quarta-feira, 31 de maio de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 3,16-18 - 04.06.2023

Liturgia Diária


4 – DOMINGO 

SANTÍSSIMA TRINDADE


(branco, glória, creio, prefácio próprio – ofício da solenidade)



Bendito seja Deus Pai, bendito o Filho unigênito e bendito o Espírito Santo. Deus foi misericordioso para conosco.


Celebrando a solenidade da Santíssima Trindade, bendizemos a Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo. Sintamo-nos todos amados e acolhidos pela Trindade divina, comunhão perfeita e ideal de toda comunidade cristã. Ela nos revela a sua misericórdia, bondade e fidelidade e nos anima a viver na concórdia e na paz.


Evangelho: João 3,16-18


Aleluia, aleluia, aleluia.


Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito divino, / ao Deus que é, que era e que vem, pelos séculos. Amém (Ap 1,8). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 16Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna. 17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele. 18Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho unigênito. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 3,16-18

«Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único»


Mons. Joan Enric VIVES i Sicília Bispo de Urgell

(Lleida, Espanha)

Hoje voltamos a escutar que «Deus amou tanto o mundo…» (Jo 3,16) porque, na festa da Santíssima Trindade, Deus é adorado e amado e servido, porque Deus é Amor. Nele há relações que são de amor, e tudo o que faz, ativamente, o faz por Amor. Deus ama. Ama-nos. Esta grande verdade é daquelas que nos transformam que nos fazem melhores. Porque penetram no entendimento, e tornam-se evidentes. E penetram na nossa ação, e a vão aperfeiçoando para uma ação toda de amor. E como mais puro, torna-se maior e mais perfeito.


São João da Cruz pode escrever: «Põe amor onde não há amor, e encontrarás amor». E isto é certo, porque é o que Deus faz sempre. Ele «enviou o seu Filho ao mundo (…) para que o mundo seja salvo» (Jo 3,17) graças à vida e ao amor até a morte na cruz de Jesus Cristo. Hoje o contemplamos como o único que nos revela o amor autêntico.


Fala-se tanto do amor, que talvez se perca a sua originalidade. Amor é o que Deus nos tem. Ama e serás feliz! Porque amor é dar a vida por aqueles que amamos. Amor é gratuidade e simplicidade. Amor é esvaziar-se de si mesmo, para esperar tudo de Deus. Amor é acudir com diligência ao serviço do outro que precisa de nós. Amor é perder para recuperar cem por um. Amor é viver sem passar contas do que se está a fazer. Amor é o que faz com que nos pareçamos com Deus. Amor — e só o amor — é a eternidade já no meio de nós!


Vivamos a Eucaristia que é o sacramento do Amor, já que nos dá o Amor de Deus feito carne. Faz-nos participar do fogo que queima no coração de Jesus, e nos perdoa e refaz, para que possamos amar com o mesmo Amor com que somos amados.

Fonte https://evangeli.net/


DEUS ENVIOU SEU FILHO AMADO Jo 3,16-21

HOMILIA


O tema central do evangelho de João é a presença do Filho do Próprio Deus no mundo. Para que o mundo seja salvo por Ele. Jesus é o único que desceu do céu para dar a vida eterna a todos que crerem nele.


A salvação, como foi projetada, está associada diretamente à redenção do homem, a qual equivale ao pagamento de um resgate por alguém escravizado e condenado graças à encarnação do verbo.


No prólogo do seu evangelho João nos mostra como Deus manifestou o seu amor para connosco. A Palavra que no Gêneses 1,1, criou todas as coisas, veio habitar entre nós tomando a carne humana. Pois a encarnação do Filho de Deus se faz em um processo normal de gestação. Embora a sua concepção fosse por ação do Espírito Santo. A condição humana é assumida por Deus desde o ventre materno de Maria. Em Jesus, o Filho de Deus, o humano se une ao divino e eterno. Quem crê em Jesus participa da sua condição divina e eterna. Crer em Jesus é unir-se a ele na prática da verdade, isto é, na prática de tudo aquilo que está conforme a vontade do Pai. É por isso que Lucas descrevendo a vida da Igreja Primitiva diz que os que abraçaram a fé tinham um só coração e uma só alma.


Quer dizer, o homem iluminado pela luz pascal se une totalmente a Cristo que se fez um com o Pai, cumprindo e fazendo a sua vontade. Nele se opera um contraste. Porque assim como Cristo vive, ele também viverá embora esteja ainda vivendo no seu corpo mortal. Estabelece-se, destarte os contrastes: vida e morte, luz e trevas freqüentes no evangelho de João. Trevas é ausência de luz. Aonde chega a luz, as trevas desaparecem. Assim também, a vida e a morte. Onde chega a vida, a morte desaparece. Na comunhão com Jesus, na prática da vontade de Deus, na verdade e na justiça, promovendo a vida plena para todos, goza-se da vida eterna.


Ao não encontrar na terra quem pudesse pagar, com a própria vida o preço do resgate do homem, de seus pecados, Deus enviou o Seu único Filho para que o fizesse, livrando, assim, a humanidade da condenação eterna. Desta forma Deus dá prova do Seu amor para conosco. Quando ainda éramos pecadores, Cristo morreu por nós” (Romanos 5:8).


Senhor, dai-me uma fé viva que me faça abandonar as trevas do meu coração, da minha mente afim de que iluminado pela vossa Palavra eu não morra nos meus pecados, mas sim, tenha a vida eterna.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 11,27-33 - 03.06.2023

Liturgia Diária


3 – SÁBADO 

SÃO CARLOS LWANGA E COMPANHEIROS


MÁRTIRES


(vermelho, pref. dos mártires – ofício da memória)



Clamaram os justos, e o Senhor os ouviu. E de toda aflição os libertou (Sl 33,18).


Em 3 de junho de 1886, Carlos Lwanga e doze companheiros, alguns dos quais muito jovens, foram queimados vivos, após terríveis sofrimentos, e dessa forma coroaram seu testemunho de fé. Esses santos mártires, junto com outros, num total de 22, foram vítimas das perseguições praticadas pelo rei da Uganda contra os cristãos, entre os anos de 1885 e 1887. Celebrando esta memória, peçamos a Deus a sabedoria para orientar a vida pelos caminhos da fé e do amor, mesmo em meio às provações.


Evangelho: Marcos 11,27-33


Aleluia, aleluia, aleluia.


A Palavra de Cristo ricamente habite em vós, / dando graças, por ele, a Deus Pai! (Cl 3,16s) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 27Jesus e os discípulos foram de novo a Jerusalém. Enquanto Jesus estava andando no templo, os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os anciãos aproximaram-se dele e perguntaram: 28“Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?” 29Jesus respondeu: “Vou fazer-vos uma só pergunta. Se me responderdes, eu vos direi com que autoridade faço isso. 30O batismo de João vinha do céu ou dos homens? Respondei-me”. 31Eles discutiam entre si: “Se respondermos que vinha do céu, ele vai dizer: ‘Por que não acreditastes em João?’ 32Devemos então dizer que vinha dos homens?” Mas eles tinham medo da multidão, porque todos, de fato, tinham João na qualidade de profeta. 33Então eles responderam a Jesus: “Não sabemos”. E Jesus disse: “Pois eu também não vos digo com que autoridade faço essas coisas”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


REFLEXÃO - Evangelho: Marcos 11,27-33

«Com que autoridade fazes essas coisas?»


Mn. Antoni BALLESTER i Díaz

(Camarasa, Lleida, Espanha)

Hoje, o Evangelho pede-nos que pensemos com que intenção vemos Jesus. Há quem vá sem fé, sem reconhecer sua autoridade: por isso, «os sumos sacerdotes, os escribas e os anciãos, lhe perguntaram: “Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?”(Mc 11,27-28).


Se não tratamos a Deus na oração, não teremos fé. Mas, como diz São Gregório Magno, «quando insistimos na oração com toda veemência, Deus se detém no nosso coração e recobramos a vista perdida». Se tivermos boa disposição, apesar de estar no erro, vendo que a outra pessoa tem razão, acolheremos suas palavras. Se tivermos boa intenção, apesar de arrastar o peso do pecado, quando façamos oração Deus nos fará compreender nossa miséria, para que nos reconciliemos com Ele, pedindo perdão de todo coração e, por meio do sacramento da penitência.


A fé e a oração vão juntas. Diz-nos Santo Agostinho que, «se a fé falta, a oração é inútil. Depois, quando oremos, criemos e oremos para que não falte a fé. A fé produz a oração e, a oração produz também a firmeza da fé». Se tivermos boa intenção e, acudimos a Jesus, descobriremos quem é e, entenderemos sua palavra, quando nos pergunte: «O batismo de João era do céu ou dos homens?» (Mc 11,30). Pela fé, sabemos que era do céu e, que sua autoridade vem-lhe do seu Pai, que é Deus e, Dele mesmo porque é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade.


Porque sabemos que Jesus é o único salvador do mundo, acudimos a sua Mãe que também é nossa Mãe, para que desejando acolher a palavra e a vida de Jesus, com boa intenção e boa vontade, para ter a paz e a alegria dos filhos de Deus.

Fonte https://evangeli.net/

A verdadeira autoridade vem de Deus
HOMILIA

A verdadeira autoridade vem de Deus. Por isso, para ser justa e correta, a autoridade que exercemos precisa ter testemunho de vida e estar de acordo com a Palavra de Deus.

“Com que autoridade fazes essas coisas? Quem te deu autoridade para fazer isso?” (Marcos 11, 28).

Amados irmãos e irmãs em Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, as autoridades da época de Jesus – os príncipes, os sacerdotes, os escribas e os anciãos – questionam a autoridade de Jesus. Questionam a autoridade que Ele tem para pregar, para curar e para fazer seja o que for. É como se dissessem: “De onde vem a autoridade de Jesus para fazer isso?”. E por isso eles se aproximam do Mestre para realmente saber do coração d’Ele quem Lhe deu tamanha liberdade, tamanha autoridade para fazer o que fazia.

Jesus apenas os escuta, apenas acolhe de bom coração aquilo que perguntam a Ele e lhes responde com uma pergunta bem intrigante: “O batismo que  João pregou veio do céu ou dos homens?” (Marcos 11, 30).

Primeiramente, não basta questionar, é preciso saber a intenção dos nossos questionamentos: se estes possuem uma intenção reta, justa, correta ou uma intenção maliciosa e maldosa. Porque o que essas autoridades fazem, na verdade, é querer desmoralizar Jesus e colocá-Lo numa situação embaraçosa. É como se Ele lhes dissesse: “Então respondam por vocês mesmos: de que forma vocês encararam o que João Batista fazia?”.

Mesmo sem querer admitir, esses homens sabiam que não era um batismo meramente humano aquele que João Batista fazia. Então, para questionar a autoridade de Jesus, é preciso ter mais autoridade do que Ele! Mas a “autoridade” aqui não é a autoridade no sentido de mandar e de receber uma autoridade humana, civil, mas se trata de uma autoridade moral, se trata de uma autoridade vinda do alto, se trata de uma autoridade que vem da própria vida.

A autoridade é justa e correta quando aquilo que a pessoa faz, realiza e fala está de acordo com a vida que ela leva, por isso ela tem autoridade e moral. Muitas vezes, os pais perdem a autoridade diante dos filhos porque só falam e não dão exemplo e não são espelho para os seus. Da mesma forma, professores, autoridades e seja quem for, não basta querer que as pessoas obedeçam leis, ensinamentos e cobranças quando o exemplo não vem de cima.

As autoridades da época de Jesus saíram todas caladas, não podiam questionar muito porque não tinham exemplos para dar. Nós devemos nos perguntar  – as autoridades de hoje e a autoridade que nós exercermos na nossa casa, em nosso trabalho, na Igreja, na pastoral e onde estamos – nós temos autoridade moral para falar algo ou cobrar algo de alguém?

Deus abençoe você!


Fonte Padre Roger Araújo

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 11,11-26 - 02.06.2023

Liturgia Diária


2 – SEXTA-FEIRA 

8ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia)



O Senhor se tornou o meu apoio, libertou-me da angústia e me salvou porque me ama (Sl 17,19s).


Os antepassados não serão esquecidos, por causa de “seus gestos de bondade”. Também na história de nossa vida permanecerão os frutos do amor que dedicamos a Deus e aos irmãos e irmãs. Aprendamos a buscar na oração a força para sempre fazer o bem.


Evangelho: Marcos 11,11-26


Aleluia, aleluia, aleluia.


Eu vos escolhi a fim de que deis, / no meio do mundo, um fruto que dure (Jo 15,16). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Tendo sido aclamado pela multidão, 11Jesus entrou no templo, em Jerusalém, e observou tudo. Mas, como já era tarde, saiu para Betânia com os doze. 12No dia seguinte, quando saíam de Betânia, Jesus teve fome. 13De longe, ele viu uma figueira coberta de folhas e foi até lá ver se encontrava algum fruto. Quando chegou perto, encontrou somente folhas, pois não era tempo de figos. 14Então Jesus disse à figueira: “Que ninguém mais coma de teus frutos”. E os discípulos escutaram o que ele disse. 15Chegaram a Jerusalém. Jesus entrou no templo e começou a expulsar os que vendiam e os que compravam no templo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos vendedores de pombas. 16Ele não deixava ninguém carregar nada através do templo. 17E ensinava o povo, dizendo: “Não está escrito: ‘Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos’? No entanto, vós fizestes dela uma toca de ladrões”. 18Os sumos sacerdotes e os mestres da Lei ouviram isso e começaram a procurar uma maneira de o matar. Mas tinham medo de Jesus, porque a multidão estava maravilhada com o ensinamento dele. 19Ao entardecer, Jesus e os discípulos saíram da cidade. 20Na manhã seguinte, quando passavam, Jesus e os discípulos viram que a figueira tinha secado até a raiz. 21Pedro lembrou-se e disse a Jesus: “Olha, Mestre, a figueira que amaldiçoaste secou”. 22Jesus lhes disse: “Tende fé em Deus. 23Em verdade vos digo, se alguém disser a esta montanha: ‘Levanta-te e atira-te no mar’, e não duvidar no seu coração, mas acreditar que isso vai acontecer, assim acontecerá. 24Por isso vos digo, tudo o que pedirdes na oração, acreditai que já o recebestes, e assim será. 25Quando estiverdes rezando, perdoai tudo o que tiverdes contra alguém, para que vosso Pai que está nos céus também perdoe os vossos pecados”.[26] – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 11,11-26

«Tudo o que pedirdes na oração, crede que já o recebestes»


Fra. Agustí BOADAS Llavat OFM

(Barcelona, Espanha)

Hoje fruto e petição são palavras chave no Evangelho. O Senhor aproxima-se a uma figueira e não encontrou frutos: somente folharada, reagiu maldizendo-a. Segundo Santo Isidoro de Sevilha, "Figo" e "fruto" têm a mesma raiz. Ao dia seguinte, os Apóstolos surpresos, lhe dizem: «Rabi, olha, a figueira que amaldiçoaste secou» (Mc 11,21). Em resposta, Jesus Cristo lhes fala de fé e de oração: «Tende fé em Deus» (Mc 11,22).


Há pessoas que quase não rezam, e quando o fazem, procuram que Deus lhes resolva um problema complicado no qual já não vêem a solução. E o justificam com as palavras de Jesus que acabamos de ouvir: «Tudo o que pedirdes na oração, crede que já o recebestes, e vos será concedido» (Mc 11,24). Têm ração e é humano, compreensível, e lícito que, ante os problemas que nos superam, confiemos em Deus, em alguma força superior a nós.


Mas tenho que acrescentar que toda oração é "inútil" («vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes que vós lho peçais»: Mt 6,8), na medida em que não tem uma utilidade prática direta, como —por exemplo— acender uma luz. Não recebemos nada em troca por rezar, porque todo o que recebemos de Deus é graça sobre graça.


Então, não é preciso rezar? Ao contrário: já que agora sabemos que é graça, a oração tem mais valor: porque é "inútil" e é "gratuita". Ainda com tudo, existem três benefícios que nos dá a oração de petição: paz interior (encontrar ao amigo Jesus e confiar em Deus relaxa); pensar sobre um problema, racionalizá-lo, e saber traçá-lo é já tê-lo quase resolvido; e em terceiro lugar ajuda-nos a discernir entre aquilo que é bom e aquilo que tal vez por causa do nosso capricho queremos em nossas intenções da oração. Então, a posteriori, entendemos com os olhos da fé o que Jesus diz: «Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei, para que o Pai seja glorificado no Filho» (Jo 14,13).

Fonte https://evangeli.net/


Que nossa fé produza bons frutos
HOMILIA

Que nossa fé produza bons frutos, porque uma fé sem frutos é como uma árvore sem vida. Para nossa fé não morrer precisamos ter fé em Deus e vida de oração.

“Por isso, vos digo: tudo o que pedirdes na oração crede que o tendes recebido, e vos será dado” (Marcos 11, 24).

Na narração do Evangelho de hoje, podemos nos assustar com a ação de Jesus ao amaldiçoar uma figueira, mesmo talvez não sendo época dessa árvore de dar frutos. É uma parábola muito interessante e cheia de significados para nós aquilo que aconteceu com a figueira. Ela murchou e se encolheu porque perdeu a vida e, assim, não produzia frutos.

Um cristão, um homem e uma mulher de fé, pode passar por muitas provações, dificuldades, dias difíceis na vida e tentações em sua fé, assim por diante, mas em todas as épocas a fé dessa pessoa não pode deixar de dar frutos! Porque uma fé que não dá frutos é uma árvore que não tem mais vida: morreu e secou. E não podemos deixar nossa fé morrer, não podemos deixar nossa fé secar!

Daí o convite que o Senhor nos faz hoje, pela Sua Palavra, para que os nossos frutos venham por intermédio da nossa fé. E que frutos uma pessoa de fé, um homem ou uma mulher devem produzir? Primeira coisa é o de  ter uma confiança inabalável em Deus; o mundo pode cair, o mundo pode se autodestruir, o mundo ao nosso lado pode se ruir, mas a nossa confiança no Senhor deve ser sempre a mesma e maior do que nunca! Ou seja, confiança firme, inabalável, sabemos que o Senhor é o Senhor, ainda que tenhamos que passar por provações, por momentos difíceis em nossa própria vivência da fé, mas não percamos a nossa confiança no Senhor.

Outro fruto muito importante que uma pessoa de fé deve produzir é: ter uma vida de oração. Orar com vontade de orar, orar sem vontade de orar, mas, orar, porque não há confiança e não há fé no Senhor se esta não for alimentada pela oração! E a partir da oração, vem a força do perdão, quem ora perdoa, quem ora em espírito e verdade tem força para perdoar sempre; a si mesmo, ao próximo e até Deus se estivermos magoados e ressentidos com Ele.

O homem de oração se põe de pé para orar e sua oração começa primeiro já perdoando alguém de algum ressentimento. O homem de fé combate, derruba os muros, os morros, as montanhas de ressentimentos que aparecem em tantas situações de sua vida. Talvez, humanamente, nós não consigamos derrubar nenhum morro, nenhuma montanha, mas já que aparecem tantas decepções, mágoas, ressentimentos em nossa vida e nos falta força para vencer, para superar ou para perdoar, tenhamos a certeza de que nada é impossível àquele que crê!

E uma vez que tudo o que pedirmos ao Pai, Ele há de nos conceder e se dissermos a esta montanha: “Saia daqui e vá para ali!” e ela for de acordo com a Palavra (cf. Mc 11, 24), podemos dizer: “Sai ressentimento! Sai do meu coração! Vá para longe de mim!”, porque, no poder do Senhor, a montanha de ressentimento irá sair!

Deus abençoe você!


Fonte Padre Roger Araújo

segunda-feira, 29 de maio de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 10,46-52 - 01.06.2023

Liturgia Diária


1º – QUINTA-FEIRA 

SÃO JUSTINO, MÁRTIR


(vermelho, pref. dos mártires – ofício da memória)



Os pagãos me contaram suas fábulas, mas nada valem perante a vossa lei. Diante dos reis, falei de vossa aliança sem me envergonhar (Sl 118,85.46).


Justino viveu na Palestina no 2º século. Leigo e filósofo pagão, converteu-se ao cristianismo e encontrou em Cristo a verdade sem limites. Utilizou sua inteligência e habilidade dialética em defesa dos cristãos perseguidos, como o demonstram suas obras, das quais nos restam apenas as duas Apologias e o Diálogo com Trifão. O exemplo desse mártir nos conduza ao conhecimento admirável do mistério de Cristo.


Evangelho: Marcos 10,46-52


Aleluia, aleluia, aleluia.


Eu sou a luz do mundo; / aquele que me segue / não caminha entre as trevas, / mas terá a luz da vida (Jo 8,12). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 46Jesus saiu de Jericó junto com seus discípulos e uma grande multidão. O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira do caminho. 47Quando ouviu dizer que Jesus, o Nazareno, estava passando, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!” 48Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava mais ainda: “Filho de Davi, tem piedade de mim!” 49Então Jesus parou e disse: “Chamai-o”. Eles o chamaram e disseram: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!” 50O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. 51Então Jesus lhe perguntou: “O que queres que eu te faça?” O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” 52Jesus disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 10,46-52

«Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim»


P. Ramón LOYOLA Paternina LC

(Barcelona, Espanha)

Hoje, Cristo sai ao nosso encontro. Todos somos Bartimeu: esse não vidente que Jesus passou bem próximo, e que saltou gritando até que Jesus lhe prestasse atenção. Talvez tenhamos um nome um pouco mais bonito... Mas, a nossa debilidade humana (moral) é semelhante à cegueira que sofria nosso protagonista. Nós, também não chegamos a ver que Cristo vive em nossos irmãos e, assim, tratamos como os tratamos. Quem sabe não chegamos a ver nas injustiças sociais, nas estruturas de pecado, uma chamada humilhante aos nossos olhos para um compromisso social. Talvez não vislumbramos que «Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos» (Jo 15,13). Vemos meio confuso o que é nítido: que as miragens do mundo conduzem à frustração, e que o paradoxo do Evangelho traz a dificuldade, produzem fruto, realização e vida. Somos verdadeiramente débeis visuais, não por eufemismo e sim em realidade: nossa vontade debilitada pelo pecado ofusca a verdade em nossa inteligência e escolhemos o que não nos convém.


Solução: gritar, isto é, orar humildemente «Filho de Davi, tem compaixão de mim» (Mc 10,48). E gritar mais quanto mais te repreendam, te desanimem ou te desanimes: «Muitos o repreendiam para que se calasse. Mas ele gritava ainda mais alto... »(Mc 10,48). Gritar que é também pedir: «Rabûni, meu Mestre, que eu veja» (Mc 10,51). Solução: dar, como ele, um impulso na fé, crer mais além de nossas certezas, confiar em quem nos amou, nos criou, e veio redimir-nos e ficou conosco, na Eucaristia.


O Papa João Paulo II nos dizia com sua vida: suas longas horas de meditação —tantas que seu Secretário dizia que ele orava “demais”— nos dizem claramente que «aquele que ora muda a historia».

Fonte https://evangeli.net/


Só Jesus tem poder para curar nossa cegueira
HOMILIA


Só Jesus tem poder para curar nossa cegueira. Que Jesus hoje recupere a visão de muitos de nós para que vejamos o que não queremos ou não temos condição de ver.

“Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!” (Marcos 10, 47).

O cego Bartimeu se aproxima de Jesus de Nazaré e grita de forma desesperada e, ao mesmo tempo, esperançosa ao afirmar que só Jesus podia fazer algo por ele. Mesmo sendo repreendido, afastado e as pessoas lhe pedindo que ele se calasse, ele grita em alta voz não para de dizer: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!” (Mateus 10, 47).

A situação de um cego na época de Jesus era mesmo como a situação de um leproso: eram tidos como malditos e castigados, por isso viviam afastados da sociedade e eram realmente marginalizados. Não eram só eles que não enxergavam, sobretudo os cegos, mas também não eram enxergados pela sociedade, por isso esta não os incorporava entre os seus membros.

O grito daquele cego é o grito dos pobres, dos indigentes, de tantas pessoas famintas, marginalizadas, esquecidas e abandonadas que vivem hoje em nossa sociedade, nas nossas ruas, no mundo em que nós vivemos e não podem enxergar a esperança de dias melhores. E, ao mesmo tempo, não são enxergadas pelos outros, são deixadas de lado nos grandes eventos, nas realizações e até nas celebrações de nossas comunidades.

Há aqueles que já estão há muito tempo sem poder enxergar uma vida melhor e condições melhores de vida. Há idosos abandonados em tantos asilos; há pessoas esquecidas, tidas como loucas e deixadas em muitos hospitais psiquiátricos por este Brasil e por este mundo afora. Há tantas pessoas jovens sem perspectiva de recuperação porque estão cegas diante das drogas, de uma vida sexual errada, desenfreada. Há tanta gente caminhando cega no meio de nós; e muitas vezes, nós também estamos cegos diante da vida porque não somos capazes de enxergar quem está sofrendo.

O grito do cego Bartimeu hoje é o grito daqueles que vivem na solidão do abandono ou mesmo a solidão de ter pessoas por perto, mas não se sentem vistas e acolhidas por ninguém. Bartimeu clama por Jesus para que Ele faça algo em favor dele, para que o ajude a enxergar um caminho, para que dê luz aos seus olhos, ao seu coração e à sua visão interior a fim de que possa enxergar e ter outra perspectiva de vida.

Enquanto os homens não o enxergam, Jesus o vê, o enxerga e lhe pergunta: “O que tu queres de mim?“. E conforme a vontade dele, Jesus lhe recupera a vista.

Que Jesus hoje recupere a visão de muitos de nós, que nos ajude a ver aquilo que não queremos ver ou que não temos condição de ver ou de enxergar: a nossa própria miséria, a nossa própria humanidade. E que tenhamos olhos para ver as necessidades dos mais pobres e mais sofridos e, assim, apontarmos e abrirmos os olhos deles para que também vejam perspectivas de dias melhores, de esperança pela frente e a luz que vem do alto, a luz do coração de Deus.

Que o Senhor, que curou Bartimeu, cure tantos “Bartimeus” nos dias de hoje, incluindo a mim, a você e a todos nós que temos alguma cegueira que não nos permite enxergar o que precisamos, de fato, ver.

Deus abençoe você!


Fonte Padre Roger Araújo

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 1,39-56 - 31.05.2023

Liturgia Diária


31 – QUARTA-FEIRA 

VISITAÇÃO DE NOSSA SENHORA


(branco, glória, pref. de Maria II – ofício da festa)



Vinde e escutai, todos os que temeis a Deus, e eu vos direi tudo o que o Senhor fez por mim (Sl 65,16).


A festa da Visitação de Nossa Senhora começou a ser celebrada no final do século 13, pelos Franciscanos, e foi introduzida no calendário universal da Igreja no século 14. Maria, movida por um espírito missionário, sente-se impelida a comunicar o “prodígio” que o Senhor nela realizou. Que seu sim radical nos ensine a ser dóceis à ação do Espírito Santo mediante a prática de gestos concretos em favor dos irmãos e irmãs.


Evangelho: Lucas 1,39-56


Aleluia, aleluia, aleluia.


És feliz porque creste, Maria, / pois em ti a Palavra de Deus vai cumprir-se, conforme ele disse (Lc 1,45). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judeia. 40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. 41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou no seu ventre e Isabel ficou cheia do Espírito Santo. 42Com um grande grito, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! 43Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? 44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança pulou de alegria no meu ventre. 45Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor lhe prometeu”. 46Maria disse: “A minha alma engrandece o Senhor, 47e o meu espírito se alegra em Deus, meu salvador, 48porque olhou para a humildade de sua serva. Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, 49porque o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. O seu nome é santo 50e sua misericórdia se estende, de geração em geração, a todos os que o temem. 51Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os soberbos de coração. 52Derrubou do trono os poderosos e elevou os humildes. 53Encheu de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias. 54Socorreu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, 55conforme prometera aos nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência para sempre”. 56Maria ficou três meses com Isabel; depois voltou para casa. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 1,39-56

«O menino pulou de alegria no meu ventre»


Mons. F. Xavier CIURANETA i Aymí Bispo Emérito de Lleida

(Lleida, Espanha)

Hoje contemplamos o fato da Visitação da Virgem Maria a sua prima Isabel. Tão rapidamente como lhe foi comunicado que tinha sido escolhida por Deus Pai para ser Mãe do Filho de Deus e que sua prima Isabel tinha recebido também o dom da maternidade, caminha decididamente até a montanha para cumprimentar sua prima, para compartilhar com ela o gozo de terem sido agraciadas com o dom da maternidade e para servi-la.


A saudação da Mãe de Deus provoca que o menino, que Isabel leva no seu ventre, pule de entusiasmo dentro das entranhas de sua mãe. A Mãe de Deus, que leva Jesus no seu ventre é causa de alegria. A maternidade é um dom que gera alegria. As famílias alegram-se quando há um anúncio de uma nova vida. O nascimento de Cristo produz certamente «uma grande alegria» (Lc 2,10).


Apesar de tudo, hoje em dia, a maternidade não é devidamente valorizada. Freqüentemente colocam-se em primeiro lugar outros interesses superficiais, que são manifestação de comodidade e de egoísmo. As possíveis renúncias que comporta o amor paternal e maternal, assustam a muitos matrimônios que, talvez pelos meios que receberam de Deus, devessem ser mais generosos e dizer “sim” mais responsavelmente a novas vidas. Muitas famílias deixam de ser “santuários da vida”. O Papa São João Paulo II constata que a contracepção e o aborto “têm as suas raízes numa mentalidade hedonista e irresponsável a respeito da sexualidade e pressupõem uma concepção egoísta da liberdade, que vê na procriação um obstáculo ao desenvolvimento da própria personalidade».


Isabel, durante cinco meses, não saía de casa, e pensava: «Isto é o que o Senhor fez por mim» (Lc 1,25). E Maria dizia: «A minha alma glorifica o Senhor (…) porque pôs os olhos na humildade da sua serva» (Lc 1,46.48). A Virgem Maria e Isabel valorizam e agradecem a obra de Deus nelas: a maternidade! É necessário que os católicos reencontrem o significado da vida como um dom sagrado de Deus aos seres humanos.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Dulce coração de Maria, fortalece e assegura o nosso caminho na terra: seja você mesma nosso caminho, porque tu conheces a senda e o atalho certo que levam, por teu amor, ao amor de Jesus Cristo» (São Josemaria)


«Nesta festa contemplamos a Maria. Ela nos abre à esperança, a um futuro cheio de alegria e nos ensina o caminho para o alcançar: acolher na fé a seu Filho; não perder nunca a amizade com Ele, se não nos deixar iluminar e guiar por sua Palavra» (Bento XVI)


«Só a fé pode aderir aos caminhos misteriosos da omnipotência de Deus. Esta fé gloria-se nas suas franquezas, para atrair a si o poder de Cristo. Desta fé é modelo supremo a Virgem Maria, pois acreditou que “a Deus nada é impossível” (Lc 1,37) e pôde proclamar a grandeza do Senhor: “O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas; Sato- é o seu nome” (Lc 1,49)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 273)

Fonte https://evangeli.net/


DEIXE-TE VISITAR POR MARIA COMO ISABEL Lc 1,39-56

HOMILIA


Todo aquele intercâmbio de vida, todo aquele diálogo de amor à luz do Espírito Santo, leva Maria a um canto de ação de graças e de louvor, inspirado no canto de Ana, a mãe de Samuel (cf. Sm 2,1-10). É que tanto lá como aqui, se realimenta a esperança dos pobres por uma intervenção de Deus Salvador. Jesus, de fato, significa – Deus Salva! A primeira parte do canto apresenta o louvor e a santificação do nome de Deus por parte de Maria. Na verdade, Deus pôs seu olhar sobre aquela humilde jovem de Nazaré, fazendo grandes coisas em seu favor. Deus exalta sua humildade, de tal modo que todas as gerações têm a obrigação de chamar a Mãe de Deus de Bem-Aventurada, ou seja, de Santa.


Assim, Jesus é concebido como a misericórdia de Deus em ação, trazendo vida para todos, restaurando a fraternidade entre os filhos de Deus.


Ao descrever a visita de Maria a Isabel, Lucas quer mostrar Maria como um modelo de solidariedade, da comunidade fiel que atende a todos os irmãos necessitados. O serviço de Maria a Deus se concretiza no serviço aos irmãos e irmãs necessitadas. Descrevendo a visita de Maria a Isabel, Lucas quer ensinar como as pequenas comunidades devem fazer para transformar a visita de Deus em serviço aos irmãos e irmãs. Nossa acolhida à Palavra de Deus concretiza-se no serviço concreto às pessoas mais carentes.


Lucas acentua a prontidão de Maria em atender ao apelo de Deus contido nas palavras do anjo. O anjo tinha lhe falado da gravidez de Isabel. Imediatamente, Maria sai de sua casa para se colocar a serviço de Isabel. De Nazaré até as montanhas de Judá são mais de 100 quilômetros de caminhada. Tal atitude de Maria frente ao apelo da Palavra quer nos ensinar que não devemos nos fechar sobre nós mesmos, atendendo apenas as pessoas que nos são conhecidas ou que estão mais perto de nós. Devemos sair de casa, e estar bem atentos e atentas às necessidades concretas das pessoas e procurar ajudar na medida de nossas capacidades e possibilidades.


Até pouco tempo Maria levava uma vida “normal”; porém, depois do grande anúncio tudo muda; só Deus sabe o que passou em seus pensamentos, talvez muitas preocupações diante de um fato tão grandioso, do qual estava participando diretamente. Porém, uma coisa é certa: ela confia no Senhor. Não ficou presa no fato em si, mas põe-se, como nos diz a leitura, a caminho.


No diálogo que teve com o anjo, ‘na anunciação’, Maria fica sabendo que também Isabel foi agraciada milagrosamente: Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês para aquela que chamavam de estéril. Maria vai visitar sua parenta e ao vê-la confirma-se o que anjo já lhe havia falado.


Quando Isabel ouviu a saudação de Maria a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo.


Ao chegar na casa de Isabel, após uma longa viagem de pouco mais de cem quilômetros, as duas mulheres se encontram, e não só elas, também os frutos da bondade e do amor de Deus. Aqui aproveito para abrir um pequeno parêntese: Maria estava com poucos dias de gestação, e ainda assim o seu filho foi percebido por Isabel, e o ainda não nascido João Batista. Como é que podem alguns ainda colocar em dúvida se o feto não constitui ainda um ser humano, capaz de reconhecer as grandes maravilhas de Deus, mesmo que estes sejam de poucos centímetros?


Maria foi a primeira anunciadora da boa nova, junto com ela, leva a mesma alegria recebida do anjo, leva também o Cristo e o Espírito Santo. Como não querer bem a uma mulher que soube realizar a vontade do Pai? Maria é aquela que conduz Jesus até aquela família, mais tarde será ela também que pede a Jesus para que ajude os noivos nas bodas de Caná; e ainda hoje ela continua atenta as nossas necessidades, com seu olhar materno.


Diante de tudo que recebeu, ela não se exalta, mas bendiz o Senhor: Minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta em Deus meu Salvador. Este canto, que Lucas colocou nos lábios de Maria, relembra o que Deus fez em Maria, a Serva do Senhor. Mas recorda também o que Deus fez pelos pobres através de Jesus. Ele inverte as falsas situações humanas no campo religioso, político e social.


Pois Sua misericórdia perdura para sempre para os que o temem. Aos que não o temem – os orgulhosos – Ele dispersou com a força do seu braço. Ele derrubou do trono os poderosos. Quanto aos humildes, submissos e oprimidos, Ele os exaltou. Ele cumulou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias. Deixemo-nos visitar por Deus! Mas estejamos atentos com a mesma sensibilidade de Isabel e João Batista. Que possamos reconhecê-lo, acolhê-lo e com Ele alegrar-se.


Pai conduza-me pelos caminhos de Maria, tua fiel servidora, cuja vida se consumou, sendo exaltada por ti. Que, como Maria, eu saiba me preparar para a comunhão plena contigo.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Mensagens de Fé

sexta-feira, 26 de maio de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 10,28-31 - 30.05.2023

Liturgia Diária


30 – TERÇA-FEIRA 

8ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia da 4ª semana do saltério)



O Senhor se tornou o meu apoio, libertou-me da angústia e me salvou porque me ama (Sl 17,19s).


O Senhor se agrada de nossas ofertas – quando praticadas de coração sincero – e não as deixa cair no esquecimento, “porque ele é um Deus retribuidor e te recompensará sete vezes mais”. A liturgia nos convida a fazer de toda a nossa vida um culto agradável a Deus.


Evangelho: Marcos 10,28-31


Aleluia, aleluia, aleluia.


Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, / pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 28começou Pedro a dizer a Jesus: “Eis que nós deixamos tudo e te seguimos”. 29Respondeu Jesus: “Em verdade vos digo, quem tiver deixado casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos, campos, por causa de mim e do Evangelho, 30receberá cem vezes mais agora, durante esta vida – casa, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições -, e, no mundo futuro, a vida eterna. 31Muitos que agora são os primeiros serão os últimos. E muitos que agora são os últimos serão os primeiros”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 10,28-31

«Todo aquele que deixa casa, por causa de mim e do Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida ,e, no mundo futuro, vida eterna»


Rev. D. Jordi SOTORRA i Garriga

(Sabadell, Barcelona, Espanha)

Hoje, como aquele amo que ia todas as manhãs à praça procurar trabalhadores para a sua vinha, o Senhor procura discípulos, seguidores, amigos. A sua chamada é universal. É uma oferta fascinante! O Senhor dá-nos confiança. Mas põe uma condição para ser seus discípulos, condição essa que nos pode desanimar: temos que deixar «casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do evangelho» (Mc 10,29).


Não há contrapartida? Não haverá recompensa? Isto aporta algum benefício? Pedro, em nome dos Apóstolos, recorda ao Maestro: «Nós deixamos tudo e te seguimos» (Mc 10,28), como querendo dizer: que ganharemos com tudo isto?


A promessa do Senhor é generosa: «recebe cem vezes mais agora, durante esta vida (…); e, no mundo futuro, vida eterna» (Mc 10,30). Ele não se deixa ganhar em generosidade. Mas acrescenta: «com perseguições». Jesus é realista e não quer enganar. Ser seu discípulo, se o formos de verdade, nos trarão dificuldades, problemas. Mas Jesus considera as perseguições e as dificuldades como um prêmio, pois nos fazem crescer, se as soubermos aceitar e vive-las como uma ocasião para ganhar maturidade e responsabilidade. Tudo aquilo que é motivo de sacrifício assemelha-nos a Jesus Cristo que nos salva pela sua morte em Cruz.


Estamos sempre a tempo para revisar a nossa vida e aproximar-nos mais de Jesus Cristo. Estes tempos, todo o tempo permitem-nos —através da oração e dos sacramentos— averiguar se entre os discípulos que Ele procura estamos nós, e veremos também qual deve ser a nossa resposta a esta chamada. Ao lado de respostas radicais (como a dos Apóstolos) há outras. Para muitos, «deixar casa, irmãos, irmãs, mãe…» significará deixar tudo aquilo que nos impeça de viver em profundidade a amizade de Jesus Cristo e, como consequência, ser-lhe seus testemunhos perante o mundo. E isso é urgente, não achas?


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«‘Bem, eu vos garanto que não há ninguém...’. Isso não significa que abandonemos aos nossos pais, deixando-os sem ajuda, ou que nos separemos das nossas esposas, mas antes que prefiramos a honra de Deus a tudo o que é perecível» (Santa Beda, o Venerável)


«Não há dúvida de que as formas concretas de seguir a Cristo estão graduadas por Ele proprio segundo as condições, as possibilidades, as missões, os carismas das pessoas e dos grupos» (São João Paulo II)


«Porque são membros do Corpo cuja cabeça é Cristo (cf. Ef 1,22), os cristãos contribuem, pela constância das suas convicções e dos seus costumes, para a edificação da Igreja. A Igreja cresce, aumenta e desenvolve-se pela santidade dos seus fiéis, ‘até ao estado do homem perfeito, à medida da estatura de Cristo na sua plenitude’ (Ef 4, 13)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.045)

Fonte https://evangeli.net/


A vida eterna é viver na presença de Deus

HOMILIA


Precisamos orientar a nossa própria imaginação ou a nossa própria sabedoria humana que a vida eterna não é a vida que vem depois da morte

“Bom Mestre, que devo fazer para ganhar a vida eterna?” (Marcos 10,17).


A pergunta que fizeram para Jesus neste Evangelho, deve ser, também, a pergunta a trilhar a nossa vida, o nosso coração e a nossa existência. É preciso apenas entender e orientar a nossa própria imaginação ou a nossa própria sabedoria humana que a vida eterna não é a vida que vem depois da morte. A vida eterna quer dizer a vida plena, é a vida em Deus.


Os homens estão buscando, cada vez mais, fórmulas para tentar criar uma vida mais duradoura e se puderem gastarão o que for possível para que a vida aqui na Terra torne-se eterna. É um engano e uma ilusão, pois a vida eterna já está no meio de nós. E como ganhar essa vida? Talvez pelas fórmulas de saúde, de cuidados do corpo, e todos esses cuidados são necessários, mas a vida eterna que Jesus nos trouxe é plenificada na presença de Deus. A vida eterna é, justamente, viver na presença de Deus.


O que devemos fazer para viver na presença de Deus? Guardar os Seus mandamentos, vivê-los, colocar em prática a condição mínima para ter a vida em Deus, amá-Lo sobre todas as coisas, respeitar o Seu nome, amar o nosso próximo, amar a nós mesmos, levar uma vida segundo os mandamentos do Senhor.


Podemos responder como esse homem do Evangelho: “Isso eu faço. Eu busco. Eu dou o melhor de mim”. Que bom que já fazemos, mas se não fazemos ou se relaxamos em relação aos mandamentos do Senhor, retomemos e tomemos consciência de que, sem respeitar os mandamentos do Senhor, não existe vida para nós e nem para o outro. Basta ver que, no mundo no qual vivemos, o que menos se respeita são os mandamentos de Deus.


Os homens estão matando uns aos outros, estão roubando, assassinando, cometendo crimes e atrocidades em grau maior e menor, então, os mandamentos são a primeira necessidade que temos para que a vida seja mais plena, saudável e digna de ser vivida.


Se queremos avançar na vivência da nossa intimidade com Deus, precisamos desgarrar, ter um coração livre e não sermos presos aos bens desse mundo. A radicalidade de Jesus ao dizer: “Vai, vende os seus bens”, é para dizer que vida não consiste em acumular bens, tesouros, sendo que, tudo isso vai passar e nos será tirado. Mas se fizermos o bem ao pobre, ao necessitado e aos irmãos, esse bem ninguém pode nos tirar.


Se perguntarmos para alguém que tem vida feliz, que tem vida plena, podemos ter a certeza de que, o que faz bem para a nossa vida é fazer o bem para o outro, é cuidar do outro, nisso consiste a vida em Deus.


Deus abençoe você!

Fonte Padre Roger Araújo

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Mensagens de Fé

quinta-feira, 25 de maio de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 19,25-34 - 29.05.2023

Liturgia Diária


29 – SEGUNDA-FEIRA 

MARIA, MÃE DA IGREJA


(branco, pref. próprio – ofício da memória)



Os discípulos unidos perseveravam em oração com Maria, a Mãe de Jesus (At 1,14).


A memória da Bem-aventurada Virgem Maria, Mãe da Igreja, foi instituída pelo papa Francisco em 2018. Recorda que a vida cristã, para crescer, deve estar ancorada no mistério da cruz, na oblação de Cristo na celebração eucarística e na Virgem que se oferece como Mãe do Redentor e dos redimidos. Peçamos a intercessão de Maria, para que a Igreja se torne cada vez mais fecunda e se alegre pela santidade de seus filhos e filhas.


Evangelho: João 19,25-34


Aleluia, aleluia, aleluia.


Ó feliz Virgem, que geraste o Senhor; / ó santa Mãe da Igreja, / que nos alimenta com o Espírito / do teu Filho, Jesus Cristo (Lc 1,28). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 25perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. 28Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse: “Tenho sede”. 29Havia ali uma jarra de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e disse: “Tudo está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. 31Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 19,25-34

«Eis a tua Mãe!»


P. Alexis MANIRAGABA

(Ruhengeri, Ruanda)

Hoje celebramos a memória de Maria, Mãe da Igreja. Contemplamos, neste sentido, a maternidade espiritual de Maria em relação à Igreja que é - em si mesma - Mãe do Povo de Deus, pois «ninguém pode ter Deus por Pai se não tiver a Igreja por Mãe (S. Cipriano). Maria é Mãe do Filho de Deus e, ao mesmo tempo, Mãe daqueles que amam o seu Filho e dos “bem-amados” de seu Filho, de acordo com «Mulher, eis o teu filho; discípulo: Eis a tua Mãe» (Jo 19,26-27), tal como Jesus disse. Entregando o seu corpo aos homens e devolvendo o seu espírito a seu Pai, Jesus Cristo até deu sua Mãe aos seus amigos.


E o maior amor é aquele com que Jesus ama a sua Igreja (cf. Ef 5,25), à qual pertencem os seus amigos. Portanto, os filhos adoptados por Deus não podem ter Jesus por irmão se não tiverem Maria como Mãe porque, enquanto Maria ama o seu Filho, ama a Igreja da qual Ela é membro eminente. O que não significa que Maria seja superior à Igreja, mas antes que Ela é «mãe dos membros de Cristo» (Sto. Agostinho).


O Concílio Vaticano II acrescenta que Maria é «verdadeiramente mãe dos membros de Cristo por ter cooperado com o seu amor para que nascessem na Igreja os fiéis, que são membros daquela Cabeça (Jesus)». Além disso, permanecendo no meio dos Apóstolos no Cenáculo (cf. Act 1,14), Maria - Mãe da Igreja - recorda a presença, o dom e a acção do Espírito Santo na Igreja missionária. Ao implorar o Espírito Santo no coração da Igreja, Maria reza com a Igreja e reza pela Igreja, porque «elevada à glória do céu, assiste com amor materno a Igreja, protegendo os seus passos» (Prefácio da Missa “Maria, Mãe da Igreja”).


Maria cuida dos seus filhos. Podemos, pois, confiar-lhe toda a vida da Igreja, como fez o Papa S. Paulo VI: «Oh, Virgem Maria, veneranda Mãe da Igreja, a Vós encomendamos toda a Igreja e o Concílio Ecuménico!».


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Que Mãe tão cheio de amor que temos! Fazemo-nos semelhantes a Ela e imitemo-la em seu amor! Ela teve compaixão de nós até o ponto de não considerar para nada sua perda material e seu sofrimento físico» (São Boaventura)


«A Mae do Redentor precede-nos e continuamente confirma-nos na fé, na vocação e na missão. Com seu exemplo de humildade e de disponibilidade à vontade de Deus nós ajuda a traduzir nossa fé num anúncio do Evangelho alegre e sem fronteiras» (Francisco)


«No termo desta missão do Espírito, Maria torna-se a “Mulher”, a nova Eva “mãe dos vivos”, Mãe do “Cristo total”. É como tal que Ela está presente com os Doze, “num só coração, assíduos na oração” (Act 1,14), no alvorecer dos “últimos tempos”, que o Espírito vai inaugurar na manhã do Pentecostes, com a manifestação da Igreja» (Catecismo da Igreja Católica, n° 726)

Fonte https://evangeli.net/


Somos filhos da Virgem Maria

HOMILIA


“Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: ‘Mulher, este é o teu filho’. Depois disse ao discípulo: ‘Esta é a tua mãe’” (João 19,26-27).


Hoje, temos a graça de celebrar, por iniciativa do Papa Francisco, o dia de Maria, a Mãe da Igreja. Se ontem celebramos o nascimento da Igreja, hoje, celebramos o nascimento daquela que é Mãe da Igreja.


A Igreja é a Mãe de todos os seguidores de Jesus, e em Maria, figura perfeita dessa Igreja, essa mesma Igreja tem uma Mãe. A narração da leitura de hoje nos diz que todos eles perseveravam na oração com Maria, a Mãe de Jesus.


Maria é aquela que está aos pés da Cruz, e o próprio Jesus a dá como Mãe a João, figura do discípulo amado, para dizer que toda a Igreja amada tem uma Mãe, toda a Igreja tem em Maria o seu referencial.


Que graça e que beleza! Maria é a mulher do Espírito, desde o seu nascimento foi preservada do pecado, escolhida por Deus para ser a Mãe do Senhor. Ela se tornou a esposa do Espírito quando concebeu, não por obra humana, mas obra do Espírito, o Autor e Salvador da humanidade, Jesus nosso Senhor.


Maria, a mulher de Pentecostes, a mulher do silêncio, aquela que meditava e guardava todas as coisas no seu coração. Maria, a mulher que está de pé junto à Cruz.


Precisamos, mais do que nunca, recorrer a Virgem Maria para sermos também filhos da Igreja

A Igreja de Cristo nasce do lado aberto de Cristo na Cruz, porque, quando Cristo está pregado na Cruz, do Seu lado aberto sai sangue e água, os dois sacramentos vitais da Igreja: a Eucaristia e o Batismo. O batismo que nos dá a vida, e a Eucaristia que nos alimenta nessa vida perene que todos nós estamos. Antes, o entanto, de nos dar o sangue e a água, o batismo e a Eucaristia, Ele nos deu Maria como Mãe. Por isso, ele está dizendo aos pés da cruz: “Filho, esta é a tua mãe”.


Não podemos ignorar jamais o papel dessa mulher. É aquela mulher do paraíso, que, perdida em Eva, agora é encontrada em Maria. Ela é mulher do Apocalipse, aquela que apareceu como um sinal no Céu. Maria é a mulher nova, é a humanidade nova, renovada, santificada e plenificada no Espírito.


Temos Mãe, por isso devemos invocá-la como Mãe da Igreja, Mãe de todos nós, filhos da Igreja. Precisamos, mais do nunca, recorrer a Virgem Maria para sermos também Igreja, filhos da Igreja e amarmos essa Igreja da qual ela é Mãe.


Deus abençoe você!

Fonte Padre Roger Araújo

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Salmo

Evangelho

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Mensagens de Fé

quarta-feira, 24 de maio de 2023

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 20,19-23 - 28.05.2023

Liturgia Diária


28 – MISSA DO DIA 

PENTECOSTES



O Espírito do Senhor encheu o universo; ele mantém unidas todas as coisas e conhece todas as línguas, aleluia! (Sb 1,7)


Celebremos com viva alegria a solenidade de Pentecostes. O Espírito do Senhor desceu sobre nós e nos congregou na mesma fé e numa só família. O universo todo se renova com a presença do Espírito criador e unificador, o qual nos leva a respeitar e valorizar toda a obra criada por Deus.


Evangelho: João 20,19-23


Aleluia, aleluia, aleluia.


Vinde, Espírito divino, e enchei com vossos dons os corações dos fiéis; / e acendei neles o amor, como um fogo abrasador! – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 20,19-23

«Recebei o Espírito Santo»


Mons. José Ángel SAIZ Meneses, Arcebispo de Sevilha

(Sevilla, Espanha)

Hoje, no dia de Pentecostés se realiza o cumprimento da promessa que Cristo fez aos Apóstolos. Na tarde do dia de Páscoa soprou sobre eles e lhes disse: «Recebei o Espírito Santo» (Jo 20,22). A vinda do Espírito Santo o dia de Pentecostés renova e leva à plenitude esse dom de um modo solene e com manifestações externas. Assim culmina o mistério pascal.


O Espírito que Jesus comunica cria no discípulo uma nova condição humana e produz unidade. Quando o orgulho do homem lhe leva a desafiar a Deus construindo a torre de Babel, Deus confunde as suas línguas e não podem se entender. Em Pentencostés acontece o contrário: por graça do Espírito Santo, os Apóstolos são entendidos por pessoas das mais diversas procedências e línguas.


O Espírito Santo é o Mestre interior que guia ao discípulo até a verdade, que lhe move a obrar o bem, que o consola na dor, que o transforma interiormente, dando-lhe uma força, uma capacidade nova.


O primeiro dia de Pentecostes da era cristã, os apóstolos estavam reunidos em companhia de Maria e, estavam em oração. O recolhimento, a atitude orante é imprescindível para receber o Espírito. «De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles» (At 2,2-3).


Todos ficaram cheios do Espírito Santo e, puseram-se a predicar valentemente. Aqueles homens atemorizados tinham sido transformados em valentes predicadores que não temiam o cárcere, nem a tortura, nem o martírio. Não é estranho; a força do Espírito estava neles.


O Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é a alma da minha alma, a vida da minha vida, o ser de meu ser; é o meu santificador, o hóspede do meu interior mais profundo. Para chegar à maturação na vida de fé é preciso que a relação com Ele seja cada vez mais consciente, mais pessoal. Nesta celebração de Pentecostes abramos as portas de nosso interior de par em par.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Onde está a Igreja, está também o Espírito de Deus; e onde está o Espírito de Deus, está também a Igreja e toda a graça» (Santo Irineu de Lyon)


«O sacramento da Penitência, nasce diretamente do mistério pascal. O perdão não é fruto dos nossos esforços, mas é um dom, um dom do Espírito Santo, que nos enche com o banho da misericórdia e da graça que flui sem parar do coração aberto de Cristo crucificado e ressuscitado» (Francisco)


«O Símbolo dos Apóstolos liga a fé no perdão dos pecados à fé no Espírito Santo, mas também à fé na Igreja e na comunhão dos santos. Foi ao dar o Espírito Santo aos Apóstolos que Cristo ressuscitado lhes transmitiu o seu próprio poder divino de perdoar os pecados» (Catecismo da Igreja Católica, nº 976)


Outros comentários

MISSA DA VIGÍLIA (Jo 7,37-39) «Do seu interior correrão rios de água viva»


Rev. D. Joan MARTÍNEZ Porcel

(Barcelona, Espanha)

Hoje contemplamos Jesus no último dia da festa dos Tabernáculos, quando de pé gritou: «Se alguém tem sede, venha a mim, e beba quem crê em mim, conforme a Escritura: ‘Do seu interior correrão rios de água viva’» (Jo 7,37-38). Referia-se ao Espírito. A vinda do Espírito é um teofania na que o vento e o fogo nos lembram a transcendência de Deus. Depois de receber ao Espírito, os discípulos falam sem medo. Na Eucaristia da vigília vemos ao Espírito como usualmente referimo-nos ao papel do Espírito em relação individual, porém hoje a palavra de Deus remarca sua ação na comunidade cristã: «Ele disse isso falando do Espírito que haviam de receber os que acreditassem nele» (Jo 7,39). O Espírito constitui a unidade firme e sólida que transforma a comunidade em um corpo só, o corpo de Cristo. Também, ele mesmo é a origem da diversidade de dons e carismas que nos diferenciam a todos e a cada um de nós.


A unidade é signo claro da presença do Espírito nas nossas comunidades. O mais importante da Igreja é invisível e, é precisamente a presença do Espírito que a vivifica. Quando olhamos a Igreja unicamente com olhos humanos, sem fazê-la objeto de fé, erramos, porque deixamos de perceber nela a força do Espírito. Na normal tensão entre unidade e diversidade, entre igreja universal e local, entre comunhão sobrenatural e comunidade de irmãos, necessitamos saborear a presença do Reino de Deus na sua Igreja peregrina. Na oração coleta da celebração eucarística da vigília pedimos a Deus que «os povos divididos (...) se congreguem por meio do teu Espírito e, reunidos, confessem teu nome na diversidade de suas línguas».


Agora devemos pedir a Deus saber descobrir o Espírito como alma de nossa alma e alma da Igreja.

Fonte https://evangeli.net/


SOMOS ENVIADOS PARA SER OUTROS “CRISTOS” Jo 20,19-23

HOMILIA


A Ressurreição do Senhor é o centro de tudo o que podemos celebrar. É o centro da nossa fé. O começo e o fim da nossa existência. Se falarmos do nascimento do Senhor, estaremos já nos preparando para este momento de Ressurreição. Se mencionarmos a sua morte, será para aderirmos à sua Ressurreição. Da Encarnação à Ressurreição, o Mistério é o mesmo. É preciso abertura de coração para acolher e viver este Mistério na fé.


O evangelista João inicia sua narrativa expondo a situação da comunidade. “Ao anoitecer, do primeiro dia da semana, estando trancadas as portas do lugar onde se encontravam os discípulos…”. Ele realça a situação de insegurança própria de quem perde as referências e que não sabe mais a quem recorrer. “Jesus aparece e se coloca no meio deles”. Os discípulos ficaram contentes por ver o Senhor, e recuperam a paz e a confiança. Eles redescobrem o Mestre como centro de referência: dEle recebem as coordenadas que os levam a superar o medo e a incerteza. Diante dos “sinais de suas mãos e do lado”, que evocam o amor total expresso na cruz, os discípulos sentem que nem o sofrimento, nem a morte, nem a violência do mundo poderão detê-los.


E Jesus prossegue: “Como o Pai me enviou, assim também envio vocês”. Vivificados pelo sopro do Espírito do Ressuscitado, os discípulos constituem a comunidade da nova Aliança e são enviados a testemunhar ao mundo, em gestos e palavras, a vida que o Pai deseja oferecer a toda a humanidade. Assim, quem aceitar a proposta do perdão dos pecados, será integrado na comunidade de Jesus que, animada pelo Espírito Santo, será mediadora da oferta do amor misericordioso do Pai.


A nova comunidade, por palavras e ações, tem a missão de criar as condições para que o Espírito seja acolhido pelos corações humanos. Assim, a comunidade gerada do sopro do Espírito do Ressuscitado se transformará numa comunidade reconciliadora e testemunha do amor gratuito e generoso do Pai.


É bom lembrar que na celebração do Pentecostes, cumpre-se a promessa de Jesus aos discípulos: “O Advogado, que eu mandarei para vocês de junto do Pai, é o Espírito da Verdade que procede do Pai. Quando ele vier dará testemunho de mim e vocês também darão testemunho de mim” (15, 26-27a). Reconhecer esta presença de Deus, que se fez um conosco, nos impulsiona a testemunhar e testemunhando anunciar que Ele esteve morto, mas agora vive. Que foi por nós, pregado numa Cruz, mas que para nossa salvação, ressuscita glorioso. Vem de Deus para nos trazer Deus. Volta para Deus para nos levar consigo até Deus.


“Se eu não for para junto do Pai, não poderei enviar-lhes o Dom do Pai”. Se eu não voltar para o meu Pai, não poderei levá-los para junto do meu Pai. É necessária esta passagem. Fez-se necessária a sua morte. Foi uma realidade este evento, é necessária total acolhida da nossa parte para recebermos o Dom do Pai. O Espírito Santo nos é oferecido para que vivamos no hoje da nossa história a alegria plena, pela certeza de que já fomos salvos pelo Cristo de Deus.


Para nós cristãos, Pentecostes é a plenitude da Páscoa e o dia do nascimento da Igreja com a missão de dar continuidade à obra do Ressuscitado no curso dos séculos, em meio à diversidade dos povos, animada pelo dom do Espírito enviado sobre as comunidades dos discípulos pelo Pai e pelo Filho glorificado.


À luz de Pentecostes, o anúncio do Evangelho consistirá sempre numa proposta de vida, vivida na reciprocidade, na escuta e na busca sincera da verdade, que abre horizontes ao diálogo, respeitoso e amigo, com cada pessoa e cada povo: com a presença do Espírito Santo, o mundo inteiro é renovado!


Quanto mistério nos envolve, quanta presença de Deus nos foi manifestada durante estes dias jubilosos! É da Cruz que nasce a Igreja. Do lado aberto do Senhor somos todos purificados, mas é do Espírito que o Pai nos envia, que temos força, coragem e entusiasmo para testemunhar este grandioso mistério. É Pentecostes o novo marco da nossa história pessoal e eclesial. É pelo Espírito Santo que nascemos para Deus. Através do Espírito de Cristo, somos configurados a Ele e nos empenhamos no caminho da virtude. É o Espírito Santo que como Dom do Pai, transforma nossa tristeza em perfeita alegria, que nos oferece a vitória através da Cruz. “Se com Ele morremos, com Ele ressuscitaremos”.


Somos hoje Maria, que acolhe o anúncio e imediatamente se coloca a serviço de quem necessita do nosso auxílio. Somos Maria Madalena, que tem o coração transformado pelo amor do seu Senhor, para no amor Dele transformar em alegria a tristeza de nossos irmãos. Somos Isabel, geradora de vida mesmo na velhice, quando nosso coração se abre para acolher a novidade da salvação que nos é oferecia. Somos ainda Zacarias, mergulhado num profundo e misterioso silêncio para compreender a realidade visível de um Deus invisível. Somos por fim, Igreja viva, sustentada e orientada pela ação do Espírito de Deus. O Dom de Deus que vai nos transformar e nos fará testemunhar que Cristo vive entre nós, é a alegria de pertencermos do Corpo Místico de Cristo, que vive e reina para sempre, aquecendo o nosso coração a caminho do novo Emaús, que nos leva a partilhar o pão do céu.


Pela alegria de servir, pelo júbilo de um encontro com o Senhor, pela certeza de sua presença transformadora e pelo mergulho da fé no Mistério de Deus, vamos anunciar pela nossa vida, que Cristo ressuscitou e vive entre nós. Que somos outros “Cristos” testemunhando a graça, o amor e o Dom de Deus no mistério de Pentecostes.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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