quinta-feira, 28 de junho de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 20,24-29 - 03.07.2018

Liturgia Diária

DIA 3 – TERÇA-FEIRA   
SÃO TOMÉ, APÓSTOLO

(vermelho – ofício da festa)

Tomé (Palestina, séc. 1º) foi o apóstolo que manifestou solidariedade a Jesus, a caminho de Jerusalém, com as palavras: “Vamos nós também para morrer com ele”. Em sua vida, a descrença cede lugar à bela profissão de fé: “Meu Senhor e meu Deus”. Na celebração de sua festa, busquemos forças para testemunhar, com palavras e ações, nossa fé no Cristo ressuscitado.

Evangelho: João 20,24-29

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João

– 24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. 26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!”

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 20,24-29
«Meu Senhor e meu Deus»

+ Rev. D. Joan SERRA i Fontanet
(Barcelona, Espanha)

Hoje, a Igreja celebra a festa de Santo Tomé. O evangelista João, depois de descrever a aparição de Jesus, no próprio Domingo da Ressurreição, diz que o apóstolo Tomé não estava ali, e quando os Apóstolos —que tinham visto o Senhor— disso davam testemunho, Tomé respondeu: «Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos, se eu não puser a mão no seu lado, não acreditarei» (Jo 20,25).

Jesus é bom e vai ao encontro de Tomé. Passados oito dias, Jesus aparece novamente e diz a Tomé: «Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê!» (Jo 20,27).

— Oh, Jesus, como és bom! Se vês que alguma vez me afasto de Ti, vem ao meu encontro, como foste ao encontro de Tomé.

Estas palavras foram a reação de Tomé: «Meu Senhor e meu Deus!» (Jo 20,28). Que bonitas são estas palavras de Tomé! Chama-lhe “Senhor” e “Deus”. Faz um ato de fé na divindade de Jesus. Ao vê-lo ressuscitado, já não vê somente o homem Jesus, que estava com os Apóstolos e comia com eles, mas o seu Senhor e seu Deus.

Jesus repreende-o e diz-lhe que não seja incrédulo, mas crente e acrescenta: «Bem-aventurados os que não viram, e creram!» (Jo 20,28). Nós não vimos Cristo crucificado, nem Cristo ressuscitado, nem nos apareceu, mas somos felizes porque acreditamos neste Jesus Cristo que morreu e ressuscitou por nós.

Então, rezemos: «Meu Senhor e meu Deus, afasta de mim tudo o que me afasta de Ti; meu Senhor e meu Deus, dá-me tudo o que me aproxima de Ti; meu Senhor e meu Deus, tira-me de mim próprio para me dar inteiramente a Ti» (S. Nicolau de Flüe).

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JESUS E TOMÉ Jo 20,24-29
HOMILIA

Este Evangelho nos chama atenção pela falta de fé do discípulo Tomé que por tanto tempo acompanhou Jesus, que conviveu lado a lado, que partilhou dos mesmos ideais do Mestre.

Ora, pois, bem! Tomé, um dos doze, chamado Dídimo, não estava com eles quando veio Jesus. Só este discípulo estava ausente; e, ao voltar e ouvir contar o que acontecera, negou-se a acreditar no que ouvia. Veio outra vez o Senhor e apresentou ao discípulo incrédulo o seu lado para que lhe pudesse tocar, mostrou-lhe as mãos e, mostrando-lhe também a cicatriz das suas chagas, curou a ferida daquela incredulidade. Que pensais, irmãos caríssimos, de tudo isto? Julgais porventura ter acontecido por acaso que aquele discípulo estivesse ausente naquela ocasião, que ao voltar ouvisse contar, que ao ouvir duvidasse que ao duvidar tocasse e que ao tocar acreditasse?

Tudo isto não aconteceu por acaso, mas por disposição da providência divina. A bondade de Deus atuou de modo admirável, a fim de que aquele discípulo que duvidara, ao tocar as feridas do corpo do seu Mestre curasse as feridas da nossa incredulidade. Mais proveitosa foi para a nossa fé a incredulidade de Tomé do que a fé dos discípulos que não duvidaram; porque, enquanto ele é reconduzido à fé porque pôde tocar, a nossa alma põe de parte toda a dúvida e confirma-se na fé. Deste modo, o discípulo que duvidou e tocou, tornou-se testemunha da realidade da ressurreição. Tocou e exclamou: Meu Senhor e meu Deus. Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, acreditaste.

A incredulidade de Tomé chocou até mesmo os outros discípulos. Mas entenderam a atitude do amigo, afinal nem eles mesmos haviam acreditado que Cristo iria ressuscitar ao terceiro dia, apesar de terem presenciado a ressurreição de Lázaro após quatro dias de morto. Como não teria poder para ressuscitar a Si mesmo para a Glória de Deus?

Jesus, com sua bondade infinita, pediu a Tomé que tocasse em suas chagas, mas não foi preciso, alí mesmo Ele reconheceu o poder imenso do Filho de Deus, que desceu à mansão dos mortos e veio a ressuscitar para também nos ressuscitar das trevas.

Como o apóstolo Paulo diz: A fé é o fundamento dos bens que se esperam, a prova das realidades que não se vêem, torna-se claro que a fé é a prova da verdade daquelas coisas que não podemos ver. Pois aquilo que se vê já não é objeto de fé, mas de conhecimento direto. Então, se Tomé viu e tocou, porque é que lhe diz o Senhor: Porque me viste, acreditaste? É que ele viu uma coisa e acreditou noutra. A divindade não podia ser vista por um mortal. Ele viu a humanidade de Jesus e fez profissão de fé na sua divindade exclamando: Meu Senhor e meu Deus. Portanto, tendo visto acreditou, porque tendo à sua vista um homem verdadeiro, exclamou que era Deus, a quem não podia ver.

A falta de fé muitas vezes nos deixa cegos para o amor, nos deixa cegos para reconhecer Jesus como o verdadeiro Messias e Salvador, a falta de fé nos deixa cegos para reconhecer em cada irmão necessitado a presença viva de Jesus, a falta de fé nos deixa cegos para amar o próximo, a falta de fé nos deixa cegos para crer que a PAIXÃO, MORTE e RESSURREIÇÃO de Jesus foi em nome de toda a humanidade.

Muita alegria nos dá o que se segue: Felizes os que não viram e acreditaram. Por esta frase, não há dúvida que somos nós especialmente visados, pois não O vimos em sua carne, mas possuímo-l’O no nosso espírito. Somos nós visados, desde que as obras acompanhem a nossa fé. Na verdade só acredita verdadeiramente aquele que procede segundo a fé que professa. Pelo contrário, daqueles que têm fé apenas de palavras, diz São Paulo: Professam conhecer a Deus, mas negam-n’O por obras. A este respeito diz São Tiago: A fé sem obras é morta!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 8,18-22 - 02.07.2018

Liturgia Diária

DIA 2 – SEGUNDA-FEIRA   
13ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia da 1ª semana do saltério)

Aquele que deseja seguir a Cristo esteja disposto a enfrentar as dificuldades do seguimento e não compactue com a injustiça contra os pobres, os prediletos de Deus.

Evangelho: Mateus 8,18-22

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

– Naquele tempo, 18vendo uma multidão ao seu redor, Jesus mandou passar para a outra margem do lago. 19Então um mestre da lei aproximou-se e disse: “Mestre, eu te seguirei aonde quer que tu vás”. 20Jesus lhe respondeu: “As raposas têm suas tocas e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça”. 21Um outro dos discípulos disse a Jesus: “Senhor, permite-me que primeiro eu vá sepultar meu pai”. 22Mas Jesus lhe respondeu: “Segue-me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: Mateus 8,18-22
«Segue-me»

Rev. D. Jordi PASCUAL i Bancells
(Salt, Girona, Espanha)

Hoje o Evangelho apresenta-nos —através de dois personagens— uma qualidade do bom discípulo de Jesus: o desprendimento dos bens materiais. Mas antes, o texto de São Mateus dá-nos um detalhe que não posso passar por alto: «Vendo uma grande multidão ao seu redor...» (Mt 8,18). As multidões se reúnem perto do Senhor para escutar a sua palavra, ser curados das suas doenças materiais e espirituais; buscam a salvação e um alento de Vida eterna no meio dos vaivens deste mundo.

Como então, algo parecido passa no nosso mundo de hoje em dia: todos —mais ou menos conscientemente— temos necessidade de Deus, de saciar o coração dos bens verdadeiros, como são o conhecimento e o amor de Jesus e uma vida de amizade com Ele. Se não, caímos na armadilha que quer encher o nosso coração de outros “deuses” que não podem dar sentido a nossa vida: o celular, Internet, as viagens, o trabalho sem medida para ganhar mais e mais dinheiro, o automóvel que seja melhor que o do vizinho, o ginásio para conseguir o corpo mais esbelto do país... É o que passa a muitos atualmente.

Em contraste, ressoa o grito do Papa João Paulo II que com força e confiança disse à juventude: «Se pode ser moderno e profundamente fiel a Jesus». Para isso é preciso, como o Senhor, o desprendimento de tudo o que nos ata a uma vida por demais materializada e que fecha as portas ao Espírito.

«O Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça (...). Segue-me» (Mt 8,22), é o que nos diz o Evangelho de hoje. São Gregório Magno recorda-nos: «Tenhamos as coisas temporais para o uso, as eternas no desejo; sirvamo-nos das coisas da terra para o caminho, e desejemos as eternas para o fim da jornada». É um bom critério para examinar o nosso seguimento de Jesus.

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SEGUIR JESUS IMPLICA ROMPIMENTO COM O PASSADO Mt 8,18-22
HOMILIA

O tema desta narrativa é o seguimento de Jesus, que Mateus insere em sua coletânea de dez milagres. O evangelista elabora sua narrativa a partir da mesma fonte (Q) que Lucas. Neste, os seguidores de Jesus seriam samaritanos, pois o episódio ocorre na Samaria.

Nesta fala, a figura do pai simboliza as tradições familiares que se perpetuam a fim de manter privilégios religiosos, sociais e econômicos, os quais favorecem as regalias e o enriquecimento de minorias e a subserviência de maiorias excluídas e oprimidas. Jesus propõe a ruptura com estas tradições.

Atualizando este texto para nós hoje diria que estamos diante de dois fatos importantíssimos como Cristãos chamados a seguir as pegadas do Mestre: tu vens e segue-me. A opção de seguir Jesus não é minha iniciativa pessoal. É ele que me chama e me consagra para a missão. Depois que ele me chamou eu sabendo as exigências da missão responder sim incondicionalmente. Ora vejamos o que se segue.

Primeiro um escriba que se aproxima, afirmando sua determinação de seguimento incondicional de Jesus: Mestre, estou pronto a seguir o senhor para qualquer lugar aonde o senhor for. A resposta de Jesus é uma advertência para uma tomada de posição consciente quanto à opção pelo seu seguimento. Apela pelo abandono total de si mesmo e renúncia aos bens materiais: as raposas têm as suas covas, e os pássaros, os seus ninhos. Mas o Filho do Homem não tem onde descansar.

Quem realmente quer seguir Jesus deve abandonar e renunciar tudo e confiando-se somente nas mãos providentes de Deus. Jesus a firmar o Filho do Homem, Jesus, que não tem onde repousar a cabeça. Quer-nos ensinar e levar a aderir ao abandono total nas mãos do Pai.

O segundo, é o caso de um dos discípulos que quer ganhar tempo e pede que Jesus permita enterrar o pai: Senhor deixe-me primeiro ir enterrar meu pai. Pai aqui, não se aplica no sentido biológico. Mas na permanência das tradições Judaicas dos seus antepassados, presos à Lei, que ao em vez de salvar e libertar o homem mata e escraviza. Para nós é estar preso as nossas idéias egoísticas, no orgulho, na vaidade, na preguiça, no individualismo, na nossa tibieza, em fim nas inúmeras desculpas que nós damos no nosso dia-a-dia para não nos consagrarmos ao ministério do Senhor como discípulos e missionários d’Ele.

Do mesmo modo que Jesus insistiu com aquele jovem assim insiste comigo e contigo e diz: deixe que os mortos sepultem os seus mortos e tu vens e segue-me. O chamado de Jesus não está no futuro. Mas sim no presente. O tempo é hoje e a hora é agora! Deixe que os espiritualmente mortos cuidem dos seus próprios mortos.

Há pessoas que vivem esperando as coisas se ajeitaram para depois servirem a Deus. Eu e tu meu irmão minha irmã não temos nem o poder, nem o dever tão pouco o direito de dizer não. Portanto, levanta-te e segue Jesus. Ele é o teu Deus e o teu Senhor.

Pare dar desculpas furadas. Quero que saibas que quando obedecemos a um chamado de Deus, Ele é poderoso para suprir nossas necessidades e nos orientar em toda espécie de dificuldades relacionadas ao Seu chamado para nossas vidas.

Rompa, pois com todas as barreiras que vedam os seus olhos para não enxergar o projeto de Deus sobre ti. Entenda que o seguir Jesus significa uma ruptura pura e simples com as antigas tradições mortas que não favorecem a vida e aderir ao amor vivificante do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Pai confronta-me, cada dia, com as exigências do discipulado, e reforça minha disposição para enfrentá-las com a tua graça.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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terça-feira, 26 de junho de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 16,13-19 - 01.07.2018

Liturgia Diária

DIA 1º – DOMINGO   
SÃO PEDRO E SÃO PAULO

(vermelho – ofício da solenidade)

Somos felizes por nos reunirmos para celebrar a solenidade dos apóstolos Pedro e Paulo, que plantaram a Igreja e a regaram com o próprio sangue. Por diferentes meios, os dois combateram o bom combate da fé; unidos pelo martírio, recebem, em toda a terra, igual veneração. Nossa ação de graças a Deus também pela vida do papa Francisco e por sua missão de promover o espírito de unidade e reconciliação na Igreja espalhada pelo mundo.

Evangelho: Mateus 16,13-19

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

– Naquele tempo, 13Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do homem?” 14Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, que é Elias; outros, ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”. 15Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” 16Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. 17Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.

– Palavra da salvação.

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Reflexão - Evangelho: Mateus 16,13-19
«Somente crê»

Fray Valentí SERRA i Fornell
(Barcelona, Espanha)

Hoje, são Marco nos apresenta uma avalancha de necessitados que se aproxima a Jesus Salvador procurando consolo e saúde. Inclusive, aquele dia abriu-se passo entre a multidão um homem chamado Jairo; o chefe da sinagoga, para implorar pela saúde de sua filhinha: «Minha filhinha está nas últimas. Vem, impõe as mãos sobre ela para que fique curada e viva!» (Mc 5,23).

Quem sabe se aquele homem já não conhecia de vista a Jesus, de vê-lo frequentemente na sinagoga e, achando-se tão desesperado, decidiu invocar sua ajuda. De todas as formas, Jesus captando a fé daquele pai afligido acedeu à petição, só que enquanto se dirigia a sua casa chegou a notícia de que a menina tinha morrido e que era inútil incomodá-lo: «Tua filha morreu. Por que ainda incomodas o mestre?» (Mc 5,35).

Jesus, dando-se conta da situação, pediu a Jairo que não se deixara influir pelo ambiente pessimista, lhe dizendo: «Não tenhas medo, somente crê» (Mc 5,36). Jesus lhe pediu aquele pai uma fé maior, capaz de ir além das dúvidas e do medo. Ao chegar à casa de Jairo, o Messias retornou a vida à menina com as palavras: «Talitá kum, que quer dizer: ‘Menina, eu te digo, levanta-te’» (Mc 5,41).

Também nós deveríamos ter mais fé, aquela fé que não duvida diante das dificuldades e provas da vida e, que sabe madurar na dor através de nossa união com Cristo, tal como nos sugere o papa Bento XVI, na sua encíclica Spe Salvi (Salvados pela esperança): «O que cura o homem não é esquivar o sofrimento e fugir diante a dor, senão a capacidade de aceitar a tribulação, madurar nela e, achar nela um sentido mediante a união com Cristo, que sofreu com amor infinito».

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


A FÉ DE PEDRO Mt 16,13-19
HOMILIA

Quem dizem os homens que eu sou? Uns dizem que és João Baptista outros que és Elias ou um dos profetas. E vós, quem dizeis que eu sou?  Pedro tomando a palavras diz: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivente .O apóstolo  conhecido por diversos nomes : Simão, como Pedro, como Simão Pedro como Kefas em nome dos doze, responde: Tu és o Cristo, Ungido, o Filho do Deus vivente.

O nome de Filho de Deus é uma expressão usada por Oséias em 2, 1: Aos filhos de Israel…se lhes dirá filhos do Deus vivo, o qual concorda perfeitamente com a frase de Mateus e a confissão de Marta: Eu creio que tu és o Cristo, o Filho de Deus, que vem a este mundo (Jo 11, 27).

Embora Pedro não soubesse o sentido das palavras que pronunciou, Jesus se serviu das mesmas para fundar sua Igreja.

Então tendo respondido Jesus disse-lhe: Bendito és Simão porque carne nem sangue te revelaram, mas o meu Pai o que está no céu. A carne e o sangue não te revelaram o que disseste. Foi o meu Pai nos céus que revelou o Filho a Pedro. Pois, descreve João em 6, 36: Todo aquele que o Pai me der virá a mim. Jesus considerou esta declaração de Pedro de tal importância que afirma duas coisas que sem dúvida transformarão a personalidade e o ministério do apóstolo.

E por isso te digo que tu és rocha e sobre esta rocha edificarei minha Igreja. E as portas do inferno não prevalecerão sobre ela

A) Tu és Pedro: Com esta primeira declaração, Jesus além de trocar o nome do apóstolo, que agora seria Kefas, como vemos nos primeiros escritos (Gálatas e 1Cor), significa seu novo ministério: ser fundamento de um edifício como a rocha era e é em todos os tempos.

B) Igreja: Sobre esta Rocha edificarei a minha Igreja. Jesus usa a palavra Igreja  que só aparece uma outra vez em Mateus 18, 17 com o significado de assembléia e nunca em outros evangelhos.

C) O Inferno: Esta Igreja que começou com Pedro-rocha será a última e eterna como reunião do povo eleito porque as portas do Inferno não prevalecerão contra ela. Se a afirmação de rocha como personalidade de Simão não fosse suficiente, Jesus persiste nos poderes e qualidades do seu apóstolo ao declarar seu papel primordial nessa grande assembléia dos eleitos, cuja perpetuidade descreve com palavras tomadas da tradição judaica. Fala dos portões do inferno. Como conclusão, podemos afirmar que a nenhum outro apóstolo foram dadas essas chaves que indicam o total domínio da Igreja. Pedro, além de ser a rocha sobre a qual o fundamento da fé que é Cristo, edificará sua Igreja terá as chaves para indicar quem deve ser incluído ou excluído. Estas chaves têm os seguintes significados:

a) O chefe do palácio era quem recebia as chaves (Is 22, 22) e, portanto era o dignatário de maior hierarquia.

b) Se ligadas ao parágrafo posterior, às chaves servem par abrir e fechar, para admitir a entrada dos dignos e para expulsar os indignos.

 c) Mas também, as chaves são o símbolo do ato de sentenciar questões religiosas como declarar lícita ou ilícita uma conduta.

Que cada um de nós saiba como Pedro professar a sua fé no Cristo Filho do Deus vivo, nada e alguém poderá prevalecer sobre nós.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 8,5-17 - 30.06.2018

Liturgia Diária

DIA 30 – SÁBADO   
12ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Nosso clamor se dirige ao Senhor, cuja graça não conhece fronteiras e é sem limite. O Filho de Deus veio para dar vida a todos os que o procuram e aceitam seu projeto de salvação.

Evangelho: Mateus 8,5-17

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

– Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. 7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra, e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados debaixo de minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo ao meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz”. 10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o seguiam: “Em verdade vos digo, nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo, muitos virão do oriente e do ocidente e se sentarão à mesa no reino dos céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó, 12enquanto os herdeiros do reino serão jogados para fora, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes”. 13Então, Jesus disse ao oficial: “Vai! E seja feito como tu creste”. E naquela mesma hora o empregado ficou curado. 14Entrando Jesus na casa de Pedro, viu a sogra dele deitada e com febre. 15Tocou-lhe a mão, e a febre a deixou. Ela se levantou e pôs-se a servi-lo. 16Quando caiu a tarde, levaram a Jesus muitas pessoas possuídas pelo demônio. Ele expulsou os espíritos com sua palavra e curou todos os doentes, 17para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: “Ele tomou as nossas dores e carregou as nossas enfermidades”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: Mateus 8,5-17
«Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu criado ficará curado»

Rev. D. Xavier JAUSET i Clivillé
(Lleida, Espanha)

Hoje, no Evangelho, vemos o amor, a fé, a confiança e a humildade de um centurião, que estima profundamente o seu criado. Preocupa-se tanto por ele, que é capaz de humilhar-se ante Jesus e pedir-lhe: «Senhor, o meu criado está de cama, lá em casa, paralisado e sofrendo demais» (Mt 8,6). Esta solicitação pelos outros, especialmente por um criado, obtém de Jesus uma rápida resposta: Ele respondeu: «Vou curá-lo». (Mt 8,7). E tudo desemboca numa serie de atos de fé e de confiança. O centurião não se considera digno e, ao lado deste sentimento, manifesta sua fé diante de Jesus e de todos os que estavam ali presentes, de tal maneira que Jesus diz: Ao ouvir isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o estavam seguindo: «Em verdade, vos digo: em ninguém em Israel encontrei tanta fé» (Mt 8,10).

Podemos nos perguntar o que é que move a Jesus para realizar o milagre? Quantas vezes pedimos e parece que Deus não nos atende! E isso que sabemos que Deus sempre nos escuta. O que será que sucede, então? Achamos que pedimos bem, mas, será que o fazemos como o centurião? Sua oração não é egoísta, está cheia de amor, humildade e confiança. Diz São Pedro Crisólogo: «A força do amor não mede as possibilidades (...). O amor não discerne, não reflete, não conhece razões. O amor não é resignação ante a impossibilidade, não se intimida ante nenhuma dificuldade». É assim minha oração?

O centurião disse: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu criado ficará curado...» (Mt 8,8). É a resposta do centurião. São assim teus sentimentos? É assim tua fé? «Só a fé pode captar este mistério, esta fé que é o fundamento e a base de quanto ultrapassa à experiência e ao conhecimento natural» (São Máximo). Se é assim, também escutarás: «‘Vai! Conforme acreditaste te seja feito’. E naquela mesma hora, o criado ficou curado» (Mt 8,13).

Santa Maria, Virgem e Mãe! Mestra de fé, de esperança e de amor solícito, ensina-nos a orar como convém para conseguir do Senhor tudo aquilo que necessitamos.

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A FÉ DO CENTURIÃO Mt 8,5-17
HOMILIA

As promessas de Deus a Abraão não eram apenas para ele, mas para toda a sua descendência; e a descendência de Abraão são todos os que, pela fé, se virão a tornar membros do povo de Deus. Assim o declarou Jesus, quando, no centurião, encontrou alguém que, não sendo descendente de Abraão segundo a carne, pois que era pagão, se tornou tal pela fé, enquanto que os que eram da descendência carnal de Abraão seriam lançados fora por não aceitarem na fé a palavra que Jesus lhes anunciava.

Entrando em Cafarnaúm, aproximou-se dele um centurião, suplicando nestes termos:

«Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.» Disse-lhe Jesus: «Eu irei curá-lo.» Respondeu-lhe o centurião: «Senhor, eu não sou digno de que entres debaixo do meu tecto; mas diz uma só palavra e o meu servo será curado. Porque eu, que não passo de um subordinado, tenho soldados às minhas ordens e digo a um: ‘Vai’, e ele vai; a outro:

‘Vem’, e ele vem; e ao meu servo: ‘Faz isto’, e ele faz.» Jesus, ao ouvi-lo, admirou-se e disse aos que o seguiam: «Em verdade vos digo: Não encontrei ninguém em Israel com tão grande fé! Digo-vos que, do Oriente e do Ocidente, muitos virão sentar-se à mesa do banquete com Abraão, Isaac e Jacob, no Reino do Céu, ao passo que os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores, onde haverá choro e ranger de dentes.» Disse, então, Jesus ao centurião:

«Vai, que tudo se faça conforme a tua fé.» Naquela mesma hora, o servo ficou curado.

Entrando em casa de Pedro, Jesus viu que a sogra dele jazia no leito com febre. Tocou-lhe na mão, e a febre deixou-a. E ela, levantando-se, pôs-se a servi-lo. Ao entardecer, apresentaram-lhe muitos possessos; e Ele, com a sua palavra, expulsou os espíritos e curou todos os que estavam doentes, para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta Isaías: Ele tomou as nossas enfermidades e carregou as nossas dores.

A fé do centurião nasce do testemunho de amor de Jesus. Não é uma fé decorrente das tradições do judaísmo. Sua fé supera a fé de Israel. O “choro e ranger de dentes” aparece seis vezes em Mateus. É uma fórmula típica da manifestação da cólera divina contra o pecador, inspirada no Primeiro Testamento. E Mateus é o único evangelista a fazer esta interpretação teológica. Com a narrativa da expulsão de espíritos maus e das curas, Mateus associa cumprimento das profecias na pessoa de Jesus. Ele faz a inculturação de Jesus de Nazaré nas tradições do judaísmo. Cabe à ação missionária fazer a inculturação de Jesus nas diversas culturas do mundo de hoje. E os missionários de hoje sou eu, és tu meu irmão e minha irmã. A massa que temos por missão de fermentar, a carne ou o peixe que temos que salgar para não apodrecer é primeiro os da minha e tua casa, o marido, a esposa, os filhos. Depois os vizinhos, os amigos e colegas. Todos aqueles com quem nos encontramos no nosso dia a dia. Que seja uma tarefa dura e difícil já o sabemos. Mas que é possível o milagre acontecer não tenha dúvidas. Olhe para a fé do centurião.

A condição de centurião pode ser minha e tua. Assim como ele implorando pedia que Jesus fosse com ele para curar o seu empregado, assim eu e tu devemos gritar para o Senhor: vinde Senhor curar a minha doença, os meus vícios e toda a minha família.

Fonte https://homilia.cancaonova.com


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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 8,1-4 - 29.06.2018

Liturgia Diária

DIA 29 – SEXTA-FEIRA   
12ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Uma comunidade fraca e doente, sem a força da Palavra de Deus, acaba exilada do caminho da vida. A Palavra e a presença do Senhor têm o poder de transformar as situações de sofrimento em alegria.

Evangelho: Mateus 8,1-4

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

– 1Tendo Jesus descido do monte, numerosas multidões o seguiam. 2Eis que um leproso se aproximou e se ajoelhou diante dele, dizendo: “Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar”. 3Jesus estendeu a mão, tocou nele e disse: “Eu quero, fica limpo”. No mesmo instante, o homem ficou curado da lepra. 4Então Jesus lhe disse: “Olha, não digas nada a ninguém, mas vai mostrar-te ao sacerdote e faze a oferta que Moisés ordenou, para servir de testemunho para eles”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 8,1-4
«Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo»

Mons. Jaume PUJOL i Balcells Arcebispo de Tarragona e Primaz de Catalunha
(Tarragona, Espanha)

Hoje, celebramos a solenidade de São Pedro e São Paulo, que foram fundamentos da Igreja primitiva e, portanto, da nossa fé cristã. Apóstolos do Senhor, testemunhas da primeira hora, viveram aqueles momentos iniciais de expansão da Igreja e selaram com o seu sangue a fidelidade a Jesus. Oxalá nós, cristãos do séc. XXI, saibamos ser testemunhas credíveis do amor de Deus no meio dos homens, tal como o foram estes dois Apóstolos e como têm sido tantos e tantos dos nossos conterrâneos.

Numa das suas primeiras intervenções, o Papa Francisco, dirigindo-se aos cardeais, disse-lhes que temos de «caminhar, edificar e confessar». Ou seja, temos de avançar no nosso caminho da vida, edificando a Igreja e confessando o Senhor. O Papa advertiu: «Podemos caminhar tanto quanto quisermos, podemos edificar muitas coisas, mas se não confessamos Jesus Cristo, alguma coisa não funciona. Acabaremos por ser uma ONG assistencial, mas não a Igreja, esposa do Senhor».

Escutámos no Evangelho da missa de hoje um facto central para a vida de Pedro e da Igreja. Jesus pede àquele pescador da Galileia um acto de fé na sua condição divina e Pedro não duvida em afirmar: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16). Imediatamente a seguir, Jesus institui o Primado, dizendo a Pedro que será a rocha firme sobre a qual será edificada a Igreja ao longo dos tempos (cf. Mt 16,18) e dando-lhe o poder das chaves, a suprema potestade.

Embora Pedro e os seus sucessores sejam assistidos pela força do Espírito Santo, necessitam igualmente da nossa oração, porque a missão que têm é de grande transcendência para a vida da Igreja: têm de ser fundamento seguro para todos os cristãos ao longo dos tempos; portanto, todos os dias temos de rezar também pelo Santo Padre, pela sua pessoa e pelas suas intenções.

«Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo»

+ Mons. Pere TENA i Garriga Bispo Auxiliar Emérito de Barcelona
(Barcelona, Espanha)

Hoje é um dia consagrado pelo martírio dos apóstolos São Pedro e São Paulo. «Pedro, primeiro predicador da fé; Paulo, mestre esclarecido da verdade» (Prefácio). Hoje é um dia para agradecer à fé apostólica, que é também a nossa, proclamada por estas duas colunas com sua prédica. É a fé que vence ao mundo, porque crê e anuncia que Jesus é o Filho de Deus: «Simão Pedro respondeu: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo!» (Mt 16,16). As outras festas dos apóstolos São Pedro e São Paulo vêem outros aspectos, mas hoje contemplamos aquele que permite nomeá-los como «primeiros predicadores do Evangelho» (Coleta): com seu martírio confirmaram seu testemunho.

Sua fé, e a força para o martírio, não lhes veio de sua capacidade humana. Jesus então lhe disse: Feliz é Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus (cf. Mt 16,17). Igualmente, o reconhecimento “daquele que ele perseguia” como Jesus o Senhor foi claramente, para Saulo, obra da graça de Deus. Em ambos os casos, a liberdade humana que pede o ato de fé se apóia na ação do Espírito.

A fé dos apóstolos é a fé da Igreja, uma, santa, católica e apostólica. Desde a confissão de Pedro em Cesaréia de Felipe, «cada dia, na Igreja, Pedro continua dizendo: ‘Vós sois o Cristo, o Filho do Deus vivo!’» (São Leão Magno). Desde então até nossos dias, uma multidão de cristãos de todas as épocas, idades, culturas e, de qualquer outra coisa que possa estabelecer diferenças entre os homens, proclamou unanimemente a mesma fé vitoriosa.

Pelo batismo e a crisma estamos no caminho do testemunho, isto é, do martírio. É necessário que estejamos atentos ao “laboratório da fé” que o Espírito realiza em nós (João Paulo II), e que peçamos com humildade poder experimentar a alegria da fé da Igreja.

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SÊ CURADO Mt 8,1-4
HOMILIA

Sê curado, foi a resposta de Jesusm ante aquele homem, regeitado por tudo e por todos. Condenado a solidão como fruto dos seus próprios pecados. Como era constume da época tratar todas as pessoas afetadas pela lepra.

O homem, reconhece em Jesus a única solução, a única saida para a sua enfermidade. Se aproxima d’Ele com muita fé, confiança e esperança de que a sua doença será curada, caso o Médico dos médicos quisesse. De joelhos suplica: Senhor, se queres, tu tens o poder de me purificar.

Veja meu irmão, minha irmã. O leproso prefere usar a palavra purificar e não curar. Por quê? A razão é simples. Somente Jesus tem o poder. E o Seu poder não somente cura. Porque quem é curado fisicamente pode vir a contrair no futuro ou a mesma doença ou uma outra. Ao passo que o purificar, vai mais longe. Tem um alcance espiritual. Diz respeito ao nosso relacionamente com Deus. Invoca o perdão de Deus que não por mérito próprio, mas por mandato do próprio Deus os sacerdotes administram nos confissionários.

Segundo a doutrina da nossa mãe igreja católica, os pecados são categorizados em três grupos:

1 – o pecado original, que é transmitido a todos os homens, sem culpa própria, devido à sua unidade de origem, que é Adão e Eva. Eles desobedeceram à Palavra de Deus no início do mundo, originando este pecado, que, felizmente, pode ser actualmente perdoado pelo sacramento do Baptismo. Este pecado faz com que “a natureza humana fique submetida à ignorância, ao sofrimento, ao poder da morte, e inclinada ao pecado.

2 – o pecado mortal, que é cometido “quando, ao mesmo tempo, há matéria grave, plena consciência e deliberado consentimento. Este pecado destrói a caridade, priva-nos da graça santificante e conduz-nos à morte eterna do Inferno, se dele não nos arrependermos” sinceramente.

3 – o pecado venial, “que difere essencialmente do pecado mortal, comete-se quando se trata de matéria leve, ou mesmo grave, mas sem pleno conhecimento ou sem total consentimento. Não quebra a aliança com Deus, mas enfraquece a caridade; manifesta um afecto desordenado pelos bens criados; impede o progresso da alma no exercício das virtudes e na prática do bem moral; merece penas purificatórias temporais”, nomeadamente no Purgatório.

E o único que tem o poder de perdoar os pecados que tornam o homem impuro e por isso, merecedor do castigo eterno é Jesus. Em outro espaço da Sagrada Escritura Jesus diz aos sumos sacerdotes e anciãos do povo perante a cura do paralítico: para saberdes que o Filho do Homem tem poder de perdoar os pecados, levanta-se e anda.

O pecado nos faz leprosos, nos esola dos amigos de Deus, nos retira a dignidade de filhos e filhas de Deus. Quebra a nossa vida com Deus. Ele nos suja e nos leva à morte. Pois como diz São Paulo, o salário da pecado é a morte.

Todavia, ele não é maior do que o coração aberto de Jesus na cruz pela lança do soldado. Ele não tem mais poder do que os braços abertos de Cristo sempre pronta para nos compreender, e dialogando conosco nos acolher e perdoar todas as nossas faltas. Para Ele, não há pecado algum que não possa ser perdoado. Basta na humildade e simplicidade do coração nos ajoelharmos como este leproso que arguermos a nossa voz: Senhor se queres podes me purificar.

A única palavra que ouviremos d’Ele não é de sençura, não! É pura e simpliesmente esta: Eu quero, fique limpo. Este é o coração manso e humilde, lento na ira e rápido em perdoar os pecados. Ele olha para o coração arrependido e o espírito humilhado. Portanto, páre de sofrer e se maltratar por causa dos grande ou poucos pecados que cometeste. Para Ele, ainda que eles sejam vermelhos como a púrpura ficarão brancos como a neve. Levante a cabeça. Recomece hoje. Procure o sacerdote da sua comunidade. Jesus já te perdou, vai à ele apresente o teu arrependimento e cumpra a penitência que ele te recomendar e serás totalmente purificado.

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segunda-feira, 25 de junho de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 7,21-29 - 28.06.2018

Liturgia Diária

DIA 28 – QUINTA-FEIRA   
SANTO IRINEU – BISPO E MÁRTIR

(vermelho – ofício da memória)

Irineu (Esmirna, atual Turquia, 130 – Gália, atual França, 202), discípulo de são Policarpo e bispo de Lião, incansável mestre e testemunha da tradição apostólica, é considerado o último representante da geração dos apóstolos e o primeiro teólogo da Igreja. Sua sabedoria e seu espírito conciliador nos ajudem em nossa caminhada de fé.

Evangelho: Mateus 7,21-29

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’ entrará no reino dos céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 22Naquele dia, muitos vão me dizer: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos muitos milagres?’ 23Então eu lhes direi publicamente: Jamais vos conheci. Afastai-vos de mim, vós que praticais o mal. 24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!” 28Quando Jesus acabou de dizer essas palavras, as multidões ficaram admiradas com seu ensinamento. 29De fato, ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os mestres da lei.

– Palavra da salvação.


Reflexão - Evangelho: Mateus 7,21-29
«Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor! ’, entrará no Reino dos Céus»

Rev. D. Joan Pere PULIDO i Gutiérrez
(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)

Hoje ficamos impressionados com a rotunda afirmação de Jesus: «Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus» (Mt 7,21). Pelo menos esta afirmação pede-nos responsabilidade perante a nossa condição de cristãos, ao mesmo tempo que sentimos a urgência de dar bom testemunho da fé.

Edificar a casa sobre rocha é uma imagem clara, que nos convida a valorizar o nosso compromisso de fé, que não se pode limitar apenas a belas palavras, mas que se deve fundamentar na autoridade das obras, impregnadas pela caridade. Um destes dias de Junho, a Igreja recorda a vida de S. Pelágio, mártir da castidade, no umbral da sua juventude. S. Bernardo ao recordar a vida de Pelágio, diz-nos no seu tratado sobre os costumes e mistérios dos bispos: «A castidade, por muito bela que seja, não tem valor nem mérito sem a caridade. Pureza sem amor é como lâmpada sem azeite; mas diz a sabedoria: Que formosa é a sabedoria com amor! Com aquele amor de que nos fala o Apostolo: o que procede de um coração limpo, de uma consciência reta e de uma fé sincera».

A palavra clara, com a firmeza da caridade, manifesta a autoridade de Jesus que desperta o assombro dos seus concidadãos: «As multidões ficaram admiradas com o seu ensinamento. De fato, ele ensinava como quem tem autoridade, não como os escribas» (Mt 7,28-29). A nossa prece e contemplação de hoje, deve ir acompanhada por uma séria reflexão: como falo e atuo na minha vida de cristão? Como concretizo o meu testemunho? Como concretizo o mandamento do amor na minha vida pessoal, familiar, laboral, etc.? Não são as palavras nem as orações sem compromisso que contam, mas, o trabalho por viver segundo o Projeto de Deus. A nossa oração deveria expressar sempre o nosso desejo de obrar o bem e o nosso pedido de ajuda, uma vez que reconhecemos a nossa debilidade.

— Senhor, que a nossa oração esteja sempre acompanhada pela força da caridade.

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QUEM PODE ENTRAR NO REINO DO CÉU? Mt 7,21-29
HOMILIA

Meu irmão, minha irmã, você sabia que a nossa entrada no Reino dos céus não acontece em vista de palavras pronunciadas, orações recitadas e pregações bem elaboradas? Que não adiantará nada para nós somente, clamar Senhor, Senhor, e não pôr em prática a vontade de Deus?

Pois é. Se não sabia é preciso que o saiba! As nossas ações têm mais eficácia do que as nossas palavras.  Se não praticamos o que dizemos, tudo será igual a nada. Para que nós possamos entrar no Reino dos céus, precisamos estar firmes no seguimento da vontade de Deus que se apresenta por meio de Sua Palavra.

Praticar o mal é não fazer conforme nos direciona a Palavra de Deus e agir conforme os nossos próprios pensamentos humanos. O próprio Jesus nos mostra no Evangelho: ouvir a Palavra e praticá-la é construir na rocha. A casa construída sobre a rocha é a vida do homem que caminha à luz da Palavra de Deus. Deus é a Rocha, Deus é o Amor e aquele que se ajusta à Sua vontade, terá uma vida firme, confiante e as tempestades, os terremotos, os ventos não o abalarão.

As dificuldades da nossa vida são momentos preciosos para percebermos se estamos firmes sobre a rocha firme que é Jesus, ou não.

Existem devoções às ostensivas invocações do nome de Jesus e às espantosas narrativas de expulsões de demônios e de milagres de Jesus. Contudo, estas devoções podem dar uma satisfação pessoal que leva à omissão das práticas essenciais que realmente agradam a Deus.

Neste texto de Mateus, vemos que a fidelidade a Jesus está na prática da vontade do Pai que está nos céus. É isto que se pede na oração do Pai-nosso. Jesus nos revelou a vontade do Pai na proclamação das Bem-aventuranças e na sua vida, com seu amor promovendo os pobres e excluídos.

Como você está construindo a casa da sua vida: na rocha ou na areia? – Você já experimentou alguma tempestade na sua vida? Como ficou a sua casa? –- Você sente firmeza nos seus pés nas horas das dificuldades? – Você acha que a sua vida está firmada sobre a Rocha ou você é um “homem sem juízo”? – Em que a Palavra de Deus o (a) tem instruído?

Pai, eu quero caminhar com sinceridade para a comunhão contigo, no teu Reino. Que todos os meus gestos e palavras estejam sempre alicerçados na Tua vontade.

Fonte https://homilia.cancaonova.com



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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 7,15-20 - 27.06.2018

Liturgia Diária

DIA 27 – QUARTA-FEIRA   
12ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Os cristãos autênticos se fazem conhecer por suas obras, sobretudo pelo anúncio e vivência da justiça e da caridade. O Senhor nos ensine a seguir seus caminhos.

Evangelho: Mateus 7,15-20

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 15“Cuidado com os falsos profetas: eles vêm até vós vestidos com peles de ovelha, mas por dentro são lobos ferozes. 16Vós os conhecereis pelos seus frutos. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou figos de urtigas? 17Assim, toda árvore boa produz frutos bons, e toda árvore má produz frutos maus. 18Uma árvore boa não pode dar frutos maus, nem uma árvore má pode produzir frutos bons. 19Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e jogada no fogo. 20Portanto, pelos seus frutos vós os conhecereis”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: Mateus 7,15-20
«Pelos seus frutos os conhecereis»

+ Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret
(Vic, Barcelona, Espanha)

Hoje, apresenta-se perante o nosso olhar um novo contraste evangélico, entre as arvores boas e as más. As afirmações de Jesus a este respeito são tão simples que parecem quase simplistas. E é justo dizer-se que não o são em absoluto! Não o são como não o é a vida real de cada dia.

Esta ensina-nos que há bons que degeneram e acabam dando frutos maus e que, pelo contrário, há maus que acabam dando frutos bons. O que significa pois, em definitiva, que «toda árvore boa produz frutos bons (Mt 7,17)»? Significa que aquele que é bom o é na medida em que não desanima obrando bem. Obra bem e não se cansa. Obra o bem e não cede perante a tentação de obrar mal. Obra bem e persevera até ao heroísmo. Obra o bem e, se por acaso chega a ceder frente ao cansaço de atuar assim, de cair na tentação de obrar o mal, ou de assustar se perante a exigência inegociável, reconhece-o sinceramente, confessa-o de veras, arrepende-se de coração e… volta a começar.

Ah! E o faz, entre outras razões, porque sabe que se não dá bom fruto será cortado e deitado ao fogo (o santo temor a Deus guarda a vinha e as boas vides!), e porque, conhecendo a bondade dos outros através das boas obras, sabe, não apenas por experiência individual, mas também por experiência social, que ele só é bom e pode ser reconhecido como tal através dos feitos e não apenas das palavras.

Não basta dizer: «Senhor, Senhor!». Como nos recorda Santiago, a fé acredita-se através das obras: «Mostra-me a tua fé sem as obras que eu pelas obras te farei ver a minha fé» (Sant 2,18).

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OS FALSOS PROFETAS Mt 7,15-20
HOMILIA

Jesus no evangelho de hoje chama-nos a uma vigilância redobrada. Devemos estar sempre de sobreaviso com respeito aos falsos profetas: Cuidado com os falsos profetas. Quem são e o que fazem? São pessoas que nos querem convencer de que têm mensagens de Deus, para tirar vantagens da nossa credulidade.

Eles chegam disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos selvagens. São todos aqueles que se disfarçam colocando uma capa de humildade e mansidão para se parecer com os verdadeiros crentes, mas na realidade são ferozes destruidores, cujo intuito é tirar proveito dos imaturos, dos instáveis e dos ingênuos que lhes dão ouvidos, afastando-os de Cristo e da Sua Palavra.

Se estivermos em atenção máxima, o Senhor no-lo declara: pelos seus frutos os conhecereis. Talvez possam parecer convincentes pelas suas palavras e pela sua falsa aparência, mas eles se revelarão pelo seu procedimento. Lembra-nos Jesus que, os espinheiros não dão uvas, e os pés de urtiga não dão figos. Assim, toda árvore boa dá frutas boas, e a árvore que não presta dá frutas ruins. A árvore boa não pode dar frutas ruins, e a árvore que não presta não pode dar frutas boas.

Os que realmente são de Deus dão bons frutos. E segundo São Paulo estes frutos são: o fruto do Espírito é caridade, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança, bondade, justiça, e verdade.

Os falsos profetas serão reconhecidos pela falta destas virtudes, e serão denunciados pela Palavra de Deus. Seu destino é serem lançados no fogo, a perdição eterna.

A ti meu irmão, minha irmã me dirijo. Que tipo de árvore tu és? Pelos teus frutos serás reconhecido se és bom ou mau. És bom ou mão profeta? O mundo está cheio de profetas da desgraça. Por isso, chega dos que já temos.

Neste evangelho Jesus quer te dar uma chance de mudares de vida. Inxerta-te n’Ele que é a Videira que tem como agricultor o seu próprio Pai, afim de que possas dar frutos bons.

Quero lembrar-te de que o bom profeta não é aquele que diz e faz o que o povo gosta e quer de fazer e ouvir. Mas sim, aquele que diz o que o povo deve fazer e ouvir para se poder salvar. Isto muitas vezes o coloca em risco, em perigo e até o leva ao derramamento de sangue.


Fonte Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla


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quinta-feira, 21 de junho de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 7,6.12-14 - 26.06.2018

Liturgia Diária

DIA 26 – TERÇA-FEIRA   
12ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia)

Deus ouve as preces dos que se dirigem a ele. De nossa parte, cabe o cuidado de fazer aos outros o que gostamos que nos façam, atendendo de maneira ativa e positiva ao mandamento do amor.

Evangelho: Mateus 7,6.12-14

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6“Não deis aos cães as coisas santas nem atireis vossas pérolas aos porcos, para que eles não as pisem com os pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem. 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a lei e os profetas. 13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! 14Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram!”

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 7,6.12-14
«Entrai pela porta estreita»

Diácono D. Evaldo PINA FILHO
(Brasilia, Brasil)

Hoje, o Senhor nos faz três recomendações. A primeira, «Não deis aos cães o que é santo, nem jogueis vossas pérolas diante dos porcos» (Mt 7,6), contrastes em que “bens” são associados a “pérolas” e ao “que é santo”; e “cães e porcos” ao que é impuro. São João Crisóstomo ensina que «nossos inimigos são iguais a nós quanto à natureza, mas não quanto à fé». Apesar dos benefícios terrenos serem concedidos igualmente aos dignos e indignos, não é assim quanto às graças espirituais”, privilégio daqueles que são fiéis a Deus. A correta distribuição dos bens espirituais implica em zelo pelas coisas sagradas.

A segunda é a chamada “regra de ouro” (cf. Mt 7,12) , que compendia tudo o que a Lei e os Profetas recomendaram, tal como ramos de uma única árvore: o amor ao próximo pressupõe o Amor a Deus e, dele resulta.

Fazer ao próximo o que se deseja seja feito conosco implica na transparência de ações para com o outro, no reconhecimento de sua semelhança a Deus, de sua dignidade. Por que razão nós desejamos o Bem para nós mesmos? Porque o meio de identificação para ser profundamente reconhecidos é a união com o Criador. Sendo o Bem, para nós, o único meio para a vida em plenitude, é inconcebível sua ausência na nossa relação com o próximo. Não há lugar para o bem onde prevaleça a falsidade e prepondere o mal.

Por fim, a “porta estreita”... O Papa Bento XVI nos pergunta: «O que significa esta ‘porta estreita’? Por que muitos não conseguem entrar por ela? Trata-se de uma passagem reservada a alguns eleitos?» Não! A mensagem de Cristo «nos é dirigida no sentido de que todos podem entrar na vida. A passagem é ‘estreita’, mas aberta a todos; ‘estreita’ porque exigente, requer compromisso, abnegação, mortificação do próprio egoísmo».

Roguemos ao Senhor que realizou a salvação universal com sua morte e ressurreição que nos reúna a todos no Banquete da vida eterna.

«Entrai pela porta estreita»

+ Rev. D. Lluís ROQUÉ i Roqué
(Manresa, Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus nos faz três recomendações importantes. Não obstante, centraremos nossa atenção na última: «Entrai pela porta estreita!» (Mt 7,13), para conseguir a vida plena e sermos sempre felizes, para evitar cair na perdição e deparar-nos condenados para sempre.

Se der uma olhada ao seu redor e à sua própria existência, facilmente comprovará que tudo quanto vale, custa, e tendo certo nível elevado está sujeito à recomendação do Mestre: como disseram os Pais da Igreja, com grande profundidade, «pela cruz se cumprem todos os mistérios que contribuem à nossa salvação» (São Joao Crisostomo). Uma vez, no leito da sua agonia, uma anciã que tinha sofrido muito em sua vida, me disse: «Padre, quem não saboreia a cruz, não deseja o céu; sem cruz não há céu».

Tudo o que foi dito contradiz a nossa natureza caída, mesmo que tenha sido redimida. Por isso, além de nos enfrentarmos com o nosso natural modo de ser, é preciso ir contra a corrente do ambiente do bem estar, que se fundamenta no materialismo e no incontrolável gozo dos sentidos, que buscam —a preço de deixar de ser— ter mais e mais, obter o máximo prazer.

Seguindo a Jesus —que disse «Eu sou a luz do mundo. Quem me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida» (Jo 8,12)—, nos damos conta que o Evangelho não nos condena a uma vida obscura, aborrecida e infeliz, ao contrario, pois nos promete e nos dá a felicidade verdadeira. É só repassar as Bem-aventuranças e olhar àqueles que, depois de entrar pela porta estreita, foram felizes e fizeram a outros afortunados, obtendo —pela sua fé e esperança Naquele que não decepciona—a recompensa da abnegação: «receberá muitas vezes mais no presente e, no mundo futuro, a vida eterna» (Lc 18,30). O “sim” de Maria está acompanhado da humildade, da pobreza, da cruz, mas também pelo premio à fidelidade e à entrega generosa.

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A PORTA ESTREITA Mt 7,6.12-14
HOMILIA

Temos aqui mais algumas sentenças esparsas da coleção de Mateus, compiladas no Sermão da Montanha. A primeira destas sentenças é enigmática e choca por seu teor rude e discriminatório. Estamos próximos da conclusão do sermão da montanha sobre a vida no Reino de Deus. Jesus chama seus ouvintes para fazerem uma escolha e depois dá-lhes a “regra de ouro” do agir: “Fazei aos outros o que quereis que vos façam”. Esta norma de comportamento faz parte da cultura universal e supre a complexidade de toda a Lei e dos Profetas. A alusão às portas e aos caminhos, largos ou estreitos, aponta para o Império Romano. Na ânsia de exploração e dominação, construíram largas estradas para as grandes cidades dominadas, com suas amplas portas, centros de produção e comércio, favorecendo a expropriação. O acesso às pequenas aldeias do povo humilde e pobre era feito por estreitas vias. Para isto, Ele conta três metáforas — uma sobre duas portas, outra sobre duas árvores e outra sobre dois alicerces. Um local conhecido, hoje em dia na cidade de Belém, é a Igreja da Natividade, construída onde se acredita que Jesus tenha nascido.

A imensa igreja tem apenas uma pequena entrada. Para entrar na igreja, através dessa pequena porta, a pessoa tem que se curvar, praticamente tem que se agachar. E a não há possibilidade de entrar levando consigo alguma bagagem.O significado da pequena entrada dessa igreja é claro. Há apenas uma porta por onde se pode entrar no Reino de Deus e essa porta é estreita. Jesus deixa claro que Ele é a única porta para as ovelhas — Ele é o único caminho para o céu e para o dom da vida eterna (João 10:7-9; João 3:16; 14:6).

O discípulo deve rejeitar as largas estradas do império e seguir o humilde caminho dos pequenos e excluídos.

Todos procuram uma vida melhor e mais segura, e por isto se fadigam e correm. Numa tarefa assim tão importante, é conveniente que não andemos atrás dos outros, mas que verifiquemos com cuidado e sabedoria em quais mãos colocamos o nosso futuro, a nossa eternidade. Não nos esqueçamos que o guia seguro que devemos buscar é Jesus.

A porta é estreita, mas quando se passa por ela, os campos são verdes, a água cristalina, a proteção é completa. Há fartura, alegria e paz do outro lado, o lado da vida plena em Cristo Jesus.

Pai, faze-me capaz de reconhecer quem está predisposto a acolher a tua mensagem, de forma que eu não semeie a tua Palavra no coração de quem lhe é refratário.

Fonte https://homilia.cancaonova.com


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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 7,1-5 - 25.06.2018

Liturgia Diária

DIA 25 – SEGUNDA-FEIRA   
12ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia da 4ª semana do saltério)

Fomos criados para amar e não para condenar; não somos juízes, mas irmãos. Quando nos achamos melhores que os outros, julgamento e condenação acabam fazendo parte do nosso cotidiano.

Evangelho: Mateus 7,1-5

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Não julgueis e não sereis julgados. 2Pois vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos com a mesma medida com que medirdes. 3Por que observas o cisco no olho do teu irmão e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? 4Ou como podes dizer ao teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? 5Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 7,1-5
«Com o mesmo julgamento com que julgardes os outros sereis julgados; e a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós»

Rev. D. Jordi POU i Sabater
(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)

Hoje, o Evangelho recordou-me as palavras da Mariscala em O cavaleiro da Rosa, de Hug von Hofmansthal: «Como é grande a diferença». Como mudar uma coisa mudará muito o resultado em muitos aspectos da nossa vida, sobretudo, a espiritual.

Jesus disse: «Não julgueis, e não sereis julgados» (Mt 7,1). Mas, Jesus também tinha dito que temos de corrigir o irmão que está em pecado, e para isso é necessário ter feito antes algum tipo de juízo. O próprio São Paulo nos seus escritos julga a comunidade de Corinto e São Pedro condena Ananias e a sua esposa por falsidade. Por causa disso, São João Crisóstomo justifica: «Jesus não disse que não temos de evitar que um pecador deixe de pecar, temos que o corrigir sim, mas não como um inimigo que busca a vingança, mas como o médico que aplica um remédio». O juízo, pois, parece que deveria fazer-se, sobretudo com ânimo de corrigir, nunca com ânimo de vingança.

Ainda mais interessante é o que diz Santo Agostinho: «O Senhor previne-nos de julgar rápida e injustamente (...). Pensemos primeiro, se nós não tivemos também algum pecado semelhante; pensemos que somos homens frágeis, e [julguemos] sempre com a intenção de servir a Deus e não a nós». Se quando vemos os pecados dos irmãos pensamos em nós, não nos passará, como diz o Evangelho, que com uma trave no olho queiramos tirar o cisco do olho do nosso irmão (cf Mt 7,3).

Se estivermos bem formados, veremos as coisas boas e as más dos outros, quase de maneira inconsciente: disso faremos juízo. Mas o fato de ver as faltas dos outros desde os pontos de vista citados nos ajudará na forma como julgamos: ajudará a não julgar por julgar, ou por dizer alguma coisa, ou para cobrir as nossas deficiências ou, simplesmente, porque toda a gente o faz. E, para terminar, sobretudo tenhamos em conta as palavras de Jesus: «a mesma medida que usardes para os outros servirá para vós» (Mt 7,2).

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NÃO JULGUEIS E NÃO SEREIS JULGADOS Mt 7,1-5
HOMILIA

A partir do capítulo 7 de S. Mateus, que hoje começamos a ver, o discurso da montanha parece tomar uma nova profundidade, orientado mais em particular para os discípulos, isto é, para os membros da comunidade cristã de Mateus e de todos os tempos.

O contraste exagerado entre o cisco no olho alheio e a trave no próprio pode refletir um provérbio popular de então, a rápida observação das faltas dos outros, em contraste com a tolerância das faltas do próprio caráter, é tema comum em todos os povos e línguas. E por isso, os homens ao longo dos tempos foram compondo provérbios que iluminam claramente as suas culturas e tradições.

No provérbio de hoje Jesus pretende chamar a atenção dos seus discípulos para um perigo que os cerca: o perigo de se considerarem perfeitos e superiores e por isso se separarem dos outros, como fariseus. O significado da palavra fariseu é separado.

O sentido que tem aqui o verbo julgar não é simplesmente fazer-se uma opinião, algo que dificilmente poderemos evitar, mas julgar duramente, ou seja, condenar os outros, como se diz na passagem paralela de S. Lucas: Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados (6, 37).

O julgamento pertence a Deus e não a nós, porque só Deus conhece a fundo o coração do homem. Constituir-se em juiz dos outros é uma ousadia irresponsável, é tomar o lugar de Deus. Deus nos aceita e ama todos tal como somos, e olha-nos com amor de Pai que dissimula as faltas dos seus filhos, a quem vê através do seu próprio Filho, Cristo.

Se, anteriormente, ao longo do discurso da montanha, Jesus falou do perdão das ofensas e do amor inclusivamente ao inimigo, para tentar aproximar-nos ao menos um pouco da perfeição de Deus, agora está apontando à imitação da sua misericórdia. Como diz o livro da Sabedoria, Deus compadece-se de todos corrige os que caem para que se convertam e acreditem n’Ele.

À medida que usarmos com os outros, usá-la-ão conosco. Isso não quer dizer que Deus – a quem não se menciona no texto por respeito – nos julgará com a nossa medida injusta e impiedosa. Esse não é o seu modo de proceder. Certamente, quem age assim com os outros, expõe-se a um julgamento mais severo para si mesmo.

Deus teria, digamos, duas medidas para o seu julgamento: uma de justiça, outra de misericórdia. Ele medir-nos-á com aquela que nós utilizarmos, nesta vida, com os irmãos. É a mesma lição da parábola do devedor insolvente que é perdoado e não perdoa, ou a contida petição do Pai-nosso: perdoa as nossas ofensas… O que condena o irmão auto-exclui-se do perdão de Deus e cai sob a jurisdição da lei, que não deixará de acusá-lo e condenar como imperfeito que é.

Todos somos imperfeitos, tanto e mais que os outros, ainda que, julgando-os com superioridade, os desprezemos. Tal atitude, desprovida de amor, provém da nossa própria cegueira que nos impede de ver os nossos defeitos. Manter a conscientemente tal postura é hipocrisia astuta, cujo modelo no evangelho são escribas e fariseus.

É muito velho o costume de criticar os outros. Assim, pensamos justificar-nos a nós como melhores. Mas, a experiência demonstra que os mais críticos, os que julgam ser perfeitos, saber tudo e ter a melhor solução para qualquer problema, costumam ser os que menos fazem e levam aos outros.

Um olhar no espelho, uma vista de olhos à nossa pequenez e insignificância, à nossa “trave” no olho, minimizará sem dúvida as falhas dos outros, e far-nos-á mais tolerantes e acolhedores, pensando que os outros também têm que suportar-nos a nós. Conhecer as nossas próprias limitações, admiti-las e aceitá-las ensinar-nos-á, a saber, estar e viver com os outros. Assim, caminharemos em verdade e simplicidade, com ânimo de fraternidade, tolerância e compreensão para com os outros sem os condenar.

Se Deus é otimista a respeito do homem e o ama apesar de tudo, o discípulo de Cristo há-de fazer o mesmo em relação aos seus irmãos. Este é um caminho mais seguro para a realização e a felicidade pessoal do que o engano da presunção.

Meu irmão, minha irmã, nós não temos o direito de julgar, ao menos que tiremos primeiro a trave que está no nosso olho. Ou seja, se eu sou um exemplo, no caso tenho todo direito de julgar, mas através da Escritura, logo, se eu sou um homem integro diante de Deus no que concerne a alguma prática, seja ela confessional, doutrinária, ou moral, tenho duas ferramentas em mãos e que contribuem entre si para o julgamento Cristão; Primeiro: O fato que a Escritura Sagrada condena expressamente determinada prática, e em segundo, eu sou um homem que não pratico tais coisas, e assim, a trave do meu olho já foi tirada, e se eu tirei a trave do meu olho, tenho todo o argumento para tirar o argueiro do olho do meu irmão.

Pai, livra-me de julgar meus semelhantes de maneira severa e impiedosa. Que eu seja misericordioso com eles, assim como és misericordioso comigo.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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