quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 2,1-12 - 02.01.2022

Liturgia Diária


2 – DOMINGO  

EPIFANIA DO SENHOR


(branco, glória, creio, prefácio da Epifania – ofício da solenidade)



Eis que veio o Senhor dos senhores; em suas mãos, o poder e a realeza (Ml 3,1; 1Cr 19,12).


Com os magos, guiados pela estrela, viemos adorar e acolher o Salvador da humanidade. Luz dos povos, Jesus se manifesta aos homens e mulheres, de todas as nações, que se abrem aos planos de Deus e se põem em busca de unidade, justiça e paz. Celebremos proclamando sua glória e oferecendo-lhe a alegria e o amor que trazemos no coração.


Evangelho: Mateus 2,1-12


Aleluia, aleluia, aleluia.


Vimos sua estrela no Oriente / e viemos adorar o Senhor (Mt 2,2). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 1Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, 2perguntando: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”. 3Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado, assim como toda a cidade de Jerusalém. 4Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. 5Eles responderam: “Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: 6‘E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo'”. 7Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. 8Depois os enviou a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”. 9Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino. 10Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande. 11Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra. 12Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho. -Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 2,1-12

«Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele e o adoraram»


Rev. D. Joaquim VILLANUEVA i Poll

(Barcelona, Espanha)

Hoje, o profeta Isaías anima-nos: «De pé! Deixa-te iluminar! Chegou a tua luz! A glória do SENHOR te ilumina» (Is 60,1). Essa luz que viu o profeta é a estrela que vêem os Magos em Oriente, junto com outros homens. Os Magos descobrem seu significado. Os demais a contemplam como algo que admiram mas, que não lhes afeta. E, assim, não reagem. Os Magos dão-se conta de que, com ela, Deus envia-lhes uma mensagem importante e que vale a pena deixar a comodidade do seguro e se arriscar a uma viagem incerta: a esperança de encontrar o Rei leva-os a seguir essa estrela, que haviam anunciado os profetas e esperado o povo de Israel durante séculos.


Chegam a Jerusalém, a capital dos judeus. Acham que ai saberão lhe dizer o lugar exato onde nasceu seu Rei. Efetivamente, lhe responderam: «Em Belém da Judéia, porque assim está escrito por meio do profeta» (Mt 2,5). A notícia da chegada dos Magos e sua pergunta propaga-se por toda Jerusalém em pouco tempo: Jerusalém era na época uma pequena cidade e, a presença dos Magos com seu séquito foi vista por todos os habitantes, pois «Ao saber disso, o rei Herodes sobressaltou-se e, com ele toda a cidade de Jerusalém» (Mt 2,3), diz o Evangelho.


Jesus Cristo cruza-se na vida de muitas pessoas, a quem não interessa. Um pequeno esforço teria mudado suas vidas, teriam encontrado o Rei do Gozo e da Paz. Isso requer a boa vontade de procurar, de nos movimentar, de perguntar sem nos desanimar, como os Magos, de sair de nossa poltronaria, de nossa rotina, de apreciar o imenso valor de encontrar a Cristo. Se não o encontramos, não encontramos nada na vida, pois só Ele é o Salvador: encontrar Jesus é encontrar o Caminho que nos leva a conhecer a Verdade que nos dá a Vida. E, sem Ele, nada de nada vale a pena.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Que todos os povos venham a se incorporar à família dos patriarcas (...). Que todas as nações, na pessoa dos três Magos, adorem ao Autor do universo» (São Leão Magno)


«O mistério do Natal se irradia sobre a terra, se espalhando em círculos concêntricos: a Sagrada Família de Nazaré, os pastores de Belém e, finalmente, os Magos, que constituem as primícias dos povos pagãos» (Bento XVI)


«A epifania é a manifestação de Jesus como Messias de Israel, Filho de Deus e Salvador do mundo. Juntamente com o batismo de Jesus no Jordão e com as bodas de Caná, ela celebra a adoração de Jesus pelos “magos” vindos do Oriente (Mt 2,1). Nesses “magos”, representantes das religiões pagãs de povos vizinhos, o Evangelho vê as primícias das nações que acolhem a Boa Nova da salvação pela Encarnação (...)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 528)

Fonte https://evangeli.net/


VIEMOS ADORÁ-LO Mt 2,1-12

HOMILIA


« Epifania » quer dizer « manifestação », « aparição ». A glória de Deus manifesta-se num menino que é o Verbo encarnado. É uma solenidade ! Entre os nossos irmãos do Oriente, essa festa é celebrada como o verdadeiro Natal. Na verdade, a figura dos Magos, no evangelho desta solenidade da Epifania, apesar de parecer de pouco significado, longe de ser uma mera presença sem qualquer importância, desempenha um papel importante na vida da Igreja, e na vida de cada um de nós.


Neste capítulo temos a história resumida da infância do Senhor Jesus. Era de se esperar que depois dos acontecimentos relatados por Lucas no cap. 2, sobre o nascimento do Senhor Jesus Cristo, toda a Judéia e Jerusalém correriam em busca do “recém nascido Rei dos Judeus”, mas pelo relato que temos aqui em Mateus, logo aqueles acontecimentos notáveis foram esquecidos. Como é comum ver pessoas que ouvem as boas novas de salvação e depois seguem suas vidas como se aquilo que ouviram não tem nenhuma importância, não influenciam em nada suas vidas.


Nos surpreendem alguns detalhes nestes versículos. “Uns magos vieram do oriente…” O oriente no Velho Testamento sempre fala do homem separado de Deus seguindo seu próprio caminho e se afastando cada vez mais do Senhor (Gn 3:24; 4:16; 11:2). Porém ao chegarmos no Novo Testamento encontramos homens vindo do oriente em busca do “Emanuel”, Deus conosco (Mt 1:23). Contudo esta busca não aconteceu pelo mero interesse humano, antes foi Deus quem os despertou usando uma linguagem que ele pudessem entender, uma estrela. Aos pastores de Belém Deus enviou um anjo, aos magos uma estrela … Deus tem Seus meios de despertar todos os homens em todos os lugares. Confiemos na Sua sabedoria e poder (“Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar”, At 2:39).


Outro detalhe importante de observarmos é que “tendo nascido Jesus em Belém … vieram do oriente a Jerusalém…” O propósito pelo qual eles vieram foi para adorá-Lo (v. 2), contudo foram onde Ele não estava, Jerusalém.


Jerusalém era o centro de adoração e, pensando assim, os magos concluíram que ali deveria nascer e viver o Rei dos Judeus … Que engano! Assim sempre são os pensamentos humanos, raciocinam com sua lógica sem conhecerem o verdadeiro caminho do Senhor. Foi assim desde Caim, que pensava ser aceito por Deus chegando a Ele pelos seus próprios meios. Tem sido assim durante toda a história da humanidade e até hoje. Os homens querem encontrar Deus nos seus próprios caminhos, pelas suas religiões que eles mesmo inventam. Bem disse o Senhor por intermédio de Isaías: “Porque os Meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os Meus caminhos, diz o Senhor. Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos” (Is 55:8-9).


Outro fato importante é que o centro religioso naqueles dias ainda era Jerusalém. Ali continuavam as cerimônias, as ofertas, as festas. Mas o Senhor não estava ali. Que lição há aqui para nós hoje! Quão facilmente uma igreja pode continuar com suas reuniões de oração, partir do pão e todo o formalismo, e, contudo o Senhor não está no meio. Não é exatamente este o mal da igreja de Laodicéia? Achavam que tinham tudo, mas eram miseráveis, e o pior: o Senhor estava fora, batendo à porta, esperando para alguém ouvir e abrir a porta (Ap 3:17-18, 20).


Voltando para Mateus cap. 2 notamos como este engano foi corrigido. As Escrituras foram abertas, e mostrado com certeza o rumo que esses adoradores deveriam seguir (vs. 4-5). Sempre será assim para os de coração sincero, uma vez que as Escrituras lhes são abertas e seus pensamentos e caminhos são apresentados como sendo contrários aos de Deus, logo abandonam seus próprios caminhos para seguirem o Caminho seguro apontado por Deus em Sua Palavra. Contudo nem todos estão dispostos a deixarem “Jerusalém” para adorar numa simples “casa”. Não vemos que os demais habitantes de Jerusalém se ajuntaram aos magos para irem com eles adorar. Eles foram perturbados, mas não atraídos ao Cristo, o Rei dos Judeus. Oh! Como a história se repete! Quantos estão satisfeitos em seu meio religioso idólatra, ou em meio a tantas cerimônias e atividades que não têm nenhuma base bíblica, e quando ouvem da simplicidade da “casa” — um grupo de cristãos que se reúnem atraídos ao nome do Senhor na simplicidade que a igreja se reunia no princípio — não tem desejo de sair de “Jerusalém” em busca de Cristo. Para os magos não importava o lugar, nem mesmo a aparência, mas a Pessoa. Eles não vieram à Jerusalém para adorar, como o eunuco em At 8:27, mas vieram para adorá-Lo, e se Ele não estivesse ali, então não podiam adorar.


Ainda há outro personagem para analisarmos, Herodes. Atrás de uma capa de piedade havia um único interesse … matar o Menino. Quantos usam a piedade com o único interesse de beneficiar-se a si mesmo. Estão na igreja porque querem tirar alguma vantagem. Bem nos avisa Paulo em I Tm 6:5 sobre “homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais.“


E, prostrando-se, O adoraram…


Finalmente encontramos no v. 11 uma cena cuja grandeza é impossível descrever em palavras. Estes homens sábios, certamente instruídos em toda a ciência, estão em uma casa bem simples. Ali há um Menino de menos de dois anos de idade, e estes homens ilustres se prostram diante daquele Menino para adorá-Lo.


Adoração vai além de qualquer compreensão humana! Nem os discípulos puderam entender quando aquela mulher derramou o precioso ungüento sobre a cabeça de Jesus (Mt 26:7-8). Puderam avaliar o preço do ungüento, puderam sentir o seu olor, mas não puderam compreender um coração que adora. Contudo o problema daqueles discípulos, pelo menos nesta ocasião, era que eles não estavam contemplando Aquele que estava diante deles como deveriam. O tamanho da nossa adoração é relativo ao valor que damos ao Alvo da nossa adoração. Como um Judas poderia entender aquela mulher se o “Mestre” só lhe valia 30 moedas de prata? Quanto valia Cristo para os outros discípulos? Quanto vale o Senhor Jesus Cristo para nós? Quanto estamos dispostos a deixar por Ele?


Para os magos não era meramente um Menino que eles estavam adorando, mas Deus mesmo. Atrás daquela aparência frágil de um Menino se podia ver o Rei dos Judeus. Suas ofertas falam muito da contemplação e entendimento que eles tiveram: ouro, falando da Sua realeza; incenso, do Seu sacerdócio, e mirra da Sua missão de Profeta. Além disso essas dádivas falam de outros aspectos da Sua maravilhosa Pessoa, vida e obra. O ouro é o material que simboliza a divindade (no Tabernáculo, o lugar onde a presença de Deus estava, tudo era revestido de ouro) — aquele Menino era Deus manifesto em carne. O incenso nos fala da Sua vida humana, mas perfeita, que viveu sempre de modo que agradou o Pai. E a mirra nos fala de Seus sofrimentos vicários, pelos quais Ele cumpriria aquela grande obra da nossa salvação.


Não é de se admirar que corações ocupados assim com o Senhor venham para adorá-Lo, e não ficam satisfeitos com qualquer outra coisa, nem mesmo com toda a pompa religiosa. Eles buscam a Pessoa. Eles buscam a Cristo! Que nosso anseio seja: “Onde está o Rei que acaba de nascer”? VIEMOS ADORÁ-LO.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 2,16-21 - 01.01.2022

Liturgia Diária


1 – SÁBADO  

SANTA MARIA, MÃE DE DEUS


(branco, glória, creio, prefácio de Maria I – ofício da solenidade)



Salve, ó Santa Mãe de Deus, vós destes à luz o Rei que governa o céu e a terra pelos séculos eternos (Sedúlio).


Cheios de esperança, iniciamos o novo ano civil em nome de Maria, Mãe de Deus e nossa, e com esta solenidade celebramos também o Dia Mundial da Paz. Aquela paz que ela encontrou meditando sobre os fatos da vida e abrindo-se ao abraço infinito do amor divino. Nossa Mãe nos acompanhe ao longo de todo o ano e nos ensine a construir a paz.


Evangelho: Lucas 2,16-21


Aleluia, aleluia, aleluia.


De muitos modos, Deus outrora nos falou pelos profetas; / nestes tempos derradeiros, nos falou pelo seu Filho (Hb 1,1s). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 16os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura. 17Tendo-o visto, contaram o que lhes fora dito sobre o menino. 18E todos os que ouviram os pastores ficaram maravilhados com aquilo que contavam. 19Quanto a Maria, guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração. 20Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus por tudo que tinham visto e ouvido, conforme lhes tinha sido dito. 21Quando se completaram os oito dias para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus, como fora chamado pelo anjo antes de ser concebido. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 2,16-21

«Foram, pois, às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura»


Rev. D. Manel VALLS i Serra

(Barcelona, Espanha)

Hoje, a Igreja contempla agradecida a maternidade da Mãe de Deus, modelo de sua própria maternidade para com todos nós. Lucas nos apresenta o “encontro” dos pastores “com o Menino”, o qual está acompanhado de Maria, sua Mãe, e de José. A discreta presença de José sugere a importante missão de ser custódio do grande mistério do Filho de Deus. Todos juntos, pastores, Maria e José, «Foram com grande pressa e acharam Maria e José, e o menino deitado na manjedoura» (Lc 2,16) é como uma imagem preciosa da Igreja em adoração.


“A Manjedoura”: Jesus já está na manjedoura, numa noite alusiva à Eucaristia. Foi Maria quem o colocou lá! Lucas fala de um “encontro”, de um encontro dos pastores com Jesus. Em efeito, sem a experiência de um “encontro” pessoal com o Senhor, a fé não acontece. Somente este “encontro”, o qual se entende um “ver com os próprios olhos”, e em certa maneira um “tocar”, faz com que os pastores sejam capazes de chegar a ser testemunhas da Boa Nova, verdadeiros evangelizadores que podem dar a conhecer o que lhes haviam dito sobre aquela Criança. «Vendo-o, contaram o que se lhes havia dito a respeito deste menino» (Lc 2,17).


Aqui vemos o primeiro fruto do “encontro” com Cristo: «Todos os que os ouviam admiravam-se das coisas que lhes contavam os pastores» (Lc 2,18). Devemos pedir a graça de saber suscitar este “maravilhamento”, esta admiração naqueles a quem anunciamos o Evangelho.


Ainda há um segundo fruto deste encontro: «Voltaram os pastores, glorificando e louvando a Deus por tudo o que tinham ouvido e visto, e que estava de acordo com o que lhes fora dito» (Lc 2,20). A adoração do Menino lhes enche o coração de entusiasmo por comunicar o que viram e ouviram, e a comunicação do que viram e ouviram os conduz até a pregaria de louvor e de ação de graças, à glorificação do Senhor.


Maria, mestra de contemplação —«Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração» (Lc 2,19)— nos dá Jesus, cujo nome significa “Deus salva”. Seu nome é também nossa Paz. Acolhamos coração este sagrado e doce Nome e tenhamo-lo frequentemente nos nossos lábios!


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Todo o povo da cidade de Éfeso ficou ansioso à espera da resolução [do Sínodo sobre a Maternidade de Maria]... Quando se soube que o autor das blasfêmias [Nestório] tinha sido deposto, todos em uma só voz começaram a glorificar a Deus» (São Cirilo de Alexandria)


«Jesus é o Filho de Deus e, ao mesmo tempo, é filho de uma mulher: Maria. Vem dela. É de Deus e de Maria. É por isso que a Mãe de Jesus pode e deve ser chamada de Mãe de Deus, “Theotókos” (Concílio de Éfeso, ano 431)» (Bento XVI)


«O Concílio de Éfeso proclamou, no ano 431, que Maria se tornou, com toda a verdade Mãe de Deus, por ter concebido humanamente o Filho de Deus em seu seio: “Mãe de Deus, não porque o Verbo de Deus dela tenha recebido a natureza divina, mas porque é Dela” (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 466)

Fonte https://evangeli.net/


MARIA, MÃE DE DEUS E NOSSA MÃE Lc 2, 16-21

HOMILIA


O ano litúrgico antecipa-se ao ano civil, iniciando-se com o tempo do Advento que prepara o Natal. Na oitava do Natal, em 1º de janeiro, a Igreja faz a comemoração de Maria, “Mãe de Deus”. Este título de Maria, atribuído pelo Concílio de Éfeso (431), realça a íntima união entre a divindade e a humanidade, revelada na encarnação de Jesus. A maternidade divina de Maria vem, de certo modo, preencher a carência do feminino na imagem tradicional de Deus, particularmente no Primeiro Testamento. Nas devoções a Maria, os fiéis buscam a face materna de Deus.


Nos evangelho Maria ocupa um papel mais discreto na Bíblia se comparado com a tradição católica. Os dados estritamente biográficos derivados dos Evangelhos dizem-nos que era uma jovem donzela virgem, quando concebeu Jesus, o Filho de Deus. Era uma mulher verdadeiramente devota e corajosa. O Evangelho de João menciona que antes de Jesus morrer, Maria foi confiada aos cuidados do apóstolo João e a Igreja Católica viu aí que nele estava representada toda a humanidade, filha da Nova Eva.


«A virgem engravidará e dará à luz um filho… Mas José não teve relações com ela enquanto ela não deu à luz um filho. E ele lhe pôs o nome de Jesus. » (Mateus 1,23-25), “Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus. … será chamado Filho do Altíssimo.” Maria pergunta ao anjo Gabriel: “Como acontecerá isso, se não conheço homem?” O anjo respondeu: «O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que nascer será chamado santo, Filho de Deus.» (Lucas 1,26-35).


As passagens onde Maria aparece no Novo Testamento são:


O aparecimento do arcanjo Gabriel, e anúncio de que seria ela a mãe do Filho de Deus, o prometido Messias. (Lucas 1,26-56 a Lucas 2:1-52; compare com Mateus 1:2).


A visitação à sua prima Santa Isabel e o Magnificat (Lc 1,39-56).


O nascimento do Filho de Deus em Belém, a adoração dos pastores e dos reis magos (Lc 2,1-20).


A Sua purificação e a apresentação do Menino Jesus no templo (Lc 2,22-38).


À procura do Menino-Deus no templo debatendo com os doutores da lei (Lc 2,41-50).


Meditando sobre todos estes fatos (Lc 2,51).


Nas bodas de Casamento em Caná, da Galiléia. (João 2:1-11)


À procura de Cristo enquanto este pregava e o elogio que Lhe faz (Lc 8,19-21) e (Mc 3, 33-35).


Ao pé da Cruz quando Jesus aponta a Maria como mãe do discípulo e a este como seu filho (Jô 19,26-27).


Depois da Ascensão de Cristo aos céus, Maria era uma das mulheres que estavam reunidas com restantes discípulos no derramamento do Espírito Santo no Pentecostes e fundação da Igreja Cristã. (Atos 1,14; Atos 21-4)


Lucas é o evangelista da misericórdia e dos pobres. Em sua narrativa, são os humildes pastores que, movidos pela esperança da libertação e do resgate de sua dignidade, vão ao encontro do recém-nascido. Maria acolhe o novo que se manifesta e, em oração, medita sobre seu significado. Em Jesus, que recebeu um nome comum em sua época, revela-se o projeto de Deus de nos conceder a salvação por meio da humildade e da comum condição da encarnação.


Convido-te a dar o primeiro passo no novo ano de mãos dadas com Santa Maria, a Mãe de Deus e nossa Mãe Ela nos dá segurança, porque traz em seus braços o Príncipe da Paz. Sem o acolhimento de nosso Salvador; o mundo celebra inutilmente o dia Mundial da Paz e da Fraternidade Universal. Os homens têm provado, ao longo dos séculos, que são impotentes para construir a verdadeira Paz por si própria. Continuam poderosos apenas para multiplicar a violência e provocar mortes. Por isso, hoje é um dia de súplica universal pela Paz e pela Fraternidade, que somente Jesus pode fazer-nos construir. E nós suplicamos confiantes, porque ora connosco e por nós a Mãe de Deus, Aquela que deu ao mundo a nossa Paz! Jesus Cristo o Príncipe da Paz! Maria Rainha da Paz, daí-nos a Paz!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 1,1-18 - 31.12.2021

Liturgia Diária


31 – SEXTA-FEIRA  

OITAVA DO NATAL


(branco, glória – ofício próprio)



Um menino nasceu para nós: um filho nos foi dado! O poder repousa nos seus ombros. Ele será chamado “Mensageiro do conselho de Deus” (Is 9,6).


Em virtude do batismo e da crisma, fomos consagrados pelo Santo Espírito. Deixemo-nos guiar pelo Espírito da verdade, que vive e age em nós por meio de Jesus Cristo, a Palavra viva de Deus.


Evangelho: João 1,1-18


Aleluia, aleluia, aleluia.


A Palavra se fez carne, entre nós ela habitou; / e todos os que a acolheram, de Deus filhos se tornaram (Jo 1,14.12). – R.


Início do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 1No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus; e a Palavra era Deus. 2No princípio estava ela com Deus. 3Tudo foi feito por ela, e sem ela nada se fez de tudo que foi feito. 4Nela estava a vida, e a vida era a luz dos homens. 5E a luz brilha nas trevas, e as trevas não conseguiram dominá-la. 6Surgiu um homem enviado por Deus; seu nome era João. 7Ele veio como testemunha, para dar testemunho da luz, para que todos chegassem à fé por meio dele. 8Ele não era a luz, mas veio para dar testemunho da luz: 9daquele que era a luz de verdade, que, vindo ao mundo, ilumina todo ser humano. 10A Palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela -, mas o mundo não quis conhecê-la. 11Veio para o que era seu, e os seus não a acolheram. 12Mas, a todos os que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus, isto é, aos que acreditam em seu nome, 13pois estes não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus mesmo. 14E a Palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigênito, cheio de graça e de verdade. 15Dele João dá testemunho, clamando: “Este é aquele de quem eu disse: ‘O que vem depois de mim passou à minha frente, porque ele existia antes de mim'”. 16De sua plenitude todos nós recebemos graça por graça. 17Pois por meio de Moisés foi dada a Lei, mas a graça e a verdade nos chegaram através de Jesus Cristo. 18A Deus ninguém jamais viu. Mas o Unigênito de Deus, que está na intimidade do Pai, ele no-lo deu a conhecer. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 1,1-18

«E a Palavra se fez carne»


Rev. D. David COMPTE i Verdaguer

(Manlleu, Barcelona, Espanha)

Hoje é o último dia do ano. Frequentemente, uma mistura de sentimentos —incluso contraditórios— sussurram nos nossos corações nesta data. É como se uma amostra dos diferentes momentos vividos, e dos que gostaríamos de ter vivido, se tornassem presentes na nossa memória. O Evangelho de hoje pode ajudar-nos a decantá-los para podermos começar o novo ano com um empurrão.


«A palavra era Deus (…). Tudo foi feito por meio dela» (Jo 1,1.3). No momento de fazer o balanço do ano, devemos ter presente que cada dia vivido é um dom recebido. Por isso, seja qual for o aproveitamento realizado, hoje devemos agradecer cada minuto do ano.


Mas o dom da vida não é completo. Estamos necessitados. Por isso o Evangelho de hoje aporta-nos uma palavra-chave: “acolher”. «E a Palavra se fez carne» (Jo 1,14). Acolher o próprio Deus! Deus, feito homem, fica ao nosso alcance. “Acolher” significa abrir-lhe as nossas portas, deixar que entre nas nossas vidas, nos nossos projetos, nos atos que enchem as nossas jornadas. Até que ponto acolhemos a Deus e lhe permitimos que entre em nós?


«Esta era a luz verdadeira, que vindo ao mundo a todos ilumina» (Jo 1,9). Acolher a Jesus quer dizer deixar-se guiar por Ele. Deixar que os seus critérios dêem luz tanto aos nossos pensamentos mais íntimos como á nossa atuação social e de trabalho. Que as nossas ações se relacionem com as suas!


«A vida era a luz» (Jo 1,4). Mas a fé é algo mais que uns critérios. É a nossa vida enxertada na Vida. Não é apenas esforço —que também—. É, sobretudo, dom e graça. Vida recebida no seio da Igreja, sobretudo mediante os sacramentos. Que lugar têm eles na minha vida cristã?


«A quantos, porém, a acolheram, deu-lhes poder de se tornarem filhos de Deus» (Jo 1,12). Todo um projeto apaixonante para o ano que vamos estrear!


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Em tudo devemos proceder não segundo o nosso arbítrio, nem segundo os nossos próprios sentimentos, mas segundo os caminhos que o próprio Senhor nos deu a conhecer nas santas Escrituras» (Santo Hipólito)


«Ao concluir este ano, ao dar graças e pedir perdão, faz-nos bem pedir a graça de caminhar corretamente na liberdade» (Francisco)


«Jesus revelou que Deus é «Pai» num sentido inédito: não o é somente enquanto Criador: é Pai eternamente em relação ao seu Filho único. É por isso que os Apóstolos confessam que Jesus é `o Verbo que, no principio, estava junto de Deus e que era Deus´ (Jn 1,1)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 240-241)

Fonte https://evangeli.net/


O PORTÃO DE ENTRADA PARA O CÉU É A PALAVRA Jo 1,1-18

HOMILIA


Estamos diante do portão de entrada, a primeira coisa que se vê ao abrir o Evangelho de João. O Prólogo é como uma fonte, da qual quanto mais se tira água, mais água aparece. Por isso que há muitos escritos sobre o Prólogo de João e nunca se esgota o assunto.


No princípio era a Palavra, luz para todo ser humano. “No princípio era a Palavra…” faz pensar na primeira frase da Bíblia que diz: “No princípio Deus criou o céu e a terra”. Deus criou por meio da sua Palavra. “Ele falou e as coisas começaram a existir”. Todas as criaturas são uma expressão da Palavra de Deus. O prólogo diz que a presença universal da Palavra de Deus é vida e luz para todo ser humano. Esta Palavra viva de Deus, presente em todas as coisas, brilha nas trevas. As trevas tentam apagá-la, mas não conseguem. A busca de Deus renasce constantemente no coração humano. Ninguém consegue abafá-la.


João Batista não era a luz. João Batista veio para ajudar o povo a descobrir e saborear esta presença luminosa e consoladora da Palavra de Deus na vida. O testemunho de João Batista foi tão importante que muita gente pensava que Ele fosse o Cristo (Messias) (At 19,3; Jo 1,20). Por isso o Prólogo continua: “João Batista veio apenas para dar testemunho da luz!” (Jo 12,7s).


Os seus não a receberam (Jo 1,9-11): Assim como a Palavra de Deus se manifesta na natureza, na criação, da mesma maneira ela se manifesta no “mundo”, isto é, na história da humanidade e, de modo particular, na história do povo de Deus. Mas o “mundo” não reconheceu nem recebeu a Palavra. Desde os tempos de Abraão e Moisés, ela “veio para o que era seu, mas os seus não a receberam”. Quando fala “mundo” João indica o sistema tanto do império como da religião da época, fechados sobre si e incapazes de reconhecer e receber a Boa Nova (Evangelho) da presença luminosa da Palavra de Deus.


Os que aceitam tornam-se filhos de Deus. As pessoas que se abriam, aceitando a Palavra, tornavam-se filhos de Deus. A pessoa se torna filho ou filha de Deus não por mérito próprio, nem por ser da raça de Israel, mas pelo simples fato de confiar e crer que Deus, na sua bondade, nos aceita e nos acolhe. A Palavra entra na pessoa fazendo-a sentir-se acolhida por Deus como filho(a). É o poder da graça de Deus.


A Palavra se fez carne. Deus não quer ficar longe de nós. Por isso a sua Palavra chegou mais perto ainda e se fez presente no meio de nós na pessoa de Jesus. Literalmente o texto diz: “A Palavra se fez carne e montou sua tenda no meio de nós!”. No tempo do Êxodo, lá no deserto, Deus vivia numa tenda, no meio do povo (Ex 25,8). Agora, a tenda onde Deus mora conosco é Jesus, “cheio de graça e de verdade”. Jesus veio revelar quem é este nosso Deus que está presente em tudo, desde o começo da criação.


Moisés deu a Lei, Jesus trouxe a Graça e a Verdade (Jo 1,15-17): Estes versículos resumem o testemunho de João Batista a respeito de Jesus: “Aquele que vinha antes de mim passou na minha frente porque existia antes de mim!” (Jo 1,15.30). Jesus nasceu depois de João, mas Ele já estava com Deus desde antes da Criação. Da plenitude dele todos nós recebemos, inclusive o próprio João Batista. Moisés, dando a Lei, nos manifestou a vontade de Deus. Jesus trouxe a Graça e a Verdade que nos ajudam a entender e a observar a Lei.


É como a chuva que lava. Este último versículo resume tudo. Ele evoca a profecia de Isaías segundo a qual a Palavra de Deus é como a chuva que vem do céu e para lá não volta sem ter realizado a sua missão aqui na terra (Is 55,10-11). Assim é a caminhada da Palavra de Deus. Ela veio de Deus e desceu entre nós na pessoa de Jesus. Através da obediência de Jesus ela realizou sua missão aqui na terra. Na hora de morrer, Jesus entregou o Espírito e voltou para o Pai. Cumpriu a missão que tinha recebido.


“O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos, o que tocamos com as nossas mãos, acerca do Verbo da Vida, é o que nós vos anunciamos. Porque a Vida manifestou-se e nós vimos e damos testemunho dela. Nós vos anunciamos a Vida eterna, que estava junto do Pai e nos foi manifestada. Nós vos anunciamos o que vimos e ouvimos, para que estejais também em união conosco. E a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho, Jesus Cristo. E vos escrevemos tudo isto, para que a vossa alegria seja completa” (1 Jo 1,1-4).


“No princípio era a Palavra” (Jo 1,1). “A Palavra do nosso Deus permanece eternamente” (Is 40,8). A Palavra de Deus abre a história com a criação do mundo e do homem: “Deus disse” (Gen 1,3.6ss.); proclama que o seu centro está na Encarnação do Filho, Jesus Cristo: “E o Verbo Se fez carne” (Jo 1,14), e fecha-a com a promessa certa do encontro com Ele numa vida sem fim: “Sim, Eu virei em breve” (Ap 22,20).


É a certeza suprema que o próprio Deus, no seu infinito amor, entende dar ao homem de todos os tempos, fazendo do seu povo a sua testemunha. É esse grande mistério da Palavra como supremo dom de Deus que o Sínodo entende adorar, agradecer, meditar, anunciar à Igreja e a todos os povos.


O homem contemporâneo mostra de tantas maneiras que tem uma grande necessidade de ouvir Deus e falar com Ele. Nota-se hoje, entre os cristãos, uma abertura apaixonada para a Palavra de Deus como fonte de vida e graça de encontro do homem com o Senhor.


Não surpreende, portanto, que a essa abertura do homem responda Deus invisível, que, “na abundância do seu amor, fala aos homens como a amigos e conversa com eles, para os convidar e os receber em comunhão com Ele”. Esta generosa revelação de Deus é um contínuo acontecimento de graça.


Senhor Jesus, que eu veja tua glória de Filho de Deus resplandecer em teus gestos misericordiosos em favor da humanidade.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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segunda-feira, 27 de dezembro de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 2,36-40 - 30.12.2021

Liturgia Diária


30 – QUINTA-FEIRA  

OITAVA DO NATAL


(branco, glória – ofício próprio)



Enquanto um profundo silêncio envolvia o universo e a noite ia no meio do seu curso, desceu do céu, ó Deus, do seu trono real, a vossa Palavra onipotente (Sb 18,14s).


Os cristãos vivem no mundo, mas sabem que o mundo é enganoso e passageiro. Por isso, cabe-lhes buscar e servir, de modo incessante, o amor de Deus: “Aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”.


Evangelho: Lucas 2,36-40


Aleluia, aleluia, aleluia.


Um dia sagrado brilhou para nós: / nações, vinde todas adorar o Senhor, / pois hoje desceu grande luz sobre a terra! – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 36havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha sido casada e vivera sete anos com o marido. 37Depois ficara viúva e agora já estava com oitenta e quatro anos. Não saía do templo, dia e noite servindo a Deus com jejuns e orações. 38Ana chegou nesse momento e pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém. 39Depois de cumprirem tudo, conforme a Lei do Senhor, voltaram à Galileia, para Nazaré, sua cidade. 40O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 2,36-40

«Se pôs a louvar Deus e a falar do menino a todos »


Rev. D. Joaquim FLURIACH i Domínguez

(St. Esteve de P., Barcelona, Espanha)

Hoje, José e Maria acabam de celebrar o rito da apresentação do primogênito, Jesus, no Templo de Jerusalém. Maria e José não se poupam para cumprir detalhadamente tudo o que a Lei prescreve, porque cumprir aquilo que Deus quer é sinal de fidelidade, de amor a Deus.


Desde que nasceu o seu filho —e filho de Deus —, José e Maria experimentam maravilha atrás de maravilha: os pastores, os magos do Oriente, anjos… Não somente acontecimentos exteriores extraordinários, mas também interiores, no coração das pessoas que têm algum contato com este Menino.


Hoje, aparece Ana, uma senhora de idade, viúva, que num determinado momento tomou a decisão de dedicar toda a sua vida ao Senhor, com jejuns e oração. Não nos equivocamos se dissermos que esta mulher era uma das “virgens prudentes” da parábola do Senhor (cf. Mt 25,1-13): zelando sempre fielmente por tudo o que lhe parece ser a vontade de Deus. E, é claro: quando chega o momento, o Senhor encontra-a preparada. Todo o tempo que dedicou ao Senhor é recompensado com juros por aquele Menino. — Perguntai-lhe, perguntai a Ana se valeu a pena tanta oração e tanto jejum, tanta generosidade!


Diz o texto que «louvava Deus e falava do Menino a todos os que esperavam a libertação de Jerusalém» (Lc 2,38). A alegria transforma-se em apostolado determinado: ela é o motivo e a raiz. O Senhor é imensamente generoso com os que são generosos com Ele.


Jesus, Deus Encarnado, vive a vida de Família em Nazaré, como todas as famílias: crescer, trabalhar, aprender, rezar, brincar… “Santa normalidade”, bendita rotina onde crescem e se fortalecem, quase sem dar por isso, as almas dos homens de Deus! Como são importantes as coisas pequenas de cada dia!


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Acorda: Deus se fez homem por ti. Acorda, tu que dormes, levanta-te de entre os mortos, e Cristo será a tua luz. Foi por ti precisamente, que Deus se fez homem» (Santo Agostinho)


«Ana é “profetisa”, mulher sabia e piadosa. Sua larga viuvez, dedicada ao culto no Templo e a sua participação na espera do resgate de Israel concluem no encontro com o Menino Jesus» (Bento XVI)


«Com Simeão e Ana, é toda a expectativa de Israel que vem ao encontro do seu Salvador (a tradição bizantina designa por encontro este acontecimento). Jesus é reconhecido como o Messias tão longamente esperado» (Catecismo da Igreja Católica, nº 529)

Fonte https://evangeli.net/


JESUS, MARIA E JOSÉ ABENÇOAI AS FAMÍLIAS Lc 2,36-40

HOMILIA


Da gruta de Belém, onde naquela Noite Santa nasceu o Salvador, o olhar volta-se hoje para a humilde casa de Nazaré, para contemplar a Santa Família de Jesus, Maria e José, cuja festa celebramos, no clima festivo e familiar do Natal.


O Redentor do mundo quis escolher a família como lugar do seu nascimento e do seu crescimento, santificando assim esta instituição fundamental de todas as sociedades. O tempo passado em Nazaré, o mais longo da sua existência, permanece envolto por uma grande discrição e dele poucas notícias nos são transmitidas pelos evangelistas. Se, porém, desejamos compreender mais profundamente a vida e a missão de Jesus, devemos aproximar-nos do mistério da Santa Família de Nazaré para ver e ouvir. A liturgia de hoje oferece-nos para isso uma oportunidade providencial.


A humilde casa de Nazaré é para todo o crente, e especialmente para as famílias cristãs, uma autêntica escola do Evangelho. Aqui admiramos a realização do projeto divino de fazer da família uma íntima comunidade de vida e de amor; aqui aprendemos que cada núcleo familiar cristão é chamado a ser pequena «igreja doméstica», onde devem resplandecer as virtudes evangélicas. Recolhimento e oração, compreensão mútua e respeito, disciplina pessoal e ascese comunitária, espírito de sacrifício, trabalho e solidariedade são traços típicos que fazem da família de Nazaré um modelo para todos os nossos lares.


Desejei realçar estes valores na Exortação apostólica «Familiaris consortio», de que celebramos, neste ano, o vigésimo aniversário. O futuro da humanidade passa pela família que, nos tempos de hoje, mais do que qualquer outra instituição, foi assinalada por profundas e rápidas transformações da cultura e da sociedade. A Igreja, porém, nunca deixou de fazer chegar «a sua voz e oferecer a sua ajuda a quem, conhecendo já o valor do matrimônio e da família, procura vivê-lo fielmente; a quem, incerto e ansioso, anda à procura da verdade e a quem é injustamente impedido de viver livremente o próprio projeto familiar» (Familiaris consortio, 1). Ela dá conta da sua responsabilidade e deseja continuar, ainda hoje, «a oferecer o seu serviço a cada homem interessado nos caminhos do matrimônio e da família»


Para realizar esta sua ingente missão, a Igreja conta de modo especial, com o testemunho e contribuição das famílias cristãs. Melhor ainda, «perante os perigos e dificuldades que a instituição familiar atravessa, ela convida a um suplemento de audácia espiritual e apostólica, na consciência de que as famílias são chamadas a ser ‘sinal de unidade para o mundo’, e a testemunhar ‘o Reino e a paz de Cristo, para os quais o mundo inteiro caminha’» (ibid. 48).


Os cristãos, recorda o Concílio Vaticano II, atentos aos sinais dos tempos, devem promover «ativamente o bem do matrimônio e da família, quer pelo testemunho da sua vida pessoal, quer pela ação harmônica com todos os homens de boa vontade» (Gaudium et spes, 52). É necessário proclamar com alegria e com coragem o Evangelho da família.


Jesus, Maria e José abençoem e protejam todas as famílias do mundo, para que nelas reinem a serenidade e a alegria, a justiça e a paz, que Cristo, ao nascer, trouxe como dom à humanidade.


Pai, dá-me a graça de ser piedoso e justo como as pessoas envolvidas no Mistério da Encarnação de teu Filho Jesus. Sejam elas para mim fonte de perene inspiração.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 2,22-35 - 29.12.2021

Liturgia Diária


29 – QUARTA-FEIRA  

OITAVA DO NATAL


(branco, glória – ofício próprio)



Deus amou tanto o mundo, que lhe deu o seu próprio Filho: quem nele crê não perece, mas possui a vida eterna (Jo 3,16).


A Escritura diz: “Quem ama seu irmão permanece na luz e não corre perigo de tropeçar”. Abertos à consolação que vem de Deus, disponhamo-nos a viver reconciliados com ele e com os irmãos e irmãs.


Evangelho: Lucas 2,22-35


Aleluia, aleluia, aleluia.


Sois a luz que brilhará para os gentios / e para a glória de Israel, o vosso povo (Lc 2,32). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 22Quando se completaram os dias para a purificação da mãe e do filho, conforme a Lei de Moisés, Maria e José levaram Jesus a Jerusalém a fim de apresentá-lo ao Senhor. 23Conforme está escrito na Lei do Senhor: “Todo primogênito do sexo masculino deve ser consagrado ao Senhor”. 24Foram também oferecer o sacrifício – um par de rolas ou dois pombinhos -, como está ordenado na Lei do Senhor. 25Em Jerusalém havia um homem chamado Simeão, o qual era justo e piedoso e esperava a consolação do povo de Israel. O Espírito Santo estava com ele 26e lhe havia anunciado que não morreria antes de ver o Messias que vem do Senhor. 27Movido pelo Espírito, Simeão veio ao templo. Quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprir o que a Lei ordenava, 28Simeão tomou o menino nos braços e bendisse a Deus: 29“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; 30porque meus olhos viram a tua salvação, 31que preparaste diante de todos os povos: 32luz para iluminar as nações e glória do teu povo Israel”. 33O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele. 34Simeão os abençoou e disse a Maria, a mãe de Jesus: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. 35Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 2,22-35

«Agora, Senhor, deixas (...) teu servo ir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação»


Chanoine Dr. Daniel MEYNEN

(Saint Aubain, Namur, Blgica)

Hoje, 29 de dezembro, celebramos o santo Rei Davi. Mas, é a toda a família de Davi que a Igreja quer honrar e especialmente ao mais ilustre de todos eles: a Jesus, o Filho de Deus, Filho de Davi! Hoje, nesse eterno “hoje” do Filho de Deus, a Antiga Aliança do tempo do Rei Davi realiza-se e cumpre-se em toda sua plenitude. Pois, como relata o Evangelho de hoje, o Menino Jesus é apresentado ao Templo por seus pais para cumprir com a Antiga Lei: «E quando se completaram os dias da purificação, segundo a lei de Moisés, levaram o menino a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor, conforme está escrito na Lei do Senhor: Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor (Lc 2,22-23).


Hoje, eclipsa-se a velha profecia para dar passo à nova: Aquele, a quem o Rei Davi tinha anunciado ao entonar seus salmos messiânicos, entrou por fim no Templo de Deus! Hoje é o grande dia em que aquele que São Lucas chama Simeão logo abandonará este mundo de obscuridade para entrar na visão da Luz eterna: «Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação, que preparaste diante de todos os povos: luz para iluminar as nações e glória de Israel, teu povo» (Lc 2,29-32).


Também nós, que somos o Santuário de Deus em que seu Espírito habita (cf. 1Cor 3,16), devemos ficar atentos para receber a Jesus no nosso interior. Se hoje temos a fortuna de comungar, peçamos a Maria, a Mãe de Deus que interceda por nós ante seu Filho: que morra o homem velho e que novo homem (cf) Col 3,10) nasça em todo nosso ser, a fim de converter-nos nos novos profetas, os que anunciem ao mundo inteiro a presença de Deus três vezes, Pai, Filho e Espírito Santo!


Como Simão, sejamos profetas pela morte do “homem velho”! Como disse o Papa João Paulo II «a plenitude do Espírito de Deus vem acompanhada (...) antes que nada pela disponibilidade interior que provém da fé. Disso, o ancião Simeão “homem justo e piedoso”, teve a intuição no momento da apresentação de Jesus no Templo».


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Terias morrido para sempre, se ele não tivesse nascido no tempo. Comemoremos com alegria o advento de nossa salvação e redenção» (Santo Agostinho)


«Simeão reconhece naquele Menino ao Salvador, mas intui –graças ao Espírito- que em torno a Ele girará o destino da humanidade... Tendo “tocado” a salvação, o entusiasmo de Simeão é tão grande, que para ele viver e morrer são o mesmo» (Bento XVI)


«A apresentação de Jesus no Templo o mostra como o Primogênito pertencente ao Senhor. Com Simeão e Ana (...) Jesus é reconhecido como o Messias tão esperado, “luz das nações” e glória de Israel”, mas é também “sinal de contradição”. A espada de dor predita a Maria anuncia esta outra oblação, perfeita e única, da cruz, que dará a salvação que Deus “preparou diante de todos os povos”» (Catecismo da Igreja Católica, n° 529)


Outros comentários

«Meus olhos viram a tua salvação»


Rev. D. Joaquim MONRÓS i Guitart

(Tarragona, Espanha)

Hoje, contemplamos a Apresentação do Menino Jesus no Templo, cumprindo a prescrição da Lei de Moisés: purificação da mãe e apresentação e resgate do primogénito.


São Josemaria descreve esta situação no quarto mistério gozoso do seu livro O Santo Rosário, convidando-nos a fazer parte da cena: «E desta vez, meu amigo, hás-de ser tu a levar a gaiola das rolas. – Estás a ver? Ela – a Imaculada! – submete-se à Lei como se estivesse imunda. Aprenderás com este exemplo, menino tonto, a cumprir a Santa Lei de Deus, apesar de todos os sacrifícios pessoais?


«Purificação! Tu e eu, sim, que realmente precisamos de purificação! – Expiação e, além da expiação, o Amor. – Um amor que seja cautério: que abrase a sujidade da nossa alma, que incendeie, com chamas divinas, a miséria do nosso coração».


Vale a pena aproveitar o exemplo de Maria para “limpar” a nossa alma neste tempo do Natal, fazendo uma confissão sacramental sincera, para poder receber o Senhor com as melhores disposições. Assim, José apresenta a oferenda de um par de rolas, mas oferece principalmente a sua capacidade de realizar, com o seu trabalho e com o seu amor castíssimo, o plano de Deus para a Sagrada Família, modelo de todas as famílias.


Simeão recebeu do Espírito Santo a revelação de que não morreria sem ver Cristo. Vai ao Templo e, ao receber o Messias nos seus braços, cheio de alegria, diz-lhe: «Agora, Senhor, segundo a tua promessa, deixas teu servo ir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação» (Lc 2,29-30). Neste Natal, contemplemos, com olhos de fé, Jesus que vem salvar-nos com o seu nascimento. Assim como Simeão entoou um cântico de ação de graças, alegremo-nos cantando diante do presépio, em família, e no nosso coração, pois sabemo-nos salvos pelo Menino Jesus.

Fonte https://evangeli.net/


JESUS É APRESENTADO NO TEMPLO Lc 2,22-35

HOMILIA


Esta cena evangélica nos apresenta a futura missão de Jesus. A cena da apresentação do menino Jesus no templo e o rito de purificação de Maria são ricos em detalhes que evidenciam a identidade do Salvador. Revestem-se de um conjunto de elementos proféticos, pelos quais a existência de Jesus se pautará.


Ele foi apresentado como pobre. Seus pais ofereceram um casal de rolinhas ou dois pombinhos, como era previsto para as famílias mais pobres. Aliás, toda a vida de Jesus transcorrerá na pobreza.


Com o rito de oferta, o Messias tornava-se uma pessoa consagrada ao Pai. Esta será uma marca característica de sua existência. Não se pertencerá a si mesmo; todo seu ser estará posto nas mãos do Pai, por cuja vontade se deixará guiar.


O velho Simeão definiu a missão do Messias Jesus: ser luz para iluminar as nações e manifestar a glória de Israel para todos os povos. Por meio de Jesus, a humanidade poderia caminhar segura, sem tropeçar no pecado e na injustiça, e, assim, chegar ao Pai. Por outro lado, o Messias Jesus estava destinado a ser sinal de contradição. Quem tivesse a coragem de acolhê-lo, seria libertado de seus pecados. Mas, para quem se recusasse aderir a Ele, seria motivo de queda. Portanto, Jesus seria escândalo para uns, e ressurreição para outros.


Os olhos de Simeão, homem justo e piedoso, viram a Salvação assim que pousaram em Jesus, porque o Espírito Santo estava com ele. Assim acontece com todos nós que voltamos o nosso olhar para Jesus e esperamos pelas promessas de Deus. É o Espírito Santo quem nos faz ter uma experiência da Salvação de Jesus e, quando isto acontece, nada mais será importante na nossa vida. Pode dizer que teve um encontro pessoal com Jesus o homem e a mulher que sentiram a força na hora do desamparo, que experimentaram a alegria no momento de tristeza, que mantêm acesa a chama da fé nas horas de maior desespero.


Simeão, homem velho, já quase no final da vida, poderia estar desiludido e desanimado, no entanto, ele frequentava o Templo todos os dias porque o Espírito Santo já lhe havia anunciado antes que ele não morreria sem ver o Messias. Por isso, ele continuou firme e cheio de esperança. O Espírito Santo também hoje nos assegura de que Jesus já veio mais uma vez no Natal e que se mantivermos os nossos olhos voltados para Ele, com certeza, nós poderemos ter novamente uma experiência de Salvação.


Sentir a presença de Jesus dentro do nosso coração é o maior bem e o melhor presente de Natal que nós já recebemos.


Você já teve essa experiência com Jesus? Como você tem olhado para Ele? Você consegue perceber os “pensamentos do seu coração”? Procure mergulhar em você mesmo e peça ao Espírito Santo que lhe revele o que o seu coração pensa.


Pai, que teu Filho Jesus seja para mim motivo de crescimento e de promoção, levando-me a conhecer-te sempre mais e a aderir ao teu Reino de amor.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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domingo, 26 de dezembro de 2021

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 2,13-18 - 28.12.2021

Liturgia Diária


28 – TERÇA-FEIRA  

SANTOS INOCENTES, MÁRTIRES


(vermelho, glória, pref. do Natal, – ofício da festa)



Os meninos inocentes foram mortos por causa do Cristo. Eles seguem o Cordeiro sem mancha e cantam: Glória a ti, Senhor!


Vítimas da crueldade de Herodes, muitas crianças foram arrancadas dos braços de suas mães e trucidadas. Ao fazer memória dos Santos Inocentes, a Igreja mostra que eles são a imagem do próprio Jesus, que se identificou com os mais pequeninos e entregou sua vida pela nossa salvação. Que esta festa desperte em nós profundo zelo pelos pequenos de nossa sociedade.


Evangelho: Mateus 2,13-18


Aleluia, aleluia, aleluia.


A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos; / vos louva o exército dos vossos santos mártires! – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – 13Depois que os magos partiram, o anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: “Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo”. 14José levantou-se de noite, pegou o menino e sua mãe e partiu para o Egito. 15Ali ficou até a morte de Herodes, para se cumprir o que o Senhor havia dito pelo profeta: “Do Egito chamei o meu filho”. 16Quando Herodes percebeu que os magos o haviam enganado, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos. 17Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias: 18“Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos e não quer ser consolada, porque eles não existem mais”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 2,13-18

«José levantou-se, de noite, com o menino e a mãe, e retirou-se para o Egito »


Rev. D. Joan Pere PULIDO i Gutiérrez

(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)

Hoje celebramos a festa dos Santos Inocentes, mártires. Introduzidos nas celebrações de Natal, não podemos ignorar a mensagem que a liturgia quer nos transmitir para definir, ainda mais, a Boa Nova do nascimento de Jesus, com dois acentos bem claros. Em primeiro lugar, a predisposição de São José no desígnio salvador de Deus, aceitando sua vontade. E, por sua vez, o mal, a injustiça que freqüentemente encontramos em nossa vida, concretizada na morte martirial das crianças Inocentes. Tudo isso pede-nos uma atitude e uma resposta pessoal e social.


São José nos oferece um testemunho bem claro de resposta decidida perante o chamado de Deus. Nele nos sentimos identificados quando devemos tomar decisões nos momentos difíceis de nossa vida e de nossa fé: «Levantou-se de noite, com o menino e a mãe, e retirou-se para Egito» (Mt 2,14).


Nossa fé em Deus implica a nossa vida. Faz que nos levantemos, quer dizer faz nos estar atentos às coisas que acontecem em nosso redor, porque —freqüentemente— é o lugar onde Deus fala. Faz nos tomar ao Menino com sua mãe, quer dizer, Deus faz se nos próximo, companheiro de caminho, reforçando a nossa fé, esperança e caridade. E faz nos sair de noite para Egito, isto é, convida-nos a não ter medo perante nossa própria vida, que com freqüência enche-se de noites difíceis de iluminar.


Estas crianças mártires, também hoje, têm nomes concretos em crianças, jovens, casais, pessoas idosas, imigrantes, doentes...que pedem a resposta de nossa caridade. Assim nos o diz João Paulo II: «Em efeito, são muitas, em nosso tempo, as necessidades que interpelam à sensibilidade cristã. É hora de uma nova imaginação da caridade, que se desdobre não só na eficácia da ajuda emprestada, mas também na capacidade de nos fazer próximos e solidários com o que sofre».


Que a nova luz, clara e forte de Deus feito Menino encha nossas vidas e consolide nossa fé, nossa esperança e nossa caridade.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«O que temes, Herodes, quando ouves que nasceu um Rei? (…). Você mata o corpo das crianças, porque o medo matou o seu coração» (São Quodvultdeus)


«O Filho de Deus - Verbo eterno - tornou-se filho para que Deus esteja ao nosso alcance. Ele nos ensina assim a amar os pequenos; amar os fracos; respeitar as crianças» (Bento XVI)


«A fuga para o Egipto e a matança dos inocentes manifestam a oposição das trevas à luz: 'Ele veio para a sua casa, e a sua gente não o recebeu» (Jn 1,11). Toda a vida de Cristo estará sob o signo da perseguição» (Catecismo da Igreja Católica, n. 530)

Fonte https://evangeli.net/


A FUGA PARA O EGITO Mt 2,13-18

HOMILIA


Esta narrativa de Mateus expressa um êxodo às avessas. O Egito não é mais o lugar da opressão, mas o lugar da proteção. O opressor não é mais o faraó, mas o rei idumeu-judeu que reina sobre a Judeia e toda a Palestina. Mateus nos mostra que um homem, acreditando nos sonhos, salvou Deus. Assim ele fala: Após o regresso dos magos, eis que o Anjo do Senhor apareceu em sonho a José e lhe disse: Levanta-te, toma o Menino e a Mãe e foge para o Egito. Fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o Menino para o matar. Foi um sonho. E para que soubéssemos disso, a única fonte foi o próprio José.


Acreditando no sonho, ele partiu para uma viagem de muitos quilômetros, no deserto do Sinai, tirando o Deus humanado das garras de um sanguinário. A empreitada da fuga foi dolorosa. A temperatura no deserto, à noite, chega a zero grau e durante o dia a cinquenta graus positivos. A Sagrada Família seguiu por um caminho que nem José conhecia, mas sabia que devia, por cautela, desviar dos caminhos por onde circulavam os judeus, egípcios e romanos. Havia ainda o risco de encontrar ladrões e feras do deserto, até chegarem às terras do Egito, onde se viram salvos.


Interessante: por volta do ano 1250 a.C., os judeus saíram do Egito perseguidos pelo Faraó, que queria eliminá-los. Agora, aquela estrutura do governo egípcio torna-se proteção ao Menino-Deus.


É impressionante como a salvação corre em fios tênues. Deus deixou que José guiasse Maria e Jesus pelo deserto, até o Egito. E lá permaneceram por mais de quatro anos, até a morte de Herodes, quando então puderam voltar.


Esse capítulo se apóia na credibilidade de sonhos. Quantas vezes temos sonhos, sinais e não acreditamos neles ou não lhes damos a devida atenção. A psicologia e a parapsicologia modernas nos ensinaram a desvanecer do nosso espírito esses avisos de Deus. A Bíblia está repleta dessas manifestações. Os sonhos bíblicos geralmente levaram à restauração de alguma coisa.


Esses sonhos tornaram-se, com o tempo, menos frequentes, porque o homem está cada vez mais materialista, com a “vida voltada unicamente para os gozos e bens materiais”, passando então a sonhar com o que professa: matéria, matéria, matéria… A espiritualidade cedeu lugar à materialidade. Já não acreditamos que Deus se comunica conosco também através de sonhos e sinais. Mas são modos sutis de nos falar. Isto ficou bem claro ao colocar nas mãos de José, através do sonho, o poder de salvar o Menino-Deus da fúria assassina de outro homem. Deus poderia ter-lhe enviado um anjo, como fez a Maria; mas não, José teve de acreditar através do sonho. E da mesma forma aconteceu aos três magos: cumpriram a vontade de Deus através do sinal (a estrela) e do sonho (sobre Herodes).


José salvou por duas vezes o Deus feito homem, por acreditar na comunicação de Deus através do sonho. Na primeira, da difamação humana, ao acreditar no sonho revelador da maternidade divina de Maria, que concebera por obra do Espírito Santo. Na segunda, salvou-o da fúria de Herodes. Isto sem falar de sua fixação em Nazaré, ao retornar do Egito para Israel, por receio de Arquelau, sucessor de Herodes, “tendo recebido um aviso em sonho”.


Depois Deus levou José, para que o Verbo encarnado executasse o plano de salvação que conhecemos. José deixa na terra Jesus e vai para o Céu. A espiritualidade deste Evangelho se resume em nos fazer acreditar nas revelações divinas, mesmo quando feitas através de sonhos e sinais.


Pai, apesar da minha fraqueza, sei que contas comigo para o serviço do teu Reino. Vem em meu auxílio, para que eu seja um instrumento útil em tuas mãos.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 20,2-8 - 27.12.2021

Liturgia Diária


27 – SEGUNDA-FEIRA  

SÃO JOÃO


APÓSTOLO E EVANGELISTA


(branco, glória, prefácio do Natal, – ofício da festa)



Foi João que na ceia repousou sobre o peito do Senhor; feliz o apóstolo a quem foram revelados os segredos do Reino e que espalhou, por toda a terra, as palavras da vida.


João, irmão de Tiago, pertencia ao grupo dos doze apóstolos. Com frequência era convidado para testemunhar episódios significativos da vida do Mestre: a transfiguração, a cura da filha de Jairo, a agonia no horto das Oliveiras. Único discípulo aos pés da cruz ao lado de Maria, foi um dos primeiros a reconhecer o Cristo ressuscitado. A ele é atribuída a redação do quarto Evangelho. Que seu exemplo nos estimule a permanecermos fiéis no seguimento de Cristo.


Evangelho: João 20,2-8


Aleluia, aleluia, aleluia.


A vós, ó Deus, louvamos, a vós, Senhor, cantamos; / vos louva o exército dos vossos santos mártires! – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – No primeiro dia da semana, 2Maria Madalena saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu e acreditou. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 20,2-8

«Viu e creu»


Rev. D. Manel VALLS i Serra

(Barcelona, Espanha)

Hoje, a liturgia celebra a solenidade de são João, apóstolo e evangelista. Ao dia seguinte de Natal, a Igreja celebra a festa do primeiro mártir da fé cristã: são Estevão. E ao dia seguinte, a festa de são João, aquele que melhor e mais profundamente penetra no mistério do Verbo encarnado, o primeiro "teólogo" e modelo de tudo verdadeiro “teólogo”. A passagem do seu Evangelho que hoje se propõe ajuda-nos a contemplar o Natal desde a perspectiva da Ressurreição do Senhor. Por isso, João, ao chegar até o túmulo vazio, «viu e creu» (Jo 20,8). Confiados na testemunha dos Apóstolos, nos vemos movidos em cada Natal a "ver" e "crer".


Cada um pode reviver esses "ver" e "crer" a propósito do nascimento de Jesus, o Verbo encarnado. João movido pela intuição do seu coração —e, deveríamos acrescentar pela "graça"— "vê mais além do que seus olhos naquele momento podem contemplar. Na realidade, se ele crê, vê sem "ter visto" ainda a Cristo, com o qual já tem implícita a louvação para aqueles que «não viram, e creram!» (Jo 20,29), com o qual acaba o capítulo do seu Evangelho.


Pedro e João "correm" juntos até o túmulo, mais o texto nos diz que João «o outro discípulo correu mais depressa, chegando primeiro ao túmulo» (Jo 20,4). Parece como se João desejasse mais estar ao lado de Aquele que amava —Cristo— do que estar fisicamente ao lado de Pedro, ante o qual, porém —com um gesto de esperá-lo e que seja ele quem entre primeiro ao túmulo— demonstra que é Pedro quem tem a primazia no Colégio Apostólico. Com tudo, o coração ardente, cheio de zelo, fervoroso de amor por João, é o que o leva a "correr" e "avançar", convidando-nos a viver igualmente a nossa fé com este desejo ardente de encontrar ao Ressuscitado.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«João, junto da manjedoura, diz-nos: vede o que se concede a quem se entrega a Deus de coração puro. Eles participarão da total e inesgotável plenitude da vida humano-divina de Cristo como recompensa real» (Santa Teresa Benedita da Cruz)


«Que melhor comentário sobre o `mandamento novo´, do que aquele de que nos fala São João? Peçamos ao Pai que o vivamos, mesmo que seja sempre de forma imperfeita, de modo tão intenso que contagie aqueles que encontramos no nosso caminho» (Benedito XVI)


«Retomando a expressão de São João («o Verbo fez-Se carne»: Jo 1, 14), a Igreja chama “Encarnação” ao facto de o Filho de Deus ter assumido uma natureza humana, para nela levar a efeito a nossa salvação (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº461)

Fonte https://evangeli.net/


NÃO ESTÁ AQUI, RESSUSCITOU! Jo 20,2-8

HOMILIA


São João Evangelista ou Apóstolo João, foi um dos doze apóstolos de Jesus e, além do Evangelho, também escreveu três epístolas (1, 2, e 3) e o Livro do Apocalipse.


João seria o mais novo dos 12 discípulos; tinha, provavelmente, cerca de vinte e quatro anos de existência, à altura do seu chamado por Jesus. Consta que seria solteiro e vivia com os seus pais em Betsaida. Era pescador de profissão – consertava as redes de pesca. Trabalhava junto com seu irmão Tiago e em provável sociedade com André e Pedro.


As heranças deixadas nos escritos de João demonstram uma personalidade extraordinária. De acordo com as descrições, ele seria imaginativo nas suas comparações, pensativo e introspectivo em suas dissertações e pouco falador como discípulo. É notório o seu amadurecimento na fé através da evolução da sua escrita.


Segundo os registros do “Novo Testamento”, João foi o apóstolo que seguiu com Jesus na noite em que Ele foi preso. O apóstolo foi corajoso ao ponto de acompanhar o seu Mestre até a morte na cruz.


Em seu Evangelho, encontramos seis cenas em que aparece um discípulo anônimo. Algumas vezes, ele é caracterizado como “o discípulo amado” ou como “o discípulo a quem Jesus amava”. Assim se dá no encontro com Jesus, junto a João Batista; na última ceia; na condução de Jesus preso ao pátio do sumo sacerdote; junto à cruz com Maria; nesta narrativa de hoje, do encontro do túmulo vazio e na pesca milagrosa com o ressuscitado no mar da Galiléia. A tradição identificou-o com João, irmão de Tiago, cujo nome não aparece neste Evangelho, e que seria o seu próprio autor. No encontro do túmulo vazio, enquanto Maria Madalena e Pedro ficam perplexos, este discípulo destaca-se por crer na presença viva de Jesus sem vê-lo. Sem necessidade de aparições do ressuscitado, o discípulo tem uma fé penetrante que reconhece a eternidade de Jesus em sua humanidade a partir da experiência que teve de seu convívio e de seu testemunho de amor.


A História conta que João esteve presente e ao alcance de Jesus até a última hora. A ele foi entregue a missão de tomar conta de Maria, a mãe de Jesus. Cristo, como filho único de Maria, tinha a responsabilidade de cuidar de sua mãe após a morte de seu pai José (quanto aos supostos “irmãos” de Jesus designados nos evangelhos, os linguistas e historiadores sérios atestam que, em aramaico, antigo idioma utilizado por Jesus, as palavras que designavam irmãos eram utilizadas indistintamente para primos e outros parentes). Jesus poderia, é claro, ter passado esta incumbência para algum de seus supostos irmãos se Ele realmente os tivesse, mas a entregou aos cuidados de seu melhor amigo, João (sendo tal argumento mais uma prova consistente de que Jesus não teve irmãos carnais).


Depois da morte e martírio de Tiago, João teria partido para a Ásia Menor, onde dirigiu a importante e influente comunidade cristã de Éfeso, fundada por Paulo anos antes. João esteve várias vezes na prisão, foi torturado e exilado na Ilha de Patmos, onde teria escrito o Apocalipse, por um período de cerca de quatro anos, até que o cruel imperador Domiciano foi assassinado e o manso imperador Nerva chegasse ao poder em Roma.


De todos os doze apóstolos, João Zebedeu finalmente tornou-se o mais destacado teólogo. Ele morreu de morte natural, em Éfeso, no ano 103 d.C., quando tinha 94 anos.


Que ele nos ajude a proclamar cada dia que o sepulcro de Cristo continua vazio. Porque Ele não está aqui, ressuscitou como havia dito.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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