quinta-feira, 31 de maio de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 12,13-17 - 05.06.2018

Liturgia Diária

DIA 5 – TERÇA-FEIRA   
SÃO BONIFÁCIO, BISPO E MÁRTIR

(vermelho – ofício da memória)

Bonifácio (Inglaterra, 673-754), monge beneditino, foi evangelizador e apóstolo dos povos germânicos. Também promoveu a reforma da Igreja na França, dedicando-se à edificação de mosteiros, dioceses e igrejas e fazendo jus ao significado de seu nome: “o que realiza boas ações”. Inspirados em seu exemplo, busquemos também nós realizar boas obras para o reino de Deus.

Evangelho: Marcos 12,13-17

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

– Naquele tempo, 13as autoridades mandaram alguns fariseus e alguns partidários de Herodes para apanharem Jesus em alguma palavra. 14Quando chegaram, disseram a Jesus: “Mestre, sabemos que tu és verdadeiro e não dás preferência a ninguém. Com efeito, tu não olhas para as aparências do homem, mas ensinas, com verdade, o caminho de Deus. Dize-nos: é lícito ou não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não?” 15Jesus percebeu a hipocrisia deles e respondeu: “Por que me tentais? Trazei-me uma moeda, para que eu a veja”. 16Eles levaram a moeda, e Jesus perguntou: “De quem é a figura e a inscrição que estão nessa moeda?” Eles responderam: “De César”. 17Então Jesus disse: “Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”. E eles ficaram admirados com Jesus.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: Marcos 12,13-17
«Devolvei, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus»

Rev. D. Manuel SÁNCHEZ Sánchez
(Sevilla, Espanha)

Hoje, maravilhamo-nos, mais uma vez, com o engenho e sabedoria de Cristo. Ele, com a sua magistral resposta, assinala diretamente a justa autonomia das realidades terrenas: «Devolvei, pois, a César o que é de César» (Mc 12,17).

Mas a Palavra de hoje é algo mais que saber sair de um apuro; é uma questão que tem atualidade em todos os momentos da nossa vida: que estou dando a Deus?; é realmente o mais importante na minha vida? Onde pus o coração? Porque… «onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração» (Lc 13,34).

De fato, segundo São Jerônimo, «tendes que dar forçosamente a César a moeda que tem impressa a sua imagem; mas vós entregai com gosto todo o vosso ser a Deus, porque em nós está impressa a sua imagem e não a de César». Ao longo da sua vida, Jesus Cristo apresenta constantemente a questão da eleição. Somos nós os que estamos chamados a escolher, e as opções são claras: viver partindo dos valores deste mundo, ou viver partindo dos valores do Evangelho.

É sempre tempo de escolha, tempo de conversão, tempo para voltar a “recolocar” a nossa vida na dinâmica de Deus. Será a oração e, especialmente a realizada com a Palavra de Deus, a que nos vai revelando o que Deus quer de nós. O que sabe escolher a Deus, converte-se em morada de Deus, pois «se alguém me ama, guardará a minha Palavra, e meu Pai o amará, e o veremos, e faremos morada nele» (Jo 14,23). É a oração que se converte na autêntica escola onde, como afirma Tertuliano, «Cristo nos vai ensinando qual era o desígnio do Pai que Ele realizava no mundo, e qual a conduta do homem para que seja conforme a esse mesmo desígnio» Saibamos, portanto, escolher o que nos convém!

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DAI A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR Mc 12,13-17
HOMILIA

Jesus é interrogado pelos discípulos dos fariseus com a intenção de pegá-lo em falso. Mas Cristo, conhecendo bem as artimanhas dos seus pensamentos. Eles incoscientemente nos apresentam a verdadeira personalidade de Jesus: Mestre, sabemos que és verdadeiro, e não dás preferências a ninguém. Não olhas para as aparências do homem, mas ensinas com verdade o caminho de Deus.

Tudo o que eles disseram sobre Jesus, é verdade e constitui a missão de Jesus. Só que nunca imaginaram que da boca de Jesus viesse a sair uma resposta tão sábia e tão inteligênte que os fizesse cair nas malhas das suas próprias palavras. É lícito ou não pagar o imposto a César? Devemos pagar ou não? Já que eles maliciosamente fizeram esta pergunta, Jesus responde-lhes com uma outra desafia-lhes a sabedoria. De quem é a figura e a inscrição que estão nessa moeda? E eles então dão a sua própria sentença: é de César! Sem mais perca de tempo, o Mestre lhes faz meditar na verdade do ditado segundo o qual pela “boca morre o peixe”: Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus!

É necessário que eles ontem e nós hoje aprentamos a estabelecer de uma vez por todas que existem o poder temporal e àquele atemporal. O poder deste mundo passagerio e o do mundo que não tem fim. Ao se referir a César, Ele ensina que enquanto estivermos no mundo, embora não lhe pertençamos devemos tenhamos a capacidade e o espírito de discernimento entre o que pertence a terra e o que pertence ao reino do céu. Que saibamos exercer com dignidade a nossa cidadania obedecendo as autoridades legalmente instituídas pelo Estado. Que assumamos os nossos deveres e usufluamos dos nossos direitos dentro e fora da nossa Pátria.

A segunda parte da resposta de Jesus nos faz ver que como Seus discipúlos temos um distino diferente dos deste mundo. O preço da nossa salvação é paga com a moeda que também tem faces dum lado está escrito: SOU CIDADÃO DO CÉU. E JESUS É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA PARA LÁ CHEGAR. E do outro ládo está a imagem de Jesus crucificado e ressuscitado.

Meu irmão minha irmã se dum lado somos chamados a vivermos a sobriedade nas nossas palavras para não nos condenamos como os fariseus do evagelho de hoje, por outro lado Jesus chama-nos atenção a que não tenhamos outro senhor a quem adoremos, simoblisado pelo pagamento de impostos, a que nas nossas relações com os nossos irmãos e irmãs não tenhamos outra moeda senão a do amor de Jesus Cristo. Pois sem Ele ninguém entrará no Reino do Céu!

Ó Deus, dai-me a graça de possuir a única moeda com a qual eu possa comprar o reino do Céu, que me ensine e ajude proclamar a minha fé não somente em palavras, mas também na verdade das minhas ações que é Jesus Cristo, Vosso Filho que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amén!

Fonte https://homilia.cancaonova.com


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quarta-feira, 30 de maio de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 12,1-12 - 04.06.2018

Liturgia Diária

DIA 4 – SEGUNDA-FEIRA   
9ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Aprimorando os nossos dons e virtudes e pondo-os a serviço, estaremos acolhendo Jesus e cuidando deste mundo, assim como um bom agricultor cuida da sua vinha e a faz produzir frutos.

Evangelho: Marcos 12,1-12

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

– Naquele tempo, 1Jesus começou a falar aos sumos sacerdotes, mestres da lei e anciãos, usando parábolas: “Um homem plantou uma vinha, cercou-a, fez um lagar e construiu uma torre de guarda. Depois arrendou a vinha a alguns agricultores e viajou para longe. 2Na época da colheita, ele mandou um empregado aos agricultores para receber a sua parte dos frutos da vinha. 3Mas os agricultores pegaram o empregado, bateram nele e o mandaram de volta sem nada. 4Então o dono da vinha mandou de novo mais um empregado. Os agricultores bateram na cabeça dele e o insultaram. 5Então o dono mandou ainda mais outro, e eles o mataram. Trataram da mesma maneira muitos outros, batendo em uns e matando outros. 6Restava-lhe ainda alguém: seu filho querido. Por último, ele mandou o filho até os agricultores, pensando: ‘Eles respeitarão meu filho’. 7Mas aqueles agricultores disseram uns aos outros: ‘Esse é o herdeiro. Vamos matá-lo, e a herança será nossa’. 8Então agarraram o filho, o mataram e o jogaram fora da vinha. 9Que fará o dono da vinha? Ele virá, destruirá os agricultores e entregará a vinha a outros. 10Por acaso, não lestes na Escritura: ‘A pedra que os construtores deixaram de lado tornou-se a pedra mais importante; 11isso foi feito pelo Senhor e é admirável aos nossos olhos’?” 12Então os chefes dos judeus procuraram prender Jesus, pois compreenderam que havia contado a parábola para eles. Porém ficaram com medo da multidão e, por isso, deixaram Jesus e foram-se embora.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/

Reflexão - Evangelho: Marcos 12,1-12
«Depois mandou um servo para receber dos agricultores a sua parte dos frutos da vinha»

Fr. Alphonse DIAZ
(Nairobi, Qunia)

Hoje, o Senhor convida-nos a passear por sua vinha: «Um homem plantou uma vinha (...) e ele a alugou a uns lavradores» (Mc 12,1). Todos somos arrendatários dessa vinha. A vinha é o nosso próprio espírito, a Igreja e o mundo inteiro. Deus quer nossos frutos. Primeiro, a nossa santidade pessoal; depois um constante apostolado entre os meus amigos, a quem nosso exemplo e palavras devem animá-los a aproximarem-se cada dia mais a Cristo; finalmente, o mundo, que se converterá num lugar melhor para viver, se santificamos o nosso trabalho profissional, nossas relações sociais e nosso dever para o bem comum.

Que tipo de arrendatários somos? De aqueles que trabalham muito, ou daqueles quem se irritam quando o dono envia seus empregados para cobrar-nos o aluguel? Podemos nos opor aos que têm a responsabilidade de ajudar a proporcionar os frutos que Deus espera de nós. Podemos pôr objeções aos ensinos da Santa Mãe Igreja e do Papa, dos bispos, ou talvez, mais modestamente, dos nossos pais, nosso diretor espiritual, ou daquele bom amigo que está tentando ajudar-nos. Podemos, inclusive, voltarnos agressivos, e tentar ferí-los, ou até "matá-los" com nossa critica e comentários negativos. Deveríamos perguntar-nos os verdadeiros motivos desta postura. Talvez precisamos de um conhecimento mais profundo da nossa fé; quiçá devemos aprender a conhecer-nos melhor; fazer um melhor exame de consciência, para descobrir as razões pelas que não queremos produzir frutos.

Peçamos a nossa Mãe Maria ajuda para que possamos trabalhar com amor, sob a guia do Papa. Todos podemos ser "bons pastores" e "pescadores" de homens. «Então, vamos e peçamos ao Senhor que nos ajude a dar fruto, um fruto que permaneça. Só assim a terra se transforma de vale de lágrimas em jardim de Deus» (Papa Bento XVI). Nós poderíamos aproximar nosso espírito a Jesus Cristo, o espírito de nossos amigos, ou o do mundo inteiro, se apenas lêssemos e meditássemos os ensinos do Papa Bento, e tentássemos pô-los em prática.

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OS LAVRADORES MAUS Mc 12,1-12
HOMILIA

Iniciamos hoje o Tempo da Igreja! Depois da Festa do Pentecostes, os discípulos são enviados como agricultores para produzirem frutos. É o tempo da primavera, o tempo comum batendo a tua porta para que possas florir e dar muitos frutos que permaneçam a vida inteira. São Marcos nos presenteia hoje com a parábola dos maus agricultores.

Nesta parábola, Jesus está mostrando o caráter dos líderes judeus, que tinham rejeitado os profetas de Deus e estavam se preparando para rejeitar e matar seu Filho amado.

Na aplicação da parábola, apesar da prepotência e violência nela contida, Deus pode ser entendido como o proprietário da vinha. A vinha, conforme a tradição profética, é o povo amado por Deus. Os agricultores violentos são os chefes religiosos, que oprimem, exploram o povo e procuram eliminar quem busca libertação. Eles entenderam que Jesus falava deles. Irritam-se e procuram prendê-lo.

Jesus é o herdeiro de Deus e nós, “feitos filhos de Deus”, ganhamos o privilégio de também sermos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo Jesus. Que bênção, que privilégio Ele nos concede!

No texto de hoje, Jesus dá a conhecer a todos o que os religiosos do templo tinham escondido nas entranhas do coração – tinham-se apoderado da vinha, consideravam-na sua e não administradores dela! Quantos de nós, hoje, temos “subido acima da chinela” e nos temos por donos do que é de Deus, e não mais mordomos.

É preciso deixar o lugar que não nos pertence e retomarmos o lugar de servos e despenseiros de Deus, trabalhando de alma e coração. Como é que te consideras em relação às coisas de Deus? Dono, senhor ou despenseiro? Convém que sejamos bons despenseiros da graça de Deus.

Quantos conflitos evitaríamos na causa de Deus se, em vez de nos “armarmos” em donos da vinha de Deus, assumíssemos, com submissão e gratidão, o privilégio de mordomos fiéis do nosso Pai do Céu.

Fiquemos certos que, no tempo próprio, Deus nos chamará, com Sua autoridade e poder: muito bem, servo bom e fiel, porque foste fiel no pouco; entra no gozo do Senhor. Toma, agora, posse da tua herança, por teres aceite a capacidade de crer: a todos quantos O receberam, deu-lhes a graça de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no Seu Nome.

Pai, porque és misericordioso, nunca te cansas de querer levar a mim e a toda a humanidade para junto de ti. Que eu perceba e acolha a manifestação deste teu imenso amor e me converta no agricultor que produza bons frutos no devido tempo e os entregue a Vós!

Fonte http://homilia.cancaonova.com


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segunda-feira, 28 de maio de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 2,23-3,6 ou 23-28 - 03.06.2018

Liturgia Diária

DIA 3 – DOMINGO   
9º DO TEMPO COMUM

(verde – 1ª semana do saltério)

Neste dia dedicado ao louvor de Deus, somos convidados a exultar nele, nossa força. Em meio às aflições e dificuldades do dia a dia, encontramos na celebração eucarística o alento e o ânimo para manifestar em nossa vida a vida de Jesus, o qual veio para nos mostrar que ele é Senhor de todo tempo e de todo bem. Celebremos a páscoa semanal de Cristo ressuscitado, abrindo o coração à sua luz e à sua ação vivificadora e transformadora.

Evangelho: Marcos 2,23-3,6 ou 23-28

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

– [23Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24Então os fariseus disseram a Jesus: “Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?” 25Jesus lhes disse: “Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães”. 27E acrescentou: “O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do homem é senhor também do sábado”.]

3,1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e fica aqui no meio!” 4E perguntou-lhes: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?” Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo.

– Palavra da salvação.


Reflexão - Evangelho: Marcos 2,23-3,6 ou 23-28
“O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. Portanto, o Filho do homem é senhor também do sábado”.

Temos aqui o ensinamento de Jesus a respeito da observância  do sábado. O ensinamento foi provocado pelo questionamento dos fariseus, porque os discípulos transgrediram o descanso sabático ao arrancar espigas do campo. O Mestre apresenta o exemplo de Davi para justificar a atitude dos seus. Esse exemplo revela que provavelmente os discípulos estavam com fome. Os fariseus não questionam o roubo (o campo não era de Jesus nem dos discípulos), mas o não cumprimento da lei sabática. Para eles, o descanso no sábado é algo sagrado. Jesus procura mostrar qual a função da antiga lei na nova comunidade. Sim, a lei teve sua validade e foi criada para questionar a escravidão no Egito e proporcionar um dia de descanso. Assim como Deus descansou depois de seis dias de trabalho, o povo também tem direito ao descanso e ao lazer. O evangelho conclui mostrando o que é mais importante, a lei ou a vida? O centro de tudo é a pessoa, e a lei deve estar a serviço da vida do povo. Quando a lei não favorece a vida ou a prejudica, deve ser questionada e revista.

(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Fonte https://www.paulus.com.br


O FILHO DO HOMEM É SENHOR DO SÁBADO Mc 2,23-28
HOMILIA

Marcos inicia seu Evangelho com o anúncio de João Batista que vem “preparar o caminho” de Jesus. Agora, os discípulos de Jesus começam a “abrir caminho”. Marcos, na primeira parte de seu Evangelho, coloca a “casa” como o lugar de formação e convívio das comunidades envolvidas pelo ministério de Jesus. Na segunda parte, quando vai se encerrando o ministério ao redor da Galiléia, o destaque é o “caminho” para Jerusalém, onde se dará o confronto final com os chefes do Templo.

Ao longo do ministério na Galiléia e vizinhanças, fica caracterizado o confronto com os chefes das sinagogas locais pelas infrações às regras de pureza, pela observância sabática, pelo jejum e pelo convívio social, bem como pela promulgação do perdão dos pecados. Jesus, por sua prática, revela que a necessidade está acima da Lei.

O que Jesus e os discípulos estavam fazendo em Marcos 2,23 seria perfeitamente lícito aos olhos dos fariseus se não fosse realizado no sábado (Deuteronômio 23,25). A Tradição oral determinava minuciosamente o que podia e não podia ser feito aos sábados. Havia até uma lista de 39 verbos (trabalhos) que não podiam ser feitos naquele dia. Quatro destes verbos (colher, debulhar, limpar e preparar) eram descrições de que os discípulos estavam fazendo ao comer.

Jesus combateu a tradição judaica muitas vezes, especialmente as tradições com respeito ao sétimo dia. Há uma grande quantidade de situações onde Jesus entrou em choque com os judeus nesta questão (Mc 3,1-6; Lc 13,10-17; 14,1-6; Jo 5,1-9; 16-17; 7,22; 9,1-14). A seita dos chamados essênios, por exemplo, proibia claramente que um homem tirasse de uma cisterna ou fosso um animal que ali tivesse caído (Documento de Damasco, 11.13-14). Jesus, e até mesmo a maioria dos judeus, achava isto um absurdo (Mt 12.11; Lc 14,5, também 13,15).

O Mestre citou o exemplo de Davi em 1Sm 21,1-6 para chamar atenção dos seus opositores ao fato que nem tudo pode ser resumido ou explicado pela tradição rabínica. Davi comeu os pães da proposição (Lv. 24,5-9) numa situação de perigo de vida e não foi punido por isto. De fato, este evento ocorreu num sábado, dia no qual os pães eram retirados do tabernáculo, substituídos por outros e disponibilizados aos sacerdotes para seu alimento. Tal fato não prova que os pães da proposição podiam ser comidos por qualquer um; pelo contrário, a exceção prova a regra. Quebrar a lei de Deus quando houver necessidade não é o que Jesus ensina aqui. O que fica provado é que o modo rígido e legalista dos fariseus de interpretar a Lei não explicava tudo (Mc. 2,25 – 26).

De fato, Davi só comeu os pães da proposição impunemente por ter Deus concedido a ele esta prerrogativa naquele momento. De uma forma similar, Jesus tem prerrogativas e autoridade superiores às da Tradição e da própria Lei judaica. Jesus está dizendo: “Se Davi teve autorização para quebrar o protocolo, muito mais o Senhor de Davi pode fazê-lo”.

Mateus ainda menciona o caso dos sacerdotes judaicos que trabalham no templo em pleno sábado (Mt 12,5-7). Se o serviço no templo exige a suspensão da lei do sábado para alguns, a obra de Jesus exige a suspensão da mesma lei, pois Jesus é maior que o templo (Mt 12,6). Se o templo era maior que o sábado e se Jesus era maior que o templo, certamente era maior que o sábado, um dos grandes preceitos da Lei.

Em tudo isto, pode-se notar também que há prioridades dentro das prescrições da Lei e que há momentos em que um princípio maior supera outras regras menores. A citação de Os 6,6 aponta nesta direção. O ritual não é maior que a fidelidade; a Palavra do Cristo era maior que o ritual do sábado.

O provérbio “O sábado foi estabelecido (feito) por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” é peculiar a Marcos, não sendo retomada por Mateus e Lucas. É difícil saber o motivo da omissão da frase nestes dois Evangelhos. O interesse pode ser simplesmente o de resumir Marcos, gerando espaço para introduzir outros materiais. Este é o costume de Mateus e Lucas. Outro motivo seria o de eliminar qualquer ambigüidade ou mau uso da frase nas comunidades receptoras das obras, embora seja muito questionável e difícil imaginar quais seriam estes maus usos do provérbio.

Mateus e Lucas, ao omitirem o provérbio que estamos estudando, colocaram toda a ênfase do episódio na frase: “O Filho do Homem é Senhor do sábado” (Mt. 12,8 e Lc. 6,5). Lucas, inclusive, por não mencionar (como faz Mateus) a questão do serviço do templo, faz com que o leitor seja claramente induzido a entender a comparação que Jesus fez de si mesmo com Davi. Observe que Jesus, como Davi, era o ungido de Deus, que agia sob orientação divina e por causa disto tinha grande autoridade.

“O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” é uma clara alusão à criação. Jesus usa o verbo na chamada voz passiva (‘foi feito’) para designar a ação de Deus. o Senhor criou o homem no sexto dia e estabeleceu o sétimo como dia de repouso.

A própria ordem da criação indica que o homem era o alvo do benefício do repouso sabático. Contudo, o modo rabínico de interpretar o Velho Pato afastava o mandamento das intenções originais de Deus. O sábado, que era para ser um dom, um presente e um dia de refrigério, acabou sendo um dia de castigo, de opressão e de tensão devido à grande carga de mandamentos associados com ele e dos inúmeros preceitos reguladores. Esqueceram a função do sábado e ficaram apenas com a sua forma externa.

Este método de recorrer às origens e à criação para resolver questões é característico de Jesus. Na questão do divórcio, narrada em Mc 10,2-12, enquanto todos buscavam alguma “interpretação” que permitisse o divórcio, Jesus buscava a intenção original do Criador na instituição do primeiro casal (Mc 12,6-9).

Jesus arremata a questão dizendo: “De sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado” (Mc. 2,28). No Evangelho de Marcos esta frase aparece como conclusão do texto, mas apresenta uma verdade que é anterior à argumentação. De fato, o ensino que Jesus é o Senhor do sábado e de tudo mais permite que ele diga como que o mandamento do sábado deve ser obedecido. A razão para aceitar o ensino de Jesus é o fato d’Ele ser o Filho do Homem. Seu ensino não tem validade apenas por sua lógica ou por sua veracidade, mas sobretudo por causa de sua autoridade. O modo de Jesus interpretar a questão é importante, pois a norma é Ele mesmo. A era messiânica já havia começado, e o conhecimento de quem era o Messias traria compreensão para saber cumprir a vontade de Deus.

Somos chamados a abrir caminhos, rompendo as cercas ideológicas ou materiais armadas pelo sistema de poder, para que o pão seja farto na mesa de todos.

Fonte http://homilia.cancaonova.com/homilia/


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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 11,27-33 - 02.06.2018

Liturgia Diária

DIA 2 – SÁBADO   
8ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia da 4ª semana do saltério)

Somos convidados a edificar a vida sobre o fundamento da fé, para não sucumbir às dificuldades. Saciemos nossa sede no Senhor, que nos dá forças para não sermos enredados pelas más intenções.

Evangelho: Marcos 11,27-33

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

– Naquele tempo, 27Jesus e os discípulos foram de novo a Jerusalém. Enquanto Jesus estava andando no templo, os sumos sacerdotes, os mestres da lei e os anciãos aproximaram-se dele e perguntaram: 28“Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?” 29Jesus respondeu: “Vou fazer-vos uma só pergunta. Se me responderdes, eu vos direi com que autoridade faço isso. 30O batismo de João vinha do céu ou dos homens? Respondei-me”. 31Eles discutiam entre si: “Se respondermos que vinha do céu, ele vai dizer: ‘Por que não acreditastes em João?’ 32Devemos então dizer que vinha dos homens?” Mas eles tinham medo da multidão, porque todos, de fato, tinham João na qualidade de profeta. 33Então eles responderam a Jesus: “Não sabemos”. E Jesus disse: “Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: Marcos 11,27-33
«Com que autoridade fazes essas coisas?»

Mn. Antoni BALLESTER i Díaz
(Camarasa, Lleida, Espanha)

Hoje, o Evangelho pede-nos que pensemos com que intenção vemos Jesus. Há quem vá sem fé, sem reconhecer sua autoridade: por isso, «os sumos sacerdotes, os escribas e os anciãos, lhe perguntaram: “Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?”(Mc 11,27-28).

Se não tratamos a Deus na oração, não teremos fé. Mas, como diz São Gregório Magno, «quando insistimos na oração com toda veemência, Deus se detém no nosso coração e recobramos a vista perdida». Se tivermos boa disposição, apesar de estar no erro, vendo que a outra pessoa tem razão, acolheremos suas palavras. Se tivermos boa intenção, apesar de arrastar o peso do pecado, quando façamos oração Deus nos fará compreender nossa miséria, para que nos reconciliemos com Ele, pedindo perdão de todo coração e, por meio do sacramento da penitência.

A fé e a oração vão juntas. Diz-nos Santo Agostinho que, «se a fé falta, a oração é inútil. Depois, quando oremos, criemos e oremos para que não falte a fé. A fé produz a oração e, a oração produz também a firmeza da fé». Se tivermos boa intenção e, acudimos a Jesus, descobriremos quem é e, entenderemos sua palavra, quando nos pergunte: «O batismo de João era do céu ou dos homens?» (Mc 11,30). Pela fé, sabemos que era do céu e, que sua autoridade vem-lhe do seu Pai, que é Deus e, Dele mesmo porque é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade.

Porque sabemos que Jesus é o único salvador do mundo, acudimos a sua Mãe que também é nossa Mãe, para que desejando acolher a palavra e a vida de Jesus, com boa intenção e boa vontade, para ter a paz e a alegria dos filhos de Deus.

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A AUTORIDADE DE JESUS Mc 11,27-33
HOMILIA

Quem chega para Jesus e faz a pergunta que da sequência ao texto, é gente que tem autoridade: “os chefes dos sacerdotes, os mestres da lei e os líderes religiosos”, diz Marcos. E o que dita a autoridade deles sobre os outros, ou seja, aquilo que os coloca acima e outros abaixo, aquilo que faz deles gente que manda e dos outros gente que a eles obedece é o seu poder, o seu dinheiro, a sua posição em relação aos outros, o que eles são e outros não, entre outras coisas. E, como em cima não cabe todo mundo, eles não querem aquele sujeito chamado Jesus lá, por isso a pergunta que quer derrubá-lo é feita: “com que autoridade?”, ou, também, para ser mais direto: “quem você pense que você é para fazer essas coisas?” Ele sabia que não poderia responder tal pergunta, pois, se respondesse provavelmente geraria uma situação negativa para seu ministério. Mas Jesus era dotado de uma sabedoria divina que fez com que Ele saísse desde combate vitorioso. Depois de ter lido este texto, despertou em mim o desejo de saber qual é a autoridade que Cristo possui.

A palavra “autoridade” vem da palavra Hebraica que traduzida para o grego é exousia (impondo) ou (pondo), termo usado para as mãos, na cerimônia de ordenação de um Juiz ou Rabino. Impor as mãos é na Bíblia, um ato simbólico que confere ou transfere um cargo, junto com seus deveres e privilégios, representando o derramar das bênçãos e dons de Deus necessário para a obra. Podemos citar a ordenação de Josué por Moisés (Dt 34: 9).

Se seguirmos Marcos, o texto que lemos Jesus não responde, ele faz apenas uma pegadinha com a autoridade de João Batista, e eles ficam sem resposta, e ele, Jesus, também não dá nenhuma resposta. Não porque não pudesse dar uma resposta. Ele poderia ter dito que era um grande profeta, ou o Messias, o Cristo, ou o “Filho de Deus”. Poderia ter dito que fazia aquilo em nome de Deus, por mando d’Ele, com a autoridade vinda d’Ele. Pois essa autoridade ele tinha. Mas não o fez. Por quê? Porque Jesus não entendia a autoridade como um princípio de poder. Mas sim como um princípio de valores. Ele não queria uma autoridade dada por seus títulos, “Filho do Homem” (que não propriamente um título, mas sim uma forma de mostrar-se igual), Rabi, Messias, Cristo, Filho de Davi, Filho de Deus, etc. Nem queria uma autoridade dada por aquilo que ele era, nem por aquilo que ele poderia fazer a partir de seu poder. Jesus não queria estar acima, ser obedecido ou seguido por conta disso, mas sim por conta dos valores que ele estava deixando. Pois ele não veio para mostrar quem ele era: “olha para mim eu sou o Cristo”, mas para dizer este é o caminho, estes são os valores, essas são as palavras, este é o evangelho, este é o Reino de Deus. Se há alguma autoridade, a autoridade que há está nisso, em princípios de valores.

Esse é o fim da autoridade. E não é só o mundo de hoje, o nosso mundo da tela global, que é avesso a toda a forma de autoridade, Jesus também era. Pelo menos da autoridade baseada em princípios de poder. Quando Jesus curava, quando ele ajudava, quando ele fazia o que fazia ele não estava querendo acrescentar feitos poderosos ou ajuntar poder, mas era por uma questão de valores. Quando ele chega a Jerusalém, Marcos 11,01ss, e é aclamado com louvores: “Bendito é o que vem em nome do Senhor!, Hosana”, e purifica o templo, Marcos 11,12ss, tudo isso é feito por um princípio de valor, são os valores do evangelho, do Reino. O templo era para ser casa de oração para todos e não um covil de ladrões e salteadores. Esse era o real valor, isso o autorizava. Pois a sua autoridade estava nos seus valores.

Assim, conhecer a Jesus, dar autoridade a Jesus, colocá-lo acima, louvá-lo, obedecê-lo, segui-lo, caminhar nos seus caminhos, ser seu servo etc, significa não só reconhecer quem Ele é, o “com que autoridade”, mas sim conhecer e viver os princípios de valor que ele deixou que consistem no Serviço: "Vocês sabem que aqueles que são considerados governantes das nações as dominam, e as pessoas importantes exercem poder, autoridade sobre elas. Não será assim entre vocês. Ao contrário, quem quiser tornar-se importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de todos”. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos".

Fonte PADRE BANTU MENDONÇA KATCHIPWI SAYLA



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domingo, 27 de maio de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 11,11-26 - 01.06.2018

Liturgia Diária

DIA 1 – SEXTA-FEIRA   
SÃO JUSTINO, MÁRTIR*

(vermelho – ofício da memória)

Justino (Palestina, 110-165), depois de percorrer diferentes correntes filosóficas, encontrou respostas aos seus questionamentos na Escritura e na fé em Cristo. Convertido, criou uma escola de filosofia em Roma, onde iniciava os alunos na nova religião, e compôs preciosos escritos. Seu exemplo, selado com o martírio, nos leve a buscar a verdadeira sabedoria, Jesus Cristo.

Evangelho: Marcos 11,11-26

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

– Tendo sido aclamado pela multidão, 11Jesus entrou no templo, em Jerusalém, e observou tudo. Mas, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze. 12No dia seguinte, quando saíam de Betânia, Jesus teve fome. 13De longe, ele viu uma figueira coberta de folhas e foi até lá ver se encontrava algum fruto. Quando chegou perto, encontrou somente folhas, pois não era tempo de figos. 14Então Jesus disse à figueira: “Que ninguém mais coma de teus frutos”. E os discípulos escutaram o que ele disse. 15Chegaram a Jerusalém. Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que vendiam e os que compravam no templo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos vendedores de pombas. 16Ele não deixava ninguém carregar nada através do templo. 17E ensinava o povo, dizendo: “Não está escrito: ‘Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’? No entanto, vós fizestes dela uma toca de ladrões”. 18Os sumos sacerdotes e os mestres da lei ouviram isso e começaram a procurar uma maneira de o matar. Mas tinham medo de Jesus, porque a multidão estava maravilhada com o ensinamento dele. 19Ao entardecer, Jesus e os discípulos saíram da cidade. 20Na manhã seguinte, quando passavam, Jesus e os discípulos viram que a figueira tinha secado até a raiz. 21Pedro lembrou-se e disse a Jesus: “Olha, mestre, a figueira que amaldiçoaste secou”. 22Jesus lhes disse: “Tende fé em Deus. 23Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha: ‘Levanta-te e atira-te no mar’, e não duvidar no seu coração, mas acreditar que isso vai acontecer, assim acontecerá. 24Por isso vos digo, tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será. 25Quando estiverdes rezando, perdoai tudo o que tiverdes contra alguém, para que vosso Pai que está nos céus também perdoe os vossos pecados”.[26]

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/

Reflexão - Evangelho: Marcos 11,11-26
«Tudo o que pedirdes na oração, crede que já o recebestes»

Fra. Agustí BOADAS Llavat OFM
(Barcelona, Espanha)

Hoje fruto e petição são palavras chave no Evangelho. O Senhor aproxima-se a uma figueira e não encontrou frutos: somente folharada, reagiu maldizendo-a. Segundo Santo Isidoro de Sevilha, "Figo" e "fruto" têm a mesma raiz. Ao dia seguinte, os Apóstolos surpresos, lhe dizem: «Rabi, olha, a figueira que amaldiçoaste secou» (Mc 11,21). Em resposta, Jesus Cristo lhes fala de fé e de oração: «Tende fé em Deus» (Mc 11,22).

Há pessoas que quase não rezam, e quando o fazem, procuram que Deus lhes resolva um problema complicado no qual já não vêem a solução. E o justificam com as palavras de Jesus que acabamos de ouvir: «Tudo o que pedirdes na oração, crede que já o recebestes, e vos será concedido» (Mc 11,24). Têm ração e é humano, compreensível, e lícito que, ante os problemas que nos superam, confiemos em Deus, em alguma força superior a nós.

Mas tenho que acrescentar que toda oração é "inútil" («vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais»: Mt 6,8), na medida em que não tem uma utilidade prática direta, como —por exemplo— acender uma luz. Não recebemos nada em troca por rezar, porque todo o que recebemos de Deus é graça sobre graça.

Então, não é preciso rezar? Ao contrário: já que agora sabemos que é graça, a oração tem mais valor: porque é "inútil" e é "gratuita". Ainda com tudo, existem três benefícios que nos dá a oração de petição: paz interior (encontrar ao amigo Jesus e confiar em Deus relaxa); pensar sobre um problema, racionalizá-lo, e saber traçá-lo é já tê-lo quase resolvido; e em terceiro lugar ajuda-nos a discernir entre aquilo que é bom e aquilo que tal vez por causa do nosso capricho queremos em nossas intenções da oração. Então, a posteriori, entendemos com os olhos da fé o que Jesus diz: «Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho» (Jo 14,13).

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


O TEMPLO DE JESUS Mc 11,11-26
HOMILIA

No Evangelho de hoje, Jesus toma uma atitude surpreende. Pois o Jesus que conhecemos anteriormente é Aquele que se sempre se mostrou manso e humilde de coração, paciente e misericordioso com os pecadores. Hoje, porém, assume uma atitude que parece impulsiva e levada pela paixão do momento. Se observarmos com mais cuidado, veremos que não foi assim. Embora sendo o mais resumido de todos, o evangelista Marcos relata um pormenor que não vem em nenhum dos outros três Evangelhos. O pormenor é este: “Chegou a Jerusalém e entrou no templo. Depois de ter examinado tudo em seu redor, como a hora já ia adiantada, saiu para Betânia com os Doze.” (Mc 11,11) Ou seja, Nosso Senhor entrou no templo, viu a confusão que lá estava, mas não agiu no mesmo dia. Foi para Betânia, com os seus discípulos, e passou lá a noite. Só no dia seguinte fez a purificação do templo, com um chicote de cordas feito por ele. Isto quer dizer que não foi uma atitude de impulso descontrolado, mas algo que provavelmente foi objeto de sua oração durante a noite, de sua conversa com o Pai, ao qual lhe ardia o zelo pela Sua casa.
Quando interrogado sobre a autoridade com que fazia aquilo e qual sinal dava de que poderia proceder assim, Jesus disse: “Destruí este templo, e em três dias Eu o levantarei!” Replicaram então os judeus: “Quarenta e seis anos levou este templo a construir, e Tu vais levantá-lo em três dias?” Ele, porém, falava do templo que é o seu corpo. (Jo 2,19-21) Nosso Senhor estabelece assim uma analogia entre o seu Corpo e o templo. São Paulo dirá também que esse Corpo de Cristo somos nós os batizados: “… assim acontece conosco: os muitos que somos formamos um só corpo em Cristo, mas, individualmente, somos membros que pertencem uns aos outros.” (Rm 12,5) E ainda: “Não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, porque o recebestes de Deus, e que vós já não vos pertenceis? Fostes comprados por um alto preço! Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo.” (1 Cor 6,19).
Mas que corpo é que hoje Jesus faz alusão? É o meu e o teu caro amigo. Jesus reclamando pelos maus tratos a que submetemos o nosso corpo, manchando-o e o profanando com os vícios do alcoolismo, da droga, da prostituição, adultério, fornicação, do homossexualismo, da bruxaria, feitiçaria, da criminalidade, das brigas e desavenças familiares pega no chicote e quer expulsar de nós tudo isso. Ele não quer que nos tornemos um covil de ladrões. Porque sendo nós batizados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, somos o seu templo. E por isso, Jesus tem todo o direito de purificar este templo, ou dito de outro modo, temos o direto de que Ele nos purifique.
Pai ensina-me a viver a religião pura e agradável a ti. Cheio de fé e disposto a perdoar e a viver reconciliado, que eu possa rejeitar tudo o que desvirtua a verdadeira religião para que me deixe purificar pela Tua Palavra e jamais me deixe levar pelos vícios e atrativos do mundo que profanam o meu corpo, Templo do Vosso Filho Jesus meu Salvador, amém!

Fonte PADRE BANTU MENDONÇA KATCHIPWI SAYLA



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sexta-feira, 25 de maio de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 14,12-16.22-26 - 31.05.2018

Liturgia Diária

DIA 31 – QUINTA-FEIRA   
CORPO E SANGUE DE CRISTO

(branco – ofício da solenidade)

Deus nos reúne para que, como sua família, tenhamos forças para viver na fidelidade à aliança que ele fez conosco em Jesus. É o próprio Cristo, sumo sacerdote e único mediador, que invisivelmente preside cada Eucaristia, na qual se doa como alimento e como bebida para nossa caminhada rumo à convivência fraterna e ao reino de Deus. O memorial da sua morte e ressurreição é o grande mistério que esta solenidade nos convida a celebrar.

Evangelho: Marcos 14,12-16.22-26

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

– 12No primeiro dia dos Ázimos, quando se imolava o cordeiro pascal, os discípulos disseram a Jesus: “Onde queres que façamos os preparativos para comeres a Páscoa?” 13Jesus enviou então dois dos seus discípulos e lhes disse: “Ide à cidade. Um homem carregando um jarro de água virá ao vosso encontro. Segui-o 14e dizei ao dono da casa em que ele entrar: ‘O mestre manda dizer: onde está a sala em que vou comer a Páscoa com os meus discípulos? 15Então ele vos mostrará, no andar de cima, uma grande sala, arrumada com almofadas. Aí fareis os preparativos para nós!” 16Os discípulos saíram e foram à cidade. Encontraram tudo como Jesus havia dito e prepararam a Páscoa. 22Enquanto comiam, Jesus tomou o pão e, tendo pronunciado a bênção, partiu-o e entregou-lhes, dizendo: “Tomai, isto é o meu corpo”. 23Em seguida, tomou o cálice, deu graças, entregou-lhes, e todos beberam dele. 24Jesus lhes disse: “Isto é o meu sangue, o sangue da aliança, que é derramado em favor de muitos. 25Em verdade vos digo, não beberei mais do fruto da videira até o dia em que beberei o vinho novo no reino de Deus”. 25Depois de terem cantado o hino, foram para o monte das Oliveiras.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 14,12-16.22-26
«O menino pulou de alegria no meu ventre»

Mons. F. Xavier CIURANETA i Aymí Bispo Emérito de Lleida
(Lleida, Espanha)

Hoje contemplamos o fato da Visitação da Virgem Maria a sua prima Isabel. Tão rapidamente como lhe foi comunicado que tinha sido escolhida por Deus Pai para ser Mãe do Filho de Deus e que sua prima Isabel tinha recebido também o dom da maternidade, caminha decididamente até a montanha para cumprimentar sua prima, para compartilhar com ela o gozo de terem sido agraciadas com o dom da maternidade e para servi-la.

A saudação da Mãe de Deus provoca que o menino, que Isabel leva no seu ventre, pule de entusiasmo dentro das entranhas de sua mãe. A Mãe de Deus, que leva Jesus no seu ventre é causa de alegria. A maternidade é um dom que gera alegria. As famílias alegram-se quando há um anúncio de uma nova vida. O nascimento de Cristo produz certamente «uma grande alegria» (Lc 2,10).

Apesar de tudo, hoje em dia, a maternidade não é devidamente valorizada. Freqüentemente colocam-se em primeiro lugar outros interesses superficiais, que são manifestação de comodidade e de egoísmo. As possíveis renúncias que comporta o amor paternal e maternal, assustam a muitos matrimônios que, talvez pelos meios que receberam de Deus, devessem ser mais generosos e dizer “sim” mais responsavelmente a novas vidas. Muitas famílias deixam de ser “santuários da vida”. O Papa São João Paulo II constata que a contracepção e o aborto “têm as suas raízes numa mentalidade hedonista e irresponsável a respeito da sexualidade e pressupõem uma concepção egoísta da liberdade, que vê na procriação um obstáculo ao desenvolvimento da própria personalidade».

Isabel, durante cinco meses, não saía de casa, e pensava: «Isto é o que o Senhor fez por mim» (Lc 1,25). E Maria dizia: «A minha alma glorifica o Senhor (…) porque pôs os olhos na humildade da sua serva» (Lc 1,46.48). A Virgem Maria e Isabel valorizam e agradecem a obra de Deus nelas: a maternidade! É necessário que os católicos reencontrem o significado da vida como um dom sagrado de Deus aos seres humanos.


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TOMAI E COMEI, ISTO É O MEU CORPO Mc 14,12-16.22-26
HOMILIA

Celebramos hoje a festa do Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue do Senhor, reafirmamos a nossa fé na presença real e substancial de Cristo no pão e no vinho consagrados como alimento da nossa salvação. Diante de tão grande mistério, somos chamados a elevar os nossos corações para o alto e fazer eco à profissão de fé eucarística no pão e vinho.

Esta festa de Corpus Christi foi instituída pelo papa Urbano IV em 11 de agosto de 1264, em vista de destacar a dimensão sacramental que a tradição romana associou à última ceia de Jesus, já celebrada na semana santa.

A ceia é um momento de alegria, partilha e comunhão. Descartando comer o cordeiro pascal, Jesus apresenta-se como o pão que dá a vida, e o vinho que alegra a todos, inaugurando a nova celebração do Reino de Deus. A Eucaristia é a celebração da comunidade viva, animada pelo Espírito, unida em torno de Jesus, empenhada em cumprir a vontade do Pai, que é vida para todos.

Por que o Senhor utilizou pão e vinho? Porque são os alimentos mais simples, mais comuns da mesa dos judeus. O pão e o vinho eram do dia-a-dia do pobre e do rico. Ainda hoje, nos países da bacia do Mediterrâneo, ao sentarmo-nos para o almoço ou jantar, encontramos logo na mesa uma garrafa d’água, uma garrafa de vinho e pão fatiado. Pois bem: Jesus não quis ser o Jesus dos grandes momentos, o Jesus de algumas poucas ocasiões; ele quis ser o Jesus de todos os dias, o Jesus de todos os momentos, o Jesus dos pobres e dos ricos, o Jesus de todos e de tudo. Por isso mesmo escolheu sinais tão ínfimos, tão humildes.  Mais uma vez, obrigado, Jesus, por tua humildade, por tua divina disponibilidade em se dar a nós de modo tão simples, tão desprovido de grandeza! Ensina-nos, pelo pão e vinho eucarístico, a virtude da humildade, da simplicidade, da arte de perceber o valor das coisas humildes e pequena, nas quais tu te escondes…

Por que Jesus disse “é meu corpo, é meu sangue”? Corpo ou carne, na Bíblia, não é somente a musculatura da pessoa, mas toda ela – sua inteligência, seus sentimentos, seu corpo, suas emoções, seus planos… É dito carne ou corpo para significar que o homem é frágil, murcha como a erva do campo. Pois bem, quando Jesus diz: “Isto é o meu corpo”, ele quer dizer: “Isto sou eu com minha vida, que tomei de vós no seio de Maria, a Virgem. Eu vos dou minha humanidade: meus cansaços, meus sonhos, minhas andanças… Dou-vos tudo quando vivo no meio de vós, feito homem, eu, o Verbo que se fez carne!” E o sangue? Não significa simplesmente o líquido vermelho que corre nas nossas artérias. Sangue, na Bíblia, significa a vida. O sangue derramado significa a vida tirada, a vida violentada. Pois, vede que coisa tão linda: ao dizer “Isto é o meu sangue”, o Senhor está dizendo: “Eu vos dou toda a minha vida que se foi derramando por vós, desde o primeiro momento da minha existência humana. Fui me derramando por vós em cada cansaço, em cada decepção; fui me derramando em cada noite em oração, em cada agonia… até aquela última, da cruz e da sepultura…” Então, meus caros, “isto é o meu corpo, isto é o meu sangue” significa “isto sou eu todo, com o que tenho, com o que sou, com o que vivi e com o que morri, com o que amei e com o que sonhei, que agora entrego a vós e por vós”.

Que podemos dizer? Senão simplesmente: Obrigado, Senhor, por esse amor tão grande, que te fez a nós te entregares assim, totalmente! Dá-nos a graça de, recebendo teu Corpo e Sangue, plenos do Espírito Santo, na força do mesmo Espírito, fazer de nossa vida uma entrega a Ti e, por Ti, a todos os irmãos e irmãs. Ensina-nos a ser para os outros pão repartido e dado por amor afim de que um dia possamos chegar ao Pai do Céu, onde convosco viveremos e reinaremos em comunhão com o Espírito Santo pelos séculos dos séculos! Amém.

Fonte https://homilia.cancaonova.com


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quinta-feira, 24 de maio de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 10,32-45 - 30.05.2018

Liturgia Diária

DIA 30 – QUARTA-FEIRA   
8ª SEMANA COMUM

Pondo nossa fé e esperança em Deus, acompanhamos os passos de Jesus a caminho de Jerusalém, onde culminará sua entrega de serviço e fidelidade ao projeto do Pai.

Evangelho: Marcos 10,32-45

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

– Naquele tempo, 32os discípulos estavam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia na frente. Os discípulos estavam espantados, e aqueles que iam atrás estavam com medo. Jesus chamou de novo os doze à parte e começou a dizer-lhes o que estava para acontecer com ele: 33“Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do homem vai ser entregue aos sumos sacerdotes e aos doutores da lei. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos. 34Vão zombar dele, cuspir nele, vão torturá-lo e matá-lo. E depois de três dias, ele ressuscitará”. 35Tiago e João, filhos de Zebedeu, foram a Jesus e lhe disseram: “Mestre, queremos que faças por nós o que vamos pedir”. 36Ele perguntou: “O que quereis que eu vos faça?” 37Eles responderam: “Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda quando estiveres na tua glória!” 38Jesus então lhes disse: “Vós não sabeis o que pedis. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? Podeis ser batizados com o batismo com que vou ser batizado?” 39Eles responderam: “Podemos”. E ele lhes disse: “Vós bebereis o cálice que eu devo beber e sereis batizados com o batismo com que eu devo ser batizado. 40Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. É para aqueles a quem foi reservado”. 41Quando os outros dez discípulos ouviram isso, indignaram-se com Tiago e João. 42Jesus os chamou e disse: “Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. 43Mas, entre vós, não deve ser assim: quem quiser ser grande seja vosso servo; 44e quem quiser ser o primeiro seja o escravo de todos. 45Porque o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: Marcos 10,32-45
«Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos»

Rev. D. René PARADA Menéndez
(San Salvador, El Salvador)

Hoje, o Senhor nos ensina qual deve ser nossa atitude ante a Cruz. O amor ardente à vontade de seu Pai, para consumar a salvação do gênero humano —de cada homem e mulher— lhe move ir depressa a Jerusalém, onde «Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai que está nos céus. “Não penseis que vim trazer paz à terra! Não vim trazer paz, mas sim, a espada» (cf. Mt 10,33-34). Mesmo que às vezes não entendamos ou, inclusive, tenhamos medo ante a dor, o sofrimento ou as contradições de cada jornada, procuremos unir-nos —por amor à vontade salvadora de Deus— com o oferecimento da cruz de cada dia.

A prática constante da oração e os sacramentos, especialmente o da Confissão pessoal dos pecados e o da Eucaristia, acrescentarão em nós o amor a Deus e aos demais por Deus de modo que seremos capazes de dizer «Podemos!» (Mc 10,39), a pesar de nossas misérias, medos e pecados. Sim, poderemos abraçar a cruz de cada dia (cf. Lc 9,23) por amor, com um sorriso; essa cruz que se manifesta no ordinário e cotidiano: a fatiga no trabalho, as dificuldades normais na vida, família e nas relações sociais, etc.

Só se abraçamos a cruz de cada dia, negando nossos gostos para servir aos demais, assim conseguiremos identificar-nos com Cristo, que «Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos» (Mc 10,45). João Paulo II explicava que «o serviço de Jesus chega a sua plenitude com a morte na Cruz, ou seja, com o dom total de si mesmo». Imitemos, pois, a Jesus Cristo, transformando constantemente nosso amor a Ele em atos de serviço a todas as pessoas: ricos ou pobres, com muita ou pouca cultura, jovens o anciãos, sem distinção. Atos de serviço para aproximá-los a Deus e liberá-los do pecado.

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ANÚNCIO DA MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS Mc 10,32-45
HOMILIA

Estamos caminhando na trajetória de dialogar, conhecer e aprofundar mais de perto a proposta do Evangelho de São Marcos. Espero que essa caminhada possa iluminar o nosso cotidiano dando respostas aos presentes desafios da realidade. Para entender melhor o texto de hoje é preciso fazer uma releitura dos três anúncios da Paixão Morte e Ressurreição de Jesus. Assim, convido a você fazer uma caminhada através dos três anúncios da paixão de Jesus: Mc 8,27-38; Mc 9,30-37; e finalmente Mc 10,32-45 que é o Evangelho de hoje.

Com a paixão de Jesus ao longo do caminho, podemos compreender e dar razão à nossa fé na pessoa e na missão de Jesus de Nazaré. A paixão de Jesus está presente nas paixões de tantas pessoas que vivem nas comunidades, nas pastorais e nos movimentos sociais que testemunham radicalmente o projeto libertador de Jesus de Nazaré. Assim, os anúncios da paixão se tornam o cerne, o núcleo da fé cristã na perspectiva da ressurreição. É a ressurreição a força motivadora para os discípulos superarem as contradições, as dificuldades e os desafios da caminhada.

É no caminho de Cesárea de Felipe (8,27 a) para Jerusalém (10,32) que Jesus ensinará os discípulos sobre as implicações do seu projeto. Ele mostrará como devemos segui-lo mediante os conflitos, crises e desafios. A pedagogia de Jesus será um processo de contínua partilha e ensinamentos no caminho. Para isso, ele precisou ficar sozinho com os discípulos a fim de catequizá-los. É no caminho que a sua catequese, a sua formação ocorrerá. Será uma longa catequese sobre o “seguimento”.

A comunidade de Marcos é marcada por uma experiência de conflitos e crises. Diante disto, ela constrói a imagem de Jesus. Por isso que em Mc 8,27-30, Jesus no auge da crise, quis avaliar a caminhada da sua comunidade fazendo uma pergunta simples e direta: “Quem dizem os homens que eu sou?”.

Estão subindo para Jerusalém e, embora já saibam qual seria o destino de Jesus, acontece o anuncio: “...o Filho do Homem vai ser entregue aos chefes dos sacerdotes e aos doutores da Lei. Eles condenarão à morte e o entregarão aos pagãos. Vão caçoar dele, cuspir nele, vão torturá-lo e matá-lo. E depois de três dias ele ressuscitará”.(cf.10,33-34). Esse último anúncio mostrará claramente que o seguimento de Jesus não tem privilégios como pensavam os discípulos, porque a caminhada é marcada não só de glória. Passa pela coragem de deixar tudo para suportar a opção de vida que levará ao longo do caminho. O caminho de Jesus será marcado de rejeição, de perseguição, de luta e de sofrimento. Essas são as condições para se chegar à glória.

E para, definitivamente, mostrar que para seguí-lo é preciso muitas vezes ser curado da surdez e da cegueira, estas estavam presentes durante todo o caminho. Por isso estava difícil que os discípulos compreendessem a mensagem de Jesus a respeito da sua paixão como condição de seguí-lo.

Portanto, os três anúncios da paixão de Jesus se encerra com a cura do cego de Jericó (10,46-52). O cego curado se põe a “seguir a Jesus pelo caminho”, o que não fizera o cego de Betsaida, no capítulo 8, e nem o homem rico. Bartimeu é apresentado, assim, como modelo do discípulo. Jesus cura e ilumina seus discípulos, tornando-os capazes de seguí-lo.

Pai, a exemplo de Jesus, transforma-me em servidor de meus semelhantes, e não me deixes ter medo de colocar minha vida a serviço de quem precisa de mim.

Fonte PADRE BANTU MENDONÇA KATCHIPWI SAYLA


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quarta-feira, 23 de maio de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 10,28-31 - 29.05.2018

Liturgia Diária

DIA 29 – TERÇA-FEIRA   
8ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Não fazemos sacrifícios sem ter em vista algo melhor. Seguir Jesus implica termos encontrado nele e no evangelho valores superiores com base nos quais decidimos modelar nossa vida.

Evangelho: Marcos 10,28-31

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

– Naquele tempo, 28começou Pedro a dizer a Jesus: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”. 29Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do evangelho, 30receberá cem vezes mais agora, durante esta vida – casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições –, e, no mundo futuro, a vida eterna. 31Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora são os últimos serão os primeiros”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: Marcos 10,28-31
«Todo aquele que deixa casa, por causa de mim e do Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida ,e, no mundo futuro, vida eterna»

Rev. D. Jordi SOTORRA i Garriga
(Sabadell, Barcelona, Espanha)

Hoje, como aquele amo que ia todas as manhãs à praça procurar trabalhadores para a sua vinha, o Senhor procura discípulos, seguidores, amigos. A sua chamada é universal. É uma oferta fascinante! O Senhor dá-nos confiança. Mas põe uma condição para ser seus discípulos, condição essa que nos pode desanimar: temos que deixar «casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do evangelho» (Mc 10,29).

Não há contrapartida? Não haverá recompensa? Isto aporta algum benefício? Pedro, em nome dos Apóstolos, recorda ao Maestro: «Nós deixamos tudo e te seguimos» (Mc 10,28), como querendo dizer: que ganharemos com tudo isto?

A promessa do Senhor é generosa: «recebe cem vezes mais agora, durante esta vida (…); e, no mundo futuro, vida eterna» (Mc 10,30). Ele não se deixa ganhar em generosidade. Mas acrescenta: «com perseguições». Jesus é realista e não quer enganar. Ser seu discípulo, se o formos de verdade, nos trarão dificuldades, problemas. Mas Jesus considera as perseguições e as dificuldades como um prêmio, pois nos fazem crescer, se as soubermos aceitar e vive-las como uma ocasião para ganhar maturidade e responsabilidade. Tudo aquilo que é motivo de sacrifício assemelha-nos a Jesus Cristo que nos salva pela sua morte em Cruz.

Estamos sempre a tempo para revisar a nossa vida e aproximar-nos mais de Jesus Cristo. Estes tempos, todo o tempo permitem-nos —através da oração e dos sacramentos— averiguar se entre os discípulos que Ele procura estamos nós, e veremos também qual deve ser a nossa resposta a esta chamada. Ao lado de respostas radicais (como a dos Apóstolos) há outras. Para muitos, «deixar casa, irmãos, irmãs, mãe…» significará deixar tudo aquilo que nos impeça de viver em profundidade a amizade de Jesus Cristo e, como consequência, ser-lhe seus testemunhos perante o mundo. E isso é urgente, não achas?

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors |


Os humildes são reconhecidos no coração de Deus
HOMILIA

Os humildes são reconhecidos no coração de Deus. Quem é considerado o último, sem prestígio e sem valor algum neste mundo tem um lugar muito especial no coração de Deus!

“Muitos dos primeiros serão os últimos, e dos últimos serão os primeiros” (Marcos 10, 31).

A lógica do Reino de Deus não é a mesma lógica deste mundo. Neste mundo os primeiros são os que mais têm, são os que mais possuem, são os que mais podem, porque a lógica dele [mundo] é baseada no ter, no poder e no prazer. Por isso quem pode mais e quem tem mais sempre manda, comanda e é exaltado pelos homens.

Muitas vezes, nós nos preocupamos com o lugar que podemos ocupar no coração de Deus, contudo, algumas vezes, a nossa inquietação é com relação ao lugar que nós ocupamos neste mundo e no coração das pessoas.

A respeito do coração de Deus, deixe-me dizer uma coisa a você: quem este mundo considera último, sem prestígio, sem valor algum, esse tem um lugar muito especial no coração de Deus! Da minha parte, uma veneração muito grande pelos pobres, pelos sofridos e pelos desprovidos de bens materiais! A minha total veneração por aqueles que trabalham honestamente e dão o melhor de si para ganhar o pão sofrido do trabalho com o suor do seu rosto! Não são reconhecidos, não são aplaudidos, muitas vezes, são injustiçados com salários que não são dignos, com a falta de promoção e de reconhecimento. Mas não se esqueça de que esses são os reconhecidos e os promovidos no coração de Deus!

Há aqueles que já nasceram pobres e muito pobres por condições materiais e por terem vindo de famílias que não lhes puderam lhes dar uma vida mais digna e mais justa. Há aqueles que sofrem nas sarjetas deste mundo, que não tiveram oportunidade nenhuma de melhorar de vida, de crescer e evoluir; porque a sociedade não lhes deu espaço, não lhes deu voz nem vez. Essas pessoas não conseguiram, como queriam, chegar um pouco mais longe. Saiba que essas pessoas não são esquecidas por Deus, Ele está com elas!

E também há aqueles que se fizeram pobres, se colocaram para viver e ser como os pobres. Há aqueles que de uma forma muito espiritual vivem isso. Conheço tantas pessoas ricas, no meio de nós, que têm um coração humilde, uma vivência e uma simplicidade encantadoras. Há aqueles que deixam tudo: oportunidades, serviços e trabalhos para viver uma vida de radicalidade e entrega a Deus e ao Seu Reino.

Nenhuma pessoa que tenha deixado pai, mãe, bens materiais ou a possibilidade de adquiri-los por causa de Deus deixará de receber de Deus cem vez mais aqui e depois na vida futura.

Você é um abençoado de Deus e será muito mais abençoado quando souber ser livre, despojado e usar tudo o que tem e pode em favor dos outros, dos menos favorecidos e dos mais sofridos deste mundo! O mundo talvez não vá valorizá-lo, não vá reconhecê-lo; talvez você não seja aplaudido (e os aplausos do mundo não nos fazem bem!), mas no coração de Deus você ocupará um lugar primordial, que é somente seu!

Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/


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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 10,17-27 - 28.05.2018

Liturgia Diária

DIA 28 – SEGUNDA-FEIRA   
8ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia da 4ª semana do saltério)

Para nós, fonte de alegria indizível é seguir Jesus, vivendo os mandamentos e nos desfazendo do que impede o seguimento. Não é o acúmulo que nos torna felizes, mas a partilha e a solidariedade.

Evangelho: Marcos 10,17-27

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 17quando Jesus saiu a caminhar, veio alguém correndo, ajoelhou-se diante dele e perguntou: “Bom mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?” 18Jesus disse: “Por que me chamas de bom? Só Deus é bom, e mais ninguém. 19Tu conheces os mandamentos: não matarás; não cometerás adultério; não roubarás; não levantarás falso testemunho; não prejudicarás ninguém; honra teu pai e tua mãe!” 20Ele respondeu: “Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude”. 21Jesus olhou para ele com amor e disse: “Só uma coisa te falta: vai, vende tudo o que tens e dá aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me!” 22Mas quando ele ouviu isso, ficou abatido e foi embora cheio de tristeza, porque era muito rico. 23Jesus então olhou ao redor e disse aos discípulos: “Como é difícil para os ricos entrar no reino de Deus!” 24Os discípulos se admiravam com essas palavras, mas ele disse de novo: “Meus filhos, como é difícil entrar no reino de Deus! 25É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus!” 26Eles ficaram muito espantados ao ouvirem isso e perguntavam uns aos outros: “Então, quem pode ser salvo?” 27Jesus olhou para eles e disse: “Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br

Reflexão - Evangelho: Marcos 10,17-27
«Vai, vende tudo o que tens, dá o dinheiro aos pobres;(…) vem e segue-me»

P. Joaquim PETIT Llimona, L.C.
(Barcelona, Espanha)

Hoje a liturgia apresenta-nos um evangelho, onde é difícil ficar indiferente se o encaramos com sinceridade de coração.

Ninguém pode duvidar das boas intenções daquele jovem que se aproximou diante de Jesus para fazer-lhe uma pergunta: «Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?» (Mc 10,17). Segundo o que nos expressa São Marcos, é claro que nesse coração havia uma necessidade de algo mais, pois é fácil supor que —como bom israelita— conhecia bem o que dizia a Lei ao respeito, mas no seu interior havia uma inquietação, uma necessidade de ir mais além, e por isso, interpela a Jesus.

Na nossa vida cristã temos que apreender a superar essa visão que reduz a fé a uma questão de mero cumprimento. Nossa fé é mais que isso. É uma adesão a Alguém, que é Deus. Quando pomos o coração em algo, pomos também a vida, e no caso da fé, superamos o conformismo que hoje parece sufocar a existência de tantos crentes. Quem ama não se conforma com dar qualquer coisa. Quem ama busca uma relação pessoal, próxima, leva em conta os detalhes e sabe descobrir em tudo uma ocasião para crescer no amor. Quem ama se entrega.

Em realidade, a resposta de Jesus à pergunta do jovem é uma porta aberta a essa entrega total por amor: «Vende tudo o que tens, dá-lhe tudo aos pobres (…); depois, vem e segue-me» (Mc 10,21). Não é um deixar porque sim, esse deixar é um dar-se, e é um dar-se que é expressão genuína do amor. Abramos, pois, o nosso coração a esse amor-doação. Vivamos a nossa relação com Deus nessa chave. Orar, servir, trabalhar, superar-se... Todos são caminhos de entrega e, por tanto, caminhos de amor. Que o Senhor encontre em nós, não só um coração sincero, também um coração generoso e aberto às exigências do amor. Porque —em palavras de João Paulo II— «O amor que vem de Deus, amor terno e esponsal, é fonte de exigências profundas e radicais»

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O MOÇO RICO Mc 10,17-27
HOMILIA

O evangelho de hoje traz dois assuntos: Conta a história do homem rico que perguntou pelo caminho da vida eterna; e Jesus chama a atenção para o perigo das riquezas.
O homem rico não aceitou a proposta de Jesus, pois era muito rico. Uma pessoa rica é protegida pela segurança que a riqueza lhe dá. Ela tem dificuldade em abrir mão desta segurança. Agarrada às vantagens dos seus bens, vive preocupada em defender seus próprios interesses. Uma pessoa pobre não costuma ter esta preocupação. Mas pode haver pobres com cabeça de rico. Então, o desejo de riqueza cria neles uma dependência e faz com que eles também se tornem escravos do consumismo. Ficam devendo prestações em todo canto e já não têm mais tempo para dedicar-se ao serviço do próximo. Com esta problemática na cabeça, tanto das pessoas como dos países, vamos ler e meditar o texto do homem rico.
Alguém chega perto de Jesus e pergunta: “Bom mestre, o que devo fazer para herdar a vida eterna?” O evangelho de Mateus informa que se tratava de um jovem (Mt 19,20.22). Jesus responde bruscamente: “Por que me chamas bom. Ninguém é bom senão só Deus!” Jesus desvia a atenção de si mesmo e aponta para Deus, pois o que importa é fazer a vontade de Deus, revelar o Projeto do Pai. Em seguida, Jesus afirma: “Você conhece os mandamentos: não matar, não cometer adultério, não roubar, não levantar falso testemunho, não defraudar ninguém, honrar pai e mãe”. É importante olhar bem a resposta de Jesus. O jovem tinha perguntado pela vida eterna. Queria a vida junto de Deus! Mas Jesus não mencionou os três primeiros mandamentos que definem nosso relacionamento com Deus! Ele só lembrou aqueles que dizem respeito à vida junto do próximo! Para Jesus, só conseguimos estar bem com Deus, se soubermos estar bem com o próximo. Não adianta se enganar. A porta para chegar até Deus é o próximo.
            O homem responde dizendo que já observava os mandamentos desde a sua juventude. O curioso é o seguinte. Ele tinha perguntado pelo caminho da vida. Ora, o caminho da vida era e continua sendo: fazer a vontade de Deus expressa nos mandamentos. Quer dizer que ele observava os mandamentos sem saber para que serviam. Do contrário, não teria feito a pergunta. É como muitos católicos de hoje: não sabem dizer para que serve ser católico. ”Nasci num país católico, por isso sou católico!” Coisa de costume!
            Ouvindo a resposta do jovem, “Jesus olhou para ele, o amou e lhe disse: Só uma coisa te falta: vai, vende o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu, e em seguida vem e segue-me!” A observância dos mandamentos é apenas o primeiro degrau de uma escada que vai mais longe e mais alto. Jesus pede mais! A observância dos mandamentos prepara a pessoa para ela poder chegar à doação total de si a favor do próximo. Jesus pede muito, mas ele o pede com muito amor. O moço não aceitou a proposta de Jesus e foi embora, “pois era muito rico”.
            Depois que o jovem foi embora, Jesus comentou a decisão dele: Como é difícil um rico entrar no Reino de Deus! Os discípulos ficaram admirados. Jesus repete a mesma frase e acrescenta: É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino! A expressão “entrar no Reino” diz respeito, não só e nem em primeiro lugar à entrada no céu depois da morte, mas também e sobretudo à entrada na comunidade ao redor de Jesus. A comunidade é e deve ser uma amostra do Reino. A alusão à impossibilidade de um camelo passar pelo buraco de uma agulha  vem de um provérbio popular da época usado pelo povo para dizer que uma coisa era humanamente impossível e inviável. Os discípulos ficaram chocados com a afirmação de Jesus e perguntavam uns aos outros: "Então, quem pode ser salvo?" Sinal de que não tinham entendido a resposta de Jesus ao homem rico: “Vai vende tudo, dá para os pobres e vem e segue-me!” O jovem tinha observado os mandamentos desde a sua juventude, mas sem entender o porquê da observância. Algo semelhante estava acontecendo com os discípulos. Eles já tinham abandonado todos os bens conforme o pedido de Jesus ao jovem rico, mas sem entender o porquê do abandono! Se o tivessem entendido, não teriam ficado chocados com a exigência de Jesus. Quando a riqueza ou o desejo da riqueza ocupa o coração e o olhar, a pessoa já não consegue perceber o sentido do evangelho. Só Deus mesmo para ajudar! Jesus olhou para os discípulos e disse: "Para os homens isso é impossível, mas não para Deus. Para Deus tudo é possível."
            Pai, não permitas que o meu coração se apegue de tal forma aos bens deste mundo, a ponto de levar-me a te colocar em segundo lugar.

Fonte PADRE BANTU MENDONÇA KATCHIPWI SAYLA


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