Liturgia Diária
17 – DOMINGO
5º DA QUARESMA
(roxo, creio – 1ª semana do saltério)
Evangelho: João 12,20-33
Antífona:
"Queremos ver Jesus. Nele buscamos a luz que ilumina. Sua morte gera vida. Aqueles que O seguem, encontram a glória eterna. Venha, Senhor, e guie-nos para a verdadeira vida em ti."
João 12,20-33 (Bíblia de Jerusalém)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João – Naquele tempo, 20 Havia alguns gregos entre os que subiram a adorar durante a festa.
21 Estes se dirigiram a Filipe, que era de Betsaida da Galileia, e lhe disseram: "Senhor, queremos ver Jesus".
22 Filipe foi contar a André, e ambos foram dizer a Jesus.
23 Jesus respondeu-lhes: "Chegou a hora em que o Filho do homem vai ser glorificado.
24 Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; se morrer, produz muito fruto.
25 Quem ama a sua vida, perde-a; mas quem odeia a sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida eterna.
26 Se alguém me quer servir, siga-me; e onde eu estiver, estará também o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará.
27 Agora está angustiada a minha alma. E que direi eu? Pai, livra-me desta hora? Mas é precisamente para esta hora que eu vim.
28 Pai, glorifica o teu nome". Veio, então, uma voz do céu: "Eu o glorifiquei e o glorificarei ainda".
29 A multidão que ali estava e ouvira dizia que fora um trovão. Outros afirmavam: "Foi um anjo que lhe falou".
30 Jesus respondeu e disse: "Essa voz não veio por causa de mim, mas por causa de vós.
31 Agora é o julgamento deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo.
32 E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim".
33 Jesus dizia isto para indicar de que morte havia de morrer. - Palavra da Salvação.
Reflexão:
"Se o grão de trigo, caído na terra, não morrer, fica só; mas se morrer, produz muito fruto" (João 12:24)
O Evangelho de João nos apresenta um momento crucial na vida de Jesus, quando Ele percebe que a sua hora de ser glorificado está chegando. A chegada dos gregos que desejavam ver Jesus simboliza o alcance universal do Evangelho e prenuncia a redenção de toda a humanidade.
No diálogo que se segue, Jesus utiliza a metáfora do grão de trigo para explicar os princípios do Reino de Deus. Ele ensina que a verdadeira vida e frutificação vêm através do sacrifício e da entrega de si mesmo. Ao afirmar que aqueles que amam suas vidas neste mundo a perdem, mas os que a odeiam a conservam para a vida eterna, Jesus nos desafia a repensar nossas prioridades e a estar dispostos a seguir o caminho da renúncia e do serviço.
A expressão da angústia de Jesus diante da iminência da cruz revela a sua humanidade e a profundidade do seu sacrifício. Ele se submete à vontade do Pai, mesmo em meio ao sofrimento e à dor. E quando uma voz do céu ressoa, confirmando a glória de Deus e o propósito divino naquele momento, Jesus reafirma a missão que o conduzirá à redenção da humanidade.
Portanto, este trecho nos convida a refletir sobre o significado da cruz em nossas vidas. Assim como Jesus foi elevado da terra, atraindo a si todos os homens, somos chamados a seguir o seu exemplo de amor sacrificial e a encontrar verdadeira vida e frutificação através da entrega de nós mesmos.
Que possamos, como Jesus, estar dispostos a renunciar às nossas próprias vontades e a nos entregarmos totalmente ao serviço do Reino de Deus, confiantes na promessa de que aquele que perde sua vida neste mundo, a encontrará para a vida eterna.
HOMILIA
"O Caminho da Cruz: Morrer para Viver"
Queridos irmãos e irmãs,
O Evangelho de João, no trecho que acabamos de ouvir, nos apresenta um momento de profundo ensinamento por parte de Jesus. Ele está diante da iminência de sua própria morte, e sua alma está profundamente perturbada. No entanto, em meio a esse turbilhão de emoções, Ele revela verdades eternas que ecoam através dos séculos.
Jesus inicia sua reflexão ao falar sobre o grão de trigo que, ao cair na terra e morrer, produz muito fruto. Essa analogia nos ensina uma lição essencial: é necessário passar pelo processo de morte para que a vida verdadeira e abundante possa brotar. A morte aqui não é apenas física, mas espiritual - uma renúncia do ego, dos desejos mundanos e do pecado.
Nosso Senhor nos convida a seguir o mesmo caminho da cruz. Ele nos chama a morrer para nós mesmos, a renunciar ao nosso orgulho e vontade própria, a fim de nos unirmos a Ele de maneira mais profunda e verdadeira. Este é o caminho da redenção, o caminho que leva à vida eterna.
No entanto, essa mensagem não é fácil de ser compreendida. Jesus enfrentou resistência até mesmo entre aqueles que O seguiam. Ele reconhece a turbulência de sua alma, mas não se desvia do propósito que veio cumprir. Ele se submete ao plano do Pai, mesmo que isso signifique a agonia da cruz.
Nós também somos desafiados a abraçar nossa própria cruz, a aceitar os sacrifícios e desafios que surgem em nosso caminho com fé e confiança. Não estamos sozinhos nesta jornada; Jesus está conosco em cada passo do caminho, fortalecendo-nos com Sua graça e amor.
À medida que nos preparamos para entrar na Semana Santa, somos chamados a refletir sobre o significado mais profundo da cruz em nossas vidas. Que possamos encontrar coragem e esperança no exemplo de Jesus, que escolheu o caminho da cruz por amor a nós. Que possamos também abraçar nossas próprias cruzes com fé e serenidade, confiando na promessa da ressurreição e na vida eterna que Ele nos oferece.
Que o Espírito Santo nos ilumine e nos fortaleça para seguirmos fielmente os passos de nosso Senhor, mesmo quando o caminho parecer difícil. Que possamos nos unir a Ele na morte para que possamos também participar de Sua gloriosa ressurreição.
Que assim seja. Amém.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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