domingo, 31 de maio de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 19,25-34 - 01.06.2020

Liturgia Diária

DIA 1 – SEGUNDA-FEIRA 
MARIA, MÃE DA IGREJA

(branco, pref. de Maria, modelo e Mãe da Igreja – ofício da memória)

Os discípulos unidos perseveravam em oração com Maria, a Mãe de Jesus (At 1,14).

Evangelho: João 19,25-34

Aleluia, aleluia, aleluia.

Sois feliz, Virgem Maria, / e mereceis todo louvor, / pois de vós se levantou / o Sol brilhante da justiça! – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 25perto da cruz de Jesus, estavam de pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Cléofas, e Maria Madalena. 26Jesus, ao ver sua mãe e, ao lado dela, o discípulo que ele amava, disse à mãe: “Mulher, este é o teu filho”. 27Depois disse ao discípulo: “Esta é a tua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a acolheu consigo. 28Depois disso, Jesus, sabendo que tudo estava consumado, e para que a Escritura se cumprisse até o fim, disse: “Tenho sede”. 29Havia ali uma jarra de vinagre. Amarraram numa vara uma esponja embebida de vinagre e levaram-na à boca de Jesus. 30Ele tomou o vinagre e disse: “Tudo está consumado”. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito. 31Era o dia da preparação para a Páscoa. Os judeus queriam evitar que os corpos ficassem na cruz durante o sábado, porque aquele sábado era dia de festa solene. Então pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas aos crucificados e os tirasse da cruz. 32Os soldados foram e quebraram as pernas de um e depois do outro que foram crucificados com Jesus. 33Ao se aproximarem de Jesus, e vendo que já estava morto, não lhe quebraram as pernas; 34mas um soldado abriu-lhe o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 19,25-34
«Eis a tua Mãe»

P. Alexis MANIRAGABA
(Ruhengeri, Ruanda)

Hoje, celebramos a memória de Maria, Mãe da Igreja. Contemplamos, neste sentido, a maternidade espiritual de Maria em relação à Igreja que é - em si mesma - Mãe do Povo de Deus, pois «ninguém pode ter Deus por Pai se não tiver a Igreja por Mãe (S. Cipriano). Maria é Mãe do Filho de Deus e, ao mesmo tempo, Mãe daqueles que amam o seu Filho e dos “bem-amados” de seu Filho, de acordo com «Mulher, eis o teu filho; discípulo: Eis a tua Mãe» (Jo 19,26-27), tal como Jesus disse. Entregando o seu corpo aos homens e devolvendo o seu espírito a seu Pai, Jesus Cristo até deu os seus amigos a sua Mãe.

E o maior amor é aquele com que Jesus ama a sua Igreja (cf. Ef 5,25), à qual pertencem os seus amigos. Portanto, os filhos adoptados por Deus não podem ter Jesus por irmão se não tiverem Maria como Mãe porque, enquanto Maria ama o seu Filho, ama a Igreja da qual Ela é membro eminente. O que não significa que Maria seja superior à Igreja, mas antes que Ela é «mãe dos membros de Cristo» (Sto. Agostinho).

O Concílio Vaticano II acrescenta que Maria é «verdadeiramente mãe dos membros de Cristo por ter cooperado com o seu amor para que nascessem na Igreja os fiéis, que são membros daquela Cabeça (Jesus)». Além disso, permanecendo no meio dos Apóstolos no Cenáculo (cf. Act 1,14), Maria - Mãe da Igreja - recorda a presença, o dom e a acção do Espírito Santo na Igreja missionária. Ao implorar o Espírito Santo no coração da Igreja, Maria reza com a Igreja e reza pela Igreja, porque «elevada à glória do céu, assiste com amor materno a Igreja, protegendo os seus passos» (Prefácio da Missa “Maria, Mãe da Igreja”).

Maria cuida dos seus filhos. Podemos, pois, confiar-lhe toda a vida da Igreja, como fez o Papa S. Paulo VI: «Oh, Virgem Maria, veneranda Mãe da Igreja, a Vós encomendamos toda a Igreja e o Concílio Ecuménico!».

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


TUDO ESTÁ CONSUMADO... Jo 19,25-27
HOMILIA

São João nos apresenta o texto da crucificação do Mestre. E nele duas figuras se destacam: Maria, a Mãe de Jesus e João, o discípulo amado. Como ontem, continuamos hoje refletindo sobre a realidade da Cruz. Antes de Jesus, a cruz era vista como um instrumento de castigo, de humilhação, de condenação dos criminosos. Porém, o fato de Jesus, o Filho de Deus ter sido crucificado deu à cruz um sentido novo: deixou de evocar a condenação e a morte, para significar exaltação da vida. E esta mudança radical da maneira de se ver a cruz foi por causa da vida de Jesus. Jesus, pela sua existência impecável só fazendo o bem e anunciando a Boa Notícia para a nossa salvação, aceitou a morte de cruz, e isto demonstrou a sua fidelidade ao plano do Pai em relação ao Filho, Cordeiro imolado pelos nossos pecados e para a nossa salvação. Nela ficou patente que Deus era o Senhor único e exclusivo da vida de Jesus, e que nenhum fariseu ou escriba foi suficientemente forte para desviá-lo do caminho traçado pelo Pai.

Jesus, apesar de ter pedido ao Pai no Horto das Oliveiras que o livrasse daquele cálice amargo, deixou, contudo, que se realizasse a vontade desse mesmo Pai. Por isso Jesus não vacilou e enfrentou o martírio de cruz com cabeça erguida, até o final em que disse: “Pai tudo está consumado, a Ti entrego o meu espírito”. Por outras palavras, diríamos que tinha chegado a hora d’Aquele que se fez contar entre os ladrões para salvar a todos. Ele não teve outra sina senão a Cruz. Assim Jesus Cristo, tido como um criminoso, carregou a sua cruz e tendo chegado ao cimo da montanha foi pregado nela.

Uma característica importante do seguidor de Jesus é a perseverança, ou seja, o compromisso de vida que se prolonga no tempo, vencendo as crises. Quando Jesus pede para: “permanecer em mim e eu nele” (Jo 6,56; 15,4) ou “permanecer no meu amor” (Jo 15,9) expressa uma sintonia profunda, uma comunhão de mente e de coração. Este é o sentido da imagem da videira e dos ramos (15,1-11). Como também: “Se vocês permanecerem na minha palavra, serão verdadeiramente meus discípulos. Vocês conhecerão a verdade, e a verdade fará de vocês pessoas livres” (cf. Jo 8,31s). Jesus promete: “Se vocês permanecerem em mim e as minhas palavras permanecerem em vocês, peçam o que quiserem, e o Pai lhes concederá” (Jo 15,7). Na primeira epístola de João também se diz desta atitude de vida: “Quem pretende permanecer nele, deve também andar no caminho que Jesus andou” (1 Jo 2,6).

Manter-se junto à cruz expressa a atitude de estar em sintonia com Jesus, exercitando a fé no momento de crise da morte e de sua passagem para o Pai. Maria, as mulheres e o discípulo amado são os que perseveram neste momento crucial. Permanecem com Jesus e em Jesus. É certo que este momento significou um grande sofrimento para Maria. Mas, parece que perseverar assume mais importância do que sofrer.

Qual é o sentido do encontro de Maria com o discípulo amado, ao pé da cruz? Não é resolver um problema de família, ou seja, quem iria tomar conta da mãe de Jesus depois da morte dele. Nesse momento tão importante da cruz, João quer nos dizer algo mais. Ele deixa impresso na memória de todos os cristãos que Maria não é somente a mãe, que concebeu, gestou, deu à luz, nutriu e educou Jesus. Novamente, ela é chamada de “mulher”, como em Caná (Jo 2,4 e 19,25). Seu lugar está além dos laços de sangue e das relações familiares. Por vontade de Jesus, Maria é adotada como mãe pela comunidade cristã de todos os tempos. O discípulo amado, que representa a comunidade, recebe-a como mãe. E Maria é investida nessa nova missão. Acolhe os membros da comunidade cristã como seus filhos.

Que Maria me acolha como filho bem amado do seu Filho afim de que, olhando para a glória que me está reservada no Céu, carregue a minha cruz todos os dias. E quando chegar a minha hora eu diga como Jesus: Pai tudo está consumado, a Ti entrego o meu espírito.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/




sábado, 30 de maio de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 20,19-23 - 31.05.2020

Liturgia Diária

DIA 31 – DOMINGO DE PENTECOSTES 
MISSA DO DIA

(vermelho, glória, sequência [na missa do dia], creio, prefácio próprio – ofício da solenidade)

O Espírito do Senhor encheu o universo; ele mantém unidas todas as coisas e conhece todas as línguas, aleluia! (Sb 1,7)

Celebremos com alegria a solenidade de Pentecostes. O Espírito do Senhor desceu sobre nós e nos congregou na mesma fé e numa só família. O universo todo se renova com a presença do Espírito criador e unificador, o qual nos leva a respeitar e valorizar toda a obra de Deus.

Evangelho: João 20,19-23

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vinde, Espírito divino, e enchei com vossos dons os corações dos fiéis; / e acendei neles o amor como um fogo abrasador! – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – 19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”. 20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 20,19-23
«Recebei o Espírito Santo»

Mons. Josep Àngel SAIZ i Meneses Bispo de Terrassa.
(Barcelona, Espanha)

Hoje, no dia de Pentecostés se realiza o cumprimento da promessa que Cristo fez aos Apóstolos. Na tarde do dia de Páscoa soprou sobre eles e lhes disse: «Recebei o Espírito Santo» (Jo 20,22). A vinda do Espírito Santo o dia de Pentecostés renova e leva à plenitude esse dom de um modo solene e com manifestações externas. Assim culmina o mistério pascal.

O Espírito que Jesus comunica cria no discípulo uma nova condição humana e produz unidade. Quando o orgulho do homem lhe leva a desafiar a Deus construindo a torre de Babel, Deus confunde as suas línguas e não podem se entender. Em Pentencostés acontece o contrário: por graça do Espírito Santo, os Apóstolos são entendidos por pessoas das mais diversas procedências e línguas.

O Espírito Santo é o Mestre interior que guia ao discípulo até a verdade, que lhe move a obrar o bem, que o consola na dor, que o transforma interiormente, dando-lhe uma força, uma capacidade nova.

O primeiro dia de Pentecostes da era cristã, os apóstolos estavam reunidos em companhia de Maria e, estavam em oração. O recolhimento, a atitude orante é imprescindível para receber o Espírito. «De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles» (At 2,2-3).

Todos ficaram cheios do Espírito Santo e, puseram-se a predicar valentemente. Aqueles homens atemorizados tinham sido transformados em valentes predicadores que não temiam o cárcere, nem a tortura, nem o martírio. Não é estranho; a força do Espírito estava neles.

O Espírito Santo, Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, é a alma da minha alma, a vida da minha vida, o ser de meu ser; é o meu santificador, o hóspede do meu interior mais profundo. Para chegar à maturação na vida de fé é preciso que a relação com Ele seja cada vez mais consciente, mais pessoal. Nesta celebração de Pentecostes abramos as portas de nosso interior de par em par.


MISSA DA VIGÍLIA (Jo 7,37-39) «Do seu interior correrão rios de água viva»

Rev. D. Joan MARTÍNEZ Porcel
(Barcelona, Espanha)

Hoje contemplamos Jesus no último dia da festa dos Tabernáculos, quando de pé gritou: «Se alguém tem sede, venha a mim, e beba quem crê em mim, conforme a Escritura: ‘Do seu interior correrão rios de água viva’» (Jo 7,37-38). Referia-se ao Espírito. A vinda do Espírito é um teofania na que o vento e o fogo nos lembram a transcendência de Deus. Depois de receber ao Espírito, os discípulos falam sem medo. Na Eucaristia da vigília vemos ao Espírito como usualmente referimo-nos ao papel do Espírito em relação individual, porém hoje a palavra de Deus remarca sua ação na comunidade cristã: «Ele disse isso falando do Espírito que haviam de receber os que acreditassem nele» (Jo 7,39). O Espírito constitui a unidade firme e sólida que transforma a comunidade em um corpo só, o corpo de Cristo. Também, ele mesmo é a origem da diversidade de dons e carismas que nos diferenciam a todos e a cada um de nós.

A unidade é signo claro da presença do Espírito nas nossas comunidades. O mais importante da Igreja é invisível e, é precisamente a presença do Espírito que a vivifica. Quando olhamos a Igreja unicamente com olhos humanos, sem fazê-la objeto de fé, erramos, porque deixamos de perceber nela a força do Espírito. Na normal tensão entre unidade e diversidade, entre igreja universal e local, entre comunhão sobrenatural e comunidade de irmãos, necessitamos saborear a presença do Reino de Deus na sua Igreja peregrina. Na oração coleta da celebração eucarística da vigília pedimos a Deus que «os povos divididos (...) se congreguem por meio do teu Espírito e, reunidos, confessem teu nome na diversidade de suas línguas».

Agora devemos pedir a Deus saber descobrir o Espírito como alma de nossa alma e alma da Igreja.

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SOMOS ENVIADOS PARA SER OUTROS “CRISTOS” Jo 20,19-23
HOMILIA

A Ressurreição do Senhor é o centro de tudo o que podemos celebrar. É o centro da nossa fé. O começo e o fim da nossa existência. Se falarmos do nascimento do Senhor, estaremos já nos preparando para este momento de Ressurreição. Se mencionarmos a sua morte, será para aderirmos à sua Ressurreição. Da Encarnação à Ressurreição, o Mistério é o mesmo. É preciso abertura de coração para acolher e viver este Mistério na fé.

O evangelista João inicia sua narrativa expondo a situação da comunidade. “Ao anoitecer, do primeiro dia da semana, estando trancadas as portas do lugar onde se encontravam os discípulos…”. Ele realça a situação de insegurança própria de quem perde as referências e que não sabe mais a quem recorrer. “Jesus aparece e se coloca no meio deles”. Os discípulos ficaram contentes por ver o Senhor, e recuperam a paz e a confiança. Eles redescobrem o Mestre como centro de referência: dEle recebem as coordenadas que os levam a superar o medo e a incerteza. Diante dos “sinais de suas mãos e do lado”, que evocam o amor total expresso na cruz, os discípulos sentem que nem o sofrimento, nem a morte, nem a violência do mundo poderão detê-los.

E Jesus prossegue: “Como o Pai me enviou, assim também envio vocês”. Vivificados pelo sopro do Espírito do Ressuscitado, os discípulos constituem a comunidade da nova Aliança e são enviados a testemunhar ao mundo, em gestos e palavras, a vida que o Pai deseja oferecer a toda a humanidade. Assim, quem aceitar a proposta do perdão dos pecados, será integrado na comunidade de Jesus que, animada pelo Espírito Santo, será mediadora da oferta do amor misericordioso do Pai.

A nova comunidade, por palavras e ações, tem a missão de criar as condições para que o Espírito seja acolhido pelos corações humanos. Assim, a comunidade gerada do sopro do Espírito do Ressuscitado se transformará numa comunidade reconciliadora e testemunha do amor gratuito e generoso do Pai.

É bom lembrar que na celebração do Pentecostes, cumpre-se a promessa de Jesus aos discípulos: “O Advogado, que eu mandarei para vocês de junto do Pai, é o Espírito da Verdade que procede do Pai. Quando ele vier dará testemunho de mim e vocês também darão testemunho de mim” (15, 26-27a). Reconhecer esta presença de Deus, que se fez um conosco, nos impulsiona a testemunhar e testemunhando anunciar que Ele esteve morto, mas agora vive. Que foi por nós, pregado numa Cruz, mas que para nossa salvação, ressuscita glorioso. Vem de Deus para nos trazer Deus. Volta para Deus para nos levar consigo até Deus.

“Se eu não for para junto do Pai, não poderei enviar-lhes o Dom do Pai”. Se eu não voltar para o meu Pai, não poderei levá-los para junto do meu Pai. É necessária esta passagem. Fez-se necessária a sua morte. Foi uma realidade este evento, é necessária total acolhida da nossa parte para recebermos o Dom do Pai. O Espírito Santo nos é oferecido para que vivamos no hoje da nossa história a alegria plena, pela certeza de que já fomos salvos pelo Cristo de Deus.

Para nós cristãos, Pentecostes é a plenitude da Páscoa e o dia do nascimento da Igreja com a missão de dar continuidade à obra do Ressuscitado no curso dos séculos, em meio à diversidade dos povos, animada pelo dom do Espírito enviado sobre as comunidades dos discípulos pelo Pai e pelo Filho glorificado.

À luz de Pentecostes, o anúncio do Evangelho consistirá sempre numa proposta de vida, vivida na reciprocidade, na escuta e na busca sincera da verdade, que abre horizontes ao diálogo, respeitoso e amigo, com cada pessoa e cada povo: com a presença do Espírito Santo, o mundo inteiro é renovado!

Quanto mistério nos envolve, quanta presença de Deus nos foi manifestada durante estes dias jubilosos! É da Cruz que nasce a Igreja. Do lado aberto do Senhor somos todos purificados, mas é do Espírito que o Pai nos envia, que temos força, coragem e entusiasmo para testemunhar este grandioso mistério. É Pentecostes o novo marco da nossa história pessoal e eclesial. É pelo Espírito Santo que nascemos para Deus. Através do Espírito de Cristo, somos configurados a Ele e nos empenhamos no caminho da virtude. É o Espírito Santo que como Dom do Pai, transforma nossa tristeza em perfeita alegria, que nos oferece a vitória através da Cruz. “Se com Ele morremos, com Ele ressuscitaremos”.

Somos hoje Maria, que acolhe o anúncio e imediatamente se coloca a serviço de quem necessita do nosso auxílio. Somos Maria Madalena, que tem o coração transformado pelo amor do seu Senhor, para no amor Dele transformar em alegria a tristeza de nossos irmãos. Somos Isabel, geradora de vida mesmo na velhice, quando nosso coração se abre para acolher a novidade da salvação que nos é oferecia. Somos ainda Zacarias, mergulhado num profundo e misterioso silêncio para compreender a realidade visível de um Deus invisível. Somos por fim, Igreja viva, sustentada e orientada pela ação do Espírito de Deus. O Dom de Deus que vai nos transformar e nos fará testemunhar que Cristo vive entre nós, é a alegria de pertencermos do Corpo Místico de Cristo, que vive e reina para sempre, aquecendo o nosso coração a caminho do novo Emaús, que nos leva a partilhar o pão do céu.

Pela alegria de servir, pelo júbilo de um encontro com o Senhor, pela certeza de sua presença transformadora e pelo mergulho da fé no Mistério de Deus, vamos anunciar pela nossa vida, que Cristo ressuscitou e vive entre nós. Que somos outros “Cristos” testemunhando a graça, o amor e o Dom de Deus no mistério de Pentecostes.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/




sexta-feira, 29 de maio de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 21,20-25 - 30.05.2020

Liturgia Diária

DIA 30 – SÁBADO 
7ª SEMANA DA PÁSCOA

(branco, pref. da Ascensão – ofício do dia)

Os discípulos unidos perseveravam em oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus, e os irmãos dele, aleluia! (At 1,14)

Quem se deixou arrebatar por Jesus entrega-se totalmente ao serviço do evangelho. À semelhança de Paulo, deixemo-nos cativar por Cristo, a fim de testemunhá-lo, por toda parte, com toda franqueza.

Evangelho: João 21,20-25

Aleluia, aleluia, aleluia.

Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; / ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 20Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te vai entregar?” 21Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: “Senhor, o que vai ser deste?” 22Jesus respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, o que te importa isso? Tu, segue-me!” 23Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?” 24Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 21,20-25
«As pôs por escrito. Nós sabemos que seu testemunho é verdadeiro»

Rev. D. Fidel CATALÁN i Catalán
(Terrassa, Barcelona, Espanha)

Hoje lemos o fim do Evangelho de São João. Trata-se propriamente do final do apêndice que a comunidade joânica adicionou ao texto original. Neste caso é um fragmento intencionalmente significativo. O Senhor Ressuscitado se aparece aos seus discípulos e os renova em seu prosseguir, particularmente a Pedro. Após este ato situa-se o texto que hoje proclamamos na liturgia.

A figura do discípulo amado é central nesse fragmento e até mesmo em todo o Evangelho de São João. Pode referir-se a uma pessoa concreta –o discípulo João- ou também pode ser a figura, atrás da qual, pode situar-se todo discípulo amado pelo Mestre. Seja qual for seu significado, o texto ajuda a dar um elemento de continuidade à experiência dos Apóstolos. O Senhor Ressuscitado assegura a sua presença naqueles que queiram serem seguidores.

«Se eu quero que ele permaneça até que eu venha» (Jo 21,22) pode indicar mais esta continuidade que um elemento cronológico no espaço e no tempo. O discípulo amado se converte em testemunha de tudo isso, na medida em que é consciente de que o Senhor permanece com ele em toda ocasião. Esta é a razão pela qual pode escrever e sua palavra é verdadeira, porque glosa com a sua pena a experiência continua daqueles que vivem sua missão no meio do mundo, experimentando a presença de Jesus Cristo. Cada um de nós pode ser o discípulo amado, na medida em que deixemo-nos guiar pelo Espírito Santo, que nos ajuda a descobrir esta presença.

Este texto nos prepara para celebrar amanhã, domingo, a Solenidade de Pentecostes, o Dom do Espírito: «E o Paracleto veio do céu: o custódio e santificador da Igreja, o administrador das almas, o piloto dos náufragos, o faro dos errantes, o árbitro dos que lutam e quem coroa aos vencedores» (São Cirilo de Jerusalem).

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O DISCÍPULO AMADO Jo 21,20-25
HOMILIA

Neste texto que é o final do Evangelho de João, é recordado o discípulo amado – João – como modelo dos seguidores de Jesus. O discípulo amado é aquele que também ama e, por amar, conduz as pessoas a Jesus.

Neste texto Jesus quer que nós façamos uma clara distinção entre o morrer e o permanecer. A morte é passageira, porém a permanência no amor, em Jesus e no Pai, é eterna. Para fortalecimento da fé dos leitores, o autor garante que é testemunha de todas as coisas narradas.

O que o texto diz para mim, hoje? Posso me comparar a João? Amo a Jesus e levo outras pessoas por este mesmo caminho? O que o texto me leva a dizer a Deus?

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?

Meu novo olhar é aquele do: O compromisso missionário de toda a comunidade. Que sai ao encontro dos afastados, interessa-se por sua situação, a fim de reentroduzí-los na Igreja e convidá-los a novamente se envolverem com ela? Faça tua esta reflexão meu irmão e minha irmã! Pois a vida deste mundo é breve. Quanto mais dura menos dura! Só o amor no Pai, na pessoa de Jesus Seu Filho amado no poder do Espírito Santo teremos a vida eterna, ou seja, que permaneceremos vivos eternamente.

Senhor faça-me perceber as discriminações e exclusões que marcam a sociedade. Conduze meu olhar e ajuda-nos a reconhecer os nossos preconceitos. Ensina-nos a expulsar todo desprezo de meu coração, para que aprecie a alegria de viver na unidade. Amém.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/




quinta-feira, 28 de maio de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 21,15-19 - 29.05.2020

Liturgia Diária

DIA 29 – SEXTA-FEIRA 
7ª SEMANA DA PÁSCOA*

(branco, pref. da Ascensão – ofício do dia)

Cristo nos amou e nos lavou dos pecados com seu sangue, e fez de nós um reino e sacerdotes para Deus, seu Pai, aleluia! (Ap 1,5s)

Quem se dispõe a seguir Jesus percorrerá caminhos imprevistos e enfrentará situações inusitadas. Sábio é quem agrega a essa decisão o cuidado pelos irmãos como fonte do amor a Jesus.

Evangelho: João 21,15-19

Aleluia, aleluia, aleluia.

O Espírito Santo, o paráclito, / haverá de lembrar-vos de tudo o que tenho falado (Jo 14,26). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Jesus manifestou-se aos seus discípulos 15e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”. 16E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas”. 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo, quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. 19Jesus disse isso significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 21,15-19
«‘Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo’. Jesus disse-lhe: ‘Cuida das minhas ovelhas’»

Rev. D. Joaquim MONRÓS i Guitart
(Tarragona, Espanha)

Hoje agradecemos a São João que nos deixe constância da íntima conversa entre Jesus e Pedro: «Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?». Pedro respondeu: «Sim, Senhor, tu sabes que te amo». Jesus lhe disse: «Cuida dos meus cordeiros» (Jo 21,15). —Desde os menores, recém nascidos à Vida da Graça... Tem que ter cuidado como se fosse Ele mesmo... Quando por segunda vez... «Jesus lhe diz: `Cuida das minhas ovelhas´», Ele está dizendo a Simão Pedro: — A todos os que me sigam, tu vais presidir no meu Amor, deveis procurar que eles tenham a caridade ordenada. Assim, todos saberão que por vos que seguem-Me; que a minha vontade é que passes por diante sempre, administrando os méritos que —para cada um— Eu tenho ganho.

«Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se era seu amigo. E respondeu: `Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo´» (Jo 31,17). Faz-lhe retificar sua tripla negação, e só ao lembrar-se dela, o entristece. —Eu te amo totalmente, porém te tenha negado..., já sabes quanto chorei a minha traição, já sabes que encontrei consolo somente estando com tua Mãe e com os irmãos.

Encontramos consolo ao recordar que o Senhor estabeleceu o poder de apagar o pecado que separa-nos, muito ou pouco, de seu Amor e o amor dos irmãos. —Encontro consolo quando admito a certeza do meu afastamento de teu lado, e ao sentir de teus lábios sacerdotais o «Eu te absolvo» "poder de jurisdição".

Encontramos consolo neste poder das chaves que Jesus Cristo dá a todos os seus sacerdotes-ministros, para reabrir as portas de sua amizade. —Senhor, vejo que um ato de desamor ajeita-se com um ato de imenso amor. Tudo isso, leva-nos a valorar a jóia imensa do sacramento do perdão para confessar os nossos pecados, que realmente são "desamor".

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


SIMÃO TU ME AMAS? Jo 21,15-19
HOMILIA

O que mais atrai sobre nós a benevolência do Alto é a nossa solicitude para com Jesus na pessoa do próximo. Foi por isso que Cristo o exige de Pedro: Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes? A resposta de Pedro por outro lado não esconde a sua satisfação e opção por Jesus. E então responde: Sim, Senhor, tu bem sabes que eu te amo. E Jesus lhe diz: Apascenta as minhas ovelhas.

Por que, deixando os outros apóstolos de lado, Jesus se dirige a Pedro? É que Pedro era o primeiro entre os apóstolos, o que falava em nome deles, o chefe do seu grupo, tanto que o próprio Paulo vem consultá-lo um dia, e não aos outros. Para demonstrar a ele que podia confiar plenamente. E porque que sua negação fora anulada, Jesus lhe dá agora a primazia entre os seus irmãos. Não menciona que o negou, nem o envergonha com o seu passado. “Se tu me amas, diz ele, Tome conta das minhas ovelhas que também são os teus irmãos. Ou seja, permanece à frente de teus irmãos; e dê provas, agora, daquele amor apaixonado que sempre demonstraste por mim, com tanta alegria! A vida, que dizias estar pronto a dar em meu favor, eu quero que a dês pelas minhas ovelhas. Está exigência é feita também a ti e a mim meu irmão. Se amamos a Deus devemos manifestá-lo em nossos irmãos e irmãs.

Interrogado uma primeira vez e depois uma segunda, Pedro apela para o testemunho daquele que conhece o segredo dos corações. Interrogado uma terceira vez, ele se perturba, e o temor o domina. Lembra-se de que outrora fizera afirmações solenes, que os acontecimentos haviam desmentido. E é por isso que procura, agora, apoiar-se em Jesus: O senhor sabe tudo e sabe que eu o amo, Senhor! É como se dissesse Senhor, Tu conheces tudo, o presente quanto o futuro. Vede como se tornou melhor e mais humilde, como perdeu sua arrogância e seu espírito de contradição! Perturbou-se ao pensamento de que podia ter a impressão de amar, sem amar realmente. Tanto estava seguro de mim mesmo no passado, pensa ele, como agora me sinto confuso. Jesus o interroga três vezes, e três vezes lhe dá a mesma ordem: Apascenta as minhas ovelhas. Demonstra assim o apreço que tem pelo cuidado de suas ovelhas, pois faz, de tal cuidado, a maior prova de amor para com ele.

Depois de ter falado a Pedro deste amor, Jesus prediz o martírio que lhe está destinado. Manifesta desse modo toda a confiança que deposita nele. Para nos dar um exemplo de amor e mostrar a melhor forma de amar, diz ele: Quando você era moço, você se aprontava e ia para onde queria. Mas eu afirmo a você que isto é verdade: quando for velho, você estenderá as mãos, alguém vai amarrá-las e o levará para onde você não vai querer ir.

Era, aliás, o que Pedro tinha querido e desejado outrora; por isso é que Jesus lhe fala assim. Pedro dissera, com efeito: Eu darei a minha vida por ti! (Jo 13, 37). E também: Ainda que eu tenha de morrer contigo, não te negarei! (Mt 26, 35; Mc 14, 31). Jesus consente o seu desejo. Fala-lhe desse modo não para amedrontá-lo, mas para reanimar seu ardor. Conhece seu amor e sua impetuosidade; pode anunciar-lhe o gênero de morte que lhe reserva no futuro. Pedro sempre desejara enfrentar perigos por Cristo. Tem confiança, diz Jesus, teus desejos serão satisfeitos; o que não suportaste em tua mocidade suportará na velhice. E, para nos chamar a atenção, São João acrescenta: Jesus disse isso para dar a entender com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E esta palavra nos ensina que a nossa honra e glória está em dar a nossa vida por Cristo em nossos irmãos e irmãs que lutam por um lugar ao sol.

Pai torna cada vez mais consistente meu amor por teu Filho Jesus na pessoa do pobre, do órfão, da viúva, do abandonado, do doente, do drogado, da prostituta, do homossexual, deficiente e de todos aqueles que por esta ou outra razão estão privados da sua dignidade de ser criado à Imagem e semelhança vossa e confirma minha condição de discípulo e missionário do vosso Filho para que no poder e a força do Espírito Santo todos tenham vida e a tenham em plenitude. Amén!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/




quarta-feira, 27 de maio de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 17,20-26 - 28.05.2020

Liturgia Diária

DIA 28 – QUINTA-FEIRA 
7ª SEMANA DA PÁSCOA*

(branco, pref. da Ascensão – ofício do dia)

Aproximemo-nos confiantes do trono da graça, a fim de conseguirmos misericórdia e encontrarmos auxílio em tempo oportuno, aleluia! (Hb 4,16)

A unidade entre os cristãos comprova a unidade deles com Jesus e com o Pai. Nesta celebração, alimentemos o desejo de estar cada vez mais unidos a Cristo.

Evangelho: João 17,20-26

Aleluia, aleluia, aleluia.

Para que todos sejam um, diz o Senhor, / como tu estás em mim e eu em ti, / para que o mundo possa crer que me enviaste (Jo 17,21). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos ao céu e rezou, dizendo: 20“Pai santo, eu não te rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim pela sua palavra; 21para que todos sejam um, como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, e para que eles estejam em nós, a fim de que o mundo creia que tu me enviaste. 22Eu dei-lhes a glória que tu me deste, para que eles sejam um, como nós somos um: 23eu neles e tu em mim, para que assim eles cheguem à unidade perfeita e o mundo reconheça que tu me enviaste e os amaste como me amaste a mim. 24Pai, aqueles que me deste, quero que estejam comigo onde eu estiver, para que eles contemplem a minha glória, glória que tu me deste porque me amaste antes da fundação do universo. 25Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci, e estes também conheceram que tu me enviaste. 26Eu lhes fiz conhecer o teu nome e o tornarei conhecido ainda mais, para que o amor com que me amaste esteja neles e eu mesmo esteja neles”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 17,20-26
«Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim»

P. Joaquim PETIT Llimona, L.C.
(Barcelona, Espanha)

Hoje, encontramos no Evangelho um sólido fundamento para a confiança: «Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que (...) vão crer em mim...» (Jo 17,20). É o Coração de Jesus que, na intimidade com os seus, abre-lhes os tesouros inesgotáveis do seu Amor. Quer afiançar seus corações afligidos pelo ar de despedida que têm as palavras e gestos do Mestre durante a Santa Ceia. É a oração indefectível de Jesus que sobe junto ao Pai pedindo por eles. Quanta segurança e fortaleça encontrarão depois nessa oração ao longo da sua missão apostólica! Em meio de todas as dificuldades e perigos que tiveram que afrontar, essa oração os acompanhará e, será a fonte na que encontrarão a força e ousadia para dar testemunho da sua fé com a entrega da própria vida.

A contemplação dessa realidade, dessa oração de Jesus pelos seus, tem que atingir também as nossas vidas: «Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que (...) vão crer em mim... ». Essas palavras atravessam os séculos e chegam, com a mesma intensidade com que foram pronunciadas, até o coração de todos e cada um dos crentes.

Na lembrança fresca da última visita de São João Paulo II a Espanha, encontramos nas palavras do Papa o eco dessa oração de Jesus pelos seus: «Com meus braços abertos, levo-os a todos no meu coração —disse o Pontífice na frente de mais de um milhão de pessoas—. A recordação desses dias vai transformar-se em oração pedindo para vos a paz em fraterna convivência, animados pela esperança cristã que nunca engana». E, já não tão próximo no tempo, outro Papa fazia uma exortação que nos chega ao coração depois de muitos séculos: «Não há nenhum doente a quem seja negada a vitória da cruz, nem há ninguém a quem não lhe ajude a oração de Cristo. Já que se esta foi de proveito para os que o maltrataram, quanto mais o será para os que se convertem a Ele?». (São Leão Magno)

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UNIDADE NA COMUNHÃO DE AMOR Jo 17,20-26
HOMILIA

Com esta oração, Jesus expressa seu profundo desejo de unidade. E esta não é somente entre os Apóstolos. E sim entre os discípulos e aqueles que mais tarde haveriam de acreditar nas suas palavras. É a unidade na comunhão de vida plena com todos os amados por Deus. Sobretudo comunhão com aqueles que procuram a face de Deus mesmo às apalpadelas. Os excluídos pela sociedade; os sem rumo certo na vida. Também estes são alvos da amizade, simpatia e estima dos Cristãos. Por eles reza para que reconhecendo seu mau caminho, os seus deslizes, quedas, fracassos e falhas se convertam e acreditando na Boa Nova pregada por Jesus possam ser salvos. Jesus, ao declarar a bem-aventurança dos pobres, ao repudiar o apego ao dinheiro e a opressão civil ou religiosa, indica o caminho desta unidade. No mundo cativo das ambições do poder e do dinheiro, instaura-se a injustiça que privilegia minorias e exclui maiorias.

Os discípulos devem compreender e, sobretudo, primar pela solidariedade, pessoa indepedentemente da sua condição social. Todos os homens maus ou bons, ricos ou pobres, brancos ou negros, naturais de um determinado lugar ou simplesmente residentes, todos são chamados à salvação.

A criação de Deus não pode ser considerada ou tida por propriedade privada de alguns. Um monopólio dos ricos em detrimento dos pobres. Pois, o que vemos é que os ricos tomam para si os meios que sustentam a vida, relegando os pobres à privação e à morte .  É precisamente o que acontece na maior parte dos casos daqueles condenados a morrer em reservas, feito animais do jardim zoológico; os meus irmãos e irmãs que trocam a vida uma moeda de 50 centavos ou 1 real em vias pública, com o risco de serem atropelado pelas viaturas; as moças que ganham a vida pelo corpo; os pobres e excluídos das favelas. Muito tínhamos a dizer. Verdade é que os grandes do poder financeiro e político muitas vezes submetem estes e aqueles a produzirem para eles e se apropriam de seus bens.

A união ecumênica dos discípulos de Jesus far-se-á na luta pela remoção da barreira que separa os ricos dos pobres. Esta deve ser a minha e a tua meta também meu irmão, minha irmã. Temos de lutar pela comunhão plena de amor, em que o amor do Pai e do próprio Jesus esteja em todos. E todos se sintam realmente amados pelo Deus. Eis a oração de Jesus que podemos adotar: Pai, quero que, onde eu estiver, aqueles que me deste estejam comigo a fim de que vejam a minha natureza divina, que tu me deste; pois me amaste antes da criação do mundo.

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terça-feira, 26 de maio de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 17,11-19 - 27.05.2020

Liturgia Diária

DIA 27 – QUARTA-FEIRA 
7ª SEMANA DA PÁSCOA*

(branco, pref. da Ascensão – ofício do dia)

Povos todos, aplaudi e aclamai a Deus com brados de alegria, aleluia! (Sl 46,2)

Prevenir a comunidade dos perigos e fazer memória da caminhada é atributo do autêntico líder cristão. O que Jesus exige de nós, seus seguidores, é que formemos uma comunidade unida, que caminha à luz da verdade.

Evangelho: João 17,11-19

Aleluia, aleluia, aleluia.

Vossa Palavra é a verdade; / santificai-nos na verdade! (Jo 17,17) – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, Jesus ergueu os olhos para o céu e rezou, dizendo: 11“Pai santo, guarda-os em teu nome, o nome que me deste, para que eles sejam um assim como nós somos um. 12Quando eu estava com eles, guardava-os em teu nome, o nome que me deste. Eu guardei-os e nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição, para se cumprir a Escritura. 13Agora, eu vou para junto de ti e digo estas coisas, estando ainda no mundo, para que eles tenham em si a minha alegria plenamente realizada. 14Eu lhes dei a tua palavra, mas o mundo os rejeitou, porque não são do mundo, como eu não sou do mundo. 15Não te peço que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. 16Eles não são do mundo, como eu não sou do mundo. 17Consagra-os na verdade; a tua palavra é verdade. 18Como tu me enviaste ao mundo, assim também eu os enviei ao mundo. 19Eu me consagro por eles, a fim de que eles também sejam consagrados na verdade”. – Palavra da salvação.

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Reflexão - Evangelho: João 17,11-19
«Que tenham em si a minha alegria em plenitude»

Fr. Thomas LANE
(Emmitsburg, Maryland, Estados Unidos)

Hoje, vivemos em um mundo que não sabe como ser verdadeiramente feliz com a felicidade que vem de Jesus, um mundo que procura a alegria de Jesus nos lugares errados e da maneira errada. Procurar a felicidade sem Jesus leva somente à infelicidade ainda mais profunda. É só ver as novelas na TV, há sempre alguém em apuros. As novelas na TV nos mostram a miséria de uma vida sem Deus.

Mas queremos viver o dia de hoje com a alegria de Jesus. Jesus orou ao Pai em nosso Evangelho de Hoje, «digo estas coisas estando ainda no mundo, para que tenham em si a minha alegria em plenitude» (Jo 17,13). Percebamos que Jesus quer que sua alegria seja completa em nós. Ele quer que sejamos plenos de alegria. Isto não quer dizer que não teremos cruzes, porque «o mundo os odiou, porque eles não são do mundo» (Jo 17,14), mas Jesus espera que vivamos com sua alegria independentemente do que o mundo pensa de nós. A alegria de Jesus deve nos permear até o mais íntimo de nosso ser, enquanto os rugidos superficiais de um mundo sem Deus não devem nos penetrar.

Hoje então vivamos a alegria de Jesus. Como podemos adquirir mais e mais dessa alegria de Jesus? Obviamente dele mesmo. Jesus é o único que nos dá a verdadeira alegria que está ausente no mundo, como podemos ver nas novelas de TV. Jesus disse, «Se permanecerdes em mim, e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será dado» (Jo 15,7). Então passemos tempo a cada dia em oração com as palavras de Jesus nas Escrituras, comamos e consumamos as palavras de Jesus nas Escrituras, deixemos que elas sejam nosso alimento, para que sejamos saciados com a alegria que vem de Jesus: «Ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande idéia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte» (Bento XVI).

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PAI SANTO, GUARDA-OS EM TEU NOME Jo 17,11-19
HOMILIA

Meu irmão, minha irmã é para ti que me dirijo, fazendo também valer a advertência de Jesus aos Seus discipulos. Eu e tu somos de igual modo ameaçados por todos os lados e rodeados pelos leões das desuniões, das brigas, confusões e das divisões familiares e amizades que muitas vezes nos afastam do caminho da unidade, da harmonia, do perdão e do diálogo que nos levariam à verdadeira comunhão com Deus na pessoa do próximo. Por isso, assim como o Mestre não poupou seus discípulos das tribulações que o mundo lhes preparava. Assim para ti e para mim. Deves estar preparado, preparada para o momento da tribulação, se ainda não bateu já a porta da tua casa. Melhor dizendo: o Jesus não nos reserva um lugar especial, geograficamente separado neste mundo, onde estejamos imunes de tentações. Por isso Ele diz: No mundo sofrereis tribulações. Mas tende fé, Eu venci o mundo.

E para que não fiquemos desesperados, entregues ao ‘deus dará’, Ele próprio se põe em oração ao Pai. Reza por todos nós, para que firmes na fé, confiança e esperança em Seu nome, sejamos mais do que vencedores. Não peço que os tires do mundo, mas que os guardes do maligno. Nesta oração vemos o firme propósito de Jesus em nos dar a entender que nós, embora estejamos no mundo e permanecemos nele, sejamos firmes porque não somos do mundo. Meu irmão, tu não és do mundo, não foste criado para as coisas da terra. O teu lugar é o céu. Embora estejas sofrendo, não desanimes. Saiba que tudo isto um dia vai acabar. Precisamos caminhar de mãos dadas para a Jerusalém do Alto. Saiba portanto, que o cenário deste mundo passará e deixará ruínas. Só no céu encontraremos todas a belezas eternas. Será que tu te esqueceste do velho ditado segundo o qual é pelo “fogo que se prova o ouro”? A prova de sua fé acontece no confronto com o maligno, trocando o mal pelo bem, amando os que te contrariam, perseguem, odeiam e dizem todo o mal contra ti. Alías, só assim serás merecedor desta bem-aventurança: bem-aventurados sereis quando vos injuriarem e metindo disserem todo o mal contra vós. Alegrai-vos e exultai porque será grande nos céus a vossa recompensa Mt, 5.11-12). Tomando posse destas palavras do Mestre, devemos provar a nossa solidez e fortaleza e não fragilidade de nossa adesão à Cristo.

Diante do futuro confronto com o príncipe deste mundo, Jesus se coloca em oração à teu e a meu favor, já aqui na terra e nos consagra a Deus. Pai santo, pelo poder do teu nome, o nome que me deste, guarda-os para que sejam um, assim como tu e eu somos um.

No colóquio com o Pai, Jesus alude ao fato da deserção de um discípulo, seduzido pelo maligno: Nenhum deles se perdeu, a não ser o filho da perdição. Quero crer que este não és tu e ném o serás porque pela fé, tu queres sempre dizer sim ao projeto de amor. Não te deixas levar pela ganância e tão pouco pelo semente espalhada pelo diabo.

Até porque, Jesus pede a graça da unidade para mim e para ti como seus verdadeiros discípulos. Ele é Um com o Pai, e veio ao mundo para revelar aos homens o Pai, para que os homens comunguem na própria vida do Pai, junto de quem Ele é representante. A unidade é, por isso, a comunhão de vida que existe entre o Pai e o Filho, e que, pelo Filho, vem até aos homens. Os que chegarem ao conhecimento do Pai pela palavra do Filho entrarão na unidade com Deus, se se deixarem consagrar por essa palavra de verdade que o Filho lhes revela.

Todo o seu ministério foi marcado por uma dedicação exemplar àqueles que o Pai lhe confiara. Guardava-os, com desvelo, para não se desviarem do caminho. Falava-lhes do Pai, revelando-lhes a sua face amorosa. Consagrou-os na verdade e os enviou para serem continuadores de sua missão.

A vida do Espírito Santo sobre os discípulos enviados para a missão é a segurança que eles esperam de Deus que os consagra no amor e na alegria. Assim como Deus consagrou o seu Filho, assim também Jesus os consagra à Deus seu Pai e os envia em missão, ao mundo, para serem testemunhos e testemunhas da Verdade, que é a realização da vontade de Deus: justiça, paz e vida sobre a terra.

Portanto, peça ao Senhor a graça da fidelidade, da unidade, da paz e do amor em Deus Pai, através do Filho no poder do Espírito Santo.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/




segunda-feira, 25 de maio de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 17,1-11 - 26.05.2020

Liturgia Diária

DIA 26 – TERÇA-FEIRA
SÃO FILIPE NÉRI, PRESBÍTERO

(branco, pref. da Ascensão – ofício da memória)

Repousa sobre mim o Espírito do Senhor; ele me ungiu para levar a Boa-Nova aos pobres e curar os corações contritos (Lc 4,18).

Filipe, o santo da alegria, nasceu em 1515 na Itália. Durante os estudos de filosofia e teologia, sentiu o desejo de dedicar-se à vida contemplativa, doando seus bens aos pobres. Ordenado padre, tornou-se “apóstolo de Roma” e fundou a Confederação do Oratório. De espírito abnegado, consagrava seus momentos de lazer ao serviço voluntário. Faleceu em 1595, deixando o exemplo de como é possível conciliar profunda espiritualidade com bom humor.

Evangelho: João 17,1-11

Aleluia, aleluia, aleluia.

Rogarei ao meu Pai e ele há de enviar-vos um outro paráclito, / que há de permanecer eternamente convosco (Jo 14,16). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 1Jesus ergueu os olhos ao céu e disse: “Pai, chegou a hora. Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te glorifique a ti 2e, porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê a vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste. 3Ora, a vida eterna é esta: que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo. 4Eu te glorifiquei na terra e levei a termo a obra que me deste para fazer. 5E agora, Pai, glorifica-me junto de ti, com a glória que eu tinha junto de ti antes que o mundo existisse. 6Manifestei o teu nome aos homens que tu me deste do meio do mundo. Eram teus e tu os confiaste a mim, e eles guardaram a tua palavra. 7Agora eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti, 8pois dei-lhes as palavras que tu me deste, e eles as acolheram e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti e acreditaram que tu me enviaste. 9Eu te rogo por eles. Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus. 10Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu. E eu sou glorificado neles. 11Já não estou no mundo, mas eles permanecem no mundo, enquanto eu vou para junto de ti”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 17,1-11
«Pai, chegou a hora»

Rev. D. Pere OLIVA i March
(Sant Feliu de Torelló, Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho de São João —que há dias estamos lendo— começa falando-nos da “hora”: «Pai, chegou a hora. Glorifica teu filho, para que teu filho te glorifique» (Jo 17,1). O momento culminante, a glorificação de todas as coisas, a doação máxima de Cristo que se entrega por todos... “A hora” é ainda uma realidade escondida aos homens; se revelará à medida que a trama da vida de Jesus nos abre a perspectiva da cruz.

Chegou a hora? A hora de que? Pois chegou a hora em que os homens conheçam o nome de Deus, ou seja, sua ação, a maneira de dirigir-se à Humanidade, a maneira de falarmos no Filho, em Cristo que ama.

Os homens e as mulheres de hoje, conhecendo Deus através de Jesus («porque eu lhes dei as palavras que tu me deste»: Jo 17,8), chegamos a ser testemunhas da vida, da vida divina que se desenvolve em nós pelo sacramento batismal. Nele vivemos nos movemos e somos; Nele encontramos palavras que alimentam e que nos fazem crescer; Nele descobrimos o que Deus quer de nós: a plenitude, a realização humana, uma existência que não vive de vanglória pessoal, mas sim de uma atitude existencial que se apoia em Deus mesmo e em sua glória. Como nos lembra São Irineu, «a glória de Deus é que o homem viva». Louvemos a Deus e sua glória para que a pessoa humana chegue a sua plenitude!

Estamos marcados pelo Evangelho de Jesus Cristo; trabalhamos para a glória de Deus, tarefa que se traduz em um maior serviço à vida dos homens e mulheres de hoje. Isto quer dizer: trabalhar pela verdadeira comunicação humana, a felicidade verdadeira da pessoa, fomentar o gozo dos tristes, exercer a compaixão com os débeis... definitivamente: abertos à Vida (em maiúscula).

Pelo Espírito, Deus trabalha no interior de cada ser humano e habita no mais profundo da pessoa e não deixa de estimular a todos a viver dos valores do Evangelho. A Boa Nova é expressão da felicidade libertadora que Ele quer dar-nos.

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A sublime oração de Jesus por cada um de nós
HOMILIA

Jesus sabia que Sua hora havia chegado. Assim sendo, não quis deixar Seus discípulos dispersos e desunidos. Sabendo também da força e do poder do “encardido”, Ele,  por Seu amor e fidelidade, dá glória ao Pai.

Cristo apresenta a Deus a oração mais sublime de unidade na comunhão do amor. Ele pede que Seu Pai revele e exalte, na natureza pecadora do homem, a natureza divina do Filho que é o próprio Jesus: “Revela a natureza divina do teu Filho a fim de que ele revele a tua natureza gloriosa. Pois tens dado ao Filho autoridade sobre todos os seres humanos para que ele dê a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que eles conheçam a Ti, que és o único Deus verdadeiro; e conheçam também Jesus Cristo, que enviaste ao mundo” (cf. Jo 17,17).

Nessa oração, Jesus coloca em destaque, primeiro, Sua glória conjunta com o Pai. Ao mesmo tempo, nos faz saber que a obediência, na realização da vontade divina, constitui a maior glória do Pai na Terra. Por isso, terminando Sua missão, diz: “Eu mostrei quem tu és para aqueles que tirastes do mundo e me deste. Eles eram teus, e tu os deste para mim. Eles têm obedecido à tua mensagem e agora sabem que tudo o que me tens dado vem de ti”.

“Mas embora eles saibam que tu me enviaste, é preciso que tu, ó pai, os guardes na unidade. Para que o lobo não os disperse e devore um por um. Eu peço em favor deles. Não peço em favor do mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu; e a minha natureza divina se revela por meio daqueles que me deste” (cf. João 17,1-11). Esta é a preocupação de Jesus: que permaneçamos unidos a Ele, assim como Ele permanece unido ao Pai. Que o lobo não nos devore!

Você, então, poderia me perguntar. “Padre, que tipo de lobo?”. A resposta é muito simples: o lobo que pode me devorar, talvez não seja o mesmo que possa devorar você. Cada um tem o seu vício, seu hábito, sua dificuldade e seu problema, os quais se tornam “pecados de estimação”. São como pedra no sapato, “vira e mexe” nos põem para baixo, semeando desordem, distúrbio, desunião, confusão, separação, divórcios e tantos outros males em nosso coração.

É esse o “lobo” do qual Jesus quer nos livrar na oração que dirige ao Pai no Evangelho de hoje.

Padre Bantu Mendonça

Fonte https://homilia.cancaonova.com/





domingo, 24 de maio de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 16,29-33 - 25.05.2020

Liturgia Diária

DIA 25 – SEGUNDA-FEIRA 
7ª SEMANA DA PÁSCOA*

(branco, pref. da Ascensão – ofício do dia da 3ª semana do saltério)

Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá em vós, e dareis testemunho de mim até os confins da terra, aleluia! (At 1,8)

Passando pela cruz é que Jesus alcançará a vitória sobre o mundo injusto. Alegremo-nos na presença do Senhor, que pelo batismo nos introduziu num caminho de paz e pela Eucaristia revigora nossa coragem para anunciar o Reino.

Evangelho: João 16,29-33

Aleluia, aleluia, aleluia.

Se com Cristo ressurgistes, procurai o que é do alto, / onde Cristo está sentado, à direita de Deus Pai (Cl 3,1). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 29os discípulos disseram a Jesus: “Eis, agora falas claramente e não usas mais figuras. 30Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que alguém te interrogue. Por isso cremos que vieste da parte de Deus”. 31Jesus respondeu: “Credes agora? 32Eis que vem a hora – e já chegou – em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não estou só, porque o Pai está comigo. 33Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis tribulações. Mas tende coragem! Eu venci o mundo!”  – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 16,29-33
«Mas tende coragem! Eu venci o mundo»

Rev. D. Jordi CASTELLET i Sala
(Sant Hipòlit de Voltregà, Barcelona, Espanha)

Hoje podemos ter a sensação de que o mundo da fé em Cristo se debilita. Existem várias notícias que vão contra a fortaleza que quereríamos receber de uma vida fundamentada integramente no Evangelho. Os valores do consumismo, do capitalismo, da sensualidade e do materialismo estão em voga e em contra de tudo o que suponha pôr-se em sintonia com as exigências evangélicas. Não obstante, este conjunto de valores e de formas de entender a vida não nos dão nem a plenitude pessoal nem a paz, mas apenas trazem mais mau estar e inquietude interior. Não será por isso que, hoje, as pessoas que vão pela rua enferrujadas, fechadas e preocupadas com um futuro que não vêm nada claro, precisamente porque o hipotecaram ao preço de um carro, de um apartamento ou de umas férias que, de fato, não se podem permitir?

As palavras de Jesus convidam-nos à confiança: «Eu venci o mundo» (Jo 16,33), quer dizer, pela sua Paixão, Morte e Ressurreição alcançou a vida eterna, aquela que não tem obstáculos, aquela que não tem limite e superou todas as dificuldades.

Os de Cristo vencemos as dificuldades tal e como Ele as venceu, apesar de na nossa vida também termos de passar por sucessivas mortes e ressurreições, nunca desejadas mas assumidas pelo próprio Mistério Pascal de Cristo. Por acaso não são “mortes” a perca de um amigo, a separação da pessoa amada, o fracasso de um projeto ou as limitações que experimentamos por causa da nossa fragilidade humana?

Mas «em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou» (Rom 8,37). Sejamos testemunhas do amor de Deus, porque Ele em nós «fez (…) grandes coisas» (Lc 1,49) e deu-nos a sua ajuda para superar todas as dificuldades, inclusivamente a da morte, porque Cristo nos comunica o seu Espírito Santo.

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


O PAI ESTÁ COMIGO Jo 16,29-33
HOMILIA

Diante de tudo o que o Senhor já havia lhes revelado os discípulos de Jesus, agora, já afirmavam: “cremos que viestes da parte de Deus”. Eles achavam que já estavam bem firmes na fé, no entanto, Jesus lhes disse: “Credes agora?” Vocês têm certeza disso? “eis que vem a hora em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis sós”.
O Senhor sabe do que o homem é capaz! Nunca poderemos estar convictos, inabaláveis na fé. Às vezes diante de qualquer problema nós sucumbimos. Jesus conhece verdadeiramente a nossa humanidade e sabe de que nós somos capazes sem o Seu auxílio, mas no encoraja a vencer o mundo, apesar de todas as tribulações. Jesus proclamou a Sua Vitória, mesmo antes da Sua ressurreição porque Ele sabia em quem podia confiar. “Mas eu não estou só. Porque o Pai está comigo!” Nós também somos vitoriosos, porque já possuímos o Espírito de Jesus.
Sem o Espírito Santo nós agiremos conforme o que Jesus falou sobre os apóstolos: dispersar-nos-emos, nos acovardaremos e não enfrentaremos os desafios, as provas, os testes, que a vida nos impõe. Tenhamos, pois a paz em Jesus. Ele venceu o mundo e, com Ele, nós seremos mais que vencedores, seremos felizes.
Não tenha receio, Jesus é o vencedor do mundo, o Espírito Santo o ajudará a vencer as tribulações.
Jesus não engana seus seguidores: o futuro é tempo de testemunho em meio a lutas e perseguições. Mas é também tempo de confiança e paz, pois os cristãos podem contar com o amor do Pai. E desde já podem estar certos da vitória: Jesus já venceu todos os adversários. Para quem acredita em Jesus, a ordem social injusta, que condena o justo inocente, está condenada ao fracasso para sempre.
Confiar é entregar-se a Ele sem reservas, e por Ele deixar-se guiar. Ele é a luz que ilumina nosso caminhar muitas vezes obscuro e difícil. Virá a hora de tristeza, de angústia. Mas ela não prevalecerá sobre nós! Em comparação com o que está para vir na Gloria de Deus não temos como medir. A Gloria que Deus nos reserva é imensamente grande. É incomparável. Alías, tudo está submetido à Cristo.
Por Ele e com Ele não há situação sem solução. Todos os obstáculos são resolvidos. As contas nos cartórios são sanadas. As dívidas pagas. Problemas grandes ou pequenos se convertem em realizações, felicidade e alegria. O único elemento que Ele exige de mim e de ti é: tende fé, coragem! Se assim for, como Eu venci o mundo, vós também comigo sereis vencedores porque eu estou convosco até a consumação dos séculos.
Faça um exercício diário na sua vida: peça a ajuda do Espírito Santo antes de decisão, a toda hora, diante de todos os seus empreendimentos. “Espírito Santo, vem, vem – acompanha-me, converte-me, toma a minha vida! Santifica-me!

Fonte http://homiliadopebantu.blogspot.com/




sábado, 23 de maio de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 28,16-20 - 24.05.2020

Liturgia Diária

DIA 24 – DOMINGO 
ASCENSÃO DO SENHOR

(branco, glória, creio – ofício da solenidade)

Homens da Galileia, por que estais admirados, olhando para o céu? Este Jesus há de voltar, do mesmo modo que o vistes subir, aleluia! (At 1,11)

Em comunhão com os cristãos do mundo inteiro, celebremos nesta Eucaristia a Ascensão do Senhor. Jesus conclui sua missão, despede-se dos seus e é elevado e glorificado pelo Pai.  Em sintonia com o tema deste dia mundial das comunicações, a Igreja, continuadora da missão do Mestre, transmite a herança da memória da vida de Jesus a todas as gerações.

Evangelho: Mateus 28,16-20

Aleluia, aleluia, aleluia.

Ide ao mundo, ensinai aos povos todos; / convosco estarei todos os dias, / até o fim dos tempos, diz Jesus (Mt 28,19s). – R.

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 16os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhes tinha indicado. 17Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele. Ainda assim alguns duvidaram. 18Então, Jesus aproximou-se e falou: “Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra. 19Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo 20e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei! Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 28,16-20
«Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra»

Dr. Josef ARQUER
(Berlin, Alemanha)

Hoje contemplamos umas mãos que abençoam —o último gesto terreno do Senhor (cf. Lc 24,51). Ou algumas pegadas marcadas numa colina —o ultimo sinal visível da passagem de Deus pela nossa terra. Em algumas ocasiões, representa-se essa colina como uma rocha, e a pegada de suas pisadas ficam gravadas não sobre a terra, mas na rocha. Como que aludindo àquela pedra que Ele anunciou e que rapidamente será selada pelo vento e pelo fogo do Pentecostes. A iconografia emprega desde a antiguidade esses símbolos tão sugestivos. E também a nuvem misteriosa —sombra e luz ao mesmo tempo que acompanha tantas teofanias já no antigo testamento. O rosto do Senhor nos deslumbraria.

São Leão Magno ajuda-nos a aprofundar o acontecimento: «O que era visível no nosso Salvador passou agora aos seus mistérios». A que mistérios? Aos que confiou à sua Igreja. O gesto da bênção realiza-se na liturgia, as pegadas sobre a terra marcam o caminho dos sacramentos. E é um caminho que conduz à plenitude do definitivo encontro com Deus.

Os apóstolos terão tido tempo para se habituar ao outro modo de ser do seu Mestre ao longo daqueles quarenta dias, nos quais o Senhor— dizem-nos os exegetas— não “se aparece”, mas que —numa tradução fiel literal— “se deixa ver”. Agora nesse último encontro, renova-se o assombro. Porque agora descobrem que, daqui em diante, não só anunciarão a Palavra, mas que infundirão vida e saúde, com o gesto visível e a palavra audível: no batismo e nos outros sacramentos.

«Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra» (Mt 28, 18). Toda a autoridade… Ir a todas as gentes… E ensinar a guardar tudo… E Ele estará com eles —com a sua Igreja, conosco— todos os tempos (cf Mt 28,19-20). Esse “todo” retumba através do espaço e do tempo, afirmando-nos na esperança.

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


UNIDOS NA TRINDADE SANTA Mt 28,16-20
HOMILIA

A festa de hoje é um convite a mergulhar no imenso mistério da vida íntima do próprio Deus e a louvar a grandeza do seu amor: Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!

Deus revela-nos o mistério da sua vida quando, para nos fazer participar da sua própria vida, nos envia o seu Filho à Terra, e o Filho – consumada a obra da Redenção – nos envia do Pai o Espírito Santo.

A Igreja – fundada por Deus à imagem da SSª Trindade – é também um mistério de comunhão na unidade, a que jamais pode renunciar.

Ora, pois bem! Jesus se comunica não com terrores e poder, mas com palavras dirigidas aos seus discípulos de irmão para irmão, de amigo para amigo. São palavras de vida que seduzem e conquistam. Os discípulos são enviados de modo a eles próprios fazerem novos discípulos entre todas as nações. Não há nenhuma eleição particular; todos são chamados ao seguimento de Jesus, na observância de sua palavra e na adesão à vontade do Pai. Agora, os discípulos são enviados para batizar, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Jesus ao afirmar: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra, torna muito bem claro que Ele não é somente o Filho de Deus, como algumas pessoas acreditam, mas sim, o próprio Deus descido do Céu, consubstancial ao Pai, isto é, da mesma natureza que o Pai, com os mesmos poderes do Pai, porque quem o viu, viu o Pai. Ele está repetindo o discurso que havia feito antes através do evangelista João: Eu e o Pai somos um!

Ao enviar ordenadamente os seus discípulos: Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ele está nos confirmando que Deus é uno e trino, pois é composto de três pessoas distintas, muito embora não entendamos isso com a nossa razão nem com a nossa inteligência, mas sim com os olhos da fé. Não se trata de um dogma inventado pelos papas e bispos, mas sim, uma realidade anunciada pelo próprio Deus na pessoa de seu filho amado. A Santíssima Trindade, assim como a existência da nossa alma invisível, é um grande desafio para a nossa fé, pois tais verdades anunciadas por Jesus, só podem ser detectadas, repito, pelos olhos da nossa fé.

Quando Jesus nos garante: Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo. É para a gente confiar mesmo, ter coragem e a decisão inabalável de continuar o nosso trabalho de multiplicação de cristãos, de catequistas, de padres, através do nosso trabalho missionário, sem nenhum ciúme entre nós irmãos. Isto porque não somos concorrentes uns dos outros, mas sim, somos multiplicadores de muitos outros cristãos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Vejam que os discípulos são enviados de modo que eles próprios vão fazer novos discípulos entre todas as nações. Não há nenhuma eleição particular, nem tampouco nenhuma obrigação de aceitar, também não há nenhum processo de seleção, porque todos, sem distinção, são chamados ao seguimento de Jesus, para ouvir a sua palavra, e colocá-la em prática, e através da observância de sua lei e na adesão à vontade do Pai, todos sejam salvos. A missão de Jesus começou com o seu batismo no Rio Jordão.

No Evangelho de hoje, Jesus me envia e te envia como discípulos para evangelizar e batizar, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Não ofereça resistência à sua voz. Responda sim ao seu chamado e vai unido, unida à Santíssima Trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/