quarta-feira, 30 de novembro de 2022

LITUGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 9,35-10,1.6-8 - 03.12.2022

Liturgia Diária


3 – SÁBADO 

SÃO FRANCISCO XAVIER


MISSIONÁRIO DA ÁSIA



(branco, pref. do Advento I ou IA, ou dos pastores, – ofício da memória)


Estes são homens santos, que se tornaram amigos de Deus, gloriosos arautos de sua mensagem.


Francisco nasceu na Espanha em 1506 e faleceu na China em 1552. Sacerdote da Companhia de Jesus, foi um dos missionários mais audaciosos de todos os tempos. Dedicou-se à evangelização dos povos orientais e formou diversas comunidades cristãs. Sua vocação missionária o levou a se tornar modelo extraordinário de caridade e de zelo pelas pessoas. Celebremos com fé o padroeiro das missões, pedindo pelas comunidades cristãs, para que, com perseverança, vivam e anunciem a Boa-nova.


Evangelho: Mateus 9,35-10,1.6-8


Aleluia, aleluia, aleluia.


É o Senhor nosso juiz e nosso rei. / O Senhor legislador nos salvará (Is 33,22). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 35Jesus percorria todas as cidades e povoados, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade. 36Vendo Jesus as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam cansadas e abatidas como ovelhas que não têm pastor. Então disse a seus discípulos: 37“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. 38Pedi, pois, ao dono da messe que envie trabalhadores para a sua colheita!” 10,1E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder para expulsarem os espíritos maus e para curarem todo tipo de doença e enfermidade. Enviou-os com as seguintes recomendações: 6“Ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel! 7Em vosso caminho, anunciai: ‘O Reino dos céus está próximo’. 8Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios. De graça recebestes, de graça deveis dar!” – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 9,35-10,1.6-8

«Pedi (...) ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita»


Rev. D. Xavier PAGÉS i Castañer

(Barcelona, Espanha)

Hoje, depois de uma semana dentro do itinerário de preparação para a celebração do Natal, já constatamos que uma das virtudes que queremos fomentar durante o Advento é a esperança. Mas, não passivamente, como quem espera que passe o trem e, sim uma esperança ativa, que nos move a dispor-nos, pondo da nossa parte o que seja necessário para que Jesus possa nascer novamente em nossos corações.


Mas devemos tentar não nos conformar somente com o que esperamos, mas — sobretudo — descobrir o que é que Deus espera de nós. Como os doze Apóstolos, nós também estamos chamados a seguir os seus caminhos. Tomara que hoje possamos escutar a voz do Senhor que —por meio do profeta Isaías — nos diz: «O caminho é este: por aqui deves andar!» (Is 30,21, da primeira leitura de hoje). Seguindo cada um o seu caminho, Deus espera de todos que com a nossa vida anunciemos que «O Reino dos Céus está próximo» (Mt 10,7).


O Evangelho de hoje narra como, diante daquela multidão, Jesus teve compaixão e lhes disse: «A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para sua colheita» (Mt 9,37-38). Ele quis confiar em nós e quer que nas mais diversas circunstâncias respondamos à vocação de nos convertermos em apóstolos de nosso mundo. A missão para a qual Deus Pai enviou o seu Filho ao mundo requer que nós sejamos seus continuadores. Nos nossos dias também encontramos uma multidão desorientada e sem esperança, que tem sede da Boa Nova da Salvação que Cristo nos trouxe, da qual somos mensageiros. É uma missão confiada a todos. Conhecedores de nossas fraquezas e forças, nos apoiemos na oração constante e estejamos contentes por chegar a ser assim colaboradores do plano redentor que Cristo nos revelou.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Para uma colheita abundante, há poucos trabalhadores. Ao ouvir isso, não podemos deixar de sentir uma grande tristeza, porque devemos reconhecer que, embora existam pessoas que desejam ouvir coisas boas, existem poucos que se dedicam a anunciá-las. Rogai também por nós, para que a nossa voz nunca cesse de vos exortar» (São Gregório Magno)


«O mundo não é uma coleção de tristezas e dores. Todas as angústias que existem nele são protegidas por uma misericórdia amorosa. Quem assim celebra o Advento, pode falar de um Natal alegre, abençoado e misericordioso» (Bento XVI)


«Com o Credo Niceno-Constantinopolitano respondemos confessando: 'Para nós, homens e para a nossa salvação, ele desceu do céu e, pela força do Espírito Santo, encarnou-se de Maria, a Virgem, e tornou-se homem'» (Catecismo do Igreja Católica, nº 456)

Fonte https://evangeli.net/


JESUS TEM COMPAIXÃO DO POVO Mt 9,35-10,1.6-8

HOMILIA


Jesus andava visitando todas as cidades e povoados. Ele ensinava nas sinagogas, anunciava a boa notícia sobre o Reino e curava todo tipo de enfermidades e doenças graves das pessoas.


No tempo de Jesus, o Serviço de Assistência Médico-Hospitalar era péssimo. Somente a classe privilegiada podia ter uma assistência médica decente. O povo sofria nas mãos de uma sociedade que em nome de Deus marginalizava os leprosos, proibia que alguém fizesse o bem para os doentes e humilhava os enfermos que buscavam a cura na sinagoga.


Eram os líderes judaicos (Sacerdotes, fariseus, partidários de Herodes e chefes da sinagoga) que faziam o povo sofrer por falta de atendimento médico, saneamento básico e uma medicina preventiva.


Jesus tem muita pena desse povo sofrido e discriminado principalmente pelos líderes religiosos, e o acolhe com grande bondade, cura os enfermos os quais O seguem, por dias inteiros, até no deserto deixando a memória de que “Jesus andou por toda parte, fazendo o bem e curando todos os que estavam dominados pelo diabo” (At 10,38).


Jesus identifica-se com os pobres e com os enfermos tocando nos leprosos considerados impuros pelos fariseus que se diziam puros e santos. E você? O que tem feito pelos seus irmãos enfermos? Boa pergunta. Ou é a pergunta que pode decidir o futuro da sua alma. “Jesus faz bem todas as coisas. Faz os surdos ouvir e os mudos falar” ; “Nunca vimos uma coisa assim”; “Toda a multidão se alegrava com as maravilhas que Jesus fazia” (Lc 13,17).


Nos tempos atuais, também a medicina progrediu bastante, mas para o atendimento dos ricos, e da classe média alta, ou seja, para aqueles que podem pagar um Plano de Saúde. Porque a classe média baixa e os pobres que não podem pagar um Plano de Saúde, tem de ser atendidos no Pronto Socorro, ou tentar sobreviver pela automedicação, ou usando ervas medicinais que, por sinal, curam melhor que os remédios alopatas com seus efeitos colaterais.


Os médicos, preocupados com a automedicação, exigem a receita médica na compra do remédio. Mas isso acaba acarretando outro tipo de “efeito colateral”, para não dizer que é uma faca de dois gumes. Porque se o pobre não tem assistência médica adequada, se não pode pagar uma consulta médica na qual obterá uma receita ou prescrição para comprar o remédio, o que ele vai fazer? Ele vai se automedicar! É claro!


Vivemos diante de uma medicina mercenária como nos tempos de Jesus. Quem pode, pode. Aqueles que não podem, como vão sobreviver?


Em nosso papel de cristãos atuantes, devemos sensibilizar todos os membros da comunidade cristã e estimular sua preocupação real e efetiva pelos doentes. Uma comunidade cristã que não conhece seus doentes, que não está a serviço deles, que não lhes dá lugar na comunidade, que não conscientiza os irmãos pobres sobre seus direitos, que não os ilumina no sentido de procurar cuidar da sua saúde e de seus filhos através de métodos de higiene, por exemplo, é uma comunidade que fez opção pelos poderosos, ao contrário de Jesus que fez sua opção pelos fracos e oprimidos.


Precisamos denunciar essas injustiças. Porque Jesus quer vida em abundância para todos. Ricos e pobres. E para se ter vida com saúde, a medicina precisa ser preventiva, e não curativa, com saneamento básico, e ensinamentos de normas de higiene para os menos esclarecidos. Porque se evitarmos a doença através da higiene, e de uma boa assistência-médica preventiva, não precisamos gastar com remédios e internações. Deixe os Planos de Saúde para aqueles que podem pagá-los.

Pai, que eu seja consciente de minha tarefa de levar a compaixão do Messias Jesus aos deserdados deste mundo, dando mostras de que o Reino se faz presente entre nós.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

terça-feira, 29 de novembro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 9,27-31 - 02.12.2022

Liturgia Diária


2 – SEXTA-FEIRA 

1ª SEMANA DO ADVENTO


(roxo, pref. do Advento I ou IA, – ofício do dia)



O Senhor descerá com esplendor, para visitar o seu povo na paz e fazê-lo viver a vida eterna.


O mundo se tornará melhor com a ação benfazeja de Deus, mas também com a colaboração do ser humano. Esta liturgia nos motive a confiar plenamente no Senhor, nossa “luz e salvação”.


Evangelho: Mateus 9,27-31


Aleluia, aleluia, aleluia.


Eis que virá o nosso Deus com poder e majestade, / e ele há de iluminar os olhos dos seus servos! – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 27partindo Jesus, dois cegos o seguiram, gritando: “Tem piedade de nós, filho de Davi!” 28Quando Jesus entrou em casa, os cegos se aproximaram dele. Então, Jesus perguntou-lhes: “Vós acreditais que eu posso fazer isso?” Eles responderam: “Sim, Senhor”. 29Então Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: “Faça-se conforme a vossa fé”. 30E os olhos deles se abriram. Jesus os advertiu severamente: “Tomai cuidado para que ninguém fique sabendo”. 31Mas eles saíram e espalharam sua fama por toda aquela região. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 9,27-31

«Jesus lhes perguntou: Acreditais que eu posso fazer isso? Eles responderam: Sim, Senhor»


+ Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM

(Barcelona, Espanha)

Hoje, nesta primeira Sexta-Feira de Advento, o Evangelho apresenta-nos três personagens: Jesus no centro da cena, e dois cegos que se aproximam cheios de fé e com o coração esperançado. Tinham ouvido falar Dele, da sua ternura para com os doentes e do seu poder. Estes traços identificavam-No como o Messias. Quem melhor que Ele podia tomar a seu cargo a sua desgraça?


Os dois cegos unem-se e, em comunidade, dirigem-se ambos a Jesus. Em uníssono fazem uma oração de petição ao Enviado de Deus, ao Messias, a quem chamam “Filho de Davi”. Querem, com a sua oração, provocar a compaixão de Jesus: «Tem compaixão de nós, filho de Davi!» (Mt 9,27).


Jesus interpela a sua fé: «Acreditais que eu posso fazer isso?» (Mt 9,28). Se eles se aproximaram do Enviado de Deus é precisamente porque acreditam Nele. A uma só voz fazem uma bela profissão de fé, respondendo: «Sim, Senhor» (Ibidem). E Jesus concede a vista àqueles que já viam pela fé. De fato, acreditar é ver com os olhos do nosso interior.


Este tempo de Advento é o adequado, também para nós, para procurar Jesus com um grande desejo, como o dos cegos, fazendo comunidade, fazendo Igreja. Com a Igreja proclamamos no Espírito Santo: «Vem, Senhor Jesus» (cf, Ap 22,17-20). Jesus vem com o seu poder de abrir completamente os olhos do nosso coração, e fazer que vejamos, que acreditemos. O Advento é um tempo forte de oração: tempo para fazer oração de petição e, sobretudo, oração de profissão de fé. Tempo de ver e de acreditar.


Recordemos as palavras do Pequeno Príncipe: «O essencial só se vê com o coração».


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Ensina-me a procurar-te e mostra-te a quem te procura; porque não posso procurar por ti, a menos que me ensines, e não posso encontrar-te se não te manifestares. Desejando, te procurarei; procurando, te desejarei; amando, te encontrarei e encontrando-te, te amarei» (Santo Anselmo)


«Jesus mesmo, quando ensinava a rezar, dizia que se fizera como um amigo inoportuno. Rezar é um pouco como incomodar a Deus para que nos escute. É atrair os olhos, atrair o coração de Deus para conosco» (Francisco)


«O pedido insistente dos cegos: “Tem compaixão de nós, filho de Davi” (Mt 9,27) ou “Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim” (Mc 10,47) foi retomado na tradição da oração a Jesus: “Jesus Cristo, Filho de Deus, Senhor, tem piedade de mim, pecador!”. Quer na cura das enfermidades, quer na remissão dos pecados, Jesus responde sempre à oração que implora com fé: “Vai em paz, tua fé te salvou!”» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2616)

Fonte https://evangeli.net/


JESUS CURA DOIS CEGOS - Mt 9,27-31

HOMILIA


            A narrativa deste milagre da cura dos dois cegos,  nos lança para uma série de milagres que Jesus faz e serve como que a preparação para a missão dos doze apóstolos. Aqui vemos Jesus como o iluminador ( cf Jo 1,5-9 ). E com o seu milagre se confirma a fé em seu messianismo: Jesus é da descendência de Davi ( Mt 1,1 ).


 O pequeno diálogo com os dois cegos serve para despertar e medir-lhes a fé tanto à eles como a todas  as comunidades, estimulando-as à ação missionária. Mateus faz aqui uma adaptação da narrativa da cura de dois cegos em Jericó (Mt 20,29-34), quando Jesus se aproximava de Jerusalém. O grito dos cegos, “Senhor, filho de Davi…”, significa que eles consideravam Jesus como um messias poderoso, um novo Davi, nisto consistindo sua cegueira. Contudo, eles querem ver e entender melhor. Conforme a leitura de Isaías, feita por Jesus na sinagoga de Nazaré (Lc 4,18), a missão libertadora profética implicava restituir aos cegos a visão. Por outro lado vemos a servera ordem de Jesus que quer impedir o fatal mal-entendido de ver n’Ele apenas um curandeiro, um fazedor de coisas espantosas conforme a tendência popular.. A fé em Jesus e a acolhida de sua Palavra nos iluminam a fim de que compreendamos verdadeiramente sua missão libertadora, na revelação do amor pleno e misericordioso de Deus.


Somos todos cegos e para sermos curados, devemos reconhecer Jesus e almejar a sua luz. Ter a humildade de pôr-se na estrada e suplicar ao Senhor que passa. «Jesus Filho de Davi tem compaixão de nós ». Ele não entra em nós sem a nossa permissão: espera que lhe abraços as partas dando-lhe livre acesso. Abramos-lhe senão for uma porta ao menos um orifício para que entrando, nos possa curar a cegueira da nossa vida.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 7,21.24-27 - 01.12.2022

Liturgia Diária


1º – QUINTA-FEIRA 

1ª SEMANA DO ADVENTO


(roxo, pref. do Advento I ou IA, – ofício do dia da 1ª semana do saltério)



Estais perto, Senhor, e todos os vossos caminhos são verdadeiros. Desde muito aprendi que vossa aliança foi estabelecida para sempre (Sl 118,151s).


Toda a liturgia nos incentiva a depositar nossa confiança unicamente em Deus, cuja Palavra é a “rocha eterna” em que firmamos nossa vida. Celebremos conscientes de que “é melhor buscar refúgio no Senhor do que pôr no ser humano a esperança”.


Evangelho: Mateus 7,21.24-27


Aleluia, aleluia, aleluia.


Buscai o Senhor, vosso Deus, / invocai-o, enquanto está perto! (Is 55,6) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 21“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas o que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus. 24Portanto, quem ouve estas minhas palavras e as põe em prática é como um homem prudente, que construiu sua casa sobre a rocha. 25Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos deram contra a casa, mas a casa não caiu, porque estava construída sobre a rocha. 26Por outro lado, quem ouve estas minhas palavras e não as põe em prática é como um homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. 27Caiu a chuva, vieram as enchentes, os ventos sopraram e deram contra a casa, e a casa caiu, e sua ruína foi completa!” – Palavra da salvação.


Reflexão - Evangelho: Mateus 7,21.24-27

«Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor! ’, entrará no Reino dos Céus»


Abbé Jean-Charles TISSOT

(Freiburg, Sua)

Hoje, o Senhor pronuncia estas palavras no final do Seu “Sermão da Montanha”, no qual dá um sentido novo e mais profundo aos Preceitos do Antigo Testamento, a “palavra” de Deus aos homens. Manifesta-se como Filho de Deus, e como tal pede-nos que recebamos o que nos diz como palavras de suma importância; palavras de vida eterna que devem ser postas em prática, e não são só para serem ouvidas, mas sem implicação pessoal – com o risco de serem esquecidas ou de nos contentarmos em admirá-las ou em admirar o seu autor.

«Construir uma casa sobre a areia» (cf. Mt 7,26) é uma imagem para descrever um comportamento insensato, que não leva a nenhum resultado e acaba no fracasso de uma vida, depois de um esforço longo e penoso para construir algo. “Bene curris, sed extra viam”, dizia Sto. Agostinho: corres bem, mas fora do trajecto aprovado, podemos traduzir assim. Que pena só chegar até aí: o momento da prova, das tempestades e das inundações que a nossa vida necessariamente contém!

O Senhor quer ensinar-nos a usar um fundamento sólido, cujo crescimento deriva do esforço para pôr em prática os seus ensinamentos, vivendo-os dia a dia no meio dos pequenos problemas que Ele tratará de resolver. A nossa resolução diária de viver os ensinamentos de Cristo deve terminar em propósitos concretos, se não definitivos, mas dos quais possamos tirar alegria e reconhecimento na hora do nosso exame de consciência, à noite. A alegria de ter conseguido uma pequena vitória sobre nós próprios é uma preparação para outras batalhas, e – com a graça de Deus – não nos faltará a força para perseverar até ao fim.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Permanecei vigilantes porque, quando a alma está dominada por um pesado torpor, é o inimigo que a domina e a conduz, mesmo contra a sua vontade. Por isso, o Senhor recomendou ao homem a vigilância tanto da alma como do corpo» (Santo Efrém)


«O Evangelho de hoje (Mt 7,21ss) trata de uma equação matemática: Eu conheço a Palavra e a coloco em prática. Eu sou construído sobre a rocha. Agora, como faço para colocar a palavra em prática? É mesmo como construir uma casa na rocha, onde a imagem da pedra refere-se ao Senhor» (Francisco)


«A oração de fé não consiste somente em dizer «Senhor, Senhor!», mas em preparar o coração para fazer a vontade do Pai (Mt 7,21). Jesus exorta os seus discípulos a levar para a oração esta solicitude em cooperar com o desígnio de Deus (cf. Mt 9,38)» (Catecismo da Igreja Católica,2.611)


Outros comentários

«Entrará no Reino dos Céus(...)aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus»


+ Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret

(Vic, Barcelona, Espanha)

Hoje, a palavra do Evangelho convida-nos a meditar com seriedade sobre a infinita distância que há entre o mero “escutar-invocar” e o “fazer” quando se trata da mensagem e da pessoa de Jesus. E dizemos “mero” porque não podemos esquecer que há modos de escutar e de invocar que não comportam o fazer. De fato, todos os que —tendo escutado o anúncio evangélico— acreditam, não serão confundidos; e todos os que, tendo acreditado, invocam o nome do Senhor, se salvarão ensina-o São Paulo na Carta aos Romanos (ver 10,9-13). Trata-se, neste caso, dos que acreditam com fé autêntica, aquela que «atua mediante a caridade», como escreve também o Apóstolo.


Mas é um fato que muitos acreditam e não fazem. A carta do apóstolo Santiago denuncia-o de uma maneira impressionante: «Sede, pois executores da palavra e não vos conformeis com ouvi-la somente, enganando-vos a vós mesmos» (1,22); «a fé, se não tem obras, está verdadeiramente morta» (2,17); «como o corpo sem alma está morto, assim também a fé sem obras está morta» (2,26). É o que rejeita, também inolvidavelmente, São Mateus quando afirma: «Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor! Senhor!’, entrará no Reino dos Céus, mas só aquele que põe em prática a vontade de meu Pai que está nos céus» (7,21).


É necessário, portanto, escutar e cumprir; é assim que construímos sobre a rocha e não em cima da areia. Como cumprir? Perguntemo-nos: Deus e o próximo enchem-me a cabeça —sou crente por convicção? E quanto ao bolso, compartilho os meus bens com critério de solidariedade?; No que se refere à cultura, contribuo para consolidar os valores humanos no meu país?; No aumento do bem, fujo do pecado de omissão?; Na conduta apostólica, procuro a salvação eterna dos que me rodeiam? Numa palavra: sou uma pessoa sensata que, com obras, edifico a casa da minha vida sobre a rocha de Cristo?

Fonte https://evangeli.net/

QUEM ENTRARÁ NO REINO? Mt 7,21.24-27
HOMILIA

Para responder à esta pergunta, Jesus no Evangelho escrito por Mateus nos propõe construção de um edifício. Só que embora todos construam é necessário saber construir. Como em outra passagem, na qual Jesus pedia que o construtor antes de começar a sua obra avaliasse as despesas, aqui Ele nos ensina a avaliar primeiro o terreno e depois abrir valas para assentar o alicerce.  Só então se erguerão as paredes e a construção será firme. Caso contrário ela se desmoronará por qualquer vento. A passagem de hoje, é a conclusão do sermão da montanha. A idéia fundamental é um convite a viver prudentemente Pr 10,25;12,37, para poder entrar no reino os céus. Não é suficiente crer que Jesus é o Senhor, mas é necessário cumprir a vontade do Pai pronto em pratica, cumprindo a sua lei. Embora a nossa fé se funde na Palavra de Deus, a fidelidade a ela exige de nós que a transformemos em acções concretas na nossa vida, fazendo-a e letra viva e não morta. Deus é a rocha firme, fundamento sobre o qual devemos construir a nossa casa. Assim como Deus é caridade, misericórdia, piedade, amor, justiça, paz assim devemos ser nós. Sem este fundamento, vida interior alimentada pela Palavra de Deus, não se poder construir, alías sem a vivência dela toda a vida é estéril. E o verbalismo religioso, individual, comunitário ou litúrgico, torna-se piedosa ilusão. Será pura validade como nos ensina Cohelete. Vaidade das vaidades é tudo vaidade. É correr atrás do vento.

Como acabamos de ouvir, os evangelhos são insistentes em afirmar que o essencial da fé é fazer a vontade de Deus, conforme o testemunho de Jesus. Lemos a parábola dos dois homens, um sensato que constrói a casa sobre a rocha, e outro sem juízo que constrói sobre a areia; o primeiro é o que põe em prática as palavras de Jesus e o segundo apenas as ouve e omite a sua prática. Em outras passagens Jesus afirma que sua família é formada por todos aqueles que fazem a vontade de Deus, e que entra em comunhão com ele todo aquele que se solidariza com os pobres e excluídos, famintos, sedentos, migrantes, nus, doentes, encarcerados. No evangelho de João, Jesus afirma que se alguém o ama e põe em prática a sua Palavra, ele e o Pai farão nele sua morada, o que significa a participação, já, na vida divina e eterna. E a vontade de Deus é que todos tenham vida plenamente, participando e usufruindo de todos os bens da criação, eliminando-se as barreiras entre os privilegiados e os excluídos.

Portanto, construamos a nossa casa sobre a rocha firme: Jesus afim de que ela possa crescer e se fortificar. Aprendamos com Ele observância e vivência da Palavra e da vontade do nosso Pai que está no Céu onde com Ele haveremos de reinar pelos séculos dos séculos. Amém!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

segunda-feira, 28 de novembro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 4,18-22 - 30.11.2022

Liturgia Diária


30 – QUARTA-FEIRA 

SANTO ANDRÉ, APÓSTOLO


(vermelho, glória, pref. dos apóstolos, – ofício da festa)



Junto ao mar da Galileia, viu o Senhor dois irmãos: Pedro e André, que pescavam. Ele os chamou: “Vinde comigo; eu vos farei, de hoje em diante, pescadores de homens” (Mt 4,18s).


André, anteriormente discípulo de João Batista, foi aquele que apresentou o Messias ao seu irmão, Pedro. Foi também um dos primeiros apóstolos que o Filho de Deus escolheu para colaborar com sua missão evangelizadora. Mirando seu exemplo, busquemos nos fortalecer na alegria de servir o Reino de Deus e na sabedoria de semear constantemente a mensagem do Evangelho.


Evangelho: Mateus 4,18-22


Aleluia, aleluia, aleluia.


Vinde após mim, disse o Senhor, / e eu ensinarei a pescar gente (Mt 4,19). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 18quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. 19Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. 20Eles, imediatamente, deixaram as redes e o seguiram. 21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai, Zebedeu, consertando as redes. Jesus os chamou. 22Eles, imediatamente, deixaram a barca e o pai e o seguiram. – Palavra da salvação


Reflexão - Evangelho: Mateus 4,18-22

«Eu farei de vós pescadores de homens»


Prof. Dr. Mons. Lluís CLAVELL

(Roma, Italia)

Hoje, é a festa de Santo André, Apóstolo, uma festa celebrada de maneira solene entre os cristãos de Oriente. Ele foi um dos primeiros jovens a conhecer Jesus à beira do rio Jordão e a ter longas conversas com Ele. Em seguida procurou seu irmão Pedro, dizendo-lhe «Encontramos o Cristo!» e o levou onde estava Jesus (Jo 2,41). Logo depois, Jesus chamou a esses dois irmãos pescadores seus amigos como lemos no Evangelho de hoje: «Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens» (Mt 4,19). No mesmo povoado, havia outros dois irmãos, Tiago e João, colegas e amigos daqueles primeiros e pescadores como eles. Jesus também os chamou para que O seguissem. É maravilhoso ler que eles deixaram tudo e O seguiram “imediatamente”, palavras que se repetem em ambos os casos. Não podemos dizer a Jesus: “depois”, “logo”, “agora tenho muito trabalho...”


Também a cada um de nós — a todos os cristãos — Jesus nos pede cada dia que ponhamos todo o que temos e somos ao seu serviço —isso quer dizer, deixar tudo, não ter nada como próprio— para que, vivendo com Ele as tarefas de nosso trabalho profissional e de nossa família, sejamos “pescadores de homens”. O que quer dizer “pescadores de homens”? Uma bonita resposta pode ser um comentário de São João Crisóstomo. Este Padre e Doutor da Igreja, diz que André não sabia explicar bem a seu irmão Pedro quem era Jesus, e por isso, «o levou à fonte da própria luz», que é Jesus Cristo. “Pescar homens” quer dizer ajudar os que estão ao nosso redor na família e no trabalho para encontrarem a Cristo que é a única luz para nosso caminho.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Pedro e André não tinham visto que Jesus Cristo tivesse feito algum milagre. Nada tinham ouvido do prêmio eterno e, porém ao ouvir a voz do Salvador se olvidaram de tudo o que acreditavam ter» (São Gregório Magno)


«Que o apóstolo André nos ensine a seguir a Jesus com prontidão, a falar com entusiasmo de Ele, e sobretudo a cultivar com Ele uma relação de autêntica familiaridade, consentes de que só em Ele podemos encontrar o sentido último de nossa vida e de nossa morte» (Bento XVI)


«Cristo Senhor (...) ordenou aos Apóstolos, que anunciassem a todos o Evangelho, o qual, antes prometido pelos profetas, ele próprio cumpriu e promulgou por sua palavra, como fonte de toda verdade salvífica e toda regra moral» (Catecismo da Igreja Católica, n°75)

Fonte https://evangeli.net/



A graça de cooperarmos com Deus

HOMILIA


‘Ano da Fé’ é tempo de estreitarmos os nossos laços de amizade com Jesus: «Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando» (Jo 13,14). E, como sabemos, o que difere o amigo de um simples servo executor de tarefa será sempre o conhecimento de causa.


Mas como, então, chegar a este nível de relacionamento, no qual a obediência passa a ser expressão de amor cheio de fé? O Evangelho de Mt 4,18-22 aponta-nos uma via segura, trilhada pelos primeiros escolhidos da Nova e Eterna Aliança.


No contexto da perícope citada, Jesus já havia iniciado o Seu ministério na Galileia, anunciando a proximidade do Reino dos Céus (cf. Mt 4,17), quando lança um olhar de eleição e conhecimento sobre a realidade de quem Ele queria compartilhando o Seu destino de vida e missão: «Jesus viu os dois irmãos: Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens» (Mt 4,18-19). Assim, o evangelista apresenta-nos diversos passos que podem ser traduzidos pelos verbos: ver, seguir e fazer.


Diferentemente dos mestres judeus que eram procurados pela cultura e santidade que apresentavam, o Sábio e Santo Jesus é quem toma a iniciativa de procurar as ovelhas para transformá-las em pastores e apóstolos, n’Ele o Pastor Eterno e Apóstolo do Pai.


Jesus, em tudo, comunicou o movimento da Trindade-Amor em relação à humanidade: «Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o Seu Filho como oferenda de expiação pelos nossos pecados» (1Jo 4,10). Por isso Ele, sem merecermos, nos dirige a Sua Palavra chamando, porque ama e, amando, porque chama: «Segui-me».


Estas palavras dirigidas aos primeiros continuam a penetrar a história da humanidade e os corações que se deixam conquistar por tão grande proximidade: «Tu me seduziste Senhor, e eu me deixei seduzir! Foste mais forte do que eu e me subjugaste» (Jr 20,7). Amor rico em promessas: «… eu farei de vós». Assim, no pessoal – «eu»- , Ele aceita bondosamente capacitar aqueles que são olhados e chamados.


Mas com que finalidade? Resposta: para participarmos do cumprimento das promessas de Deus novas e antigas: «Mas agora mando numerosos pescadores – oráculo do Senhor – para pescá-los. Meus olhos acompanham todo o seu caminhar» (Jr 16,16-17). Nas palavras neotestamentárias: «pescadores de homens».


Grande graça é podermos, como povo batizado, participarmos do comum dom e dever do apostolado, o qual tem uma origem divina como é próprio do mistério da Igreja Apostólica, assim ensina o Magistério oficial: «Toda a Igreja é apostólica, na medida em que, por meio dos sucessores de Pedro e dos apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem. Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é “enviada” a todo o mundo. Todos os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam deste envio. “A vocação cristã é também, por natureza, vocação para o apostolado”. E chamamos “apostolado” a “toda a atividade do Corpo Místico” tendente a “alargar o reino de Cristo à terra inteira”» (Catecismo da Igreja Católica, nº 863).


Por isso, os esforços para uma Nova Evangelização e Missões “ad Gentes” (aos povos distantes), não poderão cessar para a Igreja de Cristo. Contemos com o auxílio de todos os santos e santas que seguem como modelos autênticos de resposta correta e coerente às escolhas de Deus e nossos familiares (cf. CIC, nº 959). Eles (santos) seguem triunfantes no estado da Igreja Celeste como eficazes intercessores para uma milagrosa pescaria, a cada dia primada na qualidade.


Os homens e mulheres do nosso tempo precisam encontrar em nosso olhar, em nossas palavras e ações o reflexo d’Aquele Divino Pescador que, um dia, também nos chamou e nunca cessa de recordar-nos tão grande e imerecido dom do Espírito Santo.


Fonte Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção NovaFonte https://www.paulus.com.br/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 10,21-24 - 29.11.2022

Liturgia Diária


29 – TERÇA-FEIRA 

1ª SEMANA DO ADVENTO


(roxo, pref. do Advento I ou IA, – ofício do dia)



Eis que o Senhor virá e com ele todos os seus santos, e haverá uma grande luz naquele dia (Zc 14,5.7).


O Senhor vem para implantar a justiça e defender os pobres. Mais que isso, nele “todos os povos serão abençoados”. Cheios de esperança, juntemos nossas vozes ao louvor que Cristo dirige ao Pai e fortaleçamos nossa disposição de ajudá-lo a renovar o mundo.


Evangelho: Lucas 10,21-24


Aleluia, aleluia, aleluia.


Eis que virá o nosso Deus com poder e majestade. / E ele há de iluminar os olhos dos seus servos. – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 21Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. 23Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! 24Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo e não puderam ouvir”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 10,21-24

« Eu te louvo, Pai»


Abbé Jean GOTTIGNY

(Bruxelles, Blgica)

Hoje lemos um extrato do capítulo dez do Evangelho segundo São Lucas. O Senhor enviou a setenta e dois discípulos aos lugares onde Ele mesmo iria. E voltaram exultantes. Ouvindo contar suas proezas «Naquele mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse, Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra» (Lc 10,21).


A gratidão é uma das facetas da humildade. O arrogante considera que não deve nada a ninguém. Mas para estar agradecido, primeiro, devemos ser capazes de descobrir nossa insignificância. “Obrigado” é uma das primeiras palavras que ensinamos às crianças. «Naquela mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: "Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado». (Lc 10,21)


Bento XVI, ao falar sobre a atitude de adoração, afirma que ela pré-supõe um «reconhecimento da presença de Deus, Criador y Senhor do universo. É um reconhecimento pleno em gratidão, que brota desde o mais fundo do coração e abrange todo o ser, porque o homem só pode realizar-se plenamente a si mesmo adorando e amando a Deus acima de todas as coisas».


Uma alma sensível experimenta a necessidade de manifestar seu reconhecimento. É o mínimo que podemos fazer para responder aos favores divinos. «O que há de superior em ti? Que é que possuis que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se o não tivesses recebido?» (1Cor 4,7). Lógico que, nos faz falta «agradecer a Deus Pai, através do seu filho, no Espírito Santo; com a grande misericórdia com que nos tem amado, tem sentido compaixão por nós, e quando estávamos mortos por nossos pecados, nos fez reviver com Cristo para que sejamos Nele uma nova criação» (São Leão Magno).


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Antigamente, ¿qual a ideia de Deus que poderia ter o homem, para além da ideia de um ídolo fabricado pelo seu coração? Era incompreensível. Mas agora tem querido ser compreendido. ¿De que jeito? Deitado em uma manjedoura. Quando medito nisso, o meu pensamento vai até Deus» (São Bernardo)


«Jesus encheu-se de alegria no Espírito Santo e louvou ao Pai. Esta é a vida interior de Jesus: o seu relacionamento com o Pai no Espírito. Jesus é a proximidade da ternura do Pai para nós» (Francisco)


«Compreende-se então a dupla dimensão da liturgia cristã, como resposta de fé e de amor às «bênçãos espirituais» com que o Pai nos gratifica. Por um lado, a Igreja, unida ao seu Senhor e «sob a ação do Espírito Santo» (Lc 10,21), bendiz o Pai «pelo seu Dom inefável» (2 Cor 9, 15), mediante a adoração, o louvor e a ação de graças. Por outro lado... a Igreja não cessa de oferecer ao Pai «a oblação dos seus próprios dons» e de Lhe implorar que envie o Espírito Santo sobre esta oblação, sobre si própria, sobre os fiéis e sobre o mundo inteiro, a fim de que... estas bênçãos divinas produzam frutos de vida” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.083)


Outros comentários

«Felizes os olhos que vêem o que vós estais vendo»


Rev. D. Joaquim MESEGUER García

(Rubí, Barcelona, Espanha)

Hoje e sempre, os cristãos estão convidados a participar da alegria de Jesus. Ele, cheio do Espírito Santo, disse: «Naquele mesma hora, Jesus exultou de alegria no Espírito Santo e disse: Pai, Senhor do céu e da terra, eu te dou graças porque escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, bendigo-te porque assim foi do teu agrado» (Lc 10,21). Com muita razão, esse fragmento do Evangelho foi chamado por alguns autores como o “Magníficat de Jesus”, pois a idéia subjacente é a mesma que recorre o Canto de Maria (cf. Lc 1,46-55).


A alegria é uma atitude que acompanha a esperança. Dificilmente uma pessoa que nada espera poderá estar alegre. E, que é o que nós os cristãos esperamos? A chegada do Messias e do seu Reino, no qual florescerá a justiça e a paz; uma nova realidade na qual «Então o lobo será hóspede do cordeiro, a pantera se deitará ao pé do cabrito, o touro e o leão comerão juntos, e um menino pequeno os conduzirá» (Is 11,6). O Reino de Deus que esperamos se abre caminho dia a dia, e vamos saber descobrir sua presença entre nós. Para o mundo em que vivemos, tão sem paz e de concórdia, de justiça e de amor, quão necessária é a esperança dos cristãos! Uma esperança que não nasce de um otimismo natural ou de uma falsa ilusão, e sim que vem do próprio Deus.


No entanto, a esperança cristã, que é luz e calor para o mundo, só poderá ter aquele que seja puro e humilde de coração, porque Deus escondeu aos sábios e inteligentes — isto é, a aqueles que sejam soberbos em sua ciência— o conhecimento e o gozo do mistério de amor do seu Reino.


Uma boa maneira de preparar os caminhos do Senhor neste Advento será exatamente cultivar a humildade e a simplicidade para abrir-nos ao dom de Deus, para viver com esperança e chegar a ser cada dia melhores testemunhas do Reino de Jesus Cristo.

Fonte https://evangeli.net/

FELIZES OS QUE VEEM! Lc 10,21-24
HOMILIA

A alegria é uma característica de todo cristão porque primeiro foi de Cristo, é dom do Espírito Santo para todo batizado, é o que os primeiros cristãos possuíam (cf At 2, 46) e todos nós devemos ter. Mas, porque Jesus exultou de alegria naquele momento? Porque viu os planos do Pai se concretizando de uma maneira que é bem característica da Santíssima Trindade. Jesus reconhece, exulta de alegria vendo a humanidade mais uma vez participar das grandezas divinas. Nosso Senhor glorifica seu Pai porque Ele não escolheu os “sábios e entendidos” para serem os primeiros discípulos do Mestre, mas os pequeninos: povo sem estudo, sem muito entendimento, que não era capaz de muita coisa.

Creio que Jesus, em sua humanidade, tenha se desanimado um pouco ao olhar para aqueles 72 discípulos e ver a realidade. Tinha sido Ele mesmo que os havia escolhido por desígnio do Pai, mas Ele aconselha-os a rezarem ao Senhor pedindo mais operários para a messe (cf. Lc 10,2) pois aqueles não pareciam suficientes. Jesus reconhece que seus discípulos são ovelhinhas perto dos lobos astutos e inteligentes, mas envia-os acreditando que esses mesmos lobos darão a eles o sustento do dia de modo que nem precisam levar bolsas (cf. Lc 10,3-7), pois serão portadores da paz.

Apesar de toda a fé perfeita própria da divindade de Jesus, é difícil para a sua humanidade entender que essa gente com pouca instrução “dará conta do recado”.

Os 72 discípulos voltam alegres dizendo que até os demônios se submeteram a eles pelo nome de Jesus. Parece incrível, não? É como a profecia de Isaías na qual é prometida a harmonia entre lobo e cordeiro, pantera e cabrito, touro e leão, vaca e urso, criança e víbora. Tudo isso será possível porque sobre o nosso Salvador repousa o Espírito Santo com todos os seus dons e porque Ele não julga pelas aparências nem pelo ouvir dizer, mas com retidão e justiça. (cf. Is 11,1-8)

Esta é uma grande lição para todos aqueles que ficam tardando para dar uma resposta ao Senhor porque se acham incapazes, fracos, pequenos. Somente os pequeninos, isto é, os que abrem o coração e não colocam a razão em primeiro lugar, poderão distinguir os prodígios e milagres que acontecem quando o reino de Deus se lhes manifesta pela ação do Espírito Santo. Jesus louvou o Pai e exultou no Espírito quando os seus discípulos “enxergaram” as maravilhas que ocorreram quando eles saíram anunciando o Reino. “Felizes os olhos que veem o que vós vedes!” Quando nos dispomos a divulgar o Reino dos Céus aqui na terra, é sinal de que ele já está acontecendo na nossa vida e, na medida em que nós nos abrimos, mais e mais nós vamos experimentando a alegria e a felicidade interior. O Pai se dá a conhecer através da revelação do Filho e quanto mais nós conhecermos a Jesus, mais nós teremos comunhão com Deus Pai e assim estaremos vivendo a felicidade tão almejada.

Pensar assim seria ter um olhar puramente humano que não leva em consideração a misericórdia de Deus e seu poder soberano. Afinal, todas as coisas foram entregues à Jesus pelo Pai e Ele as dá a quem lhe apraz e quando lhe aprouver.

O que vale para Ele não são a inteligência e sabedoria humanas, mas o conhecimento de Deus, e “Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, nem quem é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quiser revelar” (Lc 10,22). Ditosas são as nossas almas quando acreditamos na misericórdia e bondade do Senhor, mesmo que nossos olhos carnais não o tenham visto.

Obrigado, Pai, por nos conceder a oportunidade de Te conhecer mais profundamente. Obrigado, Jesus, por nos apresentar o Pai, e nos aceitar como irmãos teus, a medida que agimos como Tu nos ensinastes. Obrigado, Espírito Santo, por nos santificar, dando-nos coragem para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, e dando-nos paciência para esperar o momento de Deus para aquilo que não podemos mudar. E que na hora certa nos fazes ouvir as palavras do Mestre: Felizes são as pessoas que podem ver o que vocês estão vendo! Jesus, Caminho, Verdade e Vida, Aquele que nos revela o Pai, dá-me um coração puro para acolhê-lo e reconhecê-lo nos momentos diversos de minha vida com a ajuda de Tua Graça.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

sexta-feira, 25 de novembro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 8,5-11 - 28.11.2022

Liturgia Diária


28 – SEGUNDA-FEIRA 

1ª SEMANA DO ADVENTO


(roxo, pref. do Advento I – ofício do dia)



Ó nações, escutai a palavra do Senhor; levai a boa-nova até os confins da terra! Não tenhais medo: eis que chega o nosso salvador (Jr 31,10; Is 35,4).


Advento é tempo de alegre expectativa pelo Senhor que vem montar sua tenda entre nós. Cheios de fé, preparemo-nos para encontrar Jesus, tanto na Palavra de Deus e na Eucaristia quanto na pessoa de nossos semelhantes.


Evangelho: Mateus 8,5-11


Aleluia, aleluia, aleluia.


Ó vinde libertar-nos, Senhor e nosso Deus; / mostrai a vossa face e nós seremos salvos! (Sl 79,4) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 5quando Jesus entrou em Cafarnaum, um oficial romano aproximou-se dele, suplicando: 6“Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa, sofrendo terrivelmente com uma paralisia”. 7Jesus respondeu: “Vou curá-lo”. 8O oficial disse: “Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado. 9Pois eu também sou subordinado e tenho soldados debaixo de minhas ordens. E digo a um: ‘Vai!’, e ele vai; e a outro: ‘Vem!’, e ele vem; e digo ao meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz”. 10Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o seguiam: ”Em verdade vos digo, nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé. 11Eu vos digo, muitos virão do oriente e do ocidente e se sentarão à mesa no Reino dos céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 8,5-11

«Em verdade, vos digo: em ninguém em Israel encontrei tanta fé»


Rev. D. Joaquim MESEGUER García

(Rubí, Barcelona, Espanha)

Hoje, Cafarnaum é a nossa cidade e a nossa aldeia, onde há pessoas doentes, umas conhecidas, outras anônimas, frequentemente esquecidas por causa do ritmo frenético que caracteriza a vida atual: carregados de trabalho, vamos correndo sem parar e sem pensar naqueles que, por causa da sua doença ou de outra circunstância, ficam à margem e não podem seguir esse ritmo. Porém, Jesus nos dirá um dia: «todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!» (Mt 25,40). O grande pensador Blaise Pascal recolhe esta ideia quando afirma que «Jesus Cristo, nos seus fieis, encontra-se na agonia de Getsemani até ao final dos tempos».


O centurião de Cafarnaum não se esquece do seu criado prostrado no leito, porque o ama. Apesar de ser mais poderoso e de ter mais autoridade que o seu servo, o centurião agradece todos os seus anos de serviço e tem por ele grande admiração. Por isso, movido pelo amor, dirige-se a Jesus e na presença do Salvador faz uma extraordinária confissão de fé, recolhida pela liturgia Eucarística: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Diz uma só palavra e o meu criado ficará curado» (Mt 8,8). Esta confissão fundamenta-se na esperança; brota da confiança posta em Jesus Cristo, e ao mesmo tempo, também do seu sentimento de indignidade pessoal que o ajuda a reconhecer a sua própria pobreza.


Só nos podemos [a] aproximar de Jesus Cristo com uma atitude humilde, como a do centurião. Assim poderemos viver a esperança do Advento: esperança de salvação e de vida, de reconciliação e de paz. Apenas pode esperar aquele que reconhece a sua pobreza e é capaz de perceber que o sentido da sua vida não está nele próprio mas em Deus, pondo-se nas mãos do Senhor. Aproximemo-nos com confiança de Cristo e, ao mesmo tempo, façamos nossa a oração do centurião.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Que pensamos que Jesus alabou na fé do centurião? A humildade. A humildade do centurião foi a porta por onde o Senhor entrou» (Santo Agostinho)


«O Senhor maravilhou-se deste centurião. Maravilhou-se da fé que ele tinha. Por isso não somente encontrou ao Senhor, se não que sentiu a alegria de ter sido encontrado pelo Senhor. É muito importante!» (Francisco)


Perante a grandeza deste sacramento [a eucaristia], o fiel só pode retomar humildemente e com ardente fé a palavra do centurião: « Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma [só] palavra e serei salvo» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1386)

Fonte https://evangeli.net/


A Palavra de Jesus é sempre eficaz

HOMILIA


Os santos são homens e mulheres que se deixaram conduzir pela Palavra e pelo Espírito de Deus e, por isso, alcançaram a santidade. Celebramos hoje a memória de São Francisco Xavier.


O Evangelho de hoje é o de Mt 8,5-11. Estamos diante da narrativa do milagre que também aparece nos Evangelhos de Lucas e de João com diferenças sensíveis entre si.


O milagre em favor de um pagão, excluído do povo de Deus, é prova de uma fé que não havia sido mostrada em Israel. Assim, Jesus o apresenta como um membro do novo povo de Deus que não mais será formado por aqueles que pertencem a uma raça (a de Abraão), mas por aqueles que têm fé como Abraão: “Em verdade vos digo: nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé”.


Por isso, cabe dizer que o conteúdo principal da mensagem de Jesus, neste Evangelho, é a grande manifestação de fé de um gentio e a cura à distância, sem o toque direto d’Ele. A fé do gentio contrasta com a incredulidade dos israelitas. Com esta cura à distância, fica destacada a eficácia da Palavra de Jesus.


Além deste episódio com o centurião, a cura à distância acontece apenas com outra pagã: a mulher cananeia. Assim, é fortalecida a fé dos discípulos nas comunidades, em todo o mundo, que darão continuidade ao ministério de Jesus, sem a sua presença sensível.


Com Jesus, todos os povos de todos os tempos têm seu lugar à mesa de Deus, em comunhão com sua vida divina e eterna. Trata-se, portanto, de uma refeição, um banquete aberto para todos os povos, nações, línguas, tribos e raças desde que tenham como elemento fundamental a fé na Palavra do Filho do Homem: “Senhor … dizei somente uma ‘Palavra’ o meu criado ficará curado”.


Foi a partir da fé deste centurião que, hoje – antes de comungarmos -, professamos a nossa fé no Corpo e no Sangue de Jesus presentes na hóstia e no vinho consagrados: “Senhor, eu não sou digno de entreis em minha morada, mas dizei somente uma palavra e serei salvo”.


É comungando o Corpo e o Sangue de Jesus que o homem e a mulher se tornam fortes e comprometidos com a missão de anunciá-Lo aos seus irmãos. E, dentre estes homens ilustres, a Santa Mãe Igreja nos faz, hoje, meditar nas qualidades de São Francisco Xavier. Homem de uma fé verdadeira e sincera, o maior missionário dos nossos tempos. Com a garra de um verdadeiro “facho ardente”, São Francisco Xavier levou o Evangelho de Cristo para junto das culturas orientais, adaptando-as ao seu modo de compreender a Palavra da Salvação.


Que São Francisco Xavier nos inspire o seu jeito certo de hoje evangelizar, tal como ele se inspirou em Cristo nosso Senhor.


Fonte Padre Bantu Mendonça

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Evangelho

Santo do dia

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quinta-feira, 24 de novembro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 24,37-44 - 27.11.2022

Liturgia Diária


27 – DOMINGO 

1º DO ADVENTO


(roxo, creio, prefácio do Advento I ou IA – 1ª semana do saltério)



Orientações e sugestão para o Advento: 1) Não se reza o glória (exceto quando previsto). 2) Durante este tempo, realiza-se a Campanha para a Evangelização (coleta no 3º domingo). 3) Escolher músicas e cantos apropriados para este tempo litúrgico. 4) Providenciar a coroa do Advento (em cada domingo, acender uma vela – verde, vermelha, rosa, branca – antes ou depois da acolhida do presidente, e se pode também cantar um refrão apropriado). 5) Começam as leituras do Ano A.


A vós, meu Deus, elevo a minha alma. Confio em vós, que eu não seja envergonhado! Não se riam de mim meus inimigos, pois não será desiludido quem em vós espera (Sl 24,1ss).


Atendendo ao convite do salmista, queremos celebrar o início do novo ano litúrgico na esperança da alegria e da paz. Advento é tempo de preparação para o Natal, no qual festejamos a encarnação daquele que nos traz a salvação. Deixemo-nos guiar pela luz do Senhor, para acolher os sinais do Reino de Deus, presente entre nós.


Evangelho: Mateus 24,37-44


Aleluia, aleluia, aleluia.


Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade / e a vossa salvação nos concedei! (Sl 84,8) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: 37“A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. 38Pois, nos dias antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. 39E eles nada perceberam, até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. 40Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. 41Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada. 42Portanto, ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor. 43Compreendei bem isto: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. 44Por isso, também vós ficai preparados! Porque, na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 24,37-44

«Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor»


Mons. José Ignacio ALEMANY Grau, Bispo Emérito de Chachapoyas

(Chachapoyas, Peru)

Hoje, «como no tempo de Noé», as pessoas comem e bebem, homens e mulheres casam-se, com a agravante de se “casarem” homem com homem e mulher com mulher (cf. Mt 24,37-38). Mas, como no tempo do patriarca Noé, também há santos no mesmo escritório e à mesma secretária que os outros. Um deles será levado e o outro deixado porque virá o Juiz Justo.


Devemos vigiar porque «só quem está acordado não será apanhado de surpresa» (Bento XVI). Devemos estar preparados com o amor aceso no coração, como a lamparina das virgens prudentes. Trata-se precisamente disto: chegará o momento em que se ouvirá: «Aí vem o noivo!» (Mt 25,6), Jesus Cristo!


A sua chegada é sempre motivo de alegria para quem leva a lamparina acesa no coração. A sua vinda é parecida com a de um pai de família que mora num país distante e escreve aos seus: - Quando menos esperarem, eu apareço por aí. A partir desse dia tudo é alegria naquele lar: Vem aí o Papá! Os nossos modelos, os Santos, viveram assim, “à espera do Senhor”.


O Advento é para aprender a esperar, com paz e com amor, o Senhor que vem. Nada do desespero ou impaciência que caracteriza o homem deste tempo. Santo Agostinho dá uma boa receita para esperar: «Como for a sua vida, assim será a sua morte». Se esperarmos com amor, Deus encherá o nosso coração e saciará a nossa esperança.


Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor (cf. Mt 24,42). Casa limpa, coração puro, pensamentos e afectos ao estilo de Jesus. Bento XVI explica: «Vigiar significa seguir o Senhor, escolher o que Cristo escolheu, amar o que Ele amou, ajustar a própria vida à sua». Então virá o Filho do homem... E o Pai acolher-nos-á em seus braços por nos parecermos com o seu Filho.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Como seja sua vida, assim será sua morte» (Santo Agostinho)


«” Vigiai!”. É uma exortação saudável a recordar-nos que a vida não tem só a dimensão terrena, mas está projetada para um “além”, como uma pequena planta que germina da terra e se abre para o céu» (Bento XVI)


«A Igreja, particularmente no Advento, na Quaresma e, especialmente, na noite de Páscoa, relê e revive todos esses grandes acontecimentos da história da salvação no “hoje” de sua liturgia» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1095)


Outros comentários

«Nos dias antes do dilúvio, todos comiam e bebiam (...)Vigiai, portanto, (...)também vós, ficai preparados!»


Rev. D. Antoni CAROL i Hostench

(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, neste Domingo, ao começar o tempo do Advento, inauguramos também um novo ano litúrgico. Podemos tomar esta circunstância como um convite a renovar-nos em algum aspecto de nossa vida (espiritual, familiar, etc.).


De fato, necessitamos viver a vida, dia a dia, mês a mês, com um ritmo e uma ilusão renovados. Assim, afastamos o perigo da rotina e do tédio. Este sentido de renovação permanente é a melhor maneira de ficar alerta[s]. Sim, devemos estar alerta[s]! É uma das mensagens que o Senhor nos transmite através das palavras do Evangelho de hoje.


Há que ficar alerta, em primeiro lugar, porque o sentido da vida terrena é o de uma preparação para a vida eterna. Este tempo de preparação é um dom e uma graça de Deus: Ele não quer impor-nos o seu amor nem o céu; quer-nos livres (que é o único modo de amar). Preparação que não sabemos quando acabará: «Anunciamos o advento de Cristo e, não somente um, senão também outro, o segundo (...), porque este mundo de agora acabará» (São Cirilo de Jerusalém). Há que se esforçar por manter a atitude de renovação e de ilusão.


Em segundo lugar, convém estar alerta porque a rotina e a acomodação são incompatíveis com o amor. No Evangelho de hoje, o Senhor lembra como nos tempos de Noé «comiam e bebiam» e «nada perceberam até que veio o dilúvio e arrastou todos» (Mt 24,38-39). Estavam “entretidos” e, — já o dissemos— que a nossa passagem pela terra há de ser um tempo de “namoro” para o amadurecimento de nossa liberdade: o dom que nos foi outorgado não para libertar-nos dos outros, mas para nos entregarmos aos outros.


«A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé» (Mt 24,37). A vinda de Deus é o grande acontecimento. Nos disponhamos a acolhê-lo com devoção: “Vinde Senhor Jesus!».


Sejamos vigilantes com a nossa vida e com nossas atitudes

HOMILIA


Sejamos vigilantes com a nossa vida, com os nossos atos e com as nossas atitudes. Se o Senhor viesse agora ou se tivéssemos que ir agora ao encontro d’Ele, nós estaríamos preparados?


“Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor” (Mateus 24, 42).


Nós vamos à etapa final do Evangelho de Mateus, no qual Jesus começa o Seu sermão escatológico, mostrando-nos as realidades finais da vida humana e da vida de cada um de nós [na Terra]. O primeiro elemento fundamental  – o mais importante para compreendermos o pensamento de Jesus em relação às coisas finais – se chama “vigilância”. Vigilância quer dizer justamente isto: estarmos em estado de alerta, estarmos realmente vigilantes ao cuidarmos da nossa vida e não vivermos uma vida dissoluta, de qualquer jeito, como se tivéssemos uma eternidade para viver aqui na Terra.


Viver em estado de vigilância, estando em estado de alerta,  é sabermos que, a qualquer hora, nós podemos ir ao encontro do Senhor ou Ele vir ao nosso encontro. De modo que, se o Senhor chegar de manhã, se Ele chegar à tarde, se Ele chegar à noite ou na madrugada, nós estejamos realmente com o coração preparado.


Se o Senhor viesse agora ou se tivéssemos que ir agora ao encontro de Deus, nós estaríamos preparados? A espiritualidade da vigilância nos chama à atenção para nos dizer que, no Reino de Deus, não dá para improvisar. Muitas vezes, nós estamos muito acostumados com o improviso: na última hora resolvemos e organizamos a nossa vida, nos confessamos, assim por diante. A cada dia de nossa vida a vigilância se faz necessária! A vigilância com a nossa vida, com os nossos atos e com as nossas atitudes. Nós temos que estar, a cada dia, certos de que o Senhor virá, de que a Sua vinda ao nosso encontro é tão certa como o sol que nasce a cada dia.


Nenhum de nós sabe o momento e a hora em que iremos partir desta vida. A única certeza que temos é a de que nós iremos! E saber o dia em que isso acontecerá não deve ser uma preocupação para nós. A nossa preocupação deve ser a de sabermos nos cuidar e nos preparar a cada dia, vivendo a vigilância e o cuidado constantes na certeza de que o Senhor vem e de que nós vamos ao Seu encontro.


Deus abençoe você!


Fonte Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

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quarta-feira, 23 de novembro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 21,34-36 - 26.11.2022

Liturgia Diária


26 – SÁBADO 

34ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia)



O Senhor fala de paz a seu povo e a seus amigos e a todos os que se voltam para ele (Sl 84,9).


Os cristãos, cujo caminhar não está livre de graves dificuldades, não ficarão decepcionados, “porque o Senhor Deus vai brilhar sobre eles”. Renovemos o sincero propósito de fidelidade ao Senhor.


Evangelho: Lucas 21,34-36


Aleluia, aleluia, aleluia.


Vigiai e orai para ficardes de pé ante o Filho do Homem! (Lc 21,36) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 34“Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida e esse dia não caia de repente sobre vós; 35pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra. 36Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 21,34-36

«Ficai atentos e orai a todo momento»


Rev. D. Antoni CAROL i Hostench

(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, último dia do Tempo Comum, Jesus adverte-nos com clareza meridiana sobre a sorte da nossa passagem por esta vida. Se nos empenhamos, obstinadamente, em viver absorvidos pelos afazeres imediatos da vida, chegará o último dia da nossa existência terrena tão de repente que a própria cegueira da nossa gula nos impedirá de reconhecer o mesmíssimo Deus que virá (porque aqui estamos de passagem, sabia?) para levar-nos à intimidade do Seu Amor infinito. Será qualquer coisa como o que ocorre com um menino malcriado: está tão entretido com os seus brinquedos, que no final esquece o carinho dos seus pais e a companhia dos seus amigos. Quando se dá conta, chora desconsolado pela sua inesperada solidão.


O antídoto que Jesus nos oferece é igualmente claro: «ficai atentos e orai a todo momento» (Lc 21, 36). Vigiar e orar … O mesmo aviso que deu aos seus Apóstolos na noite em que foi traído. A oração tem uma componente admirável de profecia, muitas vezes esquecida na pregação, ou seja de passar de mero “ver” a “observar” o quotidiano na sua mais profunda realidade. Como escreveu Evágrio Pôntico, «a vista é o melhor de todos os sentidos; a oração é a mais divina de todas as virtudes». Os clássicos da espiritualidade chamam-lhe “visão sobrenatural”, olhar com os olhos de Deus. Ou o que é o mesmo, conhecer a Verdade: de Deus, do mundo, de mim próprio. Os profetas foram, não só os que “pregaram o que haveria de vir”, mas também os que sabiam interpretar o presente na sua justa medida, alcance e densidade. Resultado: souberam reconduzir a história, com a ajuda de Deus.


Tantas vezes nos lamentamos da situação do mundo. – Onde iremos parar? Dizemos. Hoje, que é o último dia do Tempo Comum, é dia também de resoluções definitivas. Quem sabe, já está na hora de mais alguém estar disposto a levantar-se da sua embriaguez do presente e ponha mãos à obra de um futuro melhor. Quer ser você? Pois, ânimo! E que Deus o abençoe.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Devemos ter paciência e perseverança, queridos irmãos, para que, depois de ter sido admitidos na esperança da verdade e da liberdade, possamos chegar mesmos à verdade e à liberdade» (São Cipriano)


«No nosso coração aninha-se, a nostalgia da escravidão, porque aparentemente é mais reconfortante, mais do que a liberdade, que é muito mais arriscada. E nós gostamos de ser enjaulados por muitos fogos de artifício, aparentemente bonitos, mas, que na realidade duram apenas alguns momentos» (Francisco)


«(…) A Epístola aos Gálatas opõe as obras da carne aos frutos do Espírito: ‘As obras da natureza decaída ("carne") são claras: imoralidade, impureza, libertinagem, idolatria… excessos de bebida e de comida e coisas semelhantes a estas. Sobre elas vos previno, como já vos tinha prevenido: os que praticam acções como estas, não herdarão o Reino de Deus’ (5,19-21)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.852)

Fonte https://evangeli.net/


VIGIAI E ORAI Lc 21,34-36

HOMILIA


Esta exortação à vigilância encerra o discurso escatológico, iniciado com a fala de Jesus sobre a ruína do templo. Os discípulos, comprometidos com a libertação dos oprimidos e a restauração da dignidade humana, devem estar atentos para não se deixarem seduzir pelas propagandas e pelos projetos de sucesso oferecidos pelo sistema sob controle dos poderosos, que escravizam o povo.


Alguns dos seus discípulos estavam comentando como o templo era adornado com lindas pedras e dádivas dedicadas a Deus. Mas Jesus disse: Disso que vocês estão vendo, dias virão em que não ficará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas. Mestre, perguntaram eles, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal de que elas estão prestes a acontecer? Ele respondeu: Cuidado para não serem enganados. Pois muitos virão em meu nome, dizendo: Sou eu! E o tempo está próximo. Não os sigam. Quando ouvirem falar de guerras e rebeliões, não tenham medo. É necessário que primeiro aconteçam essas coisas, mas o fim não virá imediatamente. Então lhes disse: Nação se levantará contra nação, e reino contra reino. Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em vários lugares, e acontecimentos terríveis e grandes sinais provenientes do céu.


Temos como objetivo fazer uma coisa muito gloriosa, que é anunciar o Evangelho do Reino de Deus por todo mundo. Há uma convicção muito clara em nosso coração de que Deus se agrada disso e nos capacita como instrumento, como um canal para honrar, glorificar e exaltar cada vez mais o nome do SENHOR. E temos também a convicção de que o SENHOR tem permitido que este trabalho se realize para que almas perdidas venham a ser resgatadas e levadas ao caminho certo que são os passos do SENHOR JESUS CRISTO. Muitos estão perdidos, preocupados com as coisas desse mundo, estão cegos, não conhecem a Palavra, mas Deus nos chamou para sermos LUZ. Deixe Deus te usar, Ele anseia por isso! Que você seja canal de benção para as pessoas. Vigiai e orai em todo o tempo para que não caia nas ciladas do vosso adversário, ficai firme, fortaleça o vosso coração no Senhor, porque Dele procede todas as coisas. Ele te ama e quer te usar.


Vigiai. A atitude que Jesus espera de cada cristão com relação à sua vinda não é outra senão a vigilância. E as coisas que vos digo, digo-as a todos: Vigiai (Mc.13:37). Estar vigilante é estar atento, é estar prestando atenção a todos os acontecimentos, a tudo que ocorre à sua volta, buscando ver nisto os sinais da proximidade da vinda de Jesus.


Apesar da exortação do próprio Senhor ser no sentido de o crente ter de vigiar durante todo o tempo, tem sido uma constante, na história da Igreja, movimentos que têm posto em segundo plano, quando não em último plano, a promessa da vinda de Jesus. Seja por meio da retirada total do tema do discurso eclesiástico, seja através de decepções com as falsas profecias de designação de datas para o tão aguardado retorno, muitos crentes têm negligenciado e deixado de esperar Jesus. Uma vida cristã sem esta esperança é uma vida sem alento, sem perspectiva da eternidade, uma vida que passa a ser perigosamente envolvida com as coisas deste mundo e que tem grande probabilidade de ser sufocada por estas mesmas coisas, como ocorreu com a semente que brotou entre os espinhos (Mt.13:22).


Os sinais da vinda do Senhor estão se cumprindo. Tudo indica que o retorno de Jesus é iminente. Esforcemo-nos, portanto, para que sejamos vigilantes, tenhamos uma vida de oração, de santidade, cheia do Espírito Santo, com o verdadeiro e genuíno amor divino em nossos corações e com absoluta fidelidade e lealdade ao Senhor. Não nos deixemos perturbar pelas falsas profecias, pelos que, mesmo entre nós, comecem a esmorecer e a desacreditar da volta do Senhor, passando a buscar as coisas desta vida, mesmo em nome de sua religiosidade, mesmo em nome de Cristo. Nunca percamos de vista que a razão de ser da nossa fé é a vida eterna, é o convívio para sempre com Nosso Senhor nas mansões celestiais. Vigiemos e, juntamente com o Espírito Santo, que nosso profundo desejo da alma seja dizer: “Ora vem Senhor Jesus!”

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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