terça-feira, 30 de abril de 2019

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 3,7-15 - 01.05.2019

Liturgia Diária
 1 – QUARTA-FEIRA
2ª SEMANA DA PÁSCOA
(branco – ofício do dia)
Senhor, eu vos louvarei entre os povos, anunciarei vosso nome aos meus irmãos, aleluia! (Sl 17,50; 21,23)
Deus envia seu Filho ao mundo para comunicar seu imenso amor de Pai. Libertos pelo Senhor, somos impelidos a anunciar abertamente sua Palavra e levar a todos, com coragem e alegria, a Boa-Nova de Jesus.

Evangelho: João 3,7-15

Aleluia, aleluia, aleluia.
O Filho do homem há de ser levantado, / para que quem nele crer possua a vida eterna (Jo 3,14s). – R.
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 7“Vós deveis nascer do alto. 8O vento sopra onde quer, e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”. 9Nicodemos perguntou: “Como é que isso pode acontecer?” 10Respondeu-lhe Jesus: “Tu és mestre em Israel, mas não sabes estas coisas? 11Em verdade, em verdade te digo, nós falamos daquilo que sabemos e damos testemunho daquilo que temos visto, mas vós não aceitais o nosso testemunho. 12Se não acreditais quando vos falo das coisas da terra, como acreditareis se vos falar das coisas do céu? 13E ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna”. – Palavra da salvação.

Reflexão
Com o objetivo de dar um protetor aos trabalhadores e um sentido cristão ao trabalho, o papa Pio XII instituiu, em 1955, a memória litúrgica de São José Operário. Inseriu-a no contexto da festa dos trabalhadores, universalmente comemorada a 1º de maio. “Nesta memória de São José se reconhece a dignidade do trabalho humano, como dever e aperfeiçoamento do homem, exercício benéfico de seu domínio sobre o mundo criado, serviço à comunidade, prolongamento da obra do Criador e como contribuição ao plano da salvação” (Missal Romano). Sobre São José como modelo dos trabalhadores, o papa Francisco, na carta encíclica Laudato Si’, escreve: “Também ele nos pode ensinar a cuidar, pode motivar-nos a trabalhar com generosidade e ternura para proteger este mundo que Deus nos confiou” (n. 242).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

QUEM CRÊ NÃO É JULGADO Jo 3,16-21




Homilia
Ao contrário do que muitas vezes nós pensamos Jesus não veio ao mundo para condenar as nossas más ações, mas, justamente para nos ajudar a não mais cometê-las. A salvação de Jesus implica, porém, em que nós o acolhamos e não o rejeitemos. No Evangelho de hoje mais uma vez Jesus afirma categoricamente. Ele não nos vai condenar. Antes pelo contrário, somos nós que nos condenamos ao não acreditar nas Suas Palavras: “Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado.”
“Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois as suas obras eram más.” Quem rejeita a Luz vive nas trevas e é condenado pelas suas próprias obras. Quem não crê em Jesus e dele não se aproxima, rejeita a luz e tem medo de que a verdade seja revelada porque as suas ações são más.
Jesus é a luz enviada pelo Pai não para condenar, mas para nos salvar. Luz que iluminou e continua iluminando através dos missionários de hoje, as nossas mentes, conduzindo-nos a seguir o verdadeiro caminho da verdade e da vida em abundância.
Mas Essa luz é tão forte, penetrante e ofuscante que às vezes fugimos dela, para que ninguém veja a nossa sujeira, representada pela nossa inveja, o nosso egoísmo, a nossa ganância por mais riqueza do que na verdade necessitamos, etc. Então, ficar no escuro, no esconderijo, disfarçado, fugir da igreja, é a sugestão de satanás, para que não sejamos iluminados pela Luz.
É por isso que o mestre disse: “Porquanto todo aquele que faz o mal odeia a luz e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas.”
Jesus veio iluminar a nossa mente e o nosso caminho a ser seguido. Ele nos mostrou de várias maneiras que longe de Deus não há felicidade. Nos convidou a segui-lo, mostrou-nos que Ele era o Próprio Deus, para que acreditássemos Nele, e tivéssemos um dia a vida eterna. Porém, muitos recusaram assim como hoje continuam recusando o seu convite. É convite por que Ele respeita a nossa decisão, a nossa escolha, o nosso sim ou não. Mas também não nos esqueçamos de rezar pela conversão principalmente daqueles a que dirigimos a palavra de Deus. Peçamos a Jesus que nos perdoe, nos proteja, e ao Espírito Santo que nos ilumine para que possamos levar a Luz para tanto quanto pudermos.
No entanto, se confiamos em Jesus, as nossas boas ações serão evidenciadas porque são elas realizadas em Deus, pelo poder do Seu Espírito Santo. Com efeito, a fé em Jesus Cristo é o meio mais eficaz para que nos aproximemos da luz de Deus. A luz esclarece, a luz tira da ignorância, a luz dá o norte, dá a direção. Jesus é a Luz do mundo, quem nele crer não ficará nas trevas. Ele veio para tirar todos os homens das trevas. Praticar o mal é não crer em Jesus, não se aproximar da Sua Luz, não aderir ao Seu projeto de Salvação. A Palavra de Deus nos assegura tudo isso. Ainda há tempo para que o mundo seja salvo. Ajudemos, portanto, a iluminá-lo com a luz de Deus que recebemos no nosso Batismo.
Você crê em Jesus como Luz para a sua vida? Como é que nós podemos iluminar o mundo com a Luz de Cristo? Qual é a virtude em você que mais revela ao mundo a luz de Jesus? Você tem tido a coragem de ficar debaixo da Luz, embora que a sua verdade seja descoberta? – Qual seria o primeiro passo para você fazer isto?


























































































quinta-feira, 25 de abril de 2019

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 3,7-15 - 30.04.2019

Liturgia Diária

DIA 30 – TERÇA-FEIRA   
2ª SEMANA DA PÁSCOA

(branco – ofício do dia)

Alegremo-nos, exultemos e demos glória a Deus, porque o Senhor todo-poderoso tomou posse do seu reino, aleluia! (Ap 19,7.6)

Reunidos em torno da Palavra e da Eucaristia, somos convidados a ser um só coração e uma só alma, partilhando o que temos e somos. Esta liturgia nos ajude a viver como pessoas nascidas do Espírito.

Evangelho: João 3,7-15

Aleluia, aleluia, aleluia.

O Filho do homem há de ser levantado, / para que quem nele crer possua a vida eterna (Jo 3,14s). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, disse Jesus a Nicodemos: 7“Vós deveis nascer do alto. 8O vento sopra onde quer, e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”. 9Nicodemos perguntou: “Como é que isso pode acontecer?” 10Respondeu-lhe Jesus: “Tu és mestre em Israel, mas não sabes estas coisas? 11Em verdade, em verdade te digo, nós falamos daquilo que sabemos e damos testemunho daquilo que temos visto, mas vós não aceitais o nosso testemunho. 12Se não acreditais quando vos falo das coisas da terra, como acreditareis se vos falar das coisas do céu? 13E ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que desceu do céu, o Filho do homem. 14Do mesmo modo como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do homem seja levantado, 15para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 3,7-15
«É necessário para vós nascer do alto»

Rev. D. Xavier SOBREVÍA i Vidal
(Castelldefels, Espanha)

Hoje, Jesus nos expõe a dificuldade de prevenir e conhecer a ação do Espírito Santo: de fato, «sopra onde quer» (Jo 3,8). Isto relaciona-o com o testemunho que Ele mesmo está dando e com a necessidade de nascer do alto. «É necessário para vós nascer» (Jo 3,7), diz o Senhor com claridade, é necessária uma nova vida para poder entrar na vida eterna. Não é suficiente com um ir puxando para chegar ao Reino dos Céus, é necessária uma vida nova regenerada pela ação do Espírito de Deus. A nossa vida profissional, familiar, esportiva, cultural, lúdica e, sobretudo, de piedade tem que ser transformada pelo sentido cristão e pela ação de Deus. Tudo, transversalmente, tem que ser impregnado pelo seu Espírito. Nada, absolutamente, nada deveria ficar fora da renovação que Deus realiza em nós com o seu Espírito.

Uma transformação que tem Jesus Cristo como catalisador. Ele, que antes tinha que ser elevado na Cruz e que também tinha que ressuscitar, é quem pode fazer com que o Espírito de Deus nos seja enviado. Ele que tem vindo do alto. Ele que tem mostrado com muitos milagres o seu poder e a sua bondade. Ele que em tudo faz a vontade do Pai. Ele que tem sofrido até derramar a última gota de sangue por nós. Graças ao Espírito que nos enviará, nós «podemos subir ao Reino dos Céus, por Ele obtemos a adoção filial, por Ele se nos dá a confiança de nomear Deus com o nome de “Pai”, a participação da graça de Cristo e o direito a participar da gloria eterna» (São Basílio Magno).

Façamos que a ação do Espírito tenha acolhimento em nós, escutemo-lhe e, apliquemos as suas inspirações para que cada um seja –no seu lugar habitual- um bom exemplo elevado que irradie a Luz de Cristo.

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COMO NASCER DE NOVO? Jo 3,7b-15
HOMILIA

Mantendo-se distante, Nicodemos vinha acompanhando os milagres que Jesus operava, um após o outro. Aproveitando uma hora em que Jesus estava sozinho se aproxima para fazer pergunta. “Mestre, sabemos que ensinas da parte de Deus, pois ninguém pode realizar os sinais miraculosos que estás fazendo, se Deus não estiver com ele”, afirmou Nicodemos. Jesus, como era de costume, foi direto ao assunto. Ele sabia o que Nicodemos queria. “Ninguém pode ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”, disse Ele. Imediatamente, Nicodemos perguntou: “Como assim nascer de novo?”.

Esta é a mesma pergunta que a humanidade tem feito há séculos, quando refletem sobre o ensinamento de Jesus em João 3:3. O que significa nascer de novo? Partamos do principio: Deus criou o homem originalmente como uma trindade – espírito, mente e corpo. A mente é governada pelo espírito e, dessa forma, quando o espírito predomina, o homem vive em comunhão e intimidade com Deus.

Jesus disse que Deus é espírito e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade (João 4:24). Quando Ele primeiramente criou o homem (com espírito, mente e corpo), Deus o planejou para a comunhão. O homem conheceu a Deus e viveu em comunhão com Ele por causa da dimensão do espírito em seu ser. Entretanto, quando o espírito do homem está morto, ele é reduzido a viver no plano da existência animal. Seus pensamentos estão primariamente concentrados em suas necessidades e paixões.

Infelizmente, Adão escolheu viver segundo o desejo de sua carne e comeu do fruto proibido. E, ao fazê-lo, seu espírito morreu. Era preciso que Jesus, o Filho de Deus se tornasse homem para que o homem voltasse ao estado anterior. Por isso, Jesus disse a Nicodemos que ele tinha de nascer de novo (João 3:7).

Precisamos nascer espiritualmente, sem o nascimento espiritual, você é apenas dois terços de uma pessoa. O homem natural, de alguma maneira, tem a leve consciência de que há algo faltando em sua vida e tenta constantemente preencher este vazio. O problema é que ele geralmente busca preenche-lo por meio de uma experiência física ou emocional. Mas, no final das contas, mesmo que um homem possa se fartar de prazeres físicos ou experiências emocionais, ele ainda sentirá que alguma coisa está faltando. Pois nada pode preencher o lugar do Espírito, exceto ao nascer de novo.

O homem foi criado para adorar a Deus. Se você não adora o vivo e verdadeiro Deus, então você achará um substituto. Pode ser o seu carro, sua casa, ou seu barco – a lista pode estender-se para sempre. Porém, adoração é uma parte inata da existência humana.

Você pode pensar que tudo isso é simples demais. Você pode não entender como ter um nascimento espiritual apenas acreditando em Jesus Cristo. Pois bem, Deus o fez assim, de uma maneira simples, para que até mesmo uma criança pudesse nascer novamente.

Jesus continuou a explicar a Nicodemos que Deus amou tanto o mundo – um mundo que fora destruído pelo pecado e estava perecendo como resultado disso – para que todo o que Nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16).

Um homem nasce novamente ao crer na condição de amor que Deus proveu para o perdão de seus pecados; pecados que Jesus mesmo levou sobre si. Dessa forma, quando você recebe Jesus como o seu Salvador e crê que Ele morreu pelos seus pecados, há uma transformação maravilhosa e misteriosa que ocorre interiormente, enquanto o seu espírito nasce. E, de repente, você começa a viver uma vida mais que completa, com uma nova dimensão do Espírito, com a qual você nunca sonhou e nem pensou que existisse. É tão glorioso e maravilhoso e, ainda, está muito além de qualquer coisa que já experimentou. Você vai achar muito difícil descrever tal experiência. Paulo disse que as experiências espirituais que ele teve foram tão maravilhosas, que seria um crime tentar colocá-las em palavras (2 Coríntios 12:4). Não existe nenhuma linguagem que possa expressá-las.

Jesus disse: “Se você quiser ver o Reino dos Céus e entendê-lo, você tem que nascer de novo”. Para entrar no Reino de Deus, você deve nascer de novo. Apenas olhe para Jesus Cristo, que morreu por seus pecados sobre a cruz, e acredite Nele e no Seu amor por você, e aquela transformação vai acontecer. Mais uma vez, a pergunta: “Você já nasceu de novo do Espírito de Deus?”. Se não, o processo é bem simples.

Hoje, você tem duas escolhas; e tudo depende do seu relacionamento com Jesus Cristo. Você pode acreditar e olhar com fé para Ele, que morreu por você na cruz; ou pode seguir exatamente como você está. Para estar perdido, você não precisa fazer nada, apenas continue fazendo o que tem feito e você perecerá. Mas, se você olhar para a cruz e acreditar naquele que morreu por seus pecados, então, o dom da vida eterna com Deus será seu e você terá nascido de novo.

Fonte https://homilia.cancaonova.com


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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 3,1-8 - 29.04.2019

Liturgia Diária

DIA 29 – SEGUNDA-FEIRA   
SANTA CATARINA DE SENA

VIRGEM E DOUTORA DA IGREJA

(branco – ofício da memória)

Esta é uma virgem sábia, uma das jovens prudentes, que foi ao encontro de Cristo com sua lâmpada acesa, aleluia!

Catarina, copadroeira da Itália e da Europa, foi uma leiga da Ordem Terceira Dominicana que viveu no século 14. Mensageira da paz numa época de graves conflitos e mestra de vida espiritual, esmerou-se na caridade aos doentes e encarcerados e no amor e fidelidade à Igreja. Seu exemplo nos ajude, cada vez mais, a imitar os passos de Jesus.

Evangelho: João 3,1-8

Aleluia, aleluia, aleluia.

Se com Cristo ressurgistes, procurai o que é do alto, / onde Cristo está sentado à direita de Deus Pai (Cl 3,1). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – 1Havia um chefe judaico, membro do grupo dos fariseus, chamado Nicodemos, 2que foi ter com Jesus, de noite, e lhe disse: “Rabi, sabemos que vieste como mestre da parte de Deus. De fato, ninguém pode realizar os sinais que tu fazes, a não ser que Deus esteja com ele”. 3Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nasce do alto, não pode ver o reino de Deus”. 4Nicodemos disse: “Como é que alguém pode nascer se já é velho? Poderá entrar outra vez no ventre de sua mãe?” 5Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade te digo, se alguém não nasce da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. 6Quem nasce da carne é carne; quem nasce do Espírito é espírito. 7Não te admires por eu haver dito: ‘Vós deveis nascer do alto’. 8O vento sopra onde quer, e tu podes ouvir o seu ruído, mas não sabes de onde vem nem para onde vai. Assim acontece a todo aquele que nasceu do Espírito”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 3,1-8
«Se alguém não nascer do alto, não poderá ver o Reino de Deus!»

Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)

Hoje, um «magistrado judeu» (Jo 3,1) vai ao encontro de Jesus. O Evangelho diz que o faz de noite: o que diriam os seus colegas se soubessem deste fato? Nesta instrução de Jesus encontramos uma catequese batismal, que seguramente circulava na comunidade do Evangelista.

Há alguns dias atrás celebramos a Vigília Pascal. Uma parte integrante desta vigília era a celebração do Batismo, que é a Páscoa, a passagem da morte para a vida. A bênção solene da água e a renovação das promessas foram momentos chave naquela noite santa.

No ritual do batismo faz-se uma imersão na água (símbolo da morte) e uma saída da mesma água (imagem da nova vida). É se submergido juntamente com o pecado e emerge-se depois renovado. Isto é o que Jesus denomina como «nascer do alto» ou «nascer de novo» (cf. Jo 3,3). Isto é “nascer da água”, “nascer do Espírito” ou “do sopro do vento...”.

Água e Espírito são os símbolos usados por Jesus. Ambos exprimem a ação do Espírito Santo que purifica e dá vida, limpa e anima, sacia a sede e faz respirar, suaviza e fala. Água e Espírito realizam uma única operação.

Por outro lado, Jesus fala também da oposição entre carne e Espírito: «O que nasceu da carne é carne; o que nasceu do Espírito é espírito» (Jo 3,6). O homem carnal nasce humanamente quando se dá a sua concepção na Terra. Mas o homem espiritual morre para o que é puramente carnal e nasce espiritualmente através do Batismo, que é nascer de novo e do alto. Há uma bela frase de São Paulo que poderia ser o nosso tema de reflexão e ação, sobretudo neste tempo pascal: «Ou ignorais que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Pelo Batismo fomos, pois, sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova» (Rm 6,3-4).

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


É PRECISO NASCER DE NOVO Jo 3,1-8
HOMILIA

Neste texto do Evangelho de hoje, temos a conclusão do diálogo de Jesus com Nicodemos. O evangelista João recorre ao simbolismo da serpente de bronze (cf. Nm 21,9) – a qual, pela fé, libertava das mordidas mortais das serpentes do deserto para aplicá-lo à fé em Jesus, pelo qual se tem a vida eterna. Este diálogo com Nicodemos é um convite à conversão. Coloca em confronto as duas opções: aquele que crê e aquele que não crê, aquele que pratica o mal e ama as trevas e aquele que pratica a verdade e se aproxima da luz.

Jesus rejeitava, muitas vezes, aqueles que tentavam segui-lo. A um jovem rico que buscava o seu conselho, ele replicou com palavras tão fortes que o homem foi embora entristecido, não disposto a seguir Jesus a tão alto preço. A um importante líder religioso, Nicodemos, que tinha vindo louvando Jesus, o Senhor respondeu abruptamente: Você tem que nascer de novo, se quiser ao menos ver o reino de Deus! Jesus pintava francamente as dificuldades em segui-lO e rejeitava todos os que tentavam fazê-lo de forma inadequada. Jesus pregou sobre o tema: “Não pode ser meu discípulo”, discutindo abertamente a necessidade de calcular o custo antes de embarcar na vida de discípulo.

Não era porque Jesus não quisesse seguidores. Ele veio ao mundo para buscar e salvar os perdidos. Ele estava profundamente comovido pelas multidões perdidas e ansiava pela sua conversão. Mas Jesus sabia que não seria fácil para os homens segui-lO e que eles estariam inclinados a enganarem-se a si mesmos, pensando que eram discípulos, quando não eram. O Senhor nunca deixou de declarar francamente o que a conversão real exige.

A troca de palavras entre Jesus e Nicodemos, neste Evangelho de hoje, é fascinante. Nicodemos era um chefe religioso. Ele veio a Jesus, louvando seus ensinamentos e milagres. É difícil saber o que se passava na mente de Nicodemos, enquanto falava. Talvez estivesse esperando louvor, uma posição na administração de Jesus ou um voto de confiança pela obra que ele mesmo estava fazendo, como mestre em Israel. Mas a resposta surpreendente de Jesus foi: “Nicodemos, você precisa começar tudo de novo, se quiser entrar no reino de Deus.” Seja o que for que Nicodemos estivesse esperando, não era isto! A resposta de Jesus significava que toda a religião de Nicodemos, toda a sua atividade no ensino, toda a sua posição no judaísmo, eram sem valor, em relação ao domínio de Deus. Nós também precisamos ver que toda a nossa religião e nossa própria grandeza nada valem. As realizações do passado nada representam. Precisamos recomeçar tudo novamente para sermos capazes de entrar num relacionamento com Deus.

Mas para isso basta olhar para o que Jesus ensinou! Para Ele é loucura começar um projeto sem entender primeiro o que será exigido para terminá-lo. Ele ilustrou com a idéia de um homem que começou a construir uma torre, mas loucamente esqueceu de fazer um orçamento para determinar se teria fundos para completá-la, e assim teve que parar no meio do projeto. A verdadeira conversão necessita de um cuidadoso exame do estilo de vida que Deus espera do convertido.

O arrependimento, que é essencial à verdadeira conversão, envolve morte ao pecado. A Bíblia o compara à morte e ressurreição de Cristo. Tem que haver uma mudança de estilo de vida radical. A Bíblia usa termos como matar o velho homem e revestir-se com o novo, e descreve com minúcias as mudanças exatas que precisam ser feitas. Maus hábitos — embriaguez, imoralidade sexual, ira, ganância, orgulho, etc. — precisam ser eliminados da própria vida, ao passo que devem ser acrescentados o amor, a verdade, a pureza, o perdão e a humildade. Este é o resultado do arrependimento.

Muitas pessoas tentam ser convertidas e converter outras, sem arrependimento. Elas ensinam um cristianismo indolor, que não exige sacrifício. Elas salientam as emoções, a felicidade e as bênçãos, porém pensam pouco sobre as mudanças reais que a conversão exige na vida diária da pessoa. Entendamos isto claramente: Não há conversão sem transformação. Aquele que creu e foi batizado, aquele que até mesmo foi aceito numa igreja e participa fielmente das atividades religiosas, mas que não se arrependeu, não é salvo. O arrependimento é um compromisso sério, determinado, para mudar sua própria vida.

Para tomar parte realmente na Ceia do Senhor, a pessoa precisa de nascer de novo, no poder a água e do Espírito Santo. Ela precisa executar o ato certo, pelo motivo certo. A pessoa precisa ser um discípulo fiel.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 20,19-31 - 28.04.2019

Liturgia Diária

DIA 28 – DOMINGO   
2º DA PÁSCOA

(branco – 2ª semana do saltério)

Como crianças recém-nascidas, desejai o puro leite espiritual para crescerdes na salvação, aleluia! (1Pd 2,2)

Neste domingo da misericórdia divina, reunimo-nos para celebrar a Páscoa de Cristo, a qual se manifesta em todas as pessoas e comunidades que dão testemunho do agir misericordioso e solidário de Deus. Jesus, “o Primeiro e o Último”, passou da morte para a vida a fim de nunca mais se afastar de nós. Acolhamos o dom da paz e da reconciliação que ele nos oferece.

Evangelho: João 20,19-31

Aleluia, aleluia, aleluia.

Acreditaste, Tomé, porque me viste. / Felizes os que creram sem ter visto! (Jo 20,29) – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – 19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”. 24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!” Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. 26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” 30Jesus realizou muitos outros sinais, diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: João 20,19-31
«Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, serão perdoados»

Rev. D. Joan Ant. MATEO i García
(La Fuliola, Lleida, Espanha)

Hoje, segundo Domingo da Páscoa, completamos a oitava deste tempo litúrgico, uma das oitavas —juntamente com a do Natal— que a renovação litúrgica do Concílio Vaticano II manteve. Durante oito dias, contemplamos o mesmo mistério a aprofundamo-lo à luz do Espírito Santo.

Por desígnio do Papa João Paulo II, a este Domingo chama-se o Domingo da Divina Misericórdia. Trata-se de algo que vai muito mais além de uma devoção particular. Como explicou o Santo Padre na sua encíclica Dives in misericordia, a Divina Misericórdia é a manifestação amorosa de Deus em uma história ferida pelo pecado. A palavra “Misericórdia” tem a sua origem em duas palavras: “Miséria” e “Coração”. Deus coloca a nossa miserável situação devida ao pecado no Seu coração de Pai, que é fiel aos Seus desígnios. Jesus Cristo, morto e ressuscitado, é a suprema manifestação e atuação da Divina Misericórdia. «Tanto amou Deus o mundo, que lhe entregou o seu Filho Unigénito» (Jo 3,16) e entregou-O à morte para que fossemos salvos. «Para redimir o escravo sacrificou o Filho», temos proclamado no Pregão pascal da Vígilia. E, uma vez ressuscitado, constituiu-O em fonte de salvação para todos os que crêem nele. Pela fé e pela conversão, acolhemos o tesouro da Divina Misericórdia.

A Santa Madre Igreja, que quer que os seus filhos vivam da vida do Ressuscitado, manda que —pelo menos na Páscoa— se comungue na graça de Deus. A cinquentena pascal é o tempo oportuno para cumprir esta determinação. É um bom momento para confessar-se, acolhendo o poder de perdoar os pecados que o Senhor ressuscitado conferiu à sua Igreja, já que Ele disse aos Apóstolos: «Recebei o Espírito Santo. Áqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados» (Jo 20,22-23). Assim iremos ao encontro das fontes da Divina Misericórdia. E não hesitemos em levar os nossos amigos a estas fontes de vida: à Eucaristia e à Confissão. Jesus ressuscitado conta conosco.

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MEU SENHOR E MEU DEUS - Jo 20,19-31
HOMILIA

No texto anterior ao de hoje, a Maria Madalena trouxe a notícia da Ressurreição aos discípulos incrédulos. Agora é o próprio Jesus que aparece a eles. Não há reprovação nem queixa nas suas palavras, apesar da infidelidade de todos eles, mas somente a alegria e a paz que já tinha prometido no último discurso. Duas vezes Jesus proclama o seu desejo para a comunidade dos seus discípulos – “A paz esteja com vocês”.

O nosso termo “paz” procura traduzir – embora duma maneira inadequada – o termo hebraico “Shalom!”, que é muito mais do que “paz” conforme o nosso mundo a compreende. O “Shalom” é a paz que vem da presença de Deus, da justiça do Reino, e não das armas.

Jesus não promete a paz do comodismo, mas pelo contrário, envia os seus discípulos na missão árdua em favor do Reino, mas promete o Shalom, pois ele nunca abandonará quem procura viver na fidelidade ao projeto de Deus. Jesus soprou sobre os discípulos, como Deus fez sobre Adão quando infundiu nele o espírito de vida; Jesus os recria com o Espírito Santo.

Normalmente imaginamos o Espírito Santo descendo sobre os discípulos em Pentecostes, como Lucas descreve em Atos, mas aquilo era a descida oficial e pública do Espírito para dirigir a missão da Igreja no mundo. Para João, o dom do Espírito, que da sua natureza é invisível, flui da glorificação de Jesus, da sua volta ao Pai. O dom do Espírito neste texto tem a ver com o perdão dos pecados.

Mais uma vez, num domingo, Jesus aparece aos discípulos. Esta vez, Tomé está presente.

Em tomé quero ver você quando diante dos sofrimentos e tribulações da vida vacila. Quando divida do poder do Cristo Ressuscitado. Todavia, como fez e disse à Tomé também faz e diz para nós. Primeiro fortalece a nossa fé e depois nos torna felizes, por acreditarmos sem O termos visto: “ Felizes os que acreditam sem Me terem visto”.

Essa é muitas vezes a realidade da nossa fé – acreditar contra todas as aparências que o bem é mais forte do que o mal, a vida do que a morte, o Shalom do que a prepotência! Somente uma fé profunda e uma experiência da presença do Ressuscitado vai nos dar essa firmeza.

Tomé confessa Jesus nas palavras que o Salmista usa para Javé, Sl 35,23. No primeiro capítulo do Evangelho de João, os discípulos deram a Jesus uma série de títulos que indicaram um conhecimento crescente de quem ele era; aqui Tomé lhe dá o título final e definitivo – Jesus é Senhor e Deus!

Essa deve ser a minha e a sua atitude. Confessar plenamente que Jesus é o Senhor. Ele o Príncipe da Paz.

Fonte http://homilia.cancaonova.com


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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 16,9-15 - 27.04.2019

Liturgia Diária

DIA 27 – SÁBADO   
OITAVA DA PÁSCOA

(branco – ofício próprio)

O Senhor fez o seu povo sair com grande júbilo; com gritos de alegria, os seus eleitos, aleluia! (Sl 104,43)

O Senhor inspira, orienta e anima os que anunciam sua Palavra. É preciso obedecer a Deus antes que aos homens. Alegres, glorifiquemos a ele pelas maravilhas que opera na vida de seus fiéis.

Evangelho: Marcos 16,9-15

Aleluia, aleluia, aleluia.

Este é o dia que o Senhor fez para nós, / alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117,24) – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – 9Depois de ressuscitar, na madrugada do primeiro dia após o sábado, Jesus apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual havia expulsado sete demônios. 10Ela foi anunciar isso aos seguidores de Jesus, que estavam de luto e chorando. 11Quando ouviram que ele estava vivo e fora visto por ela, não quiseram acreditar. 12Em seguida, Jesus apareceu a dois deles, com outra aparência, enquanto estavam indo para o campo. 13Eles também voltaram e anunciaram isso aos outros. Também a estes não deram crédito. 14Por fim, Jesus apareceu aos onze discípulos enquanto estavam comendo, repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de coração, porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado. 15E disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o evangelho a toda criatura!” – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 16,9-15
«Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura!»

P. Jacques PHILIPPE
(Cordes sur Ciel, França)

Hoje, confiando em Jesus ressuscitado, temos de redescobrir o Evangelho como “boa nova”. O Evangelho não é uma lei que nos oprime. Alguma vez podemos cair na tentação de pensar que os que não são cristãos estão mais tranquilos do que nós e fazem o que querem, enquanto que nós temos de cumprir uma lista de mandamentos. É uma visão das coisas meramente superficial.

Pessoalmente, uma das minhas maiores preocupações é que o Evangelho se apresente sempre como uma boa nova, uma notícia feliz, que nos encha o coração de alegria e consolo.

Os ensinamentos de Jesus são sem dúvida exigentes, mas Teresa do Menino Jesus ajuda-nos a percebê-los realmente como uma boa nova, uma vez que para ela o Evangelho não é outra coisa senão a revelação da ternura de Deus, da misericórdia de Deus com cada um dos seus filhos, e aponta as leis da vida que levam à felicidade. O centro da vida cristã consiste em acolher com reconhecimento a ternura e a bondade de Deus - revelação do seu amor misericordioso - e deixar-se transformar por esse amor.

O itinerário espiritual seguido por Sta. Teresinha, o “pequeno caminho”, é um autêntico caminho de santidade, um caminho para todos, feito de tal maneira que ninguém pode desanimar, nem os mais humildes, nem os mais pobres, nem os mais pecadores. Teresa antecipa assim o Concílio Vaticano II que afirma com segurança que a santidade não é um caminho excepcional, mas um chamamento para todos os cristãos, do qual ninguém deve ser excluído. Até o mais vulnerável e miserável dos homens pode responder à chamada à santidade.

Esta santidade consiste num «caminho de confiança e amor». Assim, «o elevador que há-de elevar-me até ao céu são os teus braços, Jesus! (…). Tu, meu Deus, superaste a minha esperança, e eu quero cantar as tuas misericórdias» (Santa Teresa de Lisieux).

«Maria Madalena foi anunciar o fato aos seguidores de Jesus, não acreditaram»

P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP
(San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)

Hoje, o Evangelho nos oferece a oportunidade de meditar alguns aspectos que cada um de nós tem experiência: estamos certos de amar a Jesus, o consideramos o maior dos nossos amigos; não obstante, quem de nos poderia afirmar não tê-Lo traído nunca? Pensemos se, pelo menos alguma vez, não O vendemos mal, por algo ilusório de péssima envoltura. Em segundo lugar, ainda que estejamos freqüentemente tentados a nos valorizar demais como cristãos, porém, o testemunho da nossa própria consciência nos impõe calar-nos e humilhar-nos, imitando o publicano que não ousava nem mesmo levantar a cabeça, batendo-se no peito, enquanto repetia: «Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador» (Lc 18,13).

Dito tudo isto, não pode surpreender-nos a conduta dos discípulos. Conheceram pessoalmente Jesus, apreciaram-lhe suas dotes da mente, do coração, as qualidades incomparáveis de sua predicação. Contudo, quando Jesus já havia ressuscitado, uma das mulheres do grupo —Maria Madalena— «Foi ela noticiá-lo aos que estiveram com ele, os quais estavam aflitos e chorosos» (Mc 16,10) e, ao invés de interromperem as lágrimas e começarem dançar de alegria, não lhe crêem. É o sinal de que nosso centro de gravidade é a terra.

Os discípulos tinham ante eles próprios o anuncio inédito da Ressurreição, e, no entanto, preferem continuar afligindo-se deles mesmos. Pecamos, sim! Traímos-lhe, sim! Celebramos-lhe uma espécie de exéquias pagãs, sim! Depois de bater o peito, joguemo-nos aos seus pés, com a cabeça bem alta, olhando para cima, e... de frente! Em marcha seguindo Ele!, seguindo o seu ritmo. Disse sabiamente o escritor francês Gustave Flaubert: «Acho que se olhássemos sempre para o céu, acabaríamos adquirindo asas». O homem que estava imerso no pecado, na ignorância e na tibieza, desde hoje e para sempre saberá que, graças à Ressurreição de Cristo, «encontra-se como imerso na luz do meio dia».

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


IDE POR TODO O MUNDO E ANUNCIA O EVANGELHO Mc 16,9-15
HOMILIA

A Boa-Nova do amor de Deus e do dom da vida eterna, revelada por seu Filho, é para ser anunciada ao mundo inteiro.

O evangelho de Marcos terminava com as mulheres junto ao túmulo vazio e o anúncio da ressurreição pelos anjos. Jesus presente pede que os discípulos partam para a Galiléia. Hoje Jesus aparece aos onze discípulos e os envia em missão a fim de anunciarem o Seu Reino de amor e de paz, fazendo todos os homens e mulheres discípulos. Oito dias depois Ele aparece de novo. Quero de modo muito especial destacar o dia em que acontece a missão: Domingo bem cedo. É o primeiro dia da semana, e portanto, dia do trabalho. Mas que tipo de trabalho? É o dia que para nós Deus refez tudo de novo. Nova terra e novos céus iniciaram com a vitória do Mestre sobre a morte. Dia do poder salvador de Deus.

“Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura”. Esta é a missão a que todo cristão é chamado depois de experimentar na sua vida a força da ressurreição de Jesus. Quem não tem consciência disso ainda está nas trevas da incredulidade e presta culto antes a um ilustre defunto do que a Cristo, Senhor da vida.

Que o tempo pascal fortaleça a nossa fé não só na ressurreição de Cristo, mas também na presença dele na Igreja, no meio de nós. Peçamos a coragem de anunciar o seu Evangelho, o que consiste fundamentalmente em anunciar o seu mistério pascal.

À Madalena, a pecadora Jesus ressuscitado apareceu faz dela a primeira anunciadora da notícia da Ressurreição. Para os discípulos de Emaús aparece o Salvador e os liberta da dor. Aos onze discípulos aparece e lhes Censura a dureza de coração e a falta de Fé no que Moisés e os Profetas anunciaram e os envia em missão a pregar pelo mundo inteiro consequentemente quem acreditasse nas suas palavras e fosse batizado seria salvo. Hoje esta missão é minha é tua. Precisamos assumi-la com unhas e dentes para que a notícia da Ressurreição chegue aos confins da terra.

Fonte https://homilia.cancaonova.com


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