Liturgia Diária
22 – SEXTA-FEIRA
5ª SEMANA DA QUARESMA
(roxo, prefácio da paixão I – ofício do dia)
Evangelho: João 10,31-42
Antífona:
Em meio à contenda, Jesus revela sua divindade. Suas obras testemunham sua unicidade com o Pai. Que possamos crer não apenas em suas palavras, mas também em suas obras, reconhecendo-o como o Filho de Deus.
João 10,31-42 (Bíblia de Jerusalém)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 31 Os judeus pegaram então pedras para atirar nele.
32 Jesus disse-lhes: "Mostrei-vos muitas obras boas que procedem do Pai. Por qual delas me quereis apedrejar?"
33 Responderam-lhe os judeus: "Não te queremos apedrejar por uma obra boa, mas por uma blasfêmia: porque, sendo tu homem, te fazes Deus."
34 Jesus respondeu-lhes: "Não está escrito na vossa Lei: ‘Eu disse: sois deuses’?
35 Se ele chama deuses aqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a Escritura não pode ser anulada),
36 aquele a quem o Pai consagrou e enviou ao mundo, vós dizeis: ‘Blasfemas’, porque declarei: ‘Sou Filho de Deus’.
37 Se não faço as obras de meu Pai, não acrediteis em mim.
38 Mas, se as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que reconheçais e saibais que o Pai está em mim e eu no Pai."
39 Procuraram então prendê-lo de novo, mas ele escapou de suas mãos.
40 Ele foi de novo para além do Jordão, para o lugar onde João primeiro batizara, e ali permaneceu.
41 Muitos foram ter com ele e diziam: "João não fez nenhum sinal, mas tudo o que ele disse a respeito deste homem era verdade".
42 E muitos ali acreditaram nele. - Palavra da Salvação.
Reflexão:
"Mas, se as faço, mesmo que não queirais acreditar em mim, acreditai nas minhas obras, para que reconheçais e saibais que o Pai está em mim e eu no Pai." (João 10:38)
No Evangelho de João, este trecho revela a polarização entre Jesus e os líderes religiosos de sua época. Os judeus, incitados pelas palavras de Jesus sobre sua relação com Deus, começam a pegar pedras para apedrejá-lo. Jesus, por sua vez, tenta trazer clareza ao seu ensinamento, mostrando que suas obras testemunham sua conexão com o Pai. Ele cita um versículo do Salmo 82 para mostrar que até mesmo os humanos foram chamados de "deuses" na Escritura.
A reação dos judeus reflete uma incompreensão profunda e uma resistência à ideia de que Jesus é mais do que um simples homem. Porém, Jesus continua a afirmar sua unicidade com o Pai, desafiando-os a acreditarem em suas obras, se não em suas palavras.
A cena termina com Jesus escapando da tentativa de prisão e retomando ao lugar onde João Batista havia iniciado seu ministério. Ali, muitos reconhecem a verdade em suas palavras e acreditam nele, demonstrando a semente da fé que estava sendo plantada através de seus ensinamentos e milagres. Este episódio nos lembra da importância de reconhecer Jesus não apenas como um mestre ou profeta, mas como o próprio Filho de Deus, cujas obras testemunham sua divindade.
HOMILIA
"O Testemunho das Obras: Reconhecendo a Presença Divina"
Queridos irmãos e irmãs em Cristo,
Hoje, meditamos sobre um trecho do Evangelho de João (10:31-42) que nos apresenta um confronto intenso entre Jesus e os líderes religiosos de sua época. Este encontro não é apenas um evento histórico, mas uma lição profunda sobre a natureza da fé e da relação entre Deus e o homem.
Vemos como os judeus, cegados pela incredulidade e pelo orgulho, não conseguem aceitar as palavras de Jesus sobre sua divindade. Eles se preparam para apedrejá-lo, ignorando suas obras que testemunham sua conexão íntima com o Pai Celestial.
Jesus, em sua resposta, não apenas reivindica sua identidade divina, mas também nos oferece uma profunda reflexão sobre a importância das suas obras como testemunho de sua união com o Pai. Ele nos convida a não apenas ouvir suas palavras, mas a olhar para suas ações e reconhecer nelas a presença de Deus.
Em nossas vidas, muitas vezes somos tentados a separar a fé da prática, as palavras da ação. No entanto, Jesus nos ensina que a fé verdadeira se manifesta nas obras. Assim como ele realizou milagres e obras de amor, nós também somos chamados a agir em conformidade com os ensinamentos de Cristo.
Somos desafiados a refletir: as nossas ações testemunham a nossa união com Deus? As nossas obras refletem o amor e a compaixão de Cristo? Ou, como os judeus incrédulos, somos tentados a apedrejar Jesus com nossas palavras vazias e nossas ações egoístas?
Que possamos, como os que reconheceram a verdade em Jesus, crer não apenas em suas palavras, mas também nas suas obras. Que possamos seguir o exemplo do nosso Salvador, deixando que as nossas vidas se tornem um testemunho vivo da presença divina em nosso meio.
Que o Espírito Santo nos ilumine e nos capacite a viver em conformidade com a vontade de Deus, para que, através das nossas obras de amor e justiça, possamos proclamar ao mundo a verdade que encontramos em Cristo Jesus, nosso Senhor. Amém.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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