sábado, 23 de março de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 12,1-11 - 25.03.2024

Liturgia Diária


25 – SEGUNDA-FEIRA 

SEMANA SANTA


(roxo, prefácio da paixão II – ofício próprio)



Evangelho: João 12,1-11

Antífona:

Maria unge os pés do Senhor com perfume precioso, enchendo a casa com seu aroma. O gesto é amor, é devoção, é entrega total. Enquanto alguns criticam, Jesus acolhe, reconhecendo o valor desse ato. Que possamos também oferecer nosso melhor em serviço e amor a Ele.


João 12,1-11 (Bíblia de Jerusalém):

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – 1.Seis dias antes da Páscoa, Jesus foi a Betânia, onde morava Lázaro, que ele tinha ressuscitado dos mortos.

2.Deram-lhe ali uma ceia; Marta servia e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele.

3.Maria, pois, tomando uma libra de perfume de nardo puro, muito caro, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com os seus cabelos. E a casa encheu-se do perfume do bálsamo.

4.Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de entregar, disse:

5."Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários para os dar aos pobres?"

6.Mas ele disse isto, não porque se preocupasse com os pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa comum, roubava o que nela se lançava.

7.Disse, pois, Jesus: "Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isso.

8.Pois sempre tendes os pobres convosco, mas a mim nem sempre me tendes."

9.Grande multidão de judeus souberam que ele estava ali e vieram, não só por causa de Jesus, mas também para ver a Lázaro, que ele ressuscitara dos mortos.

10.Mas os príncipes dos sacerdotes deliberaram matar também a Lázaro,

11.porque muitos judeus, por causa dele, iam e creram em Jesus. - Palavra da Salvação.


Reflexão:

"Deixai-a; para o dia da minha sepultura guardou isso." (João 12:7)


Este relato de João nos convida a uma reflexão profunda sobre o amor e a generosidade demonstrados por Maria ao ungir os pés de Jesus com perfume caro. Enquanto alguns, como Judas, podem criticar esse ato como desperdício, Jesus o recebe com aceitação e louvor, reconhecendo-o como um gesto de profundo significado. Maria oferece o seu melhor, não apenas em termos materiais, mas também em termos de amor e devoção.

Ao destacar a proximidade da Páscoa e a presença de Lázaro, ressuscitado por Jesus, o texto ressalta a iminência da paixão e morte de Cristo. A atitude de Maria é um prelúdio simbólico do sacrifício supremo que Jesus estava prestes a fazer por toda a humanidade.

Por outro lado, a presença de Judas nos lembra da mesquinhez e da avareza que podem obscurecer nossa visão espiritual. Enquanto Maria derrama o perfume precioso como um ato de amor, Judas está preocupado com interesses pessoais e materiais. Esta cena nos lembra da importância de discernir entre o que é verdadeiramente valioso aos olhos de Deus e o que é apenas uma preocupação terrena.

Enquanto contemplamos este relato, somos desafiados a examinar nossas próprias atitudes em relação ao sacrifício e à generosidade. Será que estamos dispostos a oferecer o nosso melhor, como Maria, em serviço e devoção a Cristo? Ou estamos mais preocupados com nossos próprios interesses, como Judas? Que possamos aprender com a generosidade de Maria e buscar seguir o exemplo de amor sacrificial demonstrado por Jesus em sua vida e morte.


HOMILIA

 "O Perfume do Amor: Uma Lição de Devoção e Sacrifício"


Meus irmãos e irmãs em Cristo, hoje somos convidados a mergulhar nas profundezas do Evangelho segundo João, capítulo 12, versículos de 1 a 11. Este relato não é apenas uma narrativa histórica, mas um convite para contemplar o verdadeiro significado do amor, da devoção e do sacrifício.


Nos versículos que acabamos de ouvir, testemunhamos Maria, irmã de Lázaro, oferecendo a Jesus um gesto de amor tão profundo que ecoa através dos séculos. Ela unge os pés do Mestre com um perfume de nardo puro, um gesto extravagante que enche toda a casa com seu aroma celestial. É um ato de devoção que transcende o material e mergulha nas profundezas do amor espiritual.


Contudo, nesse momento de sublime amor, surge uma voz de crítica. Judas Iscariotes, motivado por interesses mesquinhos, questiona o valor desse gesto, argumentando que o perfume poderia ter sido vendido para beneficiar os pobres. Mas, como Jesus prontamente observa, Maria escolheu guardar o perfume para o dia de sua sepultura. Ela percebeu a iminência da paixão e morte de Cristo, e seu gesto foi uma antecipação do sacrifício supremo que ele estava prestes a fazer por toda a humanidade.


Quando contemplamos a ação de Maria, somos confrontados com a radicalidade do amor cristão. Ela não hesitou em oferecer o seu melhor a Jesus, mesmo que isso significasse sacrificar algo de valor material. Seu ato nos desafia a examinar nossas próprias atitudes em relação ao amor e à generosidade. Estamos dispostos a oferecer a Deus o nosso melhor, não apenas em termos materiais, mas também em termos de devoção e entrega espiritual?


Além disso, a reação de Judas nos lembra dos perigos do egoísmo e da ganância. Ele estava preocupado com seu próprio interesse, sem compreender a verdadeira profundidade do gesto de Maria. Que possamos aprender com essa lição e evitar cair na armadilha do materialismo e da falta de compaixão.


Neste período da Quaresma, somos chamados a refletir sobre o significado do verdadeiro amor e sacrifício. Assim como Maria ungiu os pés de Jesus, que possamos também oferecer nossas vidas como um perfume agradável diante de Deus. Que possamos seguir o exemplo de Cristo, que se entregou por nós na cruz, e viver uma vida de amor e serviço aos outros.


Que o perfume do amor de Maria nos inspire a buscar uma intimidade mais profunda com Cristo e a viver de acordo com seus ensinamentos. Que possamos nos tornar verdadeiros discípulos do Senhor, oferecendo nossas vidas como um testemunho vivo do seu amor redentor.


Que assim seja. Amém.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Salmo

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