-O à morte para que fossemos salvos. «Para redimir o escravo sacrificou o Filho», temos proclamado no Pregão pascal da Vígilia. E, uma vez ressuscitado, constituiu-O em fonte de salvação para todos os que crêem nele. Pela fé e pela conversão, acolhemos o tesouro da Divina Misericórdia.

A Santa Madre Igreja, que quer que os seus filhos vivam da vida do Ressuscitado, manda que —pelo menos na Páscoa— se comungue na graça de Deus. A cinquentena pascal é o tempo oportuno para cumprir esta determinação. É um bom momento para confessar-se, acolhendo o poder de perdoar os pecados que o Senhor ressuscitado conferiu à sua Igreja, já que Ele disse aos Apóstolos: «Recebei o Espírito Santo. Áqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados» (Jo 20,22-23). Assim iremos ao encontro das fontes da Divina Misericórdia. E não hesitemos em levar os nossos amigos a estas fontes de vida: à Eucaristia e à Confissão. Jesus ressuscitado conta conosco.
Rev. D. Joan Ant. MATEO i García 
(La Fuliola, Lleida, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


COMPROMISSO COM CRISTO RESSUSCITADO Jo 20,19-31
HOMILIA

Nas tradições das primeiras comunidades circulavam dois tipos de textos sobre a ressurreição: uns relativos à constatação do túmulo vazio e outros relacionados às aparições do ressuscitado. Em Marcos encontramos apenas a tradição do túmulo vazio. Os demais evangelistas combinam-se ao coletar textos extraídos das duas tradições. No texto de hoje, do Evangelho de João, temos a narrativa do encontro do túmulo vazio. Em continuação, o Evangelho apresentará as narrativas de aparições. A tradição do túmulo vazio suscita a fé no ressuscitado sem vê-lo.

Precisamos fazer um rebusco ao que Jesus disse aos discípulos na última ceia. Ele já comunicara aos discípulos, de maneira expressiva, a sua paz; e agora, na condição de ressuscitado, a renova. Jesus aparece entre os discípulos reunidos, anuncia-lhes a paz e mostra-lhes as chagas.

A primeira testemunha do cumprimento destas palavras foi Maria Madalena que chega ao túmulo. Vê a pedra que o fechava removida e acha que roubaram o corpo. Ela o comunica a Pedro e ao discípulo que Jesus amava. Este discípulo é mais ágil do que Pedro ao dirigir-se ao túmulo; porém, em consideração a ele, deixa que entre primeiro. O pano que tinha coberto a cabeça de Jesus estava enrolado num lugar à parte. O discípulo que Jesus amava viu e creu na presença viva de Jesus. Até então não tinham compreendido que Ele ressuscitaria. Contudo, os sinais do túmulo vazio são suficientes para o discípulo amado crer que Jesus continuava vivo.

No Evangelho de hoje, os discípulos estão com as portas trancadas com medo dos judeus. Este detalhe exprime a situação da comunidade de João, excluída pelos judeus, os quais, inclusive, denunciavam os cristãos aos romanos. Porém, a presença do ressuscitado liberta a comunidade do medo e lhes traz a alegria. O mostrar as chagas das mãos e a do lado é a confirmação de identificação do ressuscitado com Jesus de Nazaré, que foi crucificado. Agora, conforme anunciara nos discursos de despedida, Jesus comunica aos discípulos o Espírito, soprando sobre eles.

Os discípulos são enviados em missão, com o conforto do Espírito. Suas comunidades, que vivem na comunhão e partilha, movidas pela fé em Jesus, são responsáveis pela prática da misericórdia no acolhimento dos excluídos como pecadores e de todos aqueles que se sentem atraídos por Jesus. A partir da experiência de Tomé, Jesus proclama a bem-aventurança da fé. Começa o tempo dos bem-aventurados que não viram e creram.

Em Atos, Lucas narra o anúncio de Pedro: a partir do batismo de João, iniciou-se o ministério libertador de Jesus, por toda parte, até sua morte na cruz. Porém, ressuscitado, continua presente entre os discípulos. É o mesmo Jesus de Nazaré, Filho de Deus encarnado, que a todos comunicou eternidade e vida divina. As primeiras comunidades tinham consciência de que, pelo batismo, já viviam como ressuscitadas, isto é, em união com Jesus em sua eternidade e divindade.

Comprometer-se, hoje, com o projeto vivificante de Jesus, na justiça, no amor, na partilha, é viver a ressurreição, em comunhão com o Deus eterno.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/


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quarta-feira, 19 de abril de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mc 16,9-15 - 22.04.2017

Sábado na Oitava da da Páscoa
22 de Abril de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Mc 16,9-15

Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho.

+ Proclamaçóo do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Marcos 16,9-15

9Depois de ressuscitar,
na madrugada do primeiro dia após o sábado,
Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena,
da qual havia expulsado sete demônios.
10Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus,
que estavam de luto e chorando.
11Quando ouviram que ele estava vivo
e fora visto por ela, não quiseram acreditar.
12Em seguida, Jesus apareceu a dois deles,
com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo.
13Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros.
Também a estes não deram crédito.
14Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos
enquanto estavam comendo,
repreendeu-os por causa da falta de fé
e pela dureza de coração,
porque não tinham acreditado
naqueles que o tinham visto ressuscitado.
15E disse-lhes:
'Ide pelo mundo inteiro
e anunciai o Evangelho a toda criatura!
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mc 16, 9-15
Para que possamos conhecer verdadeiramente Jesus, duas coisas são necessárias. A primeira é a atuação da graça divina que nos revela quem é Jesus na sua divindade e na sua atuação messiânica e a segunda é a nossa abertura a essa graça para que possamos acolher a atuação divina em nós. A partir desses dois elementos, podemos compreender melhor qual é o papel do evangelizador e qual a essência da nossa missão. Movidos pelo grande protagonista da missão que é o Espírito Santo, somos chamados a ser canais de graça na vida das pessoas e ao mesmo tempo a preparar os corações das pessoas para que sejam terreno fértil para o evangelho e acolham a Cristo em suas vidas.
Fonte CNBB


IDE POR TODO O MUNDO E ANUNCIA O EVANGELHO Mc 16,9-15
HOMILIA

A Boa-Nova do amor de Deus e do dom da vida eterna, revelada por seu Filho, é para ser anunciada ao mundo inteiro.

O evangelho de Marcos terminava com as mulheres junto ao túmulo vazio e o anúncio da ressurreição pelos anjos. Jesus presente pede que os discípulos partam para a Galiléia. Hoje Jesus aparece aos onze discípulos e os envia em missão a fim de anunciarem o Seu Reino de amor e de paz, fazendo todos os homens e mulheres discípulos. Oito dias depois Ele aparece de novo. Quero de modo muito especial destacar o dia em que acontece a missão: Domingo bem cedo. É o primeiro dia da semana, e portanto, dia do trabalho. Mas que tipo de trabalho? É o dia que para nós Deus refez tudo de novo. Nova terra e novos céus iniciaram com a vitória do Mestre sobre a morte. Dia do poder salvador de Deus.

“Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura”. Esta é a missão a que todo cristão é chamado depois de experimentar na sua vida a força da ressurreição de Jesus. Quem não tem consciência disso ainda está nas trevas da incredulidade e presta culto antes a um ilustre defunto do que a Cristo, Senhor da vida.

Que o tempo pascal fortaleça a nossa fé não só na ressurreição de Cristo, mas também na presença dele na Igreja, no meio de nós. Peçamos a coragem de anunciar o seu Evangelho, o que consiste fundamentalmente em anunciar o seu mistério pascal.

À Madalena, a pecadora Jesus ressuscitado apareceu faz dela a primeira anunciadora da notícia da Ressurreição. Para os discípulos de Emaús aparece o Salvador e os liberta da dor. Aos onze discípulos aparece e lhes Censura a dureza de coração e a falta de Fé no que Moisés e os Profetas anunciaram e os envia em missão a pregar pelo mundo inteiro consequentemente quem acreditasse nas suas palavras e fosse batizado seria salvo. Hoje esta missão é minha é tua. Precisamos assumi-la com unhas e dentes para que a notícia da Ressurreição chegue aos confins da terra.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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