segunda-feira, 31 de agosto de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 4,31-37 - 01.09.2020

 Liturgia Diária


1 – TERÇA-FEIRA  

22ª SEMANA COMUM


(verde – ofício do dia da 2ª semana do saltério)



Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam (Sl 85,3.5).


Ninguém pode conhecer a Deus e seu mistério se não tiver o Espírito de Deus. Celebremos o Espírito Santo que recebemos no batismo e que nos faz agir a exemplo de Jesus.


Evangelho: Lucas 4,31-37


Aleluia, aleluia, aleluia.


Um grande profeta surgiu entre nós, / e Deus visitou o seu povo (Lc 7,16). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 31Jesus desceu a Cafarnaum, cidade da Galileia, e aí ensinava-os aos sábados. 32As pessoas ficavam admiradas com o seu ensinamento, porque Jesus falava com autoridade. 33Na sinagoga havia um homem possuído pelo espírito de um demônio impuro, que gritou em alta voz: 34“O que queres de nós, Jesus nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: tu és o Santo de Deus!” 35Jesus o ameaçou, dizendo: “Cala-te e sai dele!” Então o demônio lançou o homem no chão, saiu dele e não lhe fez mal nenhum. 36O espanto se apossou de todos, e eles comentavam entre si: “Que palavra é essa? Ele manda nos espíritos impuros com autoridade e poder, e eles saem”. 37E a fama de Jesus se espalhava em todos os lugares da redondeza. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Lucas 4,31-37

«Eles ficavam maravilhados com os seus ensinamentos, pois sua palavra tinha autoridade»


Rev. D. Joan BLADÉ i Piñol

(Barcelona, Espanha)


Hoje vemos como a atividade de ensinar foi, para Jesus, a missão central de sua vida pública. Porém a pregação de Jesus era muito diferente da dos outros mestres e isso fazia com que as pessoas se espantassem e se admirassem. Certamente, ainda que o Senhor não tivesse estudado (cf. Jo 7,15), desconcertava a todos com sua doutrina, porque «falava com autoridade» (Lc 4,32). Seu estilo possuía a autoridade de quem se sabia o “Santo de Deus”.


Precisamente aquela autoridade no seu falar era o que dava força a sua linguagem. Utilizava imagens vivas e concretas, sem silogismos nem definições; palavras e imagens que extraía da própria natureza quando não das Sagradas Escrituras. Não há dúvida de que Jesus era um bom observador, homem próximo das situações humanas: ao mesmo tempo em que o vemos ensinando, também o contemplamos perto das pessoas fazendo-lhes o bem (curando as doenças e expulsando demônios, etc.). Lia no livro da vida diária as experiências que depois lhe serviriam para ensinar. Ainda que fosse um material tão simples e “rudimentar”, a palavra do Senhor era sempre profunda, inquietante, radicalmente nova, definitiva.


O mais admirável da fala de Jesus Cristo, era esse saber harmonizar a autoridade divina com a mais incrível simplicidade humana. Autoridade e simplicidade eram possíveis em Jesus graças ao conhecimento que possuía do Pai e de sua relação de amorosa obediência a Ele (cf. Mt 11,25-27). Esta relação com o Pai é o que explica a harmonia única entre a grandeza e a humildade. A autoridade de seu falar não se ajustava aos parâmetros humanos; não havia disputa, nem interesses pessoais ou desejo de sobressair. Era uma autoridade que se manifestava tanto na sublimidade da palavra ou da ação como na humildade e simplicidade. Não houve nos seus lábios nem alabança pessoal, nem soberba nem gritos. Mansidão, doçura, compreensão, paz, serenidade, misericórdia, verdade, luz, justiça... Foi o aroma que rodeava a autoridade de seus ensinos.

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JESUS, O HOMEM QUE LIBERTA Lc 4,31-37

HOMILIA

Este episódio da expulsão de um espírito impuro, narrado por Lucas, ocorre logo no início do ministério de Jesus. Ele passava o seu ensinamento às multidões, com sua ação amorosa e libertadora. É interessante o fato de que os primeiros atos de Jesus narrados por Lucas estejam ligados à expulsão dos demônios. Para os antigos, todos os males que afligiam as pessoas eram considerados obra de algum demônio, principalmente as doenças. Para conseguir a cura, era necessário expulsar o demônio. Jesus pode fazer isso porque venceu as tentações: abundância, poder, riqueza e prestigio, através das quais o diabo age, provocando os males do povo. Isso é o sinal concreto da chegada do Reino de Deus, que traz liberdade e vida para todos.


Cafarnaum é o centro da atividade de Jesus na Galileia, e aí Ele costuma ensinar na sinagoga no dia de sábado, que é o dia santo dos judeus. As pessoas se espantam com o seu ensinamento, porque Ele “fala com autoridade”. Que autoridade é essa? Certamente uma compreensão nova das Escrituras, aplicando diretamente o seu anúncio à uma prática de libertação concreta. Enquanto os doutores da Lei ficavam em especulações abstratas, Jesus vai direto ao que interessa ao povo: a Palavra de Deus como libertação concreta, interna e externa, dentro das situações em que o povo vive.


O primeiro milagre contado por Lucas é a expulsão de um demônio, indicando que, para libertar as pessoas primeiro é preciso expulsar o demônio. Quem é ele? É alguém que conhece Jesus, e sabe que Jesus é uma ameaça para seu império demoníaco. Ele chama Jesus de o “Santo de Deus”. Isto é, que Jesus, concebido por obra do Espírito Santo, é portador desse mesmo Espírito, capaz de vencer o domínio do espírito do mal. Para compreendermos bem o que isto significa, devemos nos lembrar de que a principal ação do demônio é alienar as pessoas, impedindo-as de pensar e agir por si mesmas. Tudo aquilo que aliena as pessoas é mau e demoníaco, e então compreendemos que as ideologias, as propagandas mentirosas, os sistemas, as estruturas opressoras são agentes do demônio, enganando e manipulando o povo. Quem seria esse demônio de hoje? Todos aqueles que tapeiam e manipulam o povo, para explorá-lo e oprimi-lo, a fim de conseguir vantagem. E esses agentes do demônio sabem muitos bem que Jesus é perigoso para eles, porque pode destruir o seu “negócio rentável”.


Entendemos, então, o espanto do povo e a fama de Jesus, que vai se espalhando pela redondeza. Jesus, com sua palavra e ação, vence os demônios que alienam o povo. Ele devolve ao povo a capacidade de ver, de pensar e agir por si, usando sua liberdade para conquistar a vida a que todos têm direito. O povo só é impedido disso por alguns que, demoniacamente, só pensam e buscam a própria abundância, poder, riqueza e prestigio, deixando todos os outros na miséria.


Quais são os demônios que hoje te deixam alienado, impedindo-te de ver, ouvir, falar e agir com liberdade, para descobrir e seguir o caminho da santidade? É justa uma lei que impede de curar? Em tua casa, bairro, cidade ou país existem leis assim? Quais são os demônios que provocam as doenças na tua casa e entre os teus familiares? Como esses demônios agem? Não te esqueça nunca: Jesus veio e Ele está presente ao teu lado, na tua casa e no teu coração para expulsá-los todos. Basta acreditar, confiar e saber esperar que Ele agirá!


Pai, faça-me forte para enfrentar e vencer as forças malignas que cruzam meu caminho, tentando afastar-me de Ti. Como Jesus, quero abalar e derrotar o poder do mal deste mundo.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé


domingo, 30 de agosto de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 4,16-30 - 31.08.2020

 Liturgia Diária


31 – SEGUNDA-FEIRA  

22ª SEMANA COMUM*


(verde – ofício do dia)



Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam (Sl 85,3.5).


O núcleo da pregação apostólica é Jesus Cristo crucificado. No centro de nossa vida esteja Jesus, que assumiu exemplarmente sua missão messiânica e espera que o acolhamos com fé.


Evangelho: Lucas 4,16-30


Aleluia, aleluia, aleluia.


O Espírito do Senhor repousa sobre mim; / e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 16veio Jesus à cidade de Nazaré, onde se tinha criado. Conforme seu costume, entrou na sinagoga no sábado e levantou-se para fazer a leitura. 17Deram-lhe o livro do profeta Isaías. Abrindo o livro, Jesus achou a passagem em que está escrito: 18“O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me consagrou com a unção para anunciar a Boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos cativos e aos cegos a recuperação da vista; para libertar os oprimidos 19e para proclamar um ano da graça do Senhor”. 20Depois fechou o livro, entregou-o ao ajudante e sentou-se. Todos os que estavam na sinagoga tinham os olhos fixos nele. 21Então começou a dizer-lhes: “Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir”.

22Todos davam testemunho a seu respeito, admirados com as palavras cheias de encanto que saíam da sua boca. E diziam: “Não é este o filho de José?” 23Jesus, porém, disse: “Sem dúvida, vós me repetireis o provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo. Faze também aqui, em tua terra, tudo o que ouvimos dizer que fizeste em Cafarnaum”. 24E acrescentou: “Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo, no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio”. 28Quando ouviram essas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho. – Palavra da salvação.


Fonte https://www.paulus.com.br/


Relexão - Evangelho: Lucas 4,16-30

«Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir»


Rev. D. David AMADO i Fernández

(Barcelona, Espanha)


Hoje, «se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir» (Lc 4,21). Com essas palavras, Jesus comenta, na sinagoga de Nazaré, um texto do profeta Isaías: «O Espírito do Senhor está sobre mim, pois ele me consagrou com a unção» (Lc 4,18). Estas palavras têm um sentido que ultrapassa o momento histórico concreto em que foram pronunciadas. O Espírito Santo habita em plenitude em Jesus Cristo, e é Ele quem o envia aos crentes.


Mas, além disso, todas as palavras do Evangelho possuem uma atualidade eterna. São eternas porque foram pronunciadas pelo Eterno e, são atuais porque Deus faz com que se cumpram em todos os tempos. Quando escutamos a Palavra de Deus, temos que recebê-la não como um discurso humano, mas sim como uma Palavra que tem, sobre nós, poder de transformação. Deus não fala aos nossos ouvidos, mas ao nosso coração. Tudo o que diz está profundamente cheio de sentido e de amor. A Palavra de Deus é uma fonte inextinguível de vida: «É mais o que perdemos do que o que captamos, tal como ocorre com os sedentos que bebem de uma fonte» (Santo Efrém). Suas palavras saem do coração de Deus. E, desse coração, do seio da Trindade, veio Jesus —a Palavra do Pai — aos homens.


Por isso, cada dia, quando escutamos o Evangelho, temos que poder dizer como Maria: «Faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38); e Deus nos responderá: «Hoje se cumpriu esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir». Mas para que a Palavra seja eficaz em nós devemos nos desprender de todo o preconceito. Os contemporâneos de Jesus não o compreenderam, porque o viam somente com olhos humanos: «Não é este o filho de José?» (Lc 4,22). Enxergavam a humanidade de Cristo, mas não se deram conta de sua divindade. Sempre que escutamos a Palavra de Deus, mais a frente do estilo literário, da beleza das expressões ou da singularidade da situação, temos que saber que é Deus quem nos fala.

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JESUS EM NAZARÉ Lc 4,16-30

HOMILIA

Jesus de Nazaré foi um judeu da Galileia onde passou quase toda a sua vida e desenvolveu a maior parte da sua atividade pública. Ora, os estudos recentes mostraram as particularidades da Galileia de então nos domínios social, cultural e religioso. No entanto, a interpretação dessas particularidades é objeto de discussão entre os especialistas. Do ponto de vista social, a Galileia parece ter conhecido nesse tempo um processo de urbanização, que afundou o fosso entre as classes detentoras do religioso. O judaísmo da Galileia tinha traços que o distinguiam do judaísmo de Jerusalém ou da Judeia em geral. O enraizamento de Jesus na Galileia talvez não tenha influenciado somente a formulação de sua mensagem.


Os Evangelhos atribuem a Jesus uma atividade bastante variada que parece supor o desempenho de vários papéis ou funções sócio-religiosas. Jesus proclama a vinda iminente do Reino de Deus como um profeta, ensina como um doutor ou um sábio, cura doentes e exorciza possessos como um homem que está investido do poder de Deus. Parece difícil colar uma etiqueta a Jesus. Os historiadores privilegiam, segundo as suas próprias tendências, ora um ora outro dos papéis que os Evangelhos lhe atribuem, às vezes com a exclusão dos restantes. Ora, tal exclusão não se impõe, podendo um homem de Deus desempenhar ao mesmo tempo mais do que uma função. Tudo indica que os contemporâneos de Jesus viram nele um profeta. Há duas séries de textos evangélicos particularmente significativas a esse respeito. A primeira, que se lê em Mc 6,15 e em Lc 9,8, conta a reação de Herodes perante a fama de Jesus. A segunda, presente nos três Evangelhos sinópticos, relata a chamada confissão de Pedro. As duas séries de textos informam sobre o que a opinião pública pensava de Jesus. Para uns, Jesus era João Batista ressuscitado; para outros, Elias; para outros, enfim, um dos profetas de outrora que ressuscitou. Jesus é ainda chamado profeta pela multidão ou por um ouvinte individual em vários outros textos próprios a um ou a outro evangelho.


Ao falar na Sinagoga, Jesus assumia as palavras de Is 61, 1-2 as quais anunciavam a todas as nações a Sua missão de ungido do Senhor. Este trecho nos relata o ministério de Jesus aqui na terra que se constitui também na nossa missão, pelo poder do Espírito Santo: anunciar a boa nova, proclamar a libertação dos cativos, recuperar a vista aos cegos, livrar os oprimidos e proclamar o perdão do Senhor! Todos nós que somos batizados em Cristo temos também esta vocação. Pela palavra que anunciamos, pela oração que fazemos ou pelo nosso testemunho, todas estas coisas acontecem àqueles a quem nós nos dirigimos. Naquele tempo o povo de Nazaré não acreditou em Jesus porque Ele era de casa, mas mesmo assim Ele não desistia dos seus. É difícil para nós também anunciarmos Jesus na nossa casa ou evangelizar as pessoas no lugar onde todos nos conhecem. Nem sempre somos acolhidos e admirados porque seguimos os ensinamentos de Deus. Assim foi também no tempo de Jesus. Por isso é que Ele nos recorda as figuras de Elias que fez prodígios na vida de uma viúva que não pertencia ao povo de Israel e Naamã, o sírio, que procurou Eliseu longe da sua terra para ser curado da lepra. Às vezes não fazemos sucesso onde queríamos, mas o Senhor nos envia a alguém a quem nem imaginamos, para que por nosso meio ela possa obter cura e libertação. A quem você se sente chamado(a) a evangelizar? Para você o que é evangelizar? O que você tem feito para atrair os seus para uma vida melhor? Você tem visto algum progresso na sua família por causa do seu testemunho de vida? Você continua insistindo? Você sente o poder do Espírito Santo quando fala no nome de Jesus Cristo? Como você acolhe aqueles que lhe anunciam a Palavra da Verdade? Diante dos seus erros e falhas, você aceita de bom coração as correções? Os conterrâneos de Jesus não o acolheram. E você?


Pai, que eu saiba acolher Jesus e reconhecê-lo como Filho de Deus, de modo a tornar-me beneficiário de seu ministério messiânico.


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Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé


sábado, 29 de agosto de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 16,21-27 - 30.08.2020

 Liturgia Diária

30 – DOMINGO  

22º DO TEMPO COMUM


(verde, glória, creio – 2ª semana do saltério)



Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam (Sl 85,3.5).


Atraídos por Jesus, somos convidados por ele a assumir a missão a nós confiada e renunciar a tudo o que nos impede de segui-lo com fidelidade. Ele transforma nosso pensar e agir e nos revela que ganhamos a vida quando a pomos a serviço do seu Evangelho. Dirijamos nossa prece carinhosa a todos os catequistas, neste dia a eles dedicado.



Evangelho: Mateus 16,21-27


Aleluia, aleluia, aleluia.


Que o Pai do Senhor Jesus Cristo / nos dê do saber o espírito; / conheçamos, assim, a esperança / à qual nos chamou, como herança! (Ef 1,17s) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 21Jesus começou a mostrar a seus discípulos que devia ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos sumos sacerdotes e dos mestres da Lei e que devia ser morto e ressuscitar no terceiro dia. 22Então Pedro tomou Jesus à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: “Deus não permita tal coisa, Senhor! Que isso nunca te aconteça!” 23Jesus, porém, voltou-se para Pedro e disse: “Vai para longe, satanás! Tu és para mim uma pedra de tropeço, porque não pensas as coisas de Deus, mas sim as coisas dos homens!” 24Então Jesus disse aos discípulos: “Se alguém quer me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. 25Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de mim vai encontrá-la. 26De fato, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que poderá alguém dar em troca de sua vida? 27Porque o Filho do Homem virá na glória do seu Pai, com os seus anjos, e então retribuirá a cada um de acordo com a sua conduta”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 16,21-27

«Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e siga-me»


Rev. D. Joaquim MESEGUER García

(Rubí, Barcelona, Espanha)


Hoje, contemplamos Pedro — figura emblemática e grande testemunho e mestre da fé— também como homem de carne e osso, com virtudes e debilidades, como cada um de nós. Devemos agradecer aos evangelistas o fato de nos terem apresentado a personalidade dos primeiros seguidores de Jesus com realismo. Pedro, que faz uma excelente confissão de fé —como vemos no Evangelho do XXI Domingo— e merece um grande elogio por parte de Jesus e a promessa da autoridade máxima dentro da Igreja (cf. Mt 16,16-19), recebe também do Mestre uma severa reprimenda, porque no caminho da fé ainda tem muito que aprender: «Vai para trás de mim, satanás! Tu estás sendo para mim uma pedra de tropeço, pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!» (Mt 16,23).


Ouvir a reprimenda de Jesus a Pedro é um bom motivo para fazer um exame de consciência sobre a nossa forma de ser cristão. Somos de verdade fiéis aos ensinamentos de Jesus Cristo, até ao ponto de pensarmos realmente como Deus, ou preferimos moldar-nos à forma de pensar e aos critérios deste mundo? Ao longo da história, os filhos da Igreja caímos na tentação de pensar segundo o mundo, de nos apoiarmos nas riquezas materiais, de procurarmos com afinco o poder político e o prestigio social; e por vezes movem-nos mais os interesses mundanos que o espírito do Evangelho. Perante estes fatos, volta a se apresentar-nos a pergunta: «De fato, que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se perde a própria vida?» (Mt 16,26).


Depois de ter posto as coisas bem claras, Jesus ensinou-nos o que quer dizer pensar como Deus: amar, com tudo o que isso comporta de renuncia pelo bem do próximo. Por isso o seguir a Cristo passa pela cruz. É um segui-lo entranhável, porque «com a presença de um amigo e capitão tão bom como Cristo Jesus, que se pôs na vanguarda dos sofrimentos, tudo se pode sofrer: ajuda-nos e anima; não falha nunca, é um verdadeiro amigo» (Santa Teresa de Ávila). E…, quando a cruz é signo de amor sincero, converte-se em luminosa e signo de salvação.

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Para seguir Jesus é preciso renunciar a si mesmo

HOMILIA

“Se alguém quer Me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e Me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; e quem perder a sua vida por causa de Mim, vai encontrá-la” (Mateus 16,24-25).


 

Eu quero seguir Jesus. Se nós queremos segui-Lo, Ele está dizendo: “Sigam-Me. Venham atrás de Mim, mas para seguir-Me é preciso renunciar a si mesmo”. Muitas vezes, não saímos do lugar e não conseguimos seguir os passos de Jesus, porque somos muito egoístas e individualistas, pensamos muito em nós, a vida gira muito em torno de nós, das nossas ocupações, do nosso “eu” e do nosso ego.


A palavra “renúncia”, no mundo em que vivemos, não é bem vista e bem-vinda. Ninguém quer renunciar, todo mundo quer ganhar, todo mundo quer vantagens e se sobressair ao outro.


Você pode ganhar muitas curtidas, muitas palmas, muitos aplausos, vantagens e até muito dinheiro, mas não vai ser um seguidor de Jesus. Porque o seguidor de Jesus é aquele que renuncia.


Precisamos renunciar a mentalidade, os sentimentos e as vantagens que o mundo tanto coloca em nós

A palavra “renúncia” tem um sentido profundo na visão evangélica. Renúncia quer dizer perda, quer dizer abrir mão de vantagens, de reconhecimentos, abrir mão de ser melhor para ser discípulo de Jesus. A renúncia de si mesmo é o exercício diário do discípulo de Jesus, a renúncia da vontade, das coisas do mundo, do pecado, do favorecimento e de tantas outras coisas que o mundo nos oferece para carregar a nossa cruz e seguir Jesus.


Salvar a vida é perder no sentido de dar, de doar e fazer a oblação de si mesmo, para que a vida de Deus esteja em nós. É preciso entender que o mundo está dentro de nós, o pensamento do mundo está em nós, as vantagens e pregações do mundo estão impregnadas em nós. E precisamos renunciar a mentalidade, os sentimentos e as vantagens que o mundo tanto coloca em nós.


Às vezes, é preferível que tenhamos uma vida razoável ganhando menos, mas estarmos unidos nos verdadeiros valores com a nossa família, do que todos os dias querermos contar vantagens, termos buscas incansáveis financeiras nisso e naquilo e perdendo o que é essencial.


Lute muito na vida para ganhar a vida, pois ganhamos a vida sabendo perder, para ganhar Deus e Ele ser o bem e a graça maior da nossa vida.


Deus abençoe você!


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Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé


sexta-feira, 28 de agosto de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 6,17-29 - 29.08.2020

Liturgia Diária

29 – SÁBADO  
MARTÍRIO DE SÃO JOÃO BATISTA

(vermelho, pref. próprio – ofício da memória)


Diante dos reis falo da vossa aliança, sem temer a vergonha. Encontro alegria em vossos preceitos, porque muito os amo (Sl 118,46s).

Na fortaleza de Maqueronte, ao leste do mar Morto, por ordem de Herodes Antipas, João Batista foi degolado. “Tombou na luta pela justiça e pela verdade.” A celebração do seu martírio tem origens antigas: século 5º, na França; século 6º, em Roma. Possamos também nós lutar corajosamente para testemunhar a Palavra de Deus.

Evangelho: Marcos 6,17-29

Aleluia, aleluia, aleluia.

Felizes os que são perseguidos por causa da justiça do Senhor, / porque o Reino dos céus há de ser deles! (Mt 5,10) – R.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos – Naquele tempo, 17Herodes tinha mandado prender João e colocá-lo acorrentado na prisão. Fez isso por causa de Herodíades, mulher do seu irmão Filipe, com quem se tinha casado. 18João dizia a Herodes: “Não te é permitido ficar com a mulher do teu irmão”. 19Por isso Herodíades o odiava e queria matá-lo, mas não podia. 20Com efeito, Herodes tinha medo de João, pois sabia que ele era justo e santo, e por isso o protegia. Gostava de ouvi-lo, embora ficasse embaraçado quando o escutava. 21Finalmente, chegou o dia oportuno. Era o aniversário de Herodes, e ele fez um grande banquete para os grandes da corte, os oficiais e os cidadãos importantes da Galileia. 22A filha de Herodíades entrou e dançou, agradando a Herodes e seus convidados. Então o rei disse à moça: “Pede-me o que quiseres e eu to darei”. 23E lhe jurou, dizendo: “Eu te darei qualquer coisa que me pedires, ainda que seja a metade do meu reino”. 24Ela saiu e perguntou à mãe: “O que vou pedir?” A mãe respondeu: “A cabeça de João Batista”. 25E, voltando depressa para junto do rei, pediu: “Quero que me dês agora, num prato, a cabeça de João Batista”. 26O rei ficou muito triste, mas não pôde recusar. Ele tinha feito o juramento diante dos convidados. 27Imediatamente, o rei mandou que um soldado fosse buscar a cabeça de João. O soldado saiu, degolou-o na prisão, 28trouxe a cabeça num prato e a deu à moça. Ela a entregou à sua mãe. 29Ao saberem disso, os discípulos de João foram lá, levaram o cadáver e o sepultaram. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Marcos 6,17-29
«João vivia dizendo a Herodes: ?Não te é permitido ter a mulher do teu irmão?»

Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)

Hoje lembramos o martírio de São João Batista, o Precursor do Messias. A vida toda do Batista gira em torno à Pessoa de Jesus, de forma tal que sem Ele, a existência e a tarefa do Precursor do Messias não teria sentido.

E, desde as entranhas da sua mãe, sente a proximidade do Salvador. O abraço de Maria e de Isabel, duas futuras mães, abriu o dialogo dos dois meninos: o Salvador santificava a João e, este pulava de entusiasmo dentro do ventre da sua mãe.

Na sua missão de Precursor manteve esse entusiasmo ?que etimológicamente significa estar cheio de Deus?, preparou-lhe os caminhos, nivelou-lhe as rotas, rebaixou-lhe as cimas, o anunciou já presente e, o assinalou com o dedo como o Messias: «Eis aqui o Cordeiro de Deus» (Jo 1,36).

No ocaso de sua existência, João, ao predicar a liberdade messiânica a aqueles que estavam cativos dos seus vícios, é encarcerado: «João dizia a Herodes: ?Não te é permitido ter a mulher do teu irmão?» (Mc 6,18). A morte do Batista é a testemunha martirizante centrada na pessoa de Jesus. Foi seu Precursor na vida e, também lhe precede agora na morte cruenta.

São Beda nos diz que «está encerrado, na escuridão de um cárcere, aquele que tinha vindo dar testemunho da Luz e, havia merecido da boca do mesmo Cristo (...) ser denominado lâmpada ardente e luminosa. Foi batizado com seu próprio sangue, aquele a quem antes lhe foi concedido batizar ao Redentor do mundo».

Queira Deus que a festa do Martírio de São João Batista entusiasme-nos, no sentido etimológico do término e, assim cheios de Deus, também demos testemunho de nossa fé em Jesus com coragem. Que nossa vida cristã também gire em torno à Pessoa de Jesus, o que lhe dará seu pleno sentido.

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O MÁRTIR DA FÉ Mc 6,17-29
HOMILIA

Hoje celebramos o martírio de João, o Batista, aquele de quem Cristo disse: dos nascidos de mulher não há outro maior do que João, o Batista. Mas o menor no Reino do Céu é maior do que ele. É uma reflexão sobre minoridade, João escolheu a via menor, se fez pobre, vestia-se pobremente, comia gafanhotos e mel. Esta é a expressão que Mateus usa para expressar a humildade de João. E Jesus ainda diz: o menor no Reino do Céu é maior do que ele. Aqui percebemos que o Senhor demonstra que a sabedoria e o serviço estão no despojamento, na simplicidade, no profetismo sem recompensas. O profeta de Deus não é rico, nem poderá ser, e Jesus também revela que o menor, o mais pobre, o mais abandonado, o mais oprimido, no Reino de Deus, isto é, na Vontade de Deus, ainda é maior que o maior.

Falando da morte de João Batista, o Papa João Paulo II diz na Carta Encíclica “Veritatis Splendor” (cf. n. 91) que o martírio constitui um sinal preclaro da santidade da Igreja. Efetivamente, ele “representa o ponto mais alto do testemunho a favor da verdade moral.” Se são relativamente poucas as pessoas chamadas ao sacrifício supremo, há, porém, um testemunho coerente que todos os cristãos devem estar prontos a dar em cada dia, mesmo à custa de sofrimentos e de graves sacrifícios. Assim tu meu irmão, minha irmã, não podes e nem deves fugir. Gostaria que soubesses que desde o início do Cristianismo percebemos que três elementos estão quase sempre unidos: testemunho, profecia e doação da própria vida. É verdadeiramente necessário um compromisso, com estas três vias, por vezes heróicas, para não ceder, até mesmo na vida cotidiana: em casa com o marido, com os filhos, colegas do trabalho, com os familiares de perto ou de longe. É necessário saber que as dificuldades nos levam ao compromisso para viver na totalidade o Evangelho.

O exemplo heróico de João Batista nos deve fazer pensar nos mártires da fé que, ao longo dos séculos, seguiram corajosamente as suas pegadas. De modo especial, voltemos à mente os numerosos cristãos que, no mundo inteiro, foram vítimas do ódio, e da perseguição religiosa. Mesmo hoje, em algumas partes do mundo, os fiéis continuam a ser submetidos a duras provações, em virtude da sua adesão a Cristo e à sua Igreja. Os impérios opressores que existiram na história continuaram deixando seus mártires. Seus projetos elitistas e imperialistas fizeram com que seus chefes continuassem a embriagar-se com o sangue dos mártires. Portanto, o martírio não deve ser buscado por ninguém. Em última palavra, o martírio é uma graça de Deus. Mas, dele não se deve fugir, se é necessário dar o testemunho e para defender a vida do povo. Jesus também nos ensina que não devemos ter medo daqueles que matam o corpo. Por isso, dar a vida é a melhor forma de amor, a exemplo de Jesus que nos amou até o extremo.

O máximo do amor é dar a vida pelos seus. Deste modo, a vida não é tirada, mas é dada livremente. Foi isso que fez São João Batista em meio à crueldade que ameaçava a fidelidade conjugal: lutou, e sendo testemunha e testemunho fiel, derramou seu sangue, pagando com a própria vida. Ontem como hoje, o banquete dos criminosos continua sendo regado a sangue, como foi o de Herodes como nós ouvimos no Evangelho de hoje. Por isso, lembrar a morte de João Batista é não deixar morrer sua história, é recordar o seu testemunho, sua profecia e sua coragem; é lembrar que, se preciso for, todos devemos estar dispostos a lavar as nossas vestes e as branquear no sangue do Cordeiro (Ap 7,14).

Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 25,1-13 - 28.08.2020

 Liturgia Diária


28 – SEXTA-FEIRA  

SANTO AGOSTINHO


BISPO E DOUTOR


(branco, pref. comum ou dos pastores – ofício da memória)



No meio da Igreja, o Senhor colocou a palavra nos seus lábios; deu-lhe o espírito de sabedoria e inteligência e o revestiu de glória (Eclo 15,5).


Graças à piedosa oração de sua mãe e à influência de Santo Ambrósio, Agostinho – nascido em Tagaste, atual Argélia, em 354 e lá falecido em 430 – recebeu o batismo em 387. Foi ordenado presbítero e, depois, bispo de Hipona. Homem apaixonado pela verdade, escreveu importantes obras teológicas, influenciando gerações. Fundador da Ordem dos Agostinianos, é considerado o pai de várias formas de vida religiosa e o maior entre os padres e doutores da Igreja. Imbuídos do espírito agostiniano, busquemos a “fonte da verdadeira sabedoria”.


Evangelho: Mateus 25,1-13


Aleluia, aleluia, aleluia.


Vigiai e orai para ficardes de pé / ante o Filho do Homem! (Lc 21,36) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1“O Reino dos céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ 7Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. 9As previdentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’. 10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ 12Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo, não vos conheço!’ 13Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia nem a hora”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 25,1-13

«Em verdade vos digo: não vos conheço»


Rev. D. Joan Ant. MATEO i García

(La Fuliola, Lleida, Espanha)


Hoje, sexta-feira da XXI Semana do Tempo Comum, o Senhor nos lembra, no Evangelho, que devemos sempre vigiar e nos preparar para o encontro com Ele. À meia-noite, a qualquer momento, podem bater à porta e convidar-nos a sair para receber o Senhor. A morte não marca hora. Assim, “vigiai, pois não sabeis o dia, nem a hora.” (Mt 25,13).


Vigiar não significa viver amedrontado e angustiado. Quer dizer viver responsavelmente nossa vida de filhos de Deus, nossa vida de fé, esperança e caridade. O Senhor espera continuamente nossa resposta de fé e amor, constantes e pacientes, em meio das ocupações e preocupações que vão tecendo o nosso viver.


E esta resposta só nós podemos dá-la, você e eu. Ninguém pode fazer isso por nós. Isso é o significa a negativa das virgens prudentes em ceder um pouco de seu azeite para as lâmpadas apagadas das virgens ignorantes: “É melhor irdes comprar dos vendedores” (Mt 25,9). Assim, nossa resposta a Deus é pessoal e intransferível.


Não aguardemos um “amanhã” —que talvez não venha— para acender a lâmpada de nosso amor para o Esposo. Carpe diem! Há que viver cada segundo de nossa vida com toda a paixão que um cristão pode sentir pelo seu Senhor. O ditado é conhecido, mas não nos custa lembrá-lo: “Vive cada dia de tua vida como se fosse o primeiro dia de tua existência, como se fosse o único dia do qual dispomos, como se fosse o último de nossa vida”. Um chamado realista à necessária e sensata conversão que devemos alcançar.


Que Deus nos dê a graça em sua grande misericórdia de que não ouçamos, na hora final: “Em verdade vos digo: não vos conheço!" (Mt 25,12), quer dizer, “nunca tivestes nenhuma relação nem convivência comigo”. Tratemos com o Senhor nesta vida de modo que sejamos conhecidos e seus amigos no tempo e na eternidade.

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A PREPARAÇÃO DA VINDA DO SENHOR Mt 25,1-13

HOMILIA

Em duas ocasiões distintas Jesus contou duas parábolas cujo conteúdo apela pela prudência e pela vigilância antes de sua morte destacando-se o tema da preparação para a vinda do Senhor. A das dez virgens (Mateus 25:1-13) e a dos talentos (Mateus 25:14-30). Essas foram, aparentemente, contadas em particular aos seus discípulos (Mateus 24:3). Na primeira parábola, dez virgens saíram ao encontro do noivo, empolgadas com as alegrias vindouras da festa de casamento. Todas estavam presentes; todas estavam esperando o noivo; todas se sentiam satisfeitas com a sua preparação, pois estavam cochilando e dormindo, e todas tinham lâmpadas. A diferença entre as cinco virgens prudentes e as cinco tolas era que as cinco prudentes trouxeram óleo junto com suas lâmpadas. O tempo da preparação tinha-se passado. Enquanto as virgens tolas estavam comprando óleo, o noivo chegou e elas foram deixadas fora do casamento para sempre. Como você está esperando pelo seu Senhor? Você está vigiando? A que temperatura está o termômetro da tua prudência? Jesus decretou a sentença tanto para as dez virgens como para mim e para ti: “Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora” na qual o Filho do Homem vem!.


Na segunda parábola, um homem que ia viajar para um país distante confiou talentos aos seus servos. A um ele deu cinco, a outro dois e a outro um, distribuindo-os de acordo com a capacidade de cada servo. Os dois servos, um com cinco e o outro com dois talentos, duplicaram o que lhes tinha sido confiado, resultando em louvor e recompensa de seu senhor. O servo com um talento, agindo com temor, foi preguiçoso. Ele escondeu o talento que lhe havia sido dado em vez de usá-lo para obter rendimentos, suscitando a ira de seu senhor e a perda do talento que lhe havia sido entregue. Como e onde você escondeu tudo o que recebeu de Deus?


Há muita semelhança entre as duas parábolas. Vemos nestas duas parábolas a grande e muita expectativa pelo Senhor que vem. As dez virgens estavam esperando o noivo. Os servos sabiam que seu senhor voltaria. O noivo, ou o senhor, que retorna, naturalmente, é Jesus Cristo. Ele há de voltar. Não há desculpas a quem deixa de aguardar sua volta.


Saiba que todas as dez virgens tinham feito alguma preparação. Os dois servos, um com cinco e o outro com dois talentos, tinham-se preparado, obviamente; e até mesmo o servo com um talento tinha feito alguma preparação, mantendo cuidadosamente em segurança seu único talento até a volta de seu senhor. Por isso não fique de braços cruzados. Prepare-se para a vinda do teu Senhor. Em breve Ele chegará. Note que, como vimos nas duas parábolas, há preparação adequada contrastada com negligência. Não houve o despreparo completo, mas negligência: negligência em abandonar algum mau hábito; negligência em confessar os pecados cometidos; negligência em desenvolver os frutos do Espírito; negligência em tirar vantagem completa das oportunidades que Deus coloca diante deles; em resumo, negligência em tornar-se como seu Senhor. Como vai a tua preparação? Está sendo com inteligência ou negligência?


É verdade que nas duas parábolas houve demora na chegada. “E, tardando o noivo”. O senhor dos servos voltou “depois de muito tempo”. Só que isso não deve ser motivo para o desleixo. É muito fácil para as pessoas mal interpretarem a demora da vinda do Senhor. Elas vêem isso como motivo para descuido e descrença, quando deviam vê-la como evidência da longanimidade do Senhor que conduz à salvação. E você, como tem agido ante a demora de Deus?


Aqui não vale encostar-se à sua esposa, marido, pais ou filhos. A responsabilidade individual. As virgens prudentes não podiam compartilhar seu óleo com as tolas. O servo de um talento não podia sentir-se confortável com o fato de oito talentos terem-se tornado quinze. Cada um tinha que prestar contas pelo que tinha feito pessoalmente. Assim será quando o Senhor retornar. Nenhum pai será capaz de partilhar um pouco da sua fidelidade com os seus filhos; nenhum esposo com a sua esposa ou vice-versa; nenhum amigo com outro amigo. Ninguém poderá se gabar dizendo “veja o que nós fizemos”; ele só pode obter a graça na base de sua própria preparação e prudência. A salvação é individual e não coletiva.


Pois Deus nos conhece pelo nome e assim nos trata. No final de tudo haverá a escolha. Deus há de mandar os seus anjos para separar os bons dos maus. As cinco virgens prudentes entraram com o noivo no casamento, enquanto as cinco tolas não puderam entrar. Os servos dos cinco e dos dois talentos entraram na alegria de seu senhor, enquanto o de um talento foi lançado fora, nas trevas. A expressão “Fechou-se a porta”, encontrada na parábola das dez virgens, é uma das expressões mais tristes nas Escrituras para todos aqueles que não estiverem preparando prudentemente a vinda do Senhor.


Pai, mantenha acesa em mim a chama do zelo pelas coisas do Reino, de modo que eu esteja sempre preparado para o encontro com teu Filho Jesus.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé


quarta-feira, 26 de agosto de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 24,42-51 - 27.08.2020

 Liturgia Diária


27 – QUINTA-FEIRA  

SANTA MÔNICA


ESPOSA, MÃE E VIÚVA


(branco, pref. comum ou dos santos – ofício da memória)



A mulher que teme a Deus será louvada; seus filhos a proclamam feliz e seu marido a elogia (Pr 31,30.28).


Mônica, mãe de Santo Agostinho, nasceu em 331 em Tagaste, na atual Argélia. Cristã de fé robusta, profundamente piedosa, alcançou, com oração perseverante e lágrimas, a conversão do marido pagão e do filho, a cujo batismo assistiu com imensa alegria. Morreu na Itália no ano 387. Confiemos no grande poder da oração.


Evangelho: Mateus 24,42-51


Aleluia, aleluia, aleluia.


Vigiai, diz Jesus, vigiai, / pois, no dia em que não esperais, / o vosso Senhor há de vir (Mt 24,42.44). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 42“Ficai atentos, porque não sabeis em que dia virá o Senhor. 43Compreendei bem isto: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. 44Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá. 45Qual é o empregado fiel e prudente que o senhor colocou como responsável pelos demais empregados, para lhes dar alimento na hora certa? 46Feliz o empregado cujo senhor o encontrar agindo assim quando voltar. 47Em verdade vos digo, ele lhe confiará a administração de todos os seus bens. 48Mas se o empregado mau pensar: ‘Meu senhor está demorando’ 49e começar a bater nos companheiros, a comer e a beber com os bêbados, 50então o senhor desse empregado virá no dia em que ele não espera e na hora que ele não sabe. 51Ele o partirá ao meio e lhe imporá a sorte dos hipócritas. Ali haverá choro e ranger de dentes”. – Palavra da salvação.


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Reflexão - Evangelho: Mateus 24,42-51

«Estejam preparados»


+ Rev. D. Albert TAULÉ i Viñas

(Barcelona, Espanha)


Hoje, o texto evangélico nos fala sobre a incerteza do momento em que virá o Senhor: «Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor» (Mt 24,42). Se quisermos que nos encontre velando no momento de sua chegada, não podemos nos distrair nem dormir: temos de estar sempre preparados. Jesus dá muitos exemplos desta atenção: o que vigia se vem um ladrão, o servo que deseja comprazer a seu amo... Talvez nos falasse hoje de um goleiro de futebol que não sabe quando nem de que maneira virá a bola...


Porém, talvez, devêssemos antes esclarecer de qual vinda nos fala. Trata-se da hora da morte?; Trata-se do fim do mundo? Certamente, são vindas do Senhor que Ele deixou na incerteza exatamente para provocar em nós uma atenção constante. Porém, fazendo um cálculo de probabilidades, talvez ninguém de nossa geração venha a ser testemunha de um cataclismo universal que ponha fim à existência da vida humana neste planeta. E, pelo que se refere à morte, isto só vai acontecer uma vez. Mas, enquanto esta não chega, não haverá nenhuma outra vinda mais próxima ante a qual convenha estar sempre preparados?


«Como passam os anos! Os meses se reduzem a semanas, as semanas a dias, os dias a horas, e as horas a segundos...» (São Francisco de Sales). Cada dia, cada hora, em cada instante, o Senhor está próximo da nossa vida. Através de inspirações internas, através das pessoas que nos rodeiam, dos fatos que se vão sucedendo, o Senhor chama à nossa porta e, como diz o Apocalipse: «Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir minha voz e abrir a porta, eu entrarei na sua casa e tomaremos a refeição, eu com ele e ele comigo» (Ap 3,20). Hoje, se comungamos isto voltará a acontecer. Hoje, se escutamos pacientemente os problemas que outro nos confia ou, damos generosamente nosso dinheiro para ajudar numa necessidade, isto voltará a acontecer. Hoje, se em nossa oração pessoal recebemos —repentinamente — uma inspiração inesperada, isto tornará a acontecer.

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EMPREGADO FIEL E EMPREGADO INFIEL Mt 24,42-51

HOMILIA

Este texto de Mateus é a conclusão do “discurso escatológico”, sobre o fim dos tempos. Este “discurso” é uma coleção de textos que se constituíram como tradição das comunidades de discípulos de Jesus. Tais textos escatológicos estão presentes, também, nos evangelhos de Marcos e Lucas. No de hoje, encontramos os temas da vigilância e do julgamento final, com a condenação de alguns em contraposição à salvação de outros. Esta visão escatológica tem origem no Primeiro Testamento, em que prevalece a figura do Deus poderoso e punitivo. O estímulo à ação é o temor. Com a revelação do Deus de amor, em Jesus, predomina a perspectiva da sedução pela ternura e mansidão do coração. Com a encarnação, realiza-se a presença do Deus de amor no tempo presente.


Trazemos dentro de nós um desejo e um anseio de eternidade. Por isso nos confundimos achando que permaneceremos para sempre instalados aqui neste mundo. Jesus nos exorta para que fiquemos vigilantes quanto ao fato da brevidade da nossa vida. Na verdade, estamos aqui apenas estagiando e necessitamos ter consciência do valor do nosso tempo e das descobertas que, a todo o momento, nós fazemos em relação ao projeto de Deus para bem vivermos a nossa existência terrena. Por isso, precisamos então todos os dias pesar, medir e contar os nossos atos, as nossas intenções, pedindo ao Senhor graças para que sejamos encontrados no nosso posto quando Jesus voltar. Nunca chegará o dia em que nós poderemos descansar e nos refestelar achando que já cumprimos toda a nossa missão. A cada dia o Senhor nos mostra algo novo para vivenciarmos e nos renova a fim de que possamos assumir a obra que Ele nos destinou. O nosso compromisso com Deus é em relação ao nosso irmão e o amor que vivermos será o parâmetro da fidelidade da nossa vida. “Por isso, também, fiquemos preparados,” porque é esta a mensagem do Senhor hoje para nós!


Você costuma se perturbar quando lhe falam da morte? Você tem desejo de eternidade? Será que seria bom viver somente aqui para esta vida: o que você acha disso? Você é vigilante? O que você espera do seu futuro? O que você acha que Deus ainda vai entregar a você, como compromisso?


Lembre-se! Para nós cristãos a vigilância tem um novo sentido. É estar atento às necessidades dos irmãos, particularmente os mais carentes, na busca da justiça. No serviço e na partilha da vida, entra-se em comunhão com o próprio Jesus, hoje presente entre os irmãos. Hoje temos duas parábolas na forma comparativa, exortando à vigilância. A motivação é a expectativa da volta do Senhor. Enquanto é aguardada esta volta deve-se vigiar, para não ser pego de surpresa. Esta expectativa da “volta do Senhor” foi se frustrando com o tempo, dando lugar à visão mais realista do encontro com Jesus, já presente entre nós, no nosso próximo e irmão, principalmente nos mais carentes e necessitados. Vigiar é estar atento à vontade do Pai que quer que todos sejam um, sem privilegiados e excluídos. Temos aqui um texto típico de Mateus sobre o fim dos tempos. E por isso, devemos estar sensível, ou seja, atentos às necessidades de nossos irmãos, sobretudo os mais simples, humildes e excluídos, de modo a assumirmos o serviço como realização pessoal e partilha da vida para com eles, a fim de que eles nos venham a receber no reino dos Céus.


Pai, faça de mim um servo fiel e prudente, disposto a pautar toda a vida pelos ensinamentos de teu Filho Jesus. Que eu jamais seja insensato!


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Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


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Santo do dia

Mensagens de Fé


LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 23,27-32 - 26.08.2020

 Liturgia Diária


26 – QUARTA-FEIRA  

21ª SEMANA COMUM


(verde – ofício do dia)



Inclinai, Senhor, o vosso ouvido e escutai-me; salvai, meu Deus, o servo que confia em vós. Tende compaixão de mim, clamo por vós o dia inteiro (Sl 85,1ss).


O trabalho humano a serviço do Reino torna-se fonte de alegria. Fiéis aos ensinamentos de Jesus e dos apóstolos, cuidemos de evitar toda hipocrisia e desleixo na vivência da fé.


Evangelho: Mateus 23,27-32


Aleluia, aleluia, aleluia.


O amor de Deus se realiza em todo aquele / que guarda sua Palavra fielmente (1Jo 2,5). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus: 27“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão! 28Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça. 29Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós construís sepulcros para os profetas e enfeitais os túmulos dos justos, 30e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas’. 31Com isso, confessais que sois filhos daqueles que mataram os profetas. 32Completai, pois, a medida de vossos pais!” – Palavra da salvação.

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Reflexão - Evangelho: Mateus 23,27-32

«Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas!»


+ Rev. D. Lluís ROQUÉ i Roqué

(Manresa, Barcelona, Espanha)


Hoje, assim como nos dias anteriores e nos que seguiram, contemplamos Jesus fora de si, condenando atitudes incompatíveis com um viver digno, não somente cristão, mas também humano: «Por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça» (Mt 23,28). Vem confirmar que a sinceridade, a honestidade, a lealdade, a nobreza..., são virtudes amadas por Deus, e também, muito valorizadas pelo homem.


Para evitar, portanto, a hipocrisia, devo ser muito sincera. Em primeiro lugar com Deus, porque me quer limpo de coração, e que eu deteste toda mentira por ser Ele totalmente puro, a Verdade absoluta. Em segundo lugar, comigo mesmo, para não ser eu o primeiro a ser enganado, expondo-me a cometer um pecado contra o Espírito Santo por não reconhecer meus próprios pecados nem deixá-los de manifestar claramente no sacramento da Penitência, ou por não confiar suficientemente em Deus, que nunca condena quem faz como o filho pródigo, nem perde ninguém por ser um pecador, mas por não reconhecer-se como tal. Em terceiro lugar, com os outros, já que também —como a Jesus — a todos coloca fora de si, a mentira, o engano, a falta de sinceridade, de honradez, de lealdade, de nobreza..., e, por isso mesmo, havemos de nos aplicar o princípio: «O que não quer para você, não o deseje para ninguém».


Essas três atitudes —que são do senso comum — as temos que tornar nossas para evitar cair na hipocrisia, e devemos tomar consciência da necessidade da graça santificante, por causa do pecado original provocada pelo “pai da mentira”: o diabo. Por isso levaremos em conta o conselho de São Josemaria: «Na hora da prova, ide prevenido contra o demônio mudo»; teremos também presente a Orígenes, que diz: «Uma falsa santidade jaz morta, porque não trabalha movida por Deus», e nós nos regeremos sempre, pelo princípio elementar e simples proposto por Jesus: «Seja o vosso ‘sim, sim ’; e o vosso ‘não, não’» (Mt 5,37).


Maria não se esvai em palavras, mas o seu sim ao bem, à graça, foi único e verdadeiro; seu não ao mal, ao pecado, foi rotundo e sincero.: Quem desesperará de si mesmo quando este alcança a graça?» (Santo Ambrósio).

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O AI DE VOCÊ Mt 23,27-32

HOMILIA

Mateus recolhe em sete a expressão: ai de vós, usada por Jesus, para introduzir as acusações dirigidas contra os escribas e fariseus como já tivemos ocasião de meditar no Evangelho de ontem! No Evangelho de hoje, temos os dois últimos “ai de vós” da seqüência. A repetição explícita, “ai de vós, escribas e fariseus hipócritas…”, mostra-nos a contundência da censura. Na ocasião das grandes festas, os sepulcros eram caiados para evitar algum contato involuntário de alguém que, assim, se tornaria impuro.


A indignação de Jesus contra os mestres da Lei e fariseus é tão grande, que Ele os compara a “sepulcros caiados”, pois têm a aparência exterior de um túmulo recém pintado de branco que tenta esconder uma realidade interior cheia de podridão. São eles aqueles que aparentando ser boas pessoas, escondem uma realidade de mentiras, pecados e nada comprometida com os preceitos morais.


Depois Jesus fala das edificações (sepulcros e sacrários), que ficam ao redor de Jerusalém, para os profetas martirizados. Ele acusa escribas e fariseus de serem descendentes (física e espiritualmente) dos responsáveis por esses martírios.


É desta forma, expressando seus “ais”, que Jesus mostra sua mágoa pela forma como escribas e fariseus fazem mau uso de sua liderança religiosa que deveria estar a serviço da comunidade e não servindo para exaltação e interesse próprio.


Este são os mesmos perigos que permeiam nossas comunidades, ainda hoje, e que prejudicam a vida espiritual de muitos. Certamente Jesus diria novamente um “ai”, se participasse das comunidades de agora.


Meu irmão, minha irmã! Jesus continua a nos interpelar assim como fez com os mestres da Lei e os fariseus a respeito da sinceridade nas nossas “boas ações”. A franqueza e a transparência devem ser um princípio básico nas nossas atitudes. O nosso coração deve dar o ritmo para as nossas realizações, do contrário, por mais esforço exterior que façamos as nossas obras denotarão sinal de morte e não de vida. Seremos como sepulcros caiados, por fora, impecáveis, por dentro cheios de imundície. Assim também, em relação às palavras que pronunciamos, aos elogios fáceis e cheios de hipocrisia que emitimos com o intuito de agradar a alguém, enquanto o nosso coração, muitas vezes, até critica e reprova. A verdade e a justiça devem permear as nossas atitudes, nem que doa. Jesus foi transparente e sincero quando disse: “Ai de vós, hipócritas”!


Será que eu e você, somos nós, hoje, os mestres da Lei e os fariseus, falsos e cínicos? Como está a sua justiça? Ela é verdadeira? O que será que você poderá estar vivendo, só de fachada? Você gosta de criticar as falhas dos outros achando que não cairia no mesmo erro? Você costuma fazer alguma coisa somente para parecer “bonzinho – boazinha”? Você costuma refletir sobre as conseqüências das suas ações? Você tem costume de elogiar as pessoas somente para agradá-las? Se a sua conduta não for diferente da dos mestres e doutores da Lei saiba que Jesus está dirigindo para você estas palavras: Ai de você fariseu, hipócrita e doutor ou doutora da Lei!


Pai, torna-me de tal modo transparente que meu íntimo possa ser revelado por meus gestos e atitudes. Livra-me de ser como um sepulcro caiado!

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


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Segunda Leitura

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Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé


segunda-feira, 24 de agosto de 2020

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 23,23-26 - 25.08.2020

 Liturgia Diária


25 – TERÇA-FEIRA  

21ª SEMANA COMUM*


(verde – ofício do dia)


Inclinai, Senhor, o vosso ouvido e escutai-me; salvai, meu Deus, o servo que confia em vós. Tende compaixão de mim, clamo por vós o dia inteiro (Sl 85,1ss).


O cristianismo não é a religião do medo, mas da certeza de que Deus vem nos salvar e sustentar-nos nos caminhos que a ele conduzem. O Senhor eduque nossas práticas exteriores e nossa disposição interior.


Evangelho: Mateus 23,23-26


Aleluia, aleluia, aleluia.


A Palavra do Senhor é viva e eficaz: / ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus: 23“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós pagais o dízimo da hortelã, da erva-doce e do cominho e deixais de lado os ensinamentos mais importantes da Lei, como a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Vós deveríeis praticar isto sem, contudo, deixar aquilo. 24Guias cegos! Vós filtrais o mosquito, mas engolis o camelo. 25Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós limpais o copo e o prato por fora, mas, por dentro, estais cheios de roubo e cobiça. 26Fariseu cego! Limpa primeiro o copo por dentro, para que também por fora fique limpo”. – Palavra da salvação.


Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 23,23-26

«Limpa primeiro o copo por dentro, que também por fora ficará limpo»


Fr. Austin NORRIS

(Mumbai, India)


Hoje, temos a impressão de “pilhagem” a Jesus em um arrebato de mau humor, realmente alguém o tem feito se sentir molestado e irritado. Jesus Cristo se sente incomodado com a falsa religiosidade, as petições pomposas e a piedade egoísta. Ele tem notado um vazio de amor, a saber, esta em falta “a justiça, a misericórdia e a fé” (Mt 23,23) com as ações superficiais, as quais tratam de cumprir a Lei. Jesus encarna essas qualidades em sua pessoa e ministério. Ele era a justiça e a misericórdia. Suas ações, milagres, curas e palavras escorriam estes verdadeiros fundamentos, que fluem de seu coração amoroso. Para Jesus Cristo não se tratava de uma questão de “Lei”, mais sim, de um assunto de coração...


Inclusive nas palavras de castigo, vemos em Deus um toque de amor, importante para quem quer voltar ao básico “Foi indicado, homem, que é bom e que exige de ti o Senhor: nada mais que praticar a justiça, amar a fidelidade e caminhar humildemente com teu Deus” (Miq 6,8). O Papa Francisco disse: “Um pouco de misericórdia faz o mundo menos frio e mais justo”. Necessitamos compreender bem esta misericórdia de Deus, este Padre misericordioso que tem tanta paciência... Recordemos ao profeta Isaias, quando afirma que, embora nossos pecados sejam escarlates, o amor de Deus os transformará em brancos como a neve. É harmonioso, isto da misericórdia”.


“Purifica primeiro por dentro da taça, para que também fique pura por fora” (Mt 23,26). Quanto é certo para cada um de nós! Sabemos como a limpeza pessoal nos faz sentir frescos e vibrantes por dentro e por fora. Mas mesmo no âmbito espiritual e moral de nosso interior, nosso espírito, se está limpo e são, brilhará em boas obras e ações que honrem a Deus e lhe rendam uma verdadeira homenagem (cf. Jn 5,23). Fixemo-nos no marco maior do amor, da justiça e da fé e nos perdemos em ninharias que consomem nosso tempo, nos apequenamos e que nos fazem exigente. Mergulhemos no vasto oceano do amor de Deus e não nos conformemos com riachos e mesquinharias!


«Limpa primeiro o copo por dentro, que também por fora ficará limpo»


Ir. Lluís SERRA i Llançana

(Roma, Italia)


Hoje, Jesus faz claramente uma denúncia: «Ai de vós (...)! Ai de vós (...)!» (Mt 23,23.25). Seu alvo são os mestres da Lei e os fariseus, representantes das classes poderosas que exercem seu domínio espiritual e moral sobre o povo. Como podem orientar as pessoas sendo? guias cegos? Sua cegueira consiste na incoerência de cumprir escrupulosamente pequenos detalhes, que tem lá sua importância, mas deixar de lado coisas fundamentais, como a justiça, o amor e a fidelidade. Cuidam de sua imagem, que não corresponde ao seu interior, cheios «de roubo e cobiça» (Mt 23,25). Curiosamente, Jesus emprega termos relativos a aspectos econômicos.


O Evangelho de hoje é um convite às pessoas e aos grupos que desempenham papéis relevantes nas comunidades cristãs, ou seja, seus líderes, para que façam um exame de consciência. Respeitamos os valores fundamentais? Valorizamos mais as normas do que as pessoas? Impomos aos demais aquilo que nós mesmos não somos capazes de fazer? Falamos a partir da presunção de nossas ideias ou da humildade de nosso coração? Como dizia Dom Hélder Câmara: «Quisera ser uma poça d'água para refletir o céu». As pessoas vêem, nos seus pastores, homens de Deus que diferenciam o supérfluo do essencial? A fraqueza merece a compreensão, a hipocrisia provoca rejeição.


Ao escutar o Evangelho de hoje podemos cair numa cilada. Jesus disse aos mestres da Lei e aos fariseus que eram hipócritas. Também havia os que eram sinceros. Nós podemos pensar que este texto também se aplica atualmente aos bispos e sacerdotes. Certamente, como guias das comunidades cristãs, devem estar atentos para não cair nas atitudes que Jesus denuncia, mas há que se recordar que todo homem ou mulher-crente pode guardar em seu interior um "fariseu cego". Jesus nos convida: «Limpa primeiro o copo por dentro, que também por fora ficará limpo» (Mt 23,26). A espiritualidade tem suas raízes no interior do coração.

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JESUS E OS FARISEUS Mt 23,23-26

HOMILIA

O capítulo 23 de Mateus é uma coletânea de advertências contra os escribas e fariseus e sua doutrina oficial, sob a forma do lamento “ai de vós…”. Esta expressão é bastante usada no Primeiro Testamento, dirigida aos que praticam a iniqüidade. A forma literária deste texto se aproxima das advertências do profeta Isaías (5,8-22). A hipocrisia é a atitude do sistema religioso representado pelos escribas e fariseus, os quais se fecham em seu prestígio e poder, julgando-se justos e desprezando o povo humilde.


Jesus critica severamente os escribas e fariseus porque eles desprezavam os preceitos mais importantes da lei, que era: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. A hipocrisia dos fariseus e escribas com relação à religiosidade era algo que eles não conseguiam disfarçar, não obstante a sua falsa aparência de santos. Eles se fecham para não perder prestígio e poder, julgando-se justos e perfeitos desprezavam o povo humilde e excluído da sociedade. Jesus que enxerga além das aparências daqueles falsos santos denuncia toda a sua falsidade. Por outro lado, Jesus, no estilo profético, contradisse a religião da Lei que oprime e humilha o povo com suas inumeráveis observâncias, favorecendo aqueles que subjugavam o povo em nome de Deus. E estes mandatários ou representantes da elite religiosa procuram manter as aparências, porém falta o essencial, que é a acolhida da pessoa de Jesus, e o seu plano de salvação com seu amor misericordioso, libertador e vivificante.


Jesus é duro em suas advertências chegando a chamar os fariseus de cegos e de hipócritas que limpam o exterior dos seus corpos enquanto por dentro continuava sujo de pecados.


Jesus penetra no coração dos homens e com muita sabedoria e propriedade Ele denuncia o que há de escondido por debaixo das aparências. Assim como Ele falava para os mestres da lei e para os fariseus, chamando-os de “hipócritas”, Ele também poderá estar dirigindo-se a qualquer um de nós que nos enaltecemos em vista das nossas “boas ações”. Nós também como os antigos, podemos estar pagando o dízimo de todos os nossos proventos e até promovendo o bem comum, no entanto, ao mesmo tempo, podemos estar agindo como guias cegos, se as nossas atitudes não estiverem edificando a ninguém. Se estivermos fazendo o bem apenas para aparecer e chamar a atenção estão nos faltando os ensinamentos mais importantes, que são a justiça, a misericórdia e a fidelidade. Isto acontece quando nós aproveitamos os momentos em que todos tomam conhecimento das nossas boas obras em campanhas que têm como objetivo somente a nossa promoção pessoal. Os que se preocupam com isso são os fariseus e hipócritas. Que a semente e o veneno dos fariseus hipócritas bem como dos escribas não caiam em nossos corações a ponto de uma vez germinando sufoque, envenene e mate a boa nova que recebemos de Jesus. Procuremos, pois, viver o que nós ensinamos, pregamos e aparentamos ser perante a comunidade cristã! Pois não nos esqueçamos que Deus que vê tudo vai um dia nos julgar.


A partir daqui é fundamental que tanto o nosso exterior quanto o interior apareçam sem manchas e não como os doutores da Lei, cujo exterior aparecia sem manchas, todavia o seu interior estava cheio de maldade. Jesus nos adverte enquanto é tempo: “limpa primeiro o copo por dentro, para que também por fora fique limpo”. Podemos enganar a todos, mas não enganamos a Deus que sonda o nosso coração e conhece o que há de mais camuflado dentro de nós. A justiça, a misericórdia e a fidelidade, portanto, se constituem em atos concretos de amor. Somos chamados a dar o dízimo e a fazer o bem, mas tudo com sentido e, por amor! Mesmo que não participemos de campanhas beneficentes nem de grandes promoções na época do Natal que a regra de ouro da nossa vida seja TUDO FAZER POR AMOR!


Prezados irmãos: Será que Jesus no evangelho de hoje está dizendo alguma coisa para nós? Será que nós também não lavamos muito bem o nosso corpo e até passamos perfume e deixamos a nossa alma embaçada pelo pecado? Ou será que nós procuramos manter uma aparência de santos, de quem observa todos os mandamentos de Jesus, e tudo mais, porém, na realidade, não passamos de pecadores maiores que aqueles que ao ver as nossas aparências de justos se sentem pequeninos em relação a nós?


Com que espírito você tem dado o seu dízimo? Você acha que Deus está vendo as suas ações de caridade? Você tem sido fiel, justo(a) e misericordioso(a) com as pessoas com quem você convive? Você faz alguma coisa para aparecer?


Pai, dá-me pureza de coração para que do meu interior brotem a justiça, a misericórdia e a fidelidade, e assim, eu possa guiar meus semelhantes na caminhada para ti.


Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA


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