Esta é a vontade do
meu Pai: toda pessoa que vê o Filho tenha a vida eterna.
+ Proclamação do
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,35-40
Naquele tempo, disse
Jesus à multidão:
35'Eu sou o pão da
vida.
Quem vem a mim não
terá mais fome
e quem crê em mim
nunca mais terá sede.
36Eu, porém, vos
disse
que vós me vistes,
mas não acreditais.
37Todos os que o Pai
me confia
virão a mim,
e quando vierem,
não os afastarei.
38Pois eu desci do
céu
não para fazer a
minha vontade,
mas a vontade daquele
que me enviou.
39E esta é a vontade
daquele que me enviou:
que eu não perca
nenhum daqueles que ele me deu,
mas os ressuscite no
último dia.
40Pois esta é a
vontade do meu Pai:
que toda pessoa que
vê o Filho e nele crê
tenha a vida eterna.
E eu o ressuscitarei
no último dia.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Jo 6, 35-40
A fé em Jesus Cristo
é fundamental para a compreensão da eucaristia e para que se possa desfrutar
deste sacramento, fundamental para a nossa vida espiritual, uma vez que ele é
fonte de vida eterna. A vontade do Pai, ao enviar Jesus, é que todas as pessoas
acreditem que Jesus é o seu enviado, o seu Filho amado, para que possam ser
salvos por ele, e assim não se perca nenhum dentre os seus filhos e filhas. E,
para que ninguém se perca, o Pai concede a quem vê e crê no seu Filho a vida
eterna. É preciso que as pessoas vejam Jesus, creiam nele, participem da
eucaristia, o sacramento do penhor da vida eterna, para que Jesus as ressuscite
no último dia.
Fonte CNBB
O PÃO DA VIDA Jo 6,35-40
HOMILIA
A nossa salvação é o
maior desejo do coração de Deus. Foi o próprio Jesus que nos revelou isto, ao
dizer: “É esta a vontade daquele que me enviou: ‘Que eu não perca nenhum
daqueles que Ele me deu, mas os ressuscite no último dia’”! Jesus Cristo veio
fazer a vontade do Pai e é muito bom saber que a nossa vida está entregue nas
mãos Dele e que o nosso futuro é promissor, pois está assegurado nas Suas
Palavras. Crer em Jesus Cristo é, portanto, deixar-se entregar à Sua ação
salvífica e nunca duvidar do Seu domínio sobre a nossa vida e a nossa morte.
Jesus não veio apenas nos propor a vida eterna depois da morte, mas também nos
assegura uma vida terrena fortalecida pela Sua presença, no pão que alimenta o
nosso espírito, o pão do Céu. A Palavra de Deus é via de amor e fortifica a
nossa caminhada aqui na terra. A Eucaristia é a presença do Deus vivo correndo
nas nossas veias regenerando e purificando o nosso corpo e a nossa alma. Quem
come a carne e bebe o sangue de Jesus tem a vida eterna. Esta é, portanto, a vontade
do nosso Pai que está nos céus! Reflita – Você tem percebido a ação da Palavra
de Deus na sua vida? – Em que a Palavra tem lhe modificado? – Qual a sua
percepção sobre a Eucaristia? – Se você crê nas palavras de Jesus você então,
tem o seu futuro garantido.
A Eucaristia é um
mistério, uma realidade salvífica. As suas riquezas somente são acessíveis a
quem acolher palavra reveladora de Jesus. Escutemos, então, o próprio Jesus,
que quis revelar a verdade e a beleza deste mistério da fé. Eu sou o pão da
vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crêe em mim nunca mais terá
sede.
A partir do que Jesus
está falando a mim e a você precisamos acatar de uma voz por todas que a vida
nos vem do Pão que desceu do céu. E esta vida é Jesus que se faz presente na
história humana e nos dá o sentido pleno da vida, e sacia a fome e a sede de
vida eterna.
Portanto, faça da
Eucaristia que comunga todos os dias o Pão dos fortes e da sua vida uma missão
entre os homens, seus irmãos anunciando-lhes a salvação que Cristo o Pão da
Vida nos trouxe. Seja instrumentos de alegria, da paz, da justiça, do amor, e
da vitória de Deus na vida dos seus. É o próprio Jesus quem está falando isso
para ti meu irmão e minha irmã: Pois a vontade do meu Pai é que todos os que
vêem o Filho e crêem nele tenham a vida eterna; e no último dia eu os
ressuscitarei. Portanto, acredite e tenha fé no Pão da vida. Você e os seus
viverão eternamente.
Pai, transforma-me em
discípulo autêntico de teu Filho Jesus, de modo que a tua vontade seja o centro
de minha existência, e eu experimente, já na Terra, a vida eterna.
Não foi Moisés, mas
meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do céu.
+ Proclamação do
Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 6,30-35
Naquele tempo, a
multidão perguntou a Jesus:
30'Que sinal
realizas,
para que possamos ver
e crer em ti?'
Que obra fazes?
31Nossos pais comeram
o maná no deserto,
como está na
Escritura:
'Pão do céu deu-lhes
a comer'.
32Jesus respondeu:
'Em verdade, em
verdade vos digo,
não foi Moisés quem
vos deu
o pão que veio do
céu.
É meu Pai que vos dá
o verdadeiro pão do céu.
33Pois o pão de Deus
é aquele que desce do céu
e dá vida ao mundo.'
34Então pediram:
'Senhor, dá-nos
sempre desse pão'.
35Jesus lhes disse:
'Eu sou o pão da
vida.
Quem vem a mim não
terá mais fome
e quem crê em mim
nunca mais terá sede.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Jo 6, 30-35
Quem vai até Jesus
não terá mais fome e quem crer nele não terá mais sede. Jesus coloca à nossa
disposição não os bens transitórios desse mundo, mas os verdadeiros bens,
aqueles que são perenes, que são eternos. Por isso, é muito importante que as
pessoas conheçam Jesus. Somente a partir do conhecimento da sua pessoa e do seu
reconhecimento como Filho de Deus é que as pessoas poderão desfrutar dos dons
do alto que o Pai nos concede por meio de Jesus e podem ter a verdadeira vida,
pois ele é o Pão da Vida, o Pão da verdadeira saciedade, que sempre se dá a
todos nós em alimento para a vida eterna.
Fonte CNBB
EUCARISTIA: LUGAR PRIVILEGIADO DE ENCONTRO Jo
6,30-35
HOMILIA
A multidão pede e
exige de Jesus um sinal forte, um milagre espetacular. O povo estava querendo
ou esperando um Messias poderoso, capaz de "botar pra correr" os
opressores romanos. Notem que mais tarde Jesus vai dizer que "o meu reino
não é deste mundo".
A verdade é que o
povo não estava entendo muito bem "qual era a de Jesus". Jesus se
apresenta como o único alimento que nos satisfaz plenamente. Ele se identifica
como próprio pão que alimenta a vida eterna em nós. "Eu sou o pão da vida:
aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá
sede."
Jesus não está
falando da sede de um copo de água nem a fome de um prato de comida
necessariamente. Mas sim, da sede e da fome ou necessidade de se embriagar para
fugir ou se esquecer da realidade sofrida com tantas frustrações. Porque aquele
que se embebe de Jesus igual a uma esponja embebida em água, não terá
necessidade de nenhuma fuga alucinante para se sentir bem. Conheci uma senhora
solteirona e incrédula, que quando entrava em depressão, se recuperava fazendo
compras. Tem gente na mesma situação, que se vinga comendo, e comendo. Outros
bebendo uma dúzia de cerveja, e assim por diante. Nada disso adianta porque
longe de Deus não existe felicidade. Porque só Jesus mata a nossa sede, e a
nossa fome, de querer mais e mais bens materiais, e prazeres de todos os tipos
existentes nesta vida passageira.
O Pai é quem dá o
verdadeiro pão do céu”. O verdadeiro pão que alimenta a nossa alma e mata a nossa
fome vem do céu e nos é dado pelo próprio Pai. Precisamos nos colocar numa
perspectiva espiritual para entendermos as palavras de Jesus. Ele fala ao
coração do homem e não à sua mente ou ao seu entendimento humano. Jesus é o pão
que desceu do céu, o pão que foi providenciado pelo Pai. O Pai deu ao mundo o
verdadeiro alimento para a alma do homem: Seu próprio Filho Jesus.
A multidão pedia a
Jesus um sinal como o que ocorrera no tempo em que Moisés conduzia o povo de
Israel no deserto, quando caiu do céu o “maná”, como alimento. O povo atribuía
a Moisés o milagre que acontecera, no entanto, como disse Jesus, o verdadeiro
pão nos é dado pelo próprio Pai. “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá
mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”!
O pão da vida é Jesus
que nós experimentamos na Palavra e na Eucaristia que hoje nos alimenta e
sustenta a nossa caminhada espiritual. Muitas vezes nós como aquela multidão
pedimos a Jesus um sinal que nos faça ter o entendimento do céu e desejamos ter
comunhão com o Pai. No entanto, a Palavra e a Eucaristia são o grande sinal do
céu para nós. Na verdade, nós somos muito felizes, pois temos acesso ao
verdadeiro Pão que vem do céu saciar a nossa fome e a nossa sede de Deus.
Comungando o Corpo e o Sangue de Jesus e meditando com a Sua Palavra nós
estamos entrando em comunhão plena com o próprio Deus.
Você sente a
necessidade de se alimentar com o Corpo e o Sangue de Jesus? O que você tem
feito para provar deste Pão? Você tem se abastecido da Palavra do Senhor todos os
dias? E com que freqüência você tem alimentado a sua alma?
Pai, dá-me
sensibilidade para perceber que a presença de Jesus, na nossa história, é a
grande obra que realizaste: dar-nos a vida eterna
Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo
alimento que permanece até a vida eterna.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
6,22-29
Depois que Jesus saciara os cinco mul homens,
seus discípulos o viram andando sobre o mar.
22No dia seguinte, a multidão
que tinha ficado do outro lado do mar
constatou que havia só uma barca
e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos,
mas que eles tinham partido sozinhos.
23Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades,
perto do lugar onde tinham comido o pão
depois de o Senhor ter dado graças.
24Quando a multidão viu
que Jesus não estava ali,
nem os seus discípulos,
subiram às barcas
e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum.
25Quando o encontraram no outro lado do mar,
perguntaram-lhe:
'Rabi, quando chegaste aqui?'
26Jesus respondeu:
'Em verdade, em verdade, eu vos digo:
estais me procurando não porque vistes sinais,
mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos.
27Esforçai-vos não pelo alimento que se perde,
mas pelo alimento que permanece até a vida eterna,
e que o Filho do homem vos dará.
Pois este é quem o Pai marcou com seu selo.'
28Então perguntaram:
'Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?'
29Jesus respondeu:
'A obra de Deus é que acrediteis
naquele que ele enviou'.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Jo 6,
22-29
Um dos caminhos que temos para conhecer melhor a pessoa de
Jesus é o sacramento da eucaristia. Porém, esse caminho exige de todos nós uma
postura de fé diante dele e uma abertura para as realidades que estão além da
materialidade. As pessoas que só buscam a saciedade material e procuram Jesus
apenas para a satisfação desse tipo de necessidade são incapazes de buscar o
alimento que não se perde e que nos leva a reconhecer que Jesus é aquele que o
Pai marcou com o seu selo. Essas pessoas não são capazes de ver que Jesus é o
enviado do Pai e, por isso, não acreditam nele.
Fonte CNBB
HOMILIA
QUE PÃO VOCÊ TEM
TRABALHADO? Jo 6,22-29
O convite que Jesus faz a você é que trabalhe para o pão que
dura a vida eterna. Veja que no capítulo 6 do Evangelho de João, o tema central
é o pão. Jesus, o enviado de Deus, é o pão do céu, é o pão da vida eterna. E
então diz: Trabalhai, não tanto pela comida que se perde,mas pelo alimento que
dura até à vida eterna.
A partir da multiplicação dos pães, Jesus vai fazer uma
longa catequese sobre o Pão da Vida. E começa, hoje, por criar em nós a fome de
Deus, pela fé, pois que os sacramentos são sinais da fé. A multiplicação dos
pães e dos peixes era também um sinal. Jesus tinha matado a fome àquela gente
com o alimento que lhe multiplicara no monte. Mas, o alimento de que eles
precisam e que devem esforçar-se por encontrar é Ele próprio, o Senhor, a quem
alcançarão pela fé. Acreditar em Jesus e viver dessa fé é alimentar-se com o
alimento que leva à vida eterna.
A graça de Deus é a causa da salvação e a fé é o meio. É
claro que vários fatores ocasionam a salvação, como o próprio fato de estarmos
perdidos, ou o fato de ouvirmos a mensagem do evangelho, mas tudo isto são
causas imediatas, e por assim dizer, tornam-se meios. A causa primária é o
próprio Deus, a sua graça, a sua vontade de salvar, o seu desejo e amor pela
humanidade!
Em certo sentido podemos dizer que a graça é a parte de Deus
e a fé é a parte do homem embora a fé também seja um dom de Deus. Deus oferece
gratuitamente a salvação, mas o homem tem a responsabilidade de acreditar,
confiar e recebê-la. Você precisa crer em Jesus e em sua palavra! Não sejas
multidão tratado no Evangelho de hoje que pede ou exige de Jesus um sinal
forte, um milagre espetacular. O povo estava querendo ou esperando um Messias
poderoso, capaz de derrotar os opressores romanos. E que lhe garanta o pão
deste mundo, sem esforço e sem trabalhar. Notem que mais tarde Jesus vai dizer
que “o meu reino não é deste mundo”.
E daí a reação de Jesus: Trabalhai pelo alimento que dura
até à vida eterna. Qual é o alimento que dura até à vida eterna? Deve ser
aquele que chega até lá. Jesus disse-nos que era Ele próprio. E o que é que
significará trabalhar por Ele próprio, isto é, «pelo alimento que dura até à
vida eterna»? Naturalmente, pôr em prática o 1º e 2º mandamentos. E trabalhar
mais do que pela comida? Supondo que Jesus se refere ao trabalho pelo sustento.
Há que trabalhar em mais quantidade e qualidade pelo alimento que dura até à
vida eterna. Como é que o leitor faz isto?
Porque Jesus se posicionou desta maneira? A verdade é que o
povo não estava entendo muito bem “qual era a de Jesus”. Jesus se apresenta
como o único alimento que nos satisfaz plenamente. Ele se identifica como
próprio pão que alimenta a vida eterna em nós: Eu sou o pão da vida: aquele que
vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede.
Jesus não está falando da sede de um copo de água nem a fome
de um prato de comida necessariamente. Mas sim, da sede e da fome ou
necessidade de se embriagar para fugir ou se esquecer da realidade sofrida com
tantas frustrações. Porque aquele que se embebe de Jesus igual a uma esponja
embebida em água, não terá necessidade de nenhuma fuga alucinante para se
sentir bem. Conheci uma senhora solteirona e incrédula que quando entrava em
depressão, se recuperava fazendo compras. Tem gente na mesma situação, que se
vinga comendo, e comendo. Outros bebendo uma dúzia de cerveja, e assim por
diante. Nada disso adianta porque longe de Deus não existe felicidade. Porque
só Jesus mata a nossa sede, e a nossa fome, de querer mais e mais bens
materiais, e prazeres de todos os tipos existentes nesta vida passageira.
Portanto, trabalhe e lute pelo pão que dura à vida eterna e
este Pão é Jesus acredite n’Ele. Alimente-se da Sua Palavra, do Seu Corpo e
Sangue e terá a vida eterna.
+ Proclamação do
Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,13-35
13Naquele mesmo dia,
o primeiro da semana,
dois dos discípulos
de Jesus
iam para um povoado,
chamado Emaús,
distante onze
quilômetros de Jerusalém.
14Conversavam sobre
todas as coisas que tinham
acontecido.
15Enquanto
conversavam e discutiam,
o próprio Jesus se
aproximou
e começou a caminhar
com eles.
16Os discípulos,
porém, estavam como que cegos,
e não o reconheceram.
17Então Jesus
perguntou:
'O que ides
conversando pelo caminho?'
Eles pararam, com o
rosto triste,
18e um deles, chamado
Cléofas, lhe disse:
'Tu és o único
peregrino em Jerusalém
que não sabe o que lá
aconteceu nestes últimos dias?'
19Ele perguntou: 'O
que foi?'
Os discípulos
responderam:
'O que aconteceu com
Jesus, o Nazareno,
que foi um profeta
poderoso em obras e palavras,
diante de Deus e
diante de todo o povo.
20Nossos sumos
sacerdotes e nossos chefes
o entregaram para ser
condenado à morte e o
crucificaram.
21Nós esperávamos que
ele fosse libertar Israel,
mas, apesar de tudo
isso,
já faz três dias que
todas essas coisas aconteceram!
22É verdade que
algumas mulheres do nosso grupo
nos deram um susto.
Elas foram de
madrugada ao túmulo
23e não encontraram o
corpo dele.
Então voltaram,
dizendo que tinham visto anjos
e que estes afirmaram
que Jesus está vivo.
24Alguns dos nossos
foram ao túmulo
e encontraram as
coisas como as mulheres tinham dito.
A ele, porém, ninguém
o viu.'
25Então Jesus lhes
disse:
'Como sois sem
inteligência e lentos
para crer em tudo o
que os profetas falaram!
26Será que o Cristo
não devia sofrer tudo isso
para entrar na sua
glória?'
27E, começando por
Moisés e passando pelos Profetas,
explicava aos
discípulos
todas as passagens da
Escritura
que falavam a
respeito dele.
28Quando chegaram
perto do povoado para onde iam,
Jesus fez de conta
que ia mais adiante.
29Eles, porém,
insistiram com Jesus, dizendo:
'Fica conosco, pois
já é tarde
e a noite vem
chegando!'
Jesus entrou para
ficar com eles.
30Quando se sentou à
mesa com eles,
tomou o pão,
abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía.
31Nisso os olhos dos
discípulos se abriram
e eles reconheceram
Jesus.
Jesus, porém,
desapareceu da frente deles.
32Então um disse ao
outro:
'Não estava ardendo o
nosso coração
quando ele nos falava
pelo caminho,
e nos explicava as
Escrituras?'
33Naquela mesma hora,
eles se levantaram
e voltaram para
Jerusalém onde encontraram os Onze
reunidos com os
outros.
34E estes
confirmaram:
'Realmente, o Senhor
ressuscitou e apareceu a Simão!'
35Então os dois
contaram
o que tinha
acontecido no caminho,
e como tinham
reconhecido Jesus ao partir o pão.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
REFLEXÃO - São Lucas 24, 13-35
RECORDE-SE MAIS DE JESUS
O relato dos
discípulos de Emaús nos descreve a experiência de dois seguidores de Jesus
durante o caminho de Jerusalém para a pequena aldeia de Emaús, a oito
quilômetros de distância da capital. O narrador faz isso com tal habilidade que
nos ajuda hoje também a reavivar a nossa fé em Cristo ressuscitado.
Dois discípulos de
Jesus se afastam de Jerusalém, abandonando o grupo de seguidores que se formou
ao redor dele. Morto Jesus, o grupo vai se desfazendo. Sem ele, não tem sentido
continuar reunidos. O sonho se desmanchou. Quando Jesus morreu, morreu também a
esperança que ele havia despertado em seus corações. Não está acontecendo algo
assim em nossas comunidades? Não estamos deixando morrer a fé em Jesus?
No entanto, estes
discípulos seguem falando de Jesus. Eles não conseguem esquecê-lo.Comentam o
acontecido. Tratam de buscar algum sentido para o que viveram junto com
ele."Enquanto conversam, Jesus se aproxima e se põe a caminhar com
eles." É o primeiro gesto do Ressuscitado. Os discípulos não são capazes
de reconhecê-lo, mas Jesus já está presente caminhando junto com eles, Não
caminha Jesus hoje veladamente junto a tantos crentes que abandonam a Igreja,
mas continuam recordando-se dEle?
A intenção do
narrador é clara: Jesus se aproxima, quando os discípulos se recordam dEle e
falar dEle. Ele se faz presente ali onde se comenta o seu evangelho, onde há
interesse por sua mensagem, onde se conversa sobre seu estilo de vida e seu
projeto. Não estaria Jesus tão ausente entre nós porque pouco falamos dele?
Jesus está
interessado em falar com eles: "que conversa é essa que fazeis durante o
vosso caminho?" Não se impõe revelando-lhes a sua identidade. Pede-lhes
que continuem contando a sua experiência. Falando com Ele, irão descobrindo a
sua cegueira. Seus olhos se lhes abrirão quando, guiados por sua palavra, fazem
um itinerário interior. É assim. Se na Igreja se falar mais de Jesus e falar
mais com Ele, nossa fé vai reviver.
Os discípulos lhe
falam de suas expectativas e decepções, e Jesus os ajuda a aprofundar mais a
identidade do Messias crucificado. O coração dos discípulos começa a arder,
eles sentem a necessidade de que o "desconhecido" permaneça com eles.
Ao celebrar a ceia eucarística, os olhos deles se abrem os olhos e o reconhecem:
Jesus está com eles!
Nós, cristãos, temos
de recordar-nos mais de Jesus: citar suas palavras, comentar o seu estilo de
vida, mergulhar em seu projeto. Devemos abrir mais os olhos da nossa fé e
descobri-lo cheio de vida nas nossas Eucaristias. Ninguém há de estar mais
presente. Jesus caminha junto conosco.
Fonte José Antonio Pagola.
Tradução: Redacción de Eclesalia – Irmãs Franciscanas de Allegany
HOMILIA
DOS NOSSOS DIAS Lc
24,13-35
Naquela hora de desespero, alguém se aproxima e começa a
caminhar com eles. Uma simples pergunta do novo companheiro os faz parar: De
que estais falando? Não é possível que exista uma única pessoa neste país que
desconheça os fatos cruéis da semana passada! Poderia ser a primeira reação.
Mas logo aproveitam para partilhar a dor, a saudade, a frustração. Corriam
notícias sobre o túmulo vazio e a aparição de anjos. Mesmo assim continuam
inconsoláveis e reclamam: Ninguém viu Jesus!
Como sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que
os profetas falaram! Que voz é esta? Os dois a conhecem. Soa-lhes tão familiar!
Embora os olhos permaneçam vedados e a razão obscurecida, o coração se abre, se
dilata, começa a arder no peito. Ninguém jamais falou como esse homem!
responderam até os guardas, tempos atrás encarregados de prender Jesus. Nem
estes homens rudes conseguiram resistir às suas palavras! As multidões ficaram
extasiadas com o seu ensinamento, porque as ensinava com autoridade. Toda
experiência do convívio com o Mestre nos anos que passaram emerge do fundo da
alma, vem, de repente, à tona enquanto o companheiro de viagem explica as
passagens da Escritura, evocando Moisés e os Profetas. Sua fala pelo caminho
alivia a dor, derrete a saudade, afoga o desânimo. Não querem deixá-lo ir
adiante quando chegam ao destino. “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem
chegando! É como se dissem: A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida
eterna! A solidão machuca. Ficar novamente só, fará reaparecer a tristeza e a
dor. “Fica conosco!“ é o pedido insistente, dirigido a quem ainda não
reconhecem. No fundo do coração, porém, já experimentam a alegria que tantas
vezes sentiam quando o Mestre lhes falava.
“Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!“ “Tu
tens palavras de vida eterna!“ O companheiro do caminho para Emaús não
abandonou os discípulos! “Entrou para ficar com eles. Sentou-se à mesa com os
dois, tomou o pão e abençoou, depois o partiu e deu a eles“ (Lc 24,29-30). E na
fração do pão acontece o milagre da Páscoa: os dois reconhecem o Mestre. Vêem
as mãos perfuradas e aquele inigualável semblante do Filho de Deus. Mas, ao
mesmo tempo, Ele “tornou-se invisível“ (Lc 24,31) .
Ficou o pão partido e uma taça de vinho partilhada. Ficaram
as palavras que fizeram arder os corações. Ficou a inebriante alegria em que
Ele transformou o desespero dos discípulos. Agora não é mais necessário ver
Jesus com os olhos do corpo. Com a experiência que tiveram em Emaús, os
discípulos encarregar-se-ão de anunciá-lo e testemunhá-lo pelo mundo afora.
Nos momentos difíceis grite como os dois Apóstolos: “Fica
conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Ele entra para ficar com
eles. À mesa, Jesus toma o pão, abençoa e lhes dá. “Seus olhos se abriram, e
eles o reconheceram”. Jesus desaparece da vista deles, mas fica no seu coração.
“Não estava ardendo o nosso coração, quando ele nos explicava as Escrituras?” A
experiência é tão extraordinária, que os discípulos precisam levar à notícia,
naquela mesma noite, a Jerusalém.
No momento em que Jesus parte o pão, os discípulos de Emaús
se tornam missionários, mensageiros da Boa Nova. “Na mesma hora eles se
levantaram e voltaram para Jerusalém… e contaram o que tinha acontecido no
caminho, e como tinham reconhecido Jesus quando ele partiu o pão. Ao
distanciarem-se da comunidade, caminharam para Emaús à luz do dia, mas havia
escuridão por dentro. Depois que o Mestre se revelou, atravessam a escuridão da
noite, sem medo de tropeçar, porque o coração pulsa de alegria, cheia de luz.
Há um novo olhar, uma nova motivação, uma nova e luz no horizonte.
A missão nasce sempre de um encontro com Jesus vivo, com o
Cristo pascal. Os Evangelhos não terminam na Sexta-feira Santa, com o Cristo
morto e sepultado. O grande e retumbante final da sinfonia é a esplêndida
aurora da Páscoa, aquele deslumbrante primeiro dia da semana: o Cristo
ressuscitado, vivo, vencedor da morte, o triunfo do bem sobre o mal, a vitória
da graça sobre o pecado, a alegria do amor e da paz contra as tramas diabólicas
do ódio e da guerra. “Realmente o Senhor ressuscitou! Proclamam os “Onze,
reunidos com os outros“ em Jerusalém.
Celebramos a real presença deste Deus conosco na Eucaristia,
memória do mistério pascal, mistério da cruz e ressurreição, mistério da
redenção e reconciliação, que inicia a Nova Aliança. Em cada Eucaristia olhamos
para Deus, celebramos o Deus conosco, sua encarnação, paixão morte e
ressurreição. “É Deus Pai quem nos atrai por meio da entrega eucarística de seu
Filho, dom de amor com o qual saiu ao encontro de seus filhos, para que,
renovados pela força do Espírito, possamos chamá-lo de Pai” . Da ação de
graças, da doação gratuita do Cordeiro de Deus, emerge a energia missionária da
Eucaristia. A Eucaristia é a ponte para o ministério apostólico. Eucaristia é
Nova Aliança que pressupõe reconciliação, unidade na diversidade, solidariedade
até as últimas conseqüências.
Ao partir o pão, eles o reconhecem e retornam ao Caminho.
Nossa fé é o encontro pascal com o Senhor Jesus. É a certeza de que ele está
vivo. Nossa fé é uma fé pascal e pessoal. Não se trata apenas de crer em alguma
coisa. A profissão fundamental é: “Eu creio em Ti, Senhor! E por isso me
comprometo e me torno evangelizador.
Evangelizar, ser missionário, é irradiar “o que ouvimos, o
que vimos com nossos olhos, o que contemplamos e o que nossas mãos apalparam do
Verbo da vida porque a Vida manifestou-se. Sejam quais forem nossas fraquezas,
misérias, limitações, o que contagia todas as culturas, o que convence todos os
povos e raças, é o testemunho da alegria e da graça de termos encontrado o
Senhor Ressuscitado. Tudo isso é graças à força do pão partido de Emaús, é o
vigor do fruto da videira no cálice da Nova Aliança, é o corpo entregue e o
sangue derramado de Jesus, morto e ressuscitado.
Vermelho. São Felipe
e São Tiago, Apóstolos, Festa
Evangelho - Jo
14,6-14
Há tanto tempo estou
convosco, e não me conheces?
+ Proclamação do
Evangelho de Jesus Cristo segundo João 14,6-14
Naquele tempo, Jesus
disse a Tomé:
6"Eu sou o
Caminho, a Verdade e a Vida.
Ninguém vai ao Pai
senão por mim.
7Se vós me
conhecêsseis,
conheceríeis também o
meu Pai.
E desde agora o
conheceis e o vistes".
8Disse Filipe:
"Senhor,
mostra-nos o Pai, isso nos basta!"
9Jesus respondeu:
"Há tanto tempo
estou convosco,
e não me conheces,
Filipe?
Quem me viu, viu o
Pai.
Como é que tu dizes:
`Mostra-nos o Pai'?
10Não acreditas que
eu estou no Pai
e o Pai está em mim?
As palavras que eu
vos digo,
não as digo por mim
mesmo,
mas é o Pai que,
permanecendo em mim,
realiza as suas
obras.
11Acreditai-me: eu
estou no Pai
e o Pai está em mim.
Acreditai, ao menos,
por causa destas mesmas obras.
12Em verdade, em
verdade vos digo,
quem acredita em mim
fará as obras que eu
faço,
e fará ainda maiores
do que estas.
Pois eu vou para o
Pai,
13e o que pedirdes em
meu nome, eu o realizarei,
a fim de que o Pai
seja glorificado no Filho.
14Se pedirdes algo em
meu nome,
eu o
realizarei".
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Jo 14, 6-14
Jesus é o Caminho, a
Verdade e a Vida. Ninguém pode chegar ao Pai sem Jesus, pois ele é
verdadeiramente o único caminho que nos leva ao Pai. Ninguém pode de fato
conhecer o Pai se não for através de Jesus, pois ele é a Verdade que nos revela
o Pai, ele é o próprio Ícone do Pai, ele vive em perfeita comunhão com o Pai.
Quem conhece Jesus, conhece o Pai e quem conhece o Pai, conhece Jesus. Nós
também participamos dessa comunhão na medida em que nos tornamos ícones de
Cristo e a participação nessa comunhão é que nos garante a vida em plenitude, a
vida eterna.
Fonte CNBB
JESUS É O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA! Jo
14,6-14
HOMILIA
Neste dia em que
celebramos a Festa dos Apóstolos Filipe e Tiago o Evangelho nos revela que é no
Cristo Ressuscitado que está o fundamento da nossa fé. Ele é verdadeira mente a
nossa alegria e esperança. Pois nos revela o rosto do verdadeiro Deus. Os
Apóstolos vão entendendo, vivendo e experimentando esta verdade gradualmente.
Depois de Jesus se
ter apresentado aos discípulos como sendo o Caminho a Verdade e a Vida; e que
ninguém iria ao Pai senão por Ele, Filipe rompe o silêncio confuso e de
ignorância dos demais discípulos e diz: Senhor mostre-nos o Pai, e assim não
precisaremos de mais nada. Como se tivesse dito; Jesus pare de fazer discursos
platônicos, seja concreto.
Nós queremos coisas
palpáveis, queremos a prova visível. Falas-nos de um pai que nem sequer
conhecemos. Quem é a final e onde está ele? Mostre-nos quem é. Esta tem sido a
preocupação de muitos nos nossos dias! Quere que Deus apareça e atenda o meu
pedido no dia e na hora que eu quero. Esquecemos-nos que Jesus está bem perto
de mim. Basta ter fé, esperança e confiança n’Ele. E assim como Ele respondeu à
Filipe também diz: Faz tanto tempo que estou com vocês, Filipe, e você ainda
não me conhece? Quem me vê, vê também o Pai.
A motivação
fundamental que presidia às decisões de Jesus era realizar a vontade de seu
Pai. Seu alimento é fazer a vontade do Pai que o enviou e realizar a sua obra.
Ele é aquele que não procura fazer a sua vontade, mas a vontade daquele que o
enviou. Assim é a pessoa de Jesus. Sua pessoa significa estreita união de
vontades com o Pai. Identifica-se com o Pai em seu amor para com toda a
humanidade.
Portanto, todos os
que crêem em Jesus são chamados a fazer obras maiores do que as que vêem. Jesus
é o caminho que nos conduz à Vida em plenitude, eterna. Ele é a Verdade.
Peça, no meio deste
mundo incrédulo com muitos semeadores de dúvidas e incerteza, a virtude da fé e
da esperança. Para que aprendendo a amar a Deus sobre todas as coisas tenhas fé
viva em Jesus Cristo o Caminho, a Verdade e a Vida que nos conduz a Deus nosso
Pai.
Ó Deus Onipotente, a
quem verdadeiramente conhecer é a vida eterna; concede-nos que conheçamos
perfeitamente que teu Filho Jesus Cristo é o caminho, e a verdade, e a vida;
para que, seguindo os passos de teus bem-aventurados Apóstolos, São Felipe e
São Tiago, andemos com perseverança no caminho que conduz à vida eterna;
mediante Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina contigo e com o Espírito
Santo, um só Deus, agora e sempre. Amém
Distribuiu-os aos que
estavam sentados, tanto quanto queriam.
+ Proclamação do
Evangelho de Jesus Cristo segundo João 6,1-15
Naquele tempo:
1Jesus foi para o
outro lado do mar da Galiléia,
também chamado de
Tiberíades.
2Uma grande multidão
o seguia,
porque via os sinais
que ele operava
a favor dos doentes.
3Jesus subiu ao monte
e sentou-se aí, com
os seus discípulos.
4Estava próxima a
Páscoa, a festa dos judeus.
5Levantando os olhos,
e vendo que uma
grande multidão estava vindo ao seu encontro,
Jesus disse a Filipe:
'Onde vamos comprar
pão para que eles possam comer?'
6Disse isso para
pô-lo à prova,
pois ele mesmo sabia
muito bem o que ia fazer.
7Filipe respondeu:
'Nem duzentas moedas
de prata bastariam
para dar um pedaço de
pão a cada um'.
8Um dos discípulos,
André, o irmão de
Simão Pedro, disse:
9'Está aqui um menino
com
cinco pães de cevada
e dois peixes.
Mas o que é isso para
tanta gente?'
10Jesus disse:
'Fazei sentar as
pessoas'.
Havia muita relva
naquele lugar,
e lá se sentaram,
aproximadamente, cinco mil homens.
11Jesus tomou os
pães,
deu graças
e distribuiu-os aos
que estavam sentados,
tanto quanto queriam.
E fez o mesmo com os
peixes.
12Quando todos
ficaram satisfeitos,
Jesus disse aos
discípulos:
'Recolhei os pedaços
que sobraram,
para que nada se
perca!'
13Recolheram os
pedaços
e encheram doze
cestos
com as sobras dos
cinco pães,
deixadas pelos que
haviam comido.
14Vendo o sinal que
Jesus tinha realizado,
aqueles homens
exclamavam:
'Este é
verdadeiramente o Profeta,
aquele que deve vir
ao mundo'.
15Mas, quando notou
que estavam querendo levá-lo
para proclamá-lo rei,
Jesus retirou-se de
novo, sozinho, para o monte.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Jo 6, 1-15
O capítulo sexto do
evangelho de São João é reservado para o discurso sobre o sacramento da
Eucaristia, e Jesus, no uso da sua pedagogia, prepara os judeus para esse
discurso através da multiplicação dos pães. A prática pedagógica de Jesus deve
ser o grande iluminativo para a nossa prática missionária, pastoral e
evangelizadora. Nós devemos anunciar o evangelho a partir da realidade das
pessoas, de suas experiências de vida, dos seus valores e das suas
expectativas. Antes de anunciar a Palavra de Deus, precisamos criar a
necessidade dela no coração das pessoas como Jesus, que a partir da necessidade
do pão, cria a necessidade do pão da vida eterna.
Fonte CNBB
HOMILIA
Milagre do Pão Jo
6,1-15
Nosso Senhor sabe que
o caminho é longo, sabe que somos fracos. É o que vemos no evangelho de hoje:
Jesus tem pena daquele povo que já estava cansado e com fome. Assim, com pena
de despedi-los neste estado, o Senhor realiza o portentoso milagre da
Multiplicação dos pães.
O que vinha a ser
este milagre de Nosso Senhor? Uma figura da multiplicação de um pão muito mais
excelente: vendo nossa fraqueza espiritual, Jesus, por amor, quer multiplicar
um pão para alimentar nossa alma na caminhada para o céu: Ele mesmo na
Santíssima Eucaristia!
Na Exortação
Apostólica Sacramentum Charitatis o Santo Padre Bento XVI descreve a santíssima
Eucaristia como doação que Jesus Cristo faz de Si mesmo, revelando-nos o amor
infinito de Deus por cada homem. Neste sacramento admirável, manifesta-se o
amor « maior »: o amor que leva a « dar a vida pelos amigos » (Jo 15, 13). De
fato, Jesus « amou-os até ao fim » (Jo 13, 1). Com estas palavras, o
evangelista introduz o gesto de infinita humildade que Ele realizou: na vigília
da sua morte por nós na cruz, pôs uma toalha à cintura e lavou os pés aos seus
discípulos. Do mesmo modo, no sacramento eucarístico, Jesus continua a amar-nos
« até ao fim », até ao dom do seu corpo e do seu sangue. Que enlevo se deve ter
apoderado do coração dos discípulos à vista dos gestos e palavras do Senhor
diante da multiplicação dos pães prefigurando deste modo a Ceia Pascal!
Que maravilha este
gesto da Multiplicação! Ele deve suscitar, também no nosso coração, o mistério
eucarístico! Pois, quando Jesus age, as pessoas ficam satisfeitas! Observe as
expressões: “o quanto queriam” [...] “já estavam fartos”! Quando Jesus age, há
fartura. Sobraram 12 cestos! Os doze apóstolos representavam a mim a você e
todo o povo de Deus como comunidade do Espírito. O milagre pode ser contínuo,
se acolhemos a palavra e o gesto de Jesus! Lembro-lhe que quando Jesus age, a
sua glória se manifesta. Os sinais têm como objetivo principal levar as pessoas
à fé em Jesus e à salvação.
Portando, como
mendigo do pão do céu corra para Jesus O Pão da vida! E tendo O encontrado
partilhe com os seus irmãos sedentos da vida como você. Não esconda os talentos
que Deus lhe deu. Veja que Jesus estando presente, faz a diferença, convida os
seus discípulos a participarem do milagre. Primeiro pela generosidade do rapaz
que havia trazido os pães e dois peixes. Depois pela distribuição. O discípulos
são convidados a levar um pedaço de pão e peixe a toda aquela multidão. Como
digo Jesus tinha poder para agir e estava decidido a alimentar a multidão
faminta. Mas ele quis contar com a cooperação dos seus discípulos! O discípulo
de Jesus hoje sou eu, é você. Ele assim como ontem conta com a sua colaboração,
sua ajuda e seu serviço.
É verdade que os
talentos humanos têm os seus limites, mas para Jesus tudo é possível. Diante da
presença e da autoridade de Jesus, os discípulos agora não argumentam nem
discutem, mas obedecem! Será que nós hoje estamos com Jesus naquilo que ele
quer fazer usando nossos talentos?
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
3,31-36
31- 'Aquele que vem do alto
está acima de todos.
O que é da terra,
pertence à terra e fala das coisas da terra.
Aquele que vem do céu
está acima de todos.
32Dá testemunho daquilo que viu e ouviu,
mas ninguém aceita o seu testemunho.
33Quem aceita o seu testemunho
atesta que Deus é verdadeiro.
34De fato, aquele que Deus enviou
fala as palavras de Deus,
porque Deus lhe dá o espírito sem medida.
35O Pai ama o Filho
e entregou tudo em sua mão.
36Aquele que acredita no Filho
possui a vida eterna.
Aquele, porém, que rejeita o Filho não verá a vida,
pois a ira de Deus permanece sobre ele'.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Jo 3,
31-36
Devemos procurar Jesus para que, a partir do encontro
pessoal com ele, possamos conhecer o próprio Pai. Quando isso acontece,
deixamos de pertencer às coisas da terra, porque assumimos novos valores e
encontramos em Deus uma nova motivação para viver: a motivação das coisas do
alto. A fonte dessa motivação é o dom do Espírito Santo que é derramado sem
medida sobre nós e faz com que reconheçamos nas palavras de Jesus as palavras
do próprio Deus, que são fonte de verdadeira alegria e de felicidade eterna
para todos os que crêem nelas e as colocam em prática no dia a dia.
Fonte CNBB
HOMILIA
JESUS O HOMEM DO CÉU
Jo 3,31-36
O Evangelho de João, de maneira admirável, nos faz meditar a
forma como estamos apegados as coisas terrenas, as coisas cá de baixo. O olhar
prazeroso para esta vida e às suas coisas ofusca muitas vezes o nosso olhar
para as coisas do alto de onde nos veio a Salvação!
Fazendo recurso frequentemente à repetição dos temas e
palavras-chave principais da revelação de Jesus, São João, apresenta um
vocabulário bem mais reduzido do que os Evangelhos sinóticos. Neste texto de
hoje, a partir das oposições céu e terra, crer e não crer são afirmadas a
originalidade e a autenticidade do testemunho de Jesus em revelar a Boa-Nova de
Deus. Aquele que vem do céu, Jesus, foi enviado para anunciar as palavras de
Deus e dar o espírito sem medida. Ele está acima de todos. Quem é da terra,
sejam profetas, discípulos ou adversários, só entende segundo suas tradições
terrenas. Jesus, enviado por Deus, fala das coisas do céu. Porém, ele dá o
espírito sem medida, que inspira a fé e a compreensão das coisas do alto. O
auge da revelação é o dom da vida eterna a todo aquele que crê em Jesus, Filho
de Deus.
Para todos os que têm a sua fé n’Aquele que vem do alto o
medo, a angústia estão fora de questão. O medo da morte é um exemplo do maior
desastre da humanidade deixa de existir. Pois até mesmo numa pessoa idosa, com
quadro de saúde terminal. Não consegue se entregar a Deus. Às vezes é pelo medo
de não saber ao certo para onde vai.
O zelo exagerado que dedicamos aos nossos pertences, nossos
bens materiais, às vezes nos torna ridículos. Em muitos de nós, mais do que nos
preocuparmos com a saúde do esposo, esposa, filhos ou filhas a nossa maior
preocupação é com os bens materiais. Verificar, o carro, a moto ou um outro bem
depois que este foi usado. Será que eles valem mais do que a pessoa? Somos
assim, somos deste mundo, agarrados a ele com todas as nossas forças.
Preocupados ao extremo com os bens materiais ao ponto de deixar de lado as
coisas de Deus, alegando que é por causa da sobrevivência, esquecendo-nos das
palavras do Mestre quando diz: Buscai, em primeiro lugar o reino dos céus e a
sua justiça e o resto vos será dado por acréscimo.
Faço-lhe um convite. Dedique-se com total entrega ao serviço
de Deus e você verá que todo o restante de sua vida vai fluir naturalmente,
maravilhosamente, ao ponto de sua “taça transbordar”. Não seja mesquinho na
hora da coleta. Dê um pouco mais que umas moedinhas e verás que Deus vai
recompensar você.
É claro que precisamos de abrigo, transporte, e de nos apresentar
de preferência bem vestidos, etc.
O evangelista nos convida no dia de hoje a olhar para Jesus
acolhendo as Suas palavras e transformá-las em um Evangelho vivo na nossa vida.
Visto que são palavras de vida eterna. E se é verdade que formos regenerados e
renascidos na água e no fogo do Espírito, como diz são Pedro devemos aspirar ao
leite puro e espiritual. Afim de que por ele possamos crescer para a salvação.
Para isso é fundamental que usemos o que temos com desapego. Use o seu carro
como se não o estivesse usando, em vez de usá-lo como se o estivesse adorando.
Se for preciso daremos a nossa vida pela causa missionária, por causa do reino
de Deus, pois “Quem perde a sua vida ganha-la-á” É bom aproveitar e saborear
todos os momentos de nossa vida, pois o momento presente é a única coisa que
temos a certeza de possuir. O carro, a casa e tudo mais ficarão na terra. Só
temos o momento presente. O ontem já passou, e o amanhã não sabemos se virá
para nós. Portanto, viva hoje como se fosse morrer amanhã, e aprenda como se
fosse viver para sempre. Ame as pessoas que lhe cercam como se fosse o seu
último dia de vida. E estude principalmente a palavra de Deus, como se você
fosse viver para a eternidade.
Portanto, por Ele e n’Ele, toda a humanidade recebe não por
direito, por mérito, mas por mera benevolência de Deus a vida eterna, ontem,
hoje e sempre!
Oxalá meu irmão vinha irmã, se hoje ouvíssemos a sua voz não
fechássemos os nossos corações. Mas que os abríssemos profundamente para
colhermos a sua palavra e transformá-la no evangelho vivo em nossas vidas.
Acolhamos e acreditemos nas palavras daquele que véu do Céu.
Pois em nenhum outro nome podemos ser salvos senão no nome de Jesus que veio do
céu.
Deus enviou seu Filho ao mundo para que o mundo seja salvo
por Ele.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
3,16-21
16Deus amou tanto o mundo,
que deu o seu Filho unigênito,
para que não morra todo o que nele crer,
mas tenha a vida eterna.
17De fato, Deus não enviou o seu Filho ao mundo
para condenar o mundo,
mas para que o mundo seja salvo por ele.
18Quem nele crê, nóo é condenado,
mas quem não crê, já está condenado,
porque não acreditou no nome do Filho unigênito.
19Ora, o julgamento é este:
a luz veio ao mundo,
mas os homens preferiram as trevas à luz,
porque suas ações eram más.
20Quem pratica o mal
odeia a luz
e não se aproxima da luz,
para que suas ações não sejam denunciadas.
21Mas quem age conforme a verdade
aproxima-se da luz,
para que se manifeste
que suas ações são realizadas em Deus.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Jo 3,
16-21
A vinda de Jesus ao mundo é a grande manifestação do amor
misericordioso de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se
converta e viva, e por isso manda o seu próprio Filho, não para condenar o
mundo, mas para que o mundo seja salvo por ele, ou seja, pelo mistério de sua
paixão, morte e ressurreição, todas as pessoas que querem viver segundo a luz,
realizando as obras de Deus, e fugir das obras das trevas, fugir do pecado e
das suas conseqüências, deixam de ser escravas do pecado e da morte e tornam-se
livres, filhos e filhas de Deus, para viver segundo a graça e caminhar na
esperança de que viverá eternamente junto de Deus.
Fonte CNBB
QUEM CRÊ NÃO É
JULGADO Jo 3,16-21
HOMILIA
Ao contrário do que muitas vezes nós pensamos Jesus não veio
ao mundo para condenar as nossas más ações, mas, justamente para nos ajudar a
não mais cometê-las. A salvação de Jesus implica, porém, em que nós o acolhamos
e não o rejeitemos. No Evangelho de hoje mais uma vez Jesus afirma
categoricamente. Ele não nos vai condenar. Antes pelo contrário, somos nós que
nos condenamos ao não acreditar nas Suas Palavras: “Quem nele crê não é
condenado, mas quem não crê já está condenado.”
“Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens
amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más.” Quem rejeita
a Luz vive nas trevas e é condenado pelas suas próprias obras. Quem não crê em
Jesus e dele não se aproxima, rejeita a luz e tem medo de que a verdade seja
revelada porque as suas ações são más.
Jesus é a luz enviada pelo Pai não para condenar, mas para
nos salvar. Luz que iluminou e continua iluminando através dos missionários de
hoje, as nossas mentes, conduzindo-nos a seguir o verdadeiro caminho da verdade
e da vida em abundância.
Mas Essa luz é tão forte, penetrante e ofuscante que às
vezes fugimos dela, para que ninguém veja a nossa sujeira, representada pela
nossa inveja, o nosso egoísmo, a nossa ganância por mais riqueza do que na
verdade necessitamos, etc. Então, ficar no escuro, no esconderijo, disfarçado,
fugir da igreja, é a sugestão de satanás, para que não sejamos iluminados pela
Luz.
É por isso que o mestre disse: “Porquanto todo aquele que
faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam
reprovadas.”
Jesus veio iluminar a nossa mente e o nosso caminho a ser
seguido. Ele nos mostrou de várias maneiras que longe de Deus não há
felicidade. Nos convidou a segui-lo, mostrou-nos que Ele era o Próprio Deus,
para que acreditássemos Nele, e tivéssemos um dia a vida eterna. Porém, muitos
recusaram assim como hoje continuam recusando o seu convite. É convite por que
Ele respeita a nossa decisão, a nossa escolha, o nosso sim ou não. Mas também
não nos esqueçamos de rezar pela conversão principalmente daqueles a que
dirigimos a palavra de Deus. Peçamos a Jesus que nos perdoe, nos proteja, e ao
Espírito Santo que nos ilumine para que possamos levar a Luz para tanto quanto
pudermos.
No entanto, se confiamos em Jesus, as nossas boas ações
serão evidenciadas porque são elas realizadas em Deus, pelo poder do Seu
Espírito Santo. Com efeito, a fé em Jesus Cristo é o meio mais eficaz para que
nos aproximemos da luz de Deus. A luz esclarece, a luz tira da ignorância, a
luz dá o norte, dá a direção. Jesus é a Luz do mundo, quem nele crer não ficará
nas trevas. Ele veio para tirar todos os homens das trevas. Praticar o mal é
não crer em Jesus, não se aproximar da Sua Luz, não aderir ao Seu projeto de
Salvação. A Palavra de Deus nos assegura tudo isso. Ainda há tempo para que o
mundo seja salvo. Ajudemos, portanto, a iluminá-lo com a luz de Deus que
recebemos no nosso Batismo.
Você crê em Jesus como Luz para a sua vida? Como é que nós
podemos iluminar o mundo com a Luz de Cristo? Qual é a virtude em você que mais
revela ao mundo a luz de Jesus? Você tem tido a coragem de ficar debaixo da
Luz, embora que a sua verdade seja descoberta? – Qual seria o primeiro passo
para você fazer isto?
Ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o
Filho do Homem.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
3,7b-15
Naquele tempo disse Jesus a Nicodemos:
7bVós deveis nascer do alto.
8O vento sopra onde quer
e tu podes ouvir o seu ruído,
mas não sabes de onde vem, nem para onde vai.
Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito'.
7Não te admires por eu haver dito:
Vós deveis nascer do alto.
8O vento sopra onde quer
e tu podes ouvir o seu ruído,
mas não sabes de onde vem, nem para onde vai.
Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito'.
9Nicodemos perguntou:
'Como é que isso pode acontecer?'
10Respondeu-lhe Jesus:
'Tu és mestre em Israel,
mas não sabes estas coisas?
11Em verdade, em verdade te digo,
nós falamos daquilo que sabemos
e damos testemunho daquilo que temos visto,
mas vós não aceitais o nosso testemunho.
12Se não acreditais,
quando vos falo das coisas da terra,
como acreditareis
se vos falar das coisas do céu?
13E ninguém subiu ao céu,
a não ser aquele que desceu do céu,
o Filho do Homem.
14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto,
assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado,
15para que todos os que nele crerem
tenham a vida eterna.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Jo 3, 7-15
A Vida nova, a Vida segundo o Espírito, não é algo que a
pessoa humana possa conseguir por si mesma, uma vez que é algo que está muito
além da sua própria natureza, portanto algo que foge às suas capacidades. A
Vida nova é a vida da graça, que nos é dada pelo próprio Deus, a partir do
mistério pascal de Jesus. A condição para a participação nessa Vida em Cristo é
a fé; todos os que acreditam que Jesus, crucificado, morto e ressuscitado, é o
Filho de Deus, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade que se fez homem para
ser o Emanuel, o Deus conosco, recebem dele o dom da Vida em plenitude, o dom
da vida eterna.
Fonte CNBB
HOMILIA
É necessário para vós
nascer do alto
Hoje, Jesus nos expõe a dificuldade de prevenir e conhecer a
ação do Espírito Santo: de fato, «sopra onde quer» (Jo 3,8). Isto relaciona-o
com o testemunho que Ele mesmo está dando e com a necessidade de nascer do
alto. «É necessário para vós nascer» (Jo 3,7), diz o Senhor com claridade, é
necessária uma nova vida para poder entrar na vida eterna. Não é suficiente com
um ir puxando para chegar ao Reino dos Céus, é necessária uma vida nova
regenerada pela ação do Espírito de Deus. A nossa vida profissional, familiar,
esportiva, cultural, lúdica e, sobretudo, de piedade tem que ser transformada
pelo sentido cristão e pela ação de Deus. Tudo, transversalmente, tem que ser
impregnado pelo seu Espírito. Nada, absolutamente, nada deveria ficar fora da
renovação que Deus realiza em nós com o seu Espírito.
Uma transformação que tem Jesus Cristo como catalisador.
Ele, que antes tinha que ser elevado na Cruz e que também tinha que
ressuscitar, é quem pode fazer com que o Espírito de Deus nos seja enviado. Ele
que tem vindo do alto. Ele que tem mostrado com muitos milagres o seu poder e a
sua bondade. Ele que em tudo faz a vontade do Pai. Ele que tem sofrido até
derramar a última gota de sangue por nós. Graças ao Espírito que nos enviará,
nós «podemos subir ao Reino dos Céus, por Ele obtemos a adoção filial, por Ele
se nos dá a confiança de nomear Deus com o nome de “Pai”, a participação da
graça de Cristo e o direito a participar da gloria eterna» (São Basílio Magno).
Façamos que a ação do Espírito tenha acolhimento em nós,
escutemo-lhe e, apliquemos as suas inspirações para que cada um seja –no seu
lugar habitual- um bom exemplo elevado que irradie a Luz de Cristo.
Fonte: Rev. D. Xavier SOBREVÍA
i Vidal (Castelldefels, Espanha) – Evangeli
Se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar
no Reino de Deus.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João
3,1-8
1Havia um chefe judaico,
membro do grupo dos fariseus,
chamado Nicodemos,
2que foi ter com Jesus, de noite,
e lhe disse:
'Rabi, sabemos que vieste como mestre
da parte de Deus.
De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes,
a não ser que Deus esteja com ele'.
3Jesus respondeu:
'Em verdade, em verdade te digo,
se alguém não nasce do alto,
não pode ver o Reino de Deus'.
4Nicodemos disse:
'Como é que alguém pode nascer, se já é velho?
Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?'
5Jesus respondeu:
'Em verdade, em verdade te digo,
se alguém não nasce da água e do Espírito,
não pode entrar no Reino de Deus.'
6Quem nasce da carne é carne;
quem nasce do Espírito é espirito.
7Não te admires por eu haver dito:
Vós deveis nascer do alto.
8O vento sopra onde quer
e tu podes ouvir o seu ruído,
mas não sabes de onde vem, nem para onde vai.
Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito'.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB
Reflexão - Jo 3, 1-8
O Evangelho de hoje nos mostra uma nova oposição entre o
velho e o novo, que não acontece mais segundo o tempo, mas segundo a condição
do homem diante de Deus. O homem velho é o homem do Antigo Testamento, o homem
que vive segundo a lei, é escravo do pecado e da morte. O homem novo é o homem
que participa da Nova Aliança, é cidadão do Reino de Deus, não vive mais
segundo a lei, mas vive o novo mandamento, o mandamento do amor, não é mais
escravo do pecado, mas é filho de Deus, é livre e vive segundo a graça e não é
mais prisioneiro da morte porque tem a Vida nova em Cristo.
Fonte CNBB
HOMILIA DIÁRIA
É PRECISO NASCER DE NOVO Jo 3,1-8
Neste texto do Evangelho de hoje, temos a conclusão do
diálogo de Jesus com Nicodemos. O evangelista João recorre ao simbolismo da
serpente de bronze (cf. Nm 21,9) – a qual, pela fé, libertava das mordidas
mortais das serpentes do deserto para aplicá-lo à fé em Jesus, pelo qual se tem
a vida eterna. Este diálogo com Nicodemos é um convite à conversão. Coloca em
confronto as duas opções: aquele que crê e aquele que não crê, aquele que
pratica o mal e ama as trevas e aquele que pratica a verdade e se aproxima da
luz.
Jesus rejeitava, muitas vezes, aqueles que tentavam
segui-lo. A um jovem rico que buscava o seu conselho, ele replicou com palavras
tão fortes que o homem foi embora entristecido, não disposto a seguir Jesus a
tão alto preço. A um importante líder religioso, Nicodemos, que tinha vindo
louvando Jesus, o Senhor respondeu abruptamente: Você tem que nascer de novo,
se quiser ao menos ver o reino de Deus! Jesus pintava francamente as
dificuldades em segui-lO e rejeitava todos os que tentavam fazê-lo de forma
inadequada. Jesus pregou sobre o tema: “Não pode ser meu discípulo”, discutindo
abertamente a necessidade de calcular o custo antes de embarcar na vida de
discípulo.
Não era porque Jesus não quisesse seguidores. Ele veio ao
mundo para buscar e salvar os perdidos. Ele estava profundamente comovido pelas
multidões perdidas e ansiava pela sua conversão. Mas Jesus sabia que não seria
fácil para os homens segui-lO e que eles estariam inclinados a enganarem-se a
si mesmos, pensando que eram discípulos, quando não eram. O Senhor nunca deixou
de declarar francamente o que a conversão real exige.
A troca de palavras entre Jesus e Nicodemos, neste Evangelho
de hoje, é fascinante. Nicodemos era um chefe religioso. Ele veio a Jesus,
louvando seus ensinamentos e milagres. É difícil saber o que se passava na
mente de Nicodemos, enquanto falava. Talvez estivesse esperando louvor, uma
posição na administração de Jesus ou um voto de confiança pela obra que ele
mesmo estava fazendo, como mestre em Israel. Mas a resposta surpreendente de
Jesus foi: “Nicodemos, você precisa começar tudo de novo, se quiser entrar no
reino de Deus.” Seja o que for que Nicodemos estivesse esperando, não era isto!
A resposta de Jesus significava que toda a religião de Nicodemos, toda a sua
atividade no ensino, toda a sua posição no judaísmo, eram sem valor, em relação
ao domínio de Deus. Nós também precisamos ver que toda a nossa religião e nossa
própria grandeza nada valem. As realizações do passado nada representam.
Precisamos recomeçar tudo novamente para sermos capazes de entrar num
relacionamento com Deus.
Mas para isso basta olhar para o que Jesus ensinou! Para Ele
é loucura começar um projeto sem entender primeiro o que será exigido para
terminá-lo. Ele ilustrou com a idéia de um homem que começou a construir uma
torre, mas loucamente esqueceu de fazer um orçamento para determinar se teria fundos
para completá-la, e assim teve que parar no meio do projeto. A verdadeira
conversão necessita de um cuidadoso exame do estilo de vida que Deus espera do
convertido.
O arrependimento, que é essencial à verdadeira conversão,
envolve morte ao pecado. A Bíblia o compara à morte e ressurreição de Cristo.
Tem que haver uma mudança de estilo de vida radical. A Bíblia usa termos como
matar o velho homem e revestir-se com o novo, e descreve com minúcias as
mudanças exatas que precisam ser feitas. Maus hábitos — embriaguez, imoralidade
sexual, ira, ganância, orgulho, etc. — precisam ser eliminados da própria vida,
ao passo que devem ser acrescentados o amor, a verdade, a pureza, o perdão e a
humildade. Este é o resultado do arrependimento.
Muitas pessoas tentam ser convertidas e converter outras,
sem arrependimento. Elas ensinam um cristianismo indolor, que não exige
sacrifício. Elas salientam as emoções, a felicidade e as bênçãos, porém pensam
pouco sobre as mudanças reais que a conversão exige na vida diária da pessoa.
Entendamos isto claramente: Não há conversão sem transformação. Aquele que creu
e foi batizado, aquele que até mesmo foi aceito numa igreja e participa
fielmente das atividades religiosas, mas que não se arrependeu, não é salvo. O
arrependimento é um compromisso sério, determinado, para mudar sua própria
vida.
Para tomar parte realmente na Ceia do Senhor, a pessoa
precisa de nascer de novo, no poder a água e do Espírito Santo. Ela precisa
executar o ato certo, pelo motivo certo. A pessoa precisa ser um discípulo
fiel.