sexta-feira, 30 de setembro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 10,25-37 - 03.10.2022

Liturgia Diária


3 – SEGUNDA-FEIRA 

SANTOS ANDRÉ DE SOVERAL E AMBRÓSIO FRANCISCO


PRESBÍTEROS E MÁRTIRES


(vermelho, pref. comum, ou dos mártires, – ofício da memória)



Pelo amor de Cristo, o sangue dos mártires foi derramado na terra. Por isso sua recompensa é eterna.


No estado do Rio Grande do Norte, em 1645, os padres André e Ambrósio, juntamente com 28 companheiros leigos, diante da invasão holandesa, testemunharam com ardor a fé católica até o fim. Em meio ao ódio e ao martírio, tornaram-se perfeitos imitadores de Cristo. Movidos por seus exemplos, permaneçamos firmes na fé e na fidelidade a Deus.


Evangelho: Lucas 10,25-37


Aleluia, aleluia, aleluia.


Eu vos dou novo preceito: / que uns aos outros vos ameis, / como eu vos tenho amado (Jo 13,34). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 25um mestre da Lei se levantou e, querendo pôr Jesus em dificuldade, perguntou: “Mestre, que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” 26Jesus lhe disse: “O que está escrito na Lei? Como lês?” 27Ele então respondeu: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua força e com toda a tua inteligência; e ao teu próximo como a ti mesmo!” 28Jesus lhe disse: “Tu respondeste corretamente. Faze isso e viverás”. 29Ele, porém, querendo justificar-se, disse a Jesus: “E quem é o meu próximo?” 30Jesus respondeu: “Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos de assaltantes. Estes arrancaram-lhe tudo, espancaram-no e foram-se embora, deixando-o quase morto. 31Por acaso, um sacerdote estava descendo por aquele caminho. Quando viu o homem, seguiu adiante, pelo outro lado. 32O mesmo aconteceu com um levita: chegou ao lugar, viu o homem e seguiu adiante, pelo outro lado. 33Mas um samaritano, que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. 34Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. 35No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: ‘Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais’. E Jesus perguntou: 36“Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?” 37Ele respondeu: “Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 10,25-37

«Mestre, que devo fazer para herdar a vida eterna?»


Rev. Pe. Ivan LEVYTSKYY CSsR

(Lviv, Ucrnia)

Hoje, a mensagem evangélica assinala o caminho da vida: «Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração (...) e teu próximo como a ti mesmo!»(Lc 10,27) E porque Deus nos amou primeiro, leva-nos à união com Ele. A beata Teresa de Calcutá disse: «Nós necessitamos dessa união íntima com Deus na nossa vida quotidiana. Mas, como podemos consegui-la? Através da oração». Estando em união com Deus começamos a experimentar que tudo é possível com Ele, inclusive amar o próximo.


Alguém dizia que o cristão entra na Igreja para amar a Deus e sai para amar o próximo. O Papa Bento sublinha que o programa do cristão - o programa do bom samaritano, o programa de Jesus - é «um coração que vê». Ver e parar! Na parábola, duas pessoas vêem o necessitado, mas não param. Por isso Cristo repreende os fariseus dizendo: «Tendes olhos e não vedes» (Mc 8,18) Pelo contrário, o samaritano vê e para, tem compaixão e assim salva a vida ao necessitado e a si mesmo.


Quando o famoso arquiteto catalão Antonio Gaudí foi atropelado por um eléctrico, algumas pessoas que passavam não pararam para ajudar aquele ancião ferido. Não levava nenhum documento e pelo aspecto parecia um mendigo. Se tivessem sabido quem era aquele próximo, certamente teriam feito fila para o ajudar.


Quando praticamos o bem, pensamos que o fazemos pelo próximo, mas na verdade também o fazemos por Cristo: «Em verdade, vos digo: todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!» (Mt 25,40) E o meu próximo, disse Bento XVI, é qualquer pessoa que tenha necessidade de mim e que eu possa ajudar.


Se cada um, ao ver o próximo em necessidade, parasse e se compadecesse dele uma vez por dia ou por semana, a crise diminuiria e o mundo seria melhor. «Nada nos faz tão semelhantes a Deus como as boas obras» (São Gregório de Nisa).


Outros comentários

«Aquele que usou de misericórdia para com ele»


Ir. Lluís SERRA i Llançana

(Roma, Italia)

Hoje, um mestre da Lei faz a Jesus uma pergunta que talvez nos tenhamos feito mais de uma vez: «Que hei de fazer para ter como herança a vida eterna?» (Lc 10,25). Era uma pergunta feita com segundas intenções, pois queria pôr Jesus à prova. O mestre responde sabiamente o que diz a Lei, isto é, amar a Deus e ao próximo como a si mesmo (cf. Lc 10,27). A chave é amar. Se buscarmos a vida eterna, sabemos que «a fé e a esperança passarão, enquanto que o amor não passará nunca» (cf. 1Cor 13,13). Qualquer projeto de vida e qualquer espiritualidade cujo centro não seja o amor nos distancia do sentido da existência. Um ponto de referência importante é o amor a si mesmo, freqüentemente esquecido. Somente podemos amar a Deus e ao próximo desde nossa própria identidade.


O mestre da Lei vai mais longe ainda e pergunta a Jesus: «E quem é o meu próximo?» (Lc 10,29). A resposta chega através de um conto, de uma parábola, de historia curta, sem formulações teóricas complicadas, mas com um grande conteúdo. O modelo de próximo é um samaritano, quer dizer um marginado, um excluído do povo de Deus. Um sacerdote e um levita passam de longe ao ver o homem espancado e mal ferido. Os que parecem estar mais perto de Deus (o sacerdote e o levita) são os que estão mais distantes do próximo. O mestre da Lei evita pronunciar a palavra samaritano para indicar a quem se comportou como próximo do homem mal ferido e diz: «Aquele que usou de misericórdia para com ele» (Lc 10,37).


A proposta de Jesus é clara: «Vai e faze tu o mesmo». Não é a conclusão teórica do debate, e sim o convite a viver a realidade de amor, o qual é muito mais do que um sentimento etéreo, pois se trata de um comportamento que vence as descriminações sociais e que surge do coração da pessoa. São João da Cruz nos recorda que «ao entardecer da vida te examinarão o amor».

Fonte https://evangeli.net/


COMO AMAR Lc 10,25-37

HOMILIA


O homem perguntou: Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna? Usando a forma rabínica, Jesus respondeu com uma pergunta ou duas questões: O que está escrito na Lei? Como você a lê. Quando o perito na lei respondeu citando Deuteronômio


6.5 e Levíticos 19.18, Cristo disse: Você respondeu corretamente; e, então, citou Levíticos 18,5 e Ezequiel 20,11 para deixar claro aquilo de que o homem precisava:Faça isto; viverá. Em outras palavras, não era suficiente recitar a lei de Deus, mas vivê-la de maneira a agradar a Deus! Para isso, a pessoa tem que colocar em ação o que a lei de Deus requer, sendo a essência desta o amor: amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, com todas as forças e de todo o entendimento, e ao próximo como a si mesmo.


Agora, se estivéssemos no lugar daquele homem, poderíamos ter deixado por isso mesmo. Afinal de contas, Jesus tinha dito na frente de todos os presentes, que ele havia respondido corretamente. Receber um 10, porém, não era suficiente para o doutor na lei. Ao invés disso, queria receber algum crédito extra. Lembre: ele planejara testar Cristo, e realmente ainda não havia feito isso! Assim, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E quem é o meu próximo? Generosamente, até mesmo com compaixão, o Senhor Jesus contou-lhe uma parábola para ajudá-lo a entender o verdadeiro significado da lei do amor, considerando que amar é uma disposição interna, não uma qualificação externa. Uma história sobre compaixão


À medida que Jesus contava a história, os ouvintes puderam pintar vividamente a cena: A estrada rochosa, tortuosa, de Jerusalém para Jericó, tem sido notória, por todos os séculos, como um lugar onde os ladrões, muito freqüentemente, atacam os viajantes. Ela era uma descida íngreme por locais desolados. A distância era de, aproximadamente, vinte e seis quilômetros e a estrada descia um total de 1.040 metros. Era o tipo de caminho no qual os ladrões poderiam estar bem seguros. Jesus não disse que os salteadores da história roubaram o homem: isso seria subentendido. Ele concentrou-se no tratamento violento dispensado ao viajante. Eles deixaram-no quase morto.


Então, um a um, Cristo apresentou três homens; qualquer um deles poderia ter ajudado ao homem severamente ferido: O primeiro homem que, casualmente descia pelo mesmo caminho, era certo sacerdote. Ele ficou diante de um dilema ético: o único meio de saber se realmente o homem ainda estava vivo, e precisando de ajuda, era se aproximar e tocá-lo, mas, se já estivesse morto e ele tocasse no falecido, ficaria ritualmente imundo. Não apenas deixou de ajudar, como também foi para o outro lado da estrada. Ele evitou qualquer possibilidade de contato. Outros fatores podem ter pesado, como por exemplo, a possibilidade de os ladrões retornarem, a natureza dos negócios daquele homem moribundo, e assim por diante. Nós não temos conhecimento… Sabemos que o sacerdote deixou o homem onde ele estava sem se importar com o sofrimento e com as necessidades dele.


O segundo homem a entrar em cena era um levita. O que aconteceu no caso do sacerdote se repetiu… Nos tempos do Novo Testamento, os levitas estavam em posição de inferioridade em relação aos sacerdotes; não obstante, formavam um grupo privilegiado pela sociedade judaica. Eram responsáveis pela liturgia no templo e por manter a ordem no culto; Pode-se presumir que os mesmos motivos do sacerdote, para não ajudar, estavam na mente do levita.


O terceiro homem era samaritano, estando de viagem e, quando viu o homem ferido, moveu-se de íntima compaixão dele. Aquele sentimento de condolência levou-o a ajudar: ele foi até o homem machucado, enfaixou-lhe as feridas, derramando vinho e óleo. Depois, colocou-o sobre seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria na qual poderia se recuperar. Porque o viajante piedoso tinha que retomar sua jornada, deu ao hospedeiro o equivalente a duas diárias para que ele cuidasse do homem em sua ausência e prometeu pagar as despesas adicionais, se houvessem, quando retornasse de sua viagem.


Jesus selecionou cuidadosamente os detalhes para a história contada. Primeiro o sacerdote e, depois, um passou pelo homem ferido. Os que ouviam estavam prontos para o herói ser introduzido e, provavelmente, presumiam que seria um judeu leigo, como uma última condenação dos líderes religiosos, o clero, que havia passado para o outro lado da rua. Para surpresa deles, o herói era um samaritano!


Jesus tinha dado o papel de bom sujeito a um inimigo dos judeus, a uma pessoa cuja herança, há muito, repugnava-os.


Passados todos estes séculos, referimo-nos à história como a parábola do Bom Samaritano. Ao fazer isso, inconscientemente, estamos caindo no mesmo preconceito que era evidente na audiência de Jesus, porque estamos afirmando que tal samaritano era diferente dos outros samaritanos pelo fato de que era bom. Talvez, como os judeus, nós também precisemos de uma lição sobre compaixão, começando por mencionar novamente a história.


Em qualquer situação que nos encontrarmos, como necessitados ou como colaboradores somos convocados pelo Senhor a amar o nosso próximo como a nós mesmos. Às vezes nós ajudamos às pessoas e as socorremos por obrigação ou a contra gosto, porém a própria Palavra do Evangelho nos esclarece: o próximo “é aquele que usou de misericórdia para com ele”. A misericórdia, então, é o sinal para que nós sejamos “o próximo” de alguém. Agir com misericórdia é fazê-lo por amor a Deus e acolher a miséria do outro com o mesmo amor de Deus e não somente com o nosso amor imperfeito e interesseiro.


Como você costuma agir: como o sacerdote, como o levita, como o samaritano, como o hospedeiro? – Ou você sempre é aquele que desce de Jerusalém para Jericó, se mete em enrascadas e está sempre precisando que alguém se aproxime de você?- Você já experimentou ser aquele (a) que está necessitado (a) e espera o socorro de alguém?- Quando você ajuda alguma pessoa você o faz por amor a Deus e com o amor de Deus?


A narração de Jesus ensina que viver agora, e sempre, como povo de Deus, significa demonstrar compaixão, mesmo quando nos incomoda, mesmo quando isso faz nossa vida tornar-se impura, mesmo quando desafia nossa compreensão tradicional e, até mesmo, quando nos custa algo pessoalmente. Isso é o que Jesus está nos dizendo: Vá e faça o mesmo.

Fonte homilia.cancaonova.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

 

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Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

quinta-feira, 29 de setembro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 17,5-10 - 02.10.2022

Liturgia Diária


2 – DOMINGO 

27º DO TEMPO COMUM


(verde, glória, creio – 3ª semana do saltério)



Senhor, tudo está em vosso poder, e ninguém pode resistir à vossa vontade. Vós fizestes todas as coisas: o céu, a terra e tudo o que eles contêm; sois o Deus do universo! (Est 1,9ss)


Reunimo-nos para reavivar em nós a chama do amor e da fé, que nos comprometem com o Evangelho de Jesus. O olhar da fé nos impulsiona a sermos servidores dos homens e mulheres desorientados pelas injustiças e violências e necessitados da missão da Igreja. Neste mês missionário, rezemos pela Igreja, chamada a se abrir ao caminho sinodal.


Evangelho: Lucas 17,5-10


Aleluia, aleluia, aleluia.


A Palavra do Senhor permanece para sempre; / e esta é a Palavra que vos foi anunciada (1Pd 1,25). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 5os apóstolos disseram ao Senhor: “Aumenta a nossa fé!” 6O Senhor respondeu: “Se vós tivésseis fé, mesmo pequena como um grão de mostarda, poderíeis dizer a esta amoreira: ‘Arranca-te daqui e planta-te no mar’, e ela vos obedeceria. 7Se algum de vós tem um empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe, quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa’? 8Pelo contrário, não vai dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como e bebo; depois disso, tu poderás comer e beber’? 9Será que vai agradecer ao empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10Assim também vós, quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer'”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 17,5-10

«Somos simples servos; fizemos o que devíamos fazer»


+ Rev. D. Josep VALL i Mundó

(Barcelona, Espanha)

Hoje, Cristo fala-nos mais uma vez de serviço. O Evangelho insiste sempre no espírito de serviço. Para isso, ajuda-nos a contemplação do Verbo de Deus encarnado - o servo de Javé, de Isaías - que «se despojou, assumindo a forma de escravo» (Fl 2,2-7). Cristo afirma também: «Eu, porém, estou no meio de vós como aquele que serve» (Lc 22,27), pois «o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos» (Mt 20,28). Em certa ocasião, o exemplo de Jesus concretizou-se realizando o trabalho dos escravos ao lavar os pés aos discípulos. Queria deixar assim bem claro, com este gesto, que os seus seguidores deviam servir, ajudar e amar-se uns aos outros, como irmãos e servidores de todos, como propõe a parábola do bom samaritano.


Devemos viver toda a vida cristã com sentido de serviço, sem pensar que estamos a fazer algo extraordinário. Toda a vida familiar, profissional e social - no mundo político, económico, etc. - deve estar impregnada desse espírito. «Para servir, servir», afirmava São Josemaria Escrivá; queria dar a entender que, para “ser útil”, é necessário viver uma vida de serviço generoso sem procurar honras, glórias humanas ou aplausos.


Os antigos afirmavam o “nolentes quaerimus” - «procuramos para os cargos de governo pessoas que não os ambicionam; aqueles que não desejam aparecer» - quando tinham de fazer nomeações hierárquicas. Esta é a disposição própria dos bons pastores, prontos a servir a Igreja como ela quer ser servida: assumir a condição de servos como Cristo. Recordemos, segundo as palavras de Santo Agostinho, como deve exercer-se qualquer função eclesial: «Non tam praeesse quam prodesse»; não com autoridade ou presidência, mas com a utilidade e o serviço.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«O Senhor compara a fé perfeita a um grão de mostarda porque é humilde na aparência, mas ardente no interior» (São Beda, o Venerável)


«Aquele que está solidamente enraizado na fé, que tem plena confiança em Deus e vive na Igreja, é capaz de levar a força extraordinária do Evangelho» (Bento XVI)


«A salvação vem só de Deus. Mas porque é através da Igreja que recebemos a vida da fé, a Igreja é nossa Mãe. «Cremos que a Igreja é como que a mãe do nosso novo nascimento (...) (Fausto de Riez). E porque é nossa Mãe, é também a educadora da nossa fé» (Catecismo da Igreja Católica, nº 169)

Fonte https://evangeli.net/


Fazer o bem é a nossa obrigação

HOMILIA


“Assim também vós: quando tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o que devíamos fazer’” (Lucas 17,10).


 

Aquilo que são nossas obrigações, deveres e responsabilidades, não devem ser motivo de mérito, reconhecimento e aplausos para alguém dizer: “Obrigado por você ter feito o que deveria ter feito”.


Deve acontecer o contrário, precisamos ser corrigidos e alertados, chamados à atenção quando não cumprimos nossas obrigações. Eu não tenho de ser aplaudido porque faço a minha obrigação e meu dever de padre. Você não tem de ser agradecido nem exaltado porque faz a sua obrigação e seu dever de pai, suas tarefas de mãe. Você não deve ganhar troféu porque vai todos os dias trabalhar. É nossa obrigação cumprirmos as nossas responsabilidades.


Vivemos numa sociedade onde a exaltação do ego, onde tudo que merece troféus e prêmios é o mais importante, quando, na realidade, o mais importante é cumprirmos nossas responsabilidades e obrigações sem esperar nada em troca. Somos apenas servidores daquilo que devemos fazer.


Fazer o bem é nosso dever e nossa obrigação, ser um bom cristão é nosso dever e nossa obrigação

O servidor público deve esmerar por servir o povo porque é a sua obrigação. Ficamos tão felizes quando um servidor público nos serve bem, mas é a obrigação dele e todos os outros nos servirem bem. É a obrigação de todos nós, na tarefa, no trabalho, na missão que realizamos neste mundo, fazer bem o nosso trabalho.


É verdade que ficamos muito satisfeitos e agradecidos quando, em qualquer lugar, encontramos a pessoa que nos serve de forma educada e gentil, mas educação e gentileza não é algo para simplesmente ser uma obrigação de vida, de modo a ser algo exaltado e louvado.


As pessoas se tornaram tão intolerantes, estamos nos tornando tão rudes uns com os outros que, quando alguém se apresenta de forma mais educada para nós, nos surpreendemos. Por isso, não espere ser louvado, exaltado e agradecido para, então, fazer o bem.


Fazer o bem é nosso dever e nossa obrigação, ser um bom cristão é nosso dever e nossa obrigação. Não podemos esperar ser canonizados, receber palmas ou méritos porque cumprimos o nosso papel de cristão. Devemos pedir a Deus que nos corrija, que nos coloque em alerta quando não estamos cumprindo as nossas responsabilidades.


Que Deus nos dê a graça de dia a dia fazermos o que devemos fazer, cumprirmos as nossas tarefas, obrigações e responsabilidades sem esperar nada em troca.


Que o bem seja feito porque ele precisa sempre ser feito, porque é o nosso dever fazer o bem.


Deus abençoe você!

Fonte Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. 

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Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

quarta-feira, 28 de setembro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 10,17-24 - 01.10.2022

Liturgia Diária


1º – SÁBADO 

SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS


VIRGEM E DOUTORA DA IGREJA


(branco, pref. comum, ou das virgens, – ofício da memória)



Deus cercou-a de cuidados e a instruiu, guardou-a como a pupila dos seus olhos. Ele abriu suas asas como a águia e em cima dos seus ombros a levou. E só ele, o Senhor, foi o seu guia (Dt 32,10ss).


Teresa nasceu na França em 1873 e lá faleceu em 1897. Religiosa carmelita, revelou a força do amor de Deus na oração pelos missionários e suas necessidades. Sentia que o caminho da perfeição estava presente nas pequenas palavras e ações. Movidos por seu exemplo, decidamo-nos a trilhar, sem cessar, um sólido itinerário espiritual.


Evangelho: Lucas 10,17-24


Aleluia, aleluia, aleluia.


Graças te dou, ó Pai, / Senhor do céu e da terra, / pois revelaste os mistérios do teu Reino aos pequeninos, / escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 17os setenta e dois voltaram muito contentes, dizendo: “Senhor, até os demônios nos obedeceram por causa do teu nome”. 18Jesus respondeu: “Eu vi satanás cair do céu como um relâmpago. 19Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões e sobre toda a força do inimigo. E nada vos poderá fazer mal. 20Contudo, não vos alegreis porque os espíritos vos obedecem. Antes, ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu”. 21Naquele momento, Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; e ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. 23Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! 24Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo e não puderam ouvir”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 10,17-24

«Ele exultou no Espírito Santo e disse: Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra»


+ Rev. D. Josep VALL i Mundó

(Barcelona, Espanha)

Hoje, o evangelista Lucas nos narra o fato que dá lugar ao agradecimento de Jesus para com seu Pai pelos benefícios que tem outorgado à Humanidade. Agradece a revelação concedida aos humildes de coração, aos pequenos no Reino. Jesus mostra sua alegria ao ver que estes admitem, entendem e praticam o que Deus dá a conhecer por meio Dele. Em outras ocasiões, no seu diálogo íntimo com o Pai, também lhe agradecerá porque sempre o escuta. Elogia ao samaritano leproso que, uma vez curado de sua doença -junto com outros nove- retorna ele só, onde está Jesus para lhe agradecer o benefício recebido.


Escreve Santo Agostinho: «Podemos levar algo melhor no coração, pronunciá-lo com a boca, escrevê-lo com uma pena, que estas palavras: Graças a Deus. Não há nada que se possa dizer com maior brevidade, nem escutar com maior alegria, nem sentir-se com maior elevação, nem fazer com maior utilidade». Assim devemos agir sempre com Deus e com o próximo, inclusive pelos dons que desconhecemos, como escreveu São Josemaria Escrivá. Gratidão para com os pais, os amigos, os professores, os companheiros. Para com todos os que nos ajudem, nos estimulem, nos sirvam. Gratidão também, como é lógico, com nossa Mãe, a Igreja.


A gratidão não é uma virtude muito usada ou freqüente, no entanto, é uma das que se experimentam com maior beneplácito. Devemos reconhecer que, às vezes, não é fácil vive-la. Santa Teresa afirmava: «Tenho uma condição tão agradecida que me subornariam com uma sardinha». Os santos têm agido sempre assim. E o têm feito de três maneiras diferentes, como indicava Santo Tomás de Aquino: primeiro, com o reconhecimento interior dos benefícios recebidos; segundo, louvando externamente a Deus com a palavra; e, terceiro, procurando recompensar ao bem feitor com obras, segundo as próprias possibilidades.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Não são as riquezas nem a gloria o que o coração do menino reclama; o que pede é amor. Só há uma coisa que posso fazer: amar-te, ó Jesus!» (Santa Teresa de Lisieux)


«A quem é que o Filho o quer revelar? A vontade do Filho não é arbitrária. O Filho quer envolver no seu conhecimento do Filho todos aqueles que o Pai quer participar d´Ele. Mas a quem é que o Pai recorre? Não aos sábios e aos eruditos, mas o povo simples» (Bento XVI)


«(...) Toda a oração de Jesus está nesta adesão amorosa do seu coração de homem ao `mistério da vontade´ do Pai» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.603)

Fonte https://evangeli.net/


A VOLTA DOS SETENTA E DOIS DISCÍPULOS Lc 10,17-24

HOMILIA


Os setenta e dois discípulos voltam «cheios de ale¬gria» e Jesus revela-lhes o conteúdo profundo daquilo que fizeram.


O tema é tratado em duas secções ligeiramente diferentes, mas unitárias. Temos, em primeiro lugar a missão, considerada pelos 72 discípulos uma vitória na luta contra Satanás; depois, a vitória sobre Satanás, que evidencia a capacidade dos discípulos em vencer o mal que há no mundo. Por isso são chamados «Felizes» e os seus nomes estão «escritos no Céu»; em terceiro lugar, o evangelho faz notar que «os pequenos» estão abertos ao mistério e recebem a verdade de Jesus; finalmente, Jesus louva o Pai pelo dom concedido «aos pequenos» e revela a união de amor entre Ele e o Pai: «Tudo me foi entregue por meu Pai; e nin¬guém conhece quem é o Filho senão o Pai…».


Pode dizer-se que a missão é irradiação do amor que une o Pai e o Filho. Este amor, revelado «aos pequenos» é a força que destrói o mal. Os discípulos são «felizes» porque vêem e saboreiam desde já o amor do Pai e do Filho.


“Porém não fiquem alegres porque os espíritos maus lhes obedecem, mas sim porque o nome de cada um de vocês está escrito no céu.” É para mim e para ti que Jesus está se dirigindo agora. Será que o meu e o teu nome também já está escrito no céu? Os nomes de todos os Apóstolos e santos, eu sei que já estão. O que temos feito para que eles estejam escrito neste livro? Sei que estou tentando anunciar o Reino de Deus, já há um bom tempo. E tu?


Pai, por ter meu nome inscrito no céu e por estar unido a Ti, única fonte de vida e de libertação, ajuda-me a lutar contra o mal que mantém a humanidade cativa do egoísmo.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

 

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Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 10,13-16 - 30.09.2022

Liturgia Diári


30 – SEXTA-FEIRA 

SÃO JERÔNIMO


PRESBÍTERO E DOUTOR DA IGREJA


(branco, pref. comum, ou dos pastores, – ofício da memória)



Que as palavras da Escritura estejam sempre em teus lábios, para que, meditando-as dia e noite, te esforces para realizar tudo aquilo que ensinam, e terá sentido e valor a tua vida (Js 1,8).


Jerônimo nasceu em 342, na Dalmácia, e morreu em Belém, na Palestina, em 420. Presbítero e doutor da Igreja. Designado secretário do papa Dâmaso, dedicou-se com empenho às Sagradas Escrituras, traduzindo os textos originais do grego para o latim. Defendeu a fé, participando ativamente da vida intelectual e religiosa de sua época. A seu exemplo, dediquemos tempo de qualidade para a leitura e a meditação da Palavra de Deus.


Evangelho: Lucas 10,13-16


Aleluia, aleluia, aleluia.


Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: / Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus: 13“Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e Sidônia tivessem sido realizados os milagres que foram feitos no vosso meio, há muito tempo teriam feito penitência, vestindo-se de cilício e sentando-se sobre cinzas. 14Pois bem, no dia do julgamento, Tiro e Sidônia terão uma sentença menos dura do que vós. 15Ai de ti, Cafarnaum! Serás elevada até o céu? Não, tu serás atirada no inferno. 16Quem vos escuta a mim escuta; e quem vos rejeita a mim despreza; mas quem me rejeita, rejeita aquele que me enviou”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 10,13-16

«Quem vos escuta, é a mim que está escutando»


Rev. D. Jordi SOTORRA i Garriga

(Sabadell, Barcelona, Espanha)

Hoje, vemos Jesus dirigir o seu olhar para aquelas cidades da Galiléia que tinham sido a causa das suas preocupações e nas quais Ele tinha pregado e realizado as obras do Pai. Em nenhum destes locais como Corazim, Betsaida e Cafarnaum tinha pregado ou feito milagres. A semeadura tinha sido abundante, mas a colheita não foi boa. Nem Jesus os pode convencer...! Que mistério o da liberdade humana! Podemos dizer não a Deus... A mensagem evangélica não se impõe pela força, apenas se oferece e eu posso fechar-me a ela; posso aceitá-la ou recusa-la. O Senhor respeita totalmente a minha liberdade. Que responsabilidade a minha!


As expressões de Jesus: «Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida!» (Lc 10,13) ao terminar a sua missão apostólica expressam mais sofrimento que condenação. A proximidade ao Reino de Deus não foi para aquelas cidades uma chamada à penitência e à mudança. Jesus reconhece que em Sidônia e em Tiro teriam aproveitado melhor toda a graça dispensada aos galileus.


A decepção de Jesus é maior quando se trata de Cafarnaum. «Serás elevada até o céu? Até inferno serás rebaixada!» (Lc 10,15). Aqui tinha Pedro a sua casa e Jesus tinha feito desta cidade o centro da sua pregação. Mais uma vez vemos mais um sentimento de tristeza que uma ameaça com estas palavras. O mesmo poderia dizer de muitas cidades e pessoas da nossa época. Julgam que prosperam quando na realidade estão se afundando.


«Quem vos escuta, é a mim que está escutando» (Lc 10,16). Estas palavras com que o Evangelho termina são uma chamada à conversão e trazem esperança. Se ouvirmos a voz de Jesus ainda estamos a tempo. A conversão consiste em que o amor supere progressivamente o egoísmo na nossa vida, o qual é um trabalho sempre inacabado. São Máximo diz-nos: «Não há nada tão agradável e amado por Deus como o fato dos homens se converterem a Ele com sincero arrependimento».


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«É verdade que a nossa fé não é palpável e não depende dos sentidos. É um dom de Deus que Ele infunde na alma humilde, porque a fé não habita naqueles que estão cheios de orgulho» (São Francisco de Sales)


«Apenas a Palavra de Deus, a Palavra de Jesus, nos salva» (Francisco)


«A penitência interior é uma reorientação radical de toda a vida, um regresso, uma conversão a Deus de todo o nosso coração, uma rotura com o pecado, uma aversão ao mal, com repugnância pelas más ações (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.431)

Fonte https://evangeli.net/


O mundo precisa de bons samaritanos!

HOMILIA


O bom samaritano é aquele que usa do perdão, da misericórdia para quem o feriu, para quem o machucou, para aquele que, em alguma situação de sua vida, lhe fez mal.


“’Qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?’ Ele respondeu:’Aquele que usou de misericórdia para com ele’. Então Jesus lhe disse: ‘Vai e faze a mesma coisa’” (Lucas 10, 36-37).


Amado irmão e irmã, a Palavra de Deus que hoje vem ao nosso coração, apresenta-nos esta linda parábola do bom samaritano. Entenda uma coisa, o samaritano foi muito bom, porque ele não só cuidou daquele homem que havia caído na mão dos assaltantes; ele fez mais do que isso. Ele venceu seu orgulho, venceu a rivalidade histórica, venceu o desprezo, venceu as situações passadas e ultrapassadas que havia nas relações entre os judeus e os samaritanos. Ele foi um vitorioso sobre o seu próprio coração; não deixou que o sentimento da vingança, do desprezo, que nenhum desses sentimentos tomassem conta do seu coração.


A bondade dele não foi só de ter feito uma caridade para alguém, mas ele fez uma sublime caridade para alguém que, na verdade, representava o inimigo para ele. Esta era a oportunidade que tinha para se vingar, para deixar aquele homem prostrado, porque os seus próprios assim o fizeram.


Um sacerdote passou adiante, um levita, que era conhecedor da Lei, também não deu atenção para ele [o homem que caiu nas mãos de assaltantes]. Foi aquele coração bom que usou da bondade, usou da suprema bondade, usou da suprema misericórdia para socorrer o seu irmão necessitado.


Quando olhamos para esta parábola do bom samaritano, acreditamos que para sermos bons samaritanos precisamos apenas socorrer quem está jogado nas ruas, fazer algo pelos pobres – e isso nós precisamos fazer sempre. Mas, o bom samaritano é aquele que sabe usar do perdão, da misericórdia para com seu próximo em todas as situações da vida.


O bom samaritano, na verdade, o bom cristão, não é aquele que usa da vingança, não é aquele que usa do ressentimento, não é aquele que usa da mágoa. Mas, é aquele que usa do perdão, da misericórdia para quem o feriu, para quem o machucou, para aquele que, em alguma situação de sua vida, lhe fez mal.


A resposta dele é diferente [o bom samaritano]. Ele usa do bálsamo, da misericórdia divina e gasta o “algo a mais”, gasta de si próprio, do seu tempo, do seu dinheiro, da sua disposição, seja do que for, para cuidar daquele que o feriu.


Alguém pode até dizer: ‘Isso é impossível!’ Pode ser impossível para quem não conhece a bondade de Deus e o tamanho da misericórdia de Jesus para conosco, para quem, de fato, não experimenta na sua vida a misericórdia divina que Ele usa para com seu próximo: o remédio da misericórdia.


O mundo precisa de bons samaritanos! A Igreja, a sociedade, espera muito dos bons cristãos! Onde é que eles estão?


Deus abençoe você!

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova. 

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

 

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Salmo

Evangelho

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Mensagens de Fé

terça-feira, 27 de setembro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 1,47-51 - 29.09.2022

Liturgia Diária


29 – QUINTA-FEIRA 

SANTOS MIGUEL, GABRIEL E RAFAEL, ARCANJOS


(branco, glória, prefácio dos anjos – ofício da festa)



Bendizei ao Senhor, mensageiros de Deus, heróis poderosos que cumpris suas ordens, sempre atentos à sua palavra (Sl 102,20).


Miguel é considerado príncipe da corte celeste, expressão da onipotência de Deus. Gabriel, “aquele que está diante de Deus”, foi o anunciador das revelações divinas relativas ao nascimento de João Batista e de Jesus. Rafael teve a missão de acompanhar o jovem Tobias e de proporcionar ao seu pai a cura da cegueira. Inspirados pela missão desses ministros do Senhor, disponhamo-nos inteiramente ao serviço do seu Reino.


Evangelho: João 1,47-51


Aleluia, aleluia, aleluia.


Bendizei ao Senhor Deus os seus poderes, / seus ministros que fazeis sua vontade! (Sl 102,21) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 47Jesus viu Natanael, que vinha para ele, e comentou: “Aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”. 48Natanael perguntou: “De onde me conheces?” Jesus respondeu: “Antes que Filipe te chamasse, enquanto estavas debaixo da figueira, eu te vi”. 49Natanael respondeu: “Rabi, tu és o Filho de Deus, tu és o rei de Israel”. 50Jesus disse: “Tu crês porque te disse: ‘Eu te vi debaixo da figueira’? Coisas maiores que essa verás!” 51E Jesus continuou: “Em verdade, em verdade, eu vos digo, vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: João 1,47-51

«Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem!.»


+ Cardenal Jorge MEJÍA Arquivista e Bibliotecário de la S.R.I.

(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, na festa dos Santos Arcanjos, Jesus manifesta aos seus Apostoles e a todos, a presença dos seus arcanjos e, a relação que com Ele mantêm. Os anjos estão na glória celestial, onde louvam perenemente ao Filho do homem, que é o Filho de Deus. O rodeiam e estão ao seu serviço.


Subir e descer nos lembra o episódio do sono do Patriarca Jacob, quem dormindo sobre uma pedra durante sua viagem à terra de origem de sua família (Mesopotâmia), enxerga aos anjos que descem e sobem por uma misteriosa escada que une o céu e a terra, enquanto Deus mesmo está de pé junto dele e lhe comunica sua mensagem. Reparemos a relação entre a comunicação divina e a presença ativa dos anjos.


Desse modo, Gabriel, Miguel e Rafael aparecem na Bíblia como presentes nas vicissitudes terrenas e levando aos homens -como nos diz São Gregório Magno- as comunicações, por meio de sua presença e, a suas mesmas ações, que mudam decisivamente nossas vidas. Chamam-se, precisamente arcanjos, príncipes dos anjos, porque são enviados para as missões mais importantes.


Gabriel foi enviado para anunciar a Maria Santíssima a concepção virginal do Filho de Deus, que é o princípio de nossa redenção (cf. Lc 1). Miguel luta contra anjos rebeldes e os expulsa do céu (cf. Ap 12). Nos anuncia, desse modo, o mistério da justiça divina, que também exerceu-se em seus anjos quando rebelaram-se e, dá-nos a segurança de sua vitória e a nossa sobre o mal. Rafael acompanha a Tobias júnior, o defende e, o aconselha e cura finalmente ao pai Tobit (cf. Tob). Por essa via, nos anuncia a presença dos anjos junto a cada uno de nós: o anjo que chamamos da Guarda.


Aprendamos desta celebração dos arcanjos que sobem e descem sobre o Filho do homem, que servem a Deus, mas lhe servem em nosso benefício. Dão glória à Trindade Santíssima e, o fazem também servindo-nos. Em conseqüência, vejamos que devoção lhes devemos e, quanta gratidão ao Pai que os envia para nosso bem.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Quando o homem chega a ser verdadeiramente espiritual e transformado pelo amor divino que lhe purifica, recebe a união e a amorosa iluminação de Deus com uma suavidade semelhante à dos anjos» (São João da Cruz)


«A luta é uma realidade diária na vida Cristiana: em nosso coração, em nossa vida, em nossa família, em nossas igrejas... Se não se lutar, seremos derrotados! Afortunadamente, o Senhor deu essa tarefa principalmente aos anjos: lutar e vencer» (Francisco)


«Ei-los, desde a criação e ao longo da toda a história da salvação, anunciando de longe ou de perto esta mesma salvação, e postos ao serviço do plano divino de sua realização: (...), são eles que conduzem o povo de Deus, anunciam nascimentos e vocações assistem os profetas (...). Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do Precursor e o do próprio Jesus» (Catecismo da Igreja Católica, n° 332)

Fonte https://evangeli.net/


ANTES QUE FILIPE TE CHAMASSE EU JÁ TINHA TE VISTO Jo 1,47-51

HOMILIA


São João nos apresenta um Jesus conhecedor de tudo e de todos. Que não precisa que alguém lhe conte e mostre quem são as pessoas com as quais Ele se relaciona. Deus conhece todas as ações humanas, e Ele é o Justo Juiz, e seu Reino não terá fim. O mal um dia será vencido e não mais estará presente entre os homens. Mas isto somente vai acontecer quando vermos o céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem. Todavia somos convidados já a nos alegrarmos : por isso, alegra-te ó céu, e todos os que viveis nele. O convite é extensivo aos coros celestes, serafins, arcanjos e anjos. É Cristo quem nos chama para estar junto dele e participar de sua obra redentora!


Filipe não tinha guardado para si a grande alegria de ter encontrado o Messias anunciado pelos Profetas, mas comunicara-a ao seu amigo Natanael, que se mostrou incrédulo em face da procedência humilde de Jesus, filho de um carpinteiro de Nazaré, quando o Messias devia ser descendente de Davi e procedente de Belém. Filipe não se desmoraliza com as razoáveis objeções do amigo e também não confia em suas próprias explicações ao amigo; opta por convidar Natanael a aproximar-se pessoalmente de Jesus: “vem e verás” (v. 46).


Passemos agora para o nome Natanael. Biblicamente ele é de origem semítica e significa dom de Deus. Foi um dos Doze Apóstolos (cf. Jo 21, 2). É bem provável que tenha sido Bartolomeu, o qual teria dois nomes, sendo este último um nome patronímico (filho de Tolmay), como o patronímico de Simão Pedro, Baryona (filho de Jonas). Esta identificação é deduzida dos diversos catálogos dos Apóstolos que nos deixaram os Sinópticos, onde Bartolomeu sempre se segue a Filipe, aquele Apóstolo que levou Natanael a Jesus .


“Eu te vi, debaixo da figueira”. Natanael sentiu que o olhar de Jesus penetrava os mais profundos recônditos da sua alma, pois algo de significativo devia ter passado no seu coração naquela hora e naquele local exato a que Jesus se referia, e que só Deus podia conhecer.


Natanael é um israelita fiel à tradição da Lei, e parece não ter idéia da ruptura de João Batista com as instituições do Judaísmo. A fala de Jesus a Natanael, “quando estavas debaixo da figueira, eu te vi”, remete ao profeta Zacarias: Naqueles dias convidar-vos-ei, uns aos outros, debaixo da figueira. (Zc 3,10). Corresponda ou não, verdade é que, Natanael vê-se descoberto e então respondendo professa a sua fé em Jesus: Mestre, Tu és o Filho de Deus, o Rei de Israel. Tanto uma palavra quanto outra fazem parte dos títulos messiânicos procedentes do Salmo 2. A intenção do Evangelho revela-se ao apresentar, desde a primeira hora, confissões explícitas de fé em Jesus.


E com a expressão: “Então vereis o céu aberto e os Anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem”, esconde e ao mesmo tempo revela de uma forma muito clara e expressiva que Jesus é o Mediador entre o Céu e a terra, ficando assim os Céus abertos para a humanidade. Ele é a porta pela qual os homens têm acesso ao Pai. É a escada de Jacó, pela qual subiam e desciam os Anjos na visão de Jacó (Gn 28,12).


Portanto, assim como Natanael, reconheçamos em Jesus “o Caminho, a Verdade e a Vida “.  Proclamemos bem alto: “Senhor, tu és o Filho do Homem, o Rei de Israel”, para que no final possamos ver o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre Ele; e com Ele reinemos eternamente.


Pai, leva-me a conhecer, cada vez mais profundamente, a identidade de teu Filho Jesus, e a fazer-me discípulo dele, de modo a compartilhar sua missão.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 9,57-62 - 28.09.2022

Liturgia Diária


28 – QUARTA-FEIRA 

26ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia)



Senhor, tudo o que fizestes conosco, com razão o fizestes, pois pecamos contra vós e não obedecemos aos vossos mandamentos. Mas honrai o vosso nome, tratando-nos segundo vossa misericórdia (Dn 3,31.29s.43.42).


Reconhecendo que o Senhor “é sábio de coração e poderoso em força”, Jó sabiamente conclui: “deveria pedir misericórdia ao meu juiz”. Acolhamos com reverência os mistérios de Deus em nossa vida e no mundo e reunamos as melhores disposições para seguir seu Filho.


Evangelho: Lucas 9,57-62


Aleluia, aleluia, aleluia.


Eu tudo considero como perda e como lixo / a fim de eu ganhar Cristo e ser achado nele! (Fl 3,8s) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 57enquanto Jesus e seus discípulos caminhavam, alguém na estrada disse a Jesus: “Eu te seguirei para onde quer que fores”. 58Jesus lhe respondeu: “As raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça”. 59Jesus disse a outro: “Segue-me”. Este respondeu: “Deixa-me primeiro ir enterrar meu pai”. 60Jesus respondeu: “Deixa que os mortos enterrem os seus mortos; mas tu, vai anunciar o Reino de Deus”. 61Um outro ainda lhe disse: “Eu te seguirei, Senhor, mas deixa-me primeiro despedir-me dos meus familiares”. 62Jesus, porém, respondeu-lhe: “Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para o Reino de Deus”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 9,57-62

«Segue-me»


Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet

(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)

Hoje, o Evangelho invita-nos a reflexionar, com muita claridade e não com menos insistência, sobre o ponto central da nossa fé: o seguimento radical de Jesus. «Eu te seguirei aonde quer que tu vás» (Lc 9,57). Com que simplicidade a expressão que propõe um cambio total da vida de uma pessoa!: «Segue-me» (Lc 9,59). Palavras do Senhor que não admitem desculpas, demoras, condições, nem traições...


A vida cristã é este seguimento radical de Jesus. Radical, não só porque em toda a sua duração quere estar debaixo da guia do Evangelho (porque compreende, portanto, todo o tempo da nossa vida), mas sim -sobretudo- porque todos os seus aspectos -desde os mais extraordinários até aos mais ordinários- querem ser e hão de ser manifestação do Espírito Santo de Jesus Cristo que nos anima. Efetivamente, desde o Batismo, a nossa já não é a vida de uma pessoa qualquer: levamos a vida de Cristo inserida em nós! Pelo Espírito Santo derramado nos nossos corações, já não somos nós que vivemos, senão que é Cristo que vive em nós. Assim é a vida do cristão, é vida cheia de Cristo, ressume Cristo desde as suas raízes mais profundas: esta é a vida somos chamados a viver.


O Senhor, quando veio ao mundo, ainda que «todo o gênero humano tinha o seu lugar, Ele não o teve: não encontrou lugar no meio dos homens (...), só numa manjedoura, no meio do gado e dos animais, e ao lado das pessoas mais simples e inocentes. Por isso disse: As raposas têm tocas e os pássaros do céu têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça» (São Jerônimo). O Senhor encontrará sitio no meio de nós se como João Batista, deixamos que Ele cresça e que nós diminuamos, quer dizer, se deixamos crescer a Aquele que já vive em nós sendo dúcteis e dóceis ao seu Espírito, a fonte de toda humildade e inocência.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«O consentimento à graça depende muito mais da graça do que apenas da nossa própria vontade; mas a resistência à graça depende unicamente da nossa vontade. Tal é a mão amorosa de Deus» (São Francisco de Sales)


«Deus, a fim de nos dar o movimento do seu poder sem impedir o da nossa vontade, ajusta o seu poder à sua doçura e à liberdade do nosso querer» (Bento XVI)


«(...) A vocação do homem para a vida eterna não suprime, antes reforça, o seu dever de aplicar as energias e os meios recebidos do Criador no serviço da justiça e da paz neste mundo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.820)

Fonte https://evangeli.net/


O JEITO DE SEGUIR JESUS Lc 9,57-62

HOMILIA


Jesus usa essa pequena parábola para ilustrar o caminho do discipulado. Ser seu discípulo é tornar-se alguém tão concentrado em sua missão quanto o agricultor que ara sua terra. Não é possível olhar para trás, ter outras preocupações ou distrações. Envolver-se com o reino de Deus significa “já” estar com a mão no arado e não se pode perder tempo nenhum. Jesus é mais exigente que Elias, pois enquanto este permitiu que Eliseu fosse despedir-se de seus familiares, nem isso Jesus consente. É nessa radicalidade que este voluntário é surpreendido. Não se pode esperar o pai morrer, mas também não se pode nem despedir-se dele. O discipulado exige um engajamento imediato. Este homem foi confrontado com a radicalidade nua e crua da “urgência” com que se deve tratar o discipulado e o reino de Deus.


Novamente, como nos dois diálogos anteriores, não há resposta por parte da pessoa que conversa com Jesus. Sua reação? Não sabemos; fica apenas o silêncio. Um silêncio que pode ocultar uma multidão de pensamentos.


Este é um dos textos mais enfáticos sobre o seguimento de Jesus em todo o Novo Testamento. Ele apresenta a questão de que para ser discípulo de Jesus devemos pagar um “preço” e temos que ter consciência da “urgência” de seu chamado.


O “preço” a pagar é a certeza de que seguimos um Senhor que, embora seja dono de todo o universo, foi rejeitado e humilhado. Nossa vida não será diferente da d’Ele. Ser discípulo de Jesus significa assumir a disposição de ter uma vida simples, até mesmo com algumas necessidades, passar por incompreensões, às vezes estar sozinho nas lutas. Se não for assim, não estaremos aptos para seguir ao Senhor Jesus.


Levar o nome de cristão também implica em colocar o reino de Deus como prioridade em nossa existência. O texto ilustra isso de um modo chocante: nossas relações familiares. Se não estivermos dispostos a pagar o “preço” de colocar Jesus acima de “tudo”, até mesmo da família, e de assumir essa decisão com rapidez, pois o reino de Deus exige “urgência”, não conseguiremos ser discípulos. Você já pensou nisso? Já fez essa decisão?


É importante notar que o texto não apresenta nomes. Todas as três pessoas são desconhecidas. Você sabe por quê? Para que analisemos nossas vidas e vejamos se nosso nome não deve aparecer no lugar daquelas pessoas, devido ao nosso comportamento idêntico ao delas. Será que seu nome deve ser colocado no lugar do primeiro homem? Ou no do segundo? Talvez você se assemelhe ao terceiro? Essa é uma questão que só você pode responder.


As respostas que você der a esse texto definirão se você pode viver como discípulo conforme ilustrado em 9,51-56 e 10,1-12. Você tem conseguido viver com alegria como discípulo de Jesus?


Pai torna-me apto para o serviço do teu Reino, dando-me as virtudes necessárias para não me desviar do caminho traçado por ti, mesmo devendo pagar um alto preço por isso.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

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Salmo

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segunda-feira, 26 de setembro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 9,51-56 - 27.09.2022

Liturgia Diária


27 – TERÇA-FEIRA 

SÃO VICENTE DE PAULO


PRESBÍTERO E FUNDADOR


(branco, pref. comum, ou dos santos, – ofício da memória)



Repousa sobre mim o Espírito do Senhor; ele me ungiu para levar a Boa-Nova aos pobres e curar os corações contritos (Lc 4,18).


Vicente nasceu em 1581 na França e lá faleceu em 1660. Foi sacerdote e fundador dos Padres da Missão – os Lazaristas -, bem como das Filhas da Caridade, religiosos e religiosas chamados a consagrar-se inteiramente ao serviço de Cristo nos pobres. Suas preocupações fundamentais foram a evangelização e a caridade, acudindo as crianças abandonadas, as vítimas da guerra e todos os necessitados. A seu exemplo, sintamo-nos envolvidos no serviço da promoção humana.


Evangelho: Lucas 9,51-56


Aleluia, aleluia, aleluia.


Veio o Filho do Homem, a fim de servir / e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – 51Estava chegando o tempo de Jesus ser levado para o céu. Então ele tomou a firme decisão de partir para Jerusalém 52e enviou mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram num povoado de samaritanos para preparar hospedagem para Jesus. 53Mas os samaritanos não o receberam, pois Jesus dava a impressão de que ia a Jerusalém. 54Vendo isso, os discípulos Tiago e João disseram: “Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu para destruí-los?” 55Jesus, porém, voltou-se e repreendeu-os. 56E partiram para outro povoado. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 9,51-56

«Jesus tomou a firme decisão de partir para Jerusalém»


Rev. D. Félix LÓPEZ SHM

(Alcalá de Henares, Espanha)

Hoje, o Evangelho nos oferece dois pontos principais para a reflexão pessoal. Em primeiro lugar, nos diz que «quando se completaram os dias em que ia a ser levado ao céu, Jesus tomou a decisão de ir a Jerusalém» (Lc 9,51). O verbo que usa são Lucas significa “completar”, “consumar”; Jesus leva a plenitude o tempo marcado pelo Padre para completar sua missão salvífica por meio da crucificação, morte e ressurreição. Então ele será glorificado, "levado ao céu". Diante dessa perspectiva, Jesus Cristo “tomou a decisão de subir a Jerusalém”, ou seja, a decisão firme de amar o Pai realizando sua vontade redentora. Jesus morre na cruz dizendo: "Tudo está consumado" (Jo 19,30). O Senhor viveu para cumprir a vontade do Pai e manteve essa atitude de fidelidade até a morte.


Assim devemos viver também, mesmo que experimentemos no caminho que nos leva a Deus a oposição ou a rejeição, o desprezo ou a marginalização por ser fiel ao Senhor. Segundo o Papa Francisco: «O verdadeiro progresso da vida espiritual não consiste em multiplicar os êxtases, mas em saber perseverar nos tempos difíceis: caminhar, caminhar, caminhar; se estiver cansado, pare um pouco e volte a andar, com perseverança.


Em segundo lugar, diante da rejeição dos Os samaritanos, Tiago e João querem fazer descer fogo do céu (cf. Lc 9,54). O Senhor os repreende por seu zelo indiscreto. Devemos nos lembrar da paciência que Deus tem conosco, e ser pacientes com nossos irmãos em seu caminho para Deus, mesmo que eles não respondam imediatamente à sua graça. Deus quer que todos os homens sejam salvos e deu seu único Filho na cruz por todos. Deus esgota todas as possibilidades de se aproximar de cada homem e espera com divina paciência o momento em que cada coração se abre à sua Misericórdia.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Em nosso tempo, a Esposa de Cristo prefere usar a medicina da misericórdia e não empunhar as armas da severidade» (São João XXIII)


«Como desejo que os anos por vir estejam impregnados de misericórdia para poder ir ao encontro de cada pessoa levando a bondade e a ternura de Deus» (Francisco)


«(...) Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é “enviada” a todo o mundo. Todos os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam deste envio (...)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 863)


Outros comentários

«Voltou-se e os repreendeu»


Rev. D. Jordi POU i Sabater

(Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)

Hoje no Evangelho contemplamos como «Tiago e João disseram: ‘Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu, para que os destrua?’. Ele, porém, voltou-se e os repreendeu. E partirem para outro povoado» (Lc 9,54-55). São defeitos dos Apóstolos, que o Senhor corrige.


Conta a história de um homem que transportava água da Índia, carregava dois cântaros um a cada lado pendurado no extremo de um pau que se apoiava em seus ombros: Um era perfeito, e o outro tinha uma rachadura e perdia água. Este –triste- observava o outro tão perfeito e com vergonha e sentindo-se miserável, disse um dia ao seu amo: sinto muito, que por causa do meu defeito perca metade do meu conteúdo. Ele lhe respondeu: Quando voltarmos para casa repara nas flores que crescem no lado do caminho. E reparou: eram belíssimas flores, mas vendo que continuava a perder água, repetiu: Não sirvo, faço tudo mal. O senhor lhe respondeu: —reparaste que as flores só crescem no teu lado do caminho? Isto porque eu sempre soube que em ti havia uma rachadura, então plantei sementes do teu lado e a cada dia que fazia este trajeto tu regavas as sementes e assim pude recolher estas flores para o altar da Virgem Maria. Sem ti e a tua maneira de ser, não seria possível esta beleza.


Todos, de alguma maneira somos cântaros rachados, mas Deus conhece bem os seus filhos e dá-nos a possibilidade de aproveitar as rachaduras-defeitos para alguma coisa boa. Assim o apóstolo João —que hoje quere destruir—, com a correção do Senhor converte-se no apóstolo do amor nas suas cartas. Não se desanimou com as correções, senão que aproveitou o lado positivo do seu caráter impulsivo —a paixão— para o serviço do amor. Que nós, também sejamos capazes de aproveitar as correções, as contrariedades —sofrimento, fracasso, limitações— para “começar e recomeçar”, tal como São Josemaria definia a santidade: dóceis ao Espírito Santo para convertermos a Deus e sermos seus instrumentos.

Fonte https://evangeli.net/

O JEITO DE SEGUIR JESUS Lc 9,57-62
HOMILIA

Jesus usa essa pequena parábola para ilustrar o caminho do discipulado. Ser seu discípulo é tornar-se alguém tão concentrado em sua missão quanto o agricultor que ara sua terra. Não é possível olhar para trás, ter outras preocupações ou distrações. Envolver-se com o reino de Deus significa “já” estar com a mão no arado e não se pode perder tempo nenhum. Jesus é mais exigente que Elias, pois enquanto este permitiu que Eliseu fosse despedir-se de seus familiares, nem isso Jesus consente. É nessa radicalidade que este voluntário é surpreendido. Não se pode esperar o pai morrer, mas também não se pode nem despedir-se dele. O discipulado exige um engajamento imediato. Este homem foi confrontado com a radicalidade nua e crua da “urgência” com que se deve tratar o discipulado e o reino de Deus.

Novamente, como nos dois diálogos anteriores, não há resposta por parte da pessoa que conversa com Jesus. Sua reação? Não sabemos; fica apenas o silêncio. Um silêncio que pode ocultar uma multidão de pensamentos.

Este é um dos textos mais enfáticos sobre o seguimento de Jesus em todo o Novo Testamento. Ele apresenta a questão de que para ser discípulo de Jesus devemos pagar um “preço” e temos que ter consciência da “urgência” de seu chamado.

O “preço” a pagar é a certeza de que seguimos um Senhor que, embora seja dono de todo o universo, foi rejeitado e humilhado. Nossa vida não será diferente da d’Ele. Ser discípulo de Jesus significa assumir a disposição de ter uma vida simples, até mesmo com algumas necessidades, passar por incompreensões, às vezes estar sozinho nas lutas. Se não for assim, não estaremos aptos para seguir ao Senhor Jesus.

Levar o nome de cristão também implica em colocar o reino de Deus como prioridade em nossa existência. O texto ilustra isso de um modo chocante: nossas relações familiares. Se não estivermos dispostos a pagar o “preço” de colocar Jesus acima de “tudo”, até mesmo da família, e de assumir essa decisão com rapidez, pois o reino de Deus exige “urgência”, não conseguiremos ser discípulos. Você já pensou nisso? Já fez essa decisão?

É importante notar que o texto não apresenta nomes. Todas as três pessoas são desconhecidas. Você sabe por quê? Para que analisemos nossas vidas e vejamos se nosso nome não deve aparecer no lugar daquelas pessoas, devido ao nosso comportamento idêntico ao delas. Será que seu nome deve ser colocado no lugar do primeiro homem? Ou no do segundo? Talvez você se assemelhe ao terceiro? Essa é uma questão que só você pode responder.

As respostas que você der a esse texto definirão se você pode viver como discípulo conforme ilustrado em 9,51-56 e 10,1-12. Você tem conseguido viver com alegria como discípulo de Jesus?

Pai torna-me apto para o serviço do teu Reino, dando-me as virtudes necessárias para não me desviar do caminho traçado por ti, mesmo devendo pagar um alto preço por isso.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

sexta-feira, 23 de setembro de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 9,46-50 - 26.09.2022

Liturgia Diária


26 – SEGUNDA-FEIRA 

26ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia)



Senhor, tudo o que fizestes conosco, com razão o fizestes, pois pecamos contra vós e não obedecemos aos vossos mandamentos. Mas honrai o vosso nome, tratando-nos segundo vossa misericórdia (Dn 3,31.29s.43.42).


Mesmo sem compreender o porquê de tanta infelicidade, Jó permanece fiel a Deus. Depositemos no coração do Senhor nossas dificuldades e fraquezas, e ele nos ajudará a vencê-las.


Evangelho: Lucas 9,46-50


Aleluia, aleluia, aleluia.


Veio o Filho do Homem, a fim de servir / e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 46houve entre os discípulos uma discussão para saber qual deles seria o maior. 47Jesus sabia o que estavam pensando. Pegou então uma criança, colocou-a junto de si 48e disse-lhes: “Quem receber esta criança em meu nome estará recebendo a mim. E quem me receber estará recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior”. 49João disse a Jesus: “Mestre, vimos um homem que expulsa demônios em teu nome. Mas nós lho proibimos, porque não anda conosco”. 50Jesus disse-lhe: “Não o proibais, pois quem não está contra vós está a vosso favor”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 9,46-50

«Aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior»


Prof. Dr. Mons. Lluís CLAVELL

(Roma, Italia)

Hoje, caminho de Jerusalém em direção à paixão, «surgiu entre os discípulos uma discussão sobre qual deles seria o maior» (Lc 9,46). Cada dia os meios de comunicação e também nossas conversas estão cheias de comentários sobre a importância das pessoas: dos outros e de nós mesmos. Esta lógica só humana produz, freqüentemente, desejo de vitoria, de ser reconhecido, apreciado, correspondido, e a falta de paz, quando estes reconhecimentos não chegam.


A resposta de Jesus a estes pensamentos -até mesmo comentários- dos discípulos, lembra o estilo dos antigos profetas. Antes das palavras estão os gestos. Jesus «pegou uma criança, colocou-a perto de si» (Lc 9,47). Depois vem o ensinamento: «aquele que entre todos vós for o menor, esse é o maior» (Lc 9,48). -Jesus, por que custa tanto aceitar que isto não é uma utopia para as pessoas que não estão implicadas no tráfico de uma tarefa intensa, na qual não faltam os golpes de uns contra os outros, e que, com a tua graça, podemos vivê-lo todos? Se o fizéssemos, teríamos mais paz interior e trabalharíamos com mais serenidade e alegria.


Esta atitude é também a fonte da onde brota a alegria, ao ver que outros trabalham bem por Deus, com um estilo diferente do nosso, mas sempre assumindo o nome de Jesus. Os discípulos queriam impedi-lo. Em troca, o Mestre defende aquelas outras pessoas. Novamente, o fato de sentir-nos filhos pequenos de Deus facilita-nos a ter o coração aberto para todos e crescer na paz, na alegria e na gratidão. Estes ensinamentos valeram à Santa Teresinha de Lisieux o titulo de Doutora da Igreja: em seu livro História de uma alma, ela admira o belo jardim de flores que é a Igreja, e está contenta de perceber-se uma pequena flor. Ao lado dos grandes santos -rosas e açucenas- estão as pequenas flores -como as margaridas ou as violetas- destinadas a dar prazer aos olhos de Deus, quando Ele dirige o seu olhar à terra.

Fonte https://evangeli.net/


O MAIS IMPORTANTE DO REINO Lc 9,46-50

HOMILIA


O Evangelho de hoje trata de um assunto que nunca sai de moda: a vaidade, a soberba, o orgulho, a avareza, ou seja, dos sete pecados capitais que se resume no desejo de ser grande. O desejo de se sentir importante é um dos mais primitivos desejos do ser humano. Aliás, o ditado popular diz que o coração do homem é insaciável de ambições. Quanto mais tem mais quer.


Diferentemente da nossa maneira de pensar, olhar e ver humanos, Jesus nunca olha para uma pessoa, mas sempre olha através da pessoa. Quando olhamos para alguém, não percebemos o que aquela pessoa está passando, pensando, sentindo. Isso nós só conseguimos saber quando nos anulamos e nos colocamos no lugar da outra pessoa. Jesus foi, então, o maior de todos os psicólogos que já existiu. Ele sondava o coração, e era capaz de ser aquela pessoa.


Na passagem de hoje, Ele sondou o coração dos discípulos e sentiu que eles se perguntavam quem, dentre os Doze, seria o maior. Eles eram humanos como nós, e dentro do grupo, procuravam uma posição de destaque. Observe que Jesus não coloca todos no mesmo patamar. Jesus admite que haja a possibilidade de alguém ser maior que os outros. Existe uma hierarquia no Reino dos Céus! Mas essa hierarquia é o inverso da nossa.


Aqui, neste mundo, quanto maior for a sua posição, mais inacessível você se torna. Na hierarquia de Jesus, quanto mais acessível você for, maior a sua posição. Viu como inverte duplamente? Neste mundo, você cresce e se torna inacessível; no Reino dos Céus, você se torna acessível e cresce!


Quando as pessoas tiverem medo e resistência em falar com você, significa que algo está errado. O primeiro passo é assumir. Se você não assumir, não vai conseguir nem passar para o segundo passo: descobrir o porquê. A maioria das pessoas quer interagir mais, ter mais e melhores amigos. Mas só o farão se encontrarem abertura no seu coração. E isto pode ser na forma de um sorriso, uma brincadeira ou até em você saber o nome da pessoa e chamá-la pelo nome. E esse já é o terceiro passo: abrir-se. Em pouco tempo, você já vai ser tão solicitado, que não vai dar nem conta de tanta responsabilidade.


O missionário do Reino, portanto, não pode desprezar ninguém! A criança que Jesus tomou em seus braços nesta passagem, representa não só as crianças, mas todos os que são excluídos neste mundo.


Jesus nos revela hoje a novidade do projeto de Deus: é um mundo de justiça, de vida plena para todos, abolindo os privilégios daqueles que concentram poder a partir da acumulação de riquezas ou do prestígio religioso. Percebe-se, nos Evangelhos, que os discípulos vindos do judaísmo sempre tiveram dificuldades em compreendê-lo. Estavam tomados pela ideologia messiânica nacionalista. Como Jesus falou para eles sobre a fragilidade de sua condição humana, vulnerável ao sofrimento e à morte, aludindo ao fim que pressentia acontecer em Jerusalém e os discípulos não entenderam e logo em seguida, passam a discutir quem seria o maior, pensando que Jesus estaria na iminência de conquistar o poder, assim também Ele quer falar para nós. Jesus nos apresenta como exemplo e, sobretudo, condição para sermos os maiores no Seu Reino o olhar puro e simples de uma criança. A criança como símbolo e modelo de humildade e exclusão do Reino dos Céus. Somos chamados a viver dedicados ao serviço, sem pretensões ao poder e a privilégios.


Pai, que eu busque sempre destacar-me no serviço ao meu semelhante, de modo especial, aos mais necessitados, pois nisto consiste minha verdadeira grandeza de discípulo. E que nesta busca eu seja simples, puro e humilde como as crianças.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

 

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Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé