quinta-feira, 30 de novembro de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Lc 21,29-33 - 01.12.2017

6ª-feira da 34ª Semana do Tempo Comum
1 de Dezembro de 2017
Cor: Verde

Evangelho - Lc 21,29-33

Quando virdes acontecer essas coisas,
ficai sabendo que o Reino de Deus está perto.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 21,29-33

Naquele tempo:
29Jesus contou-lhes uma parábola:
'Olhai a figueira e todas as árvores.
30Quando vedes que elas estão dando brotos,
logo sabeis que o verão está perto.
31Vós também, quando virdes acontecer essas coisas,
ficai sabendo que o Reino de Deus está perto.
32Em verdade, eu vos digo:
tudo isso vai acontecer antes que passe esta geração.
33O céu e a terra passarão,
mas as minhas palavras não hão de passar.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 21,29-33
«O Reino de Deus está perto»

Hoje, Jesus convida-nos a ver como brota a figueira, símbolo da Igreja que se renova periodicamente graças àquela força interior que Deus lhe comunica (recordemos a alegoria da videira e dos ramos, cf. Jo 15): «Olhai a figueira e todas as árvores. Quando começam a brotar, basta olhá-las para saber que o verão está perto» (Lc 21, 29-30).

O discurso escatológico que lemos nestes dias, segue um estilo profético que distorce deliberadamente a cronologia, de maneira que põe no mesmo plano acontecimentos que hão de acontecer em momentos diversos. O fato de que no fragmento escolhido para a leitura de hoje tenhamos um âmbito muito reduzido, dá-nos pé para pensar que teríamos que entender o que se nos diz como algo dirigido a nós, aqui e agora: «esta geração não passará antes que tudo aconteça» (Lc 21,32). De fato, Origenes comenta: «Tudo isto pode suceder em cada um de nós; em nós pode ficar destruída a morte, definitiva inimiga nossa».

Eu queria falar hoje como os profetas: estamos a ponto de contemplar um grande broto na Igreja. Vede os sinais dos tempos (cf Mt 16,3). Rapidamente ocorrerão coisas muito importantes. Não tenhais medo. Permanecei no vosso lugar. Semeai com entusiasmo. Depois podereis recolher formosas colheitas (cf. Sal 126,6). É verdade que o homem inimigo continuará a semear a discórdia. O mal não ficará separado até ao fim dos tempos (cf. Mt 13,30). Mas o Reino de Deus já está aqui entre nós. E abre caminho, ainda que com muito esforço (cf. Mt 11,12).

O Papa João Paulo II dizia-nos no início do terceiro milênio: «Duc in altum» (cf. Lc 5,4). Às vezes temos a sensação de não fazer nada proveitoso, ou inclusive de retroceder. Mas estas impressões pessimistas procedem de cálculos excessivamente humanos, ou da má imagem que malevolamente difundem de nós alguns meios de comunicação. A realidade escondida, que não faz ruído, é o trabalho constante realizado por todos com a força que nos dá o Espírito Santo.
+ Rev. D. Albert TAULÉ i Viñas 
(Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


JESUS E A PARÁBOLA DA FIGUEIRA Lc 21,29-33
HOMILIA

Esta parábola da figueira encerra o “discurso escatológico” que encontramos nos três Evangelhos sinóticos, seguindo-se as advertências sobre a necessidade de vigiar e orar. Depois da descrição da violência característica dos poderes deste mundo, é confirmada a presença do Reino de Deus entre nós, como escatologia já realizada.

O escatológico-apocalíptico, que é a expectativa de um fim glorioso para Israel, tem sua origem na tradição do Dia de Javé, o dia da vingança sobre os seus inimigos e de glória e poder para o povo eleito. Os discípulos originários do judaísmo, com sua visão messiânico-escatológica ainda não compreendiam as palavras de Jesus. Jesus os adverte: Vós, do mesmo modo… ficai sabendo…É fundamental que fiquemos atentos para não sermos surpreendidos.

Os cristãos são admoestados a se manterem em contínuo estado de vigilância em relação à história, uma vez que ela está sendo fermentada pelas realidades escatológicas. Urge, pois, perceber como nela se manifestam os sinais do fim.

A mensagem de Jesus nada tem a ver com os apocalipses da época, reservados a um grupo restrito de iniciados. Jesus ensina publicamente, sem a preocupação de selecionar seus ouvintes. Embora só os discípulos o compreendam, sua doutrina deve ser anunciada a todos os povos. Basta abrir-se para Ele, para entender o conteúdo de seus ensinamentos.

A tensão que se estabelece é a tensão da esperança. A esperança é o desejo ardente de realizar, hoje, a vontade de Deus. O Reino de Deus já está acontecendo. É a sedução do bem, da vida, da comunhão com Deus, da solidariedade, da fraternidade, da partilha, da alegria. E as palavras de Jesus são anunciadas como convite à participar do banquete da Vida.

A figueira e as demais árvores foram empregadas para ilustrar a parábola da escatologia. Vendo-as frutificar, é possível afirmar, sem perigo de engano, que o verão se aproxima. Igualmente, pode-se declarar que algo de novo estará acontecendo na história, quando a morte ceder lugar à vida, a escravidão abrir espaço para a liberdade, a injustiça for sobrepujada pela justiça, o ódio e a inimizade forem vencidos pelo amor e pela reconciliação.

Este germinar de esperança é um sinal evidente da presença do Filho do Homem, fazendo a escatologia acontecer. Chegará um tempo de plenitude. Este, porém, está sendo preparado pela aproximação paulatina daquilo que todos esperamos.

Pai, reforça a sinceridade de minha fé nas palavras de teu Filho Jesus, pois nele o teu Reino se faz presente na nossa história, realizando, assim, tua promessa de salvação.
Fonte https://homilia.cancaonova.com

Leia também:

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Mt 4,18-22 - 30.11.2017

Santo André, Apóstolo . Festa
30 de Novembro de 2017
Cor: Vermelho

Evangelho - Mt 4,18-22

Imediatamente deixaram as redes e o seguiram.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 4,18-22

18Quando Jesus andava à beira do mar da Galiléia,
viu dois irmãos:
Simão, chamado Pedro, e seu irmão André.
Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores.
19Jesus disse a eles: 'Segui-me,
e eu farei de vós pescadores de homens.'
20Eles, imediatamente deixaram as redes e o seguiram.
21Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos:
Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João.
Estavam na barca com seu pai Zebedeu
consertando as redes.
Jesus os chamou.
22Eles, imediatamente deixaram a barca e o pai,
e o seguiram.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mt 4,18-22
«Eu farei de vós pescadores de homens»

Hoje, é a festa de Santo André, Apóstolo, uma festa celebrada de maneira solene entre os cristãos de Oriente. Ele foi um dos primeiros jovens a conhecer Jesus à beira do rio Jordão e a ter longas conversas com Ele. Em seguida procurou seu irmão Pedro, dizendo-lhe «Encontramos o Cristo!» e o levou onde estava Jesus (Jo 2,41). Logo depois, Jesus chamou a esses dois irmãos pescadores seus amigos como lemos no Evangelho de hoje: «Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens» (Mt 4,19). No mesmo povoado, havia outros dois irmãos, Tiago e João, colegas e amigos daqueles primeiros e pescadores como eles. Jesus também os chamou para que O seguissem. É maravilhoso ler que eles deixaram tudo e O seguiram “imediatamente”, palavras que se repetem em ambos os casos. Não podemos dizer a Jesus: “depois”, “logo”, “agora tenho muito trabalho...”

Também a cada um de nós — a todos os cristãos — Jesus nos pede cada dia que ponhamos todo o que temos e somos ao seu serviço —isso quer dizer, deixar tudo, não ter nada como próprio— para que, vivendo com Ele as tarefas de nosso trabalho profissional e de nossa família, sejamos “pescadores de homens”. O que quer dizer “pescadores de homens”? Uma bonita resposta pode ser um comentário de São João Crisóstomo. Este Padre e Doutor da Igreja, diz que André não sabia explicar bem a seu irmão Pedro quem era Jesus, e por isso, «o levou à fonte da própria luz», que é Jesus Cristo. “Pescar homens” quer dizer ajudar os que estão ao nosso redor na família e no trabalho para encontrarem a Cristo que é a única luz para nosso caminho.
Prof. Dr. Mons. Lluís CLAVELL 
(Roma, Italia)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors 


A graça de cooperarmos com Deus
HOMILIA

‘Ano da Fé’ é tempo de estreitarmos os nossos laços de amizade com Jesus: «Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando» (Jo 13,14). E, como sabemos, o que difere o amigo de um simples servo executor de tarefa será sempre o conhecimento de causa.

Mas como, então, chegar a este nível de relacionamento, no qual a obediência passa a ser expressão de amor cheio de fé? O Evangelho de Mt 4,18-22 aponta-nos uma via segura, trilhada pelos primeiros escolhidos da Nova e Eterna Aliança.

No contexto da perícope citada, Jesus já havia iniciado o Seu ministério na Galileia, anunciando a proximidade do Reino dos Céus (cf. Mt 4,17), quando lança um olhar de eleição e conhecimento sobre a realidade de quem Ele queria compartilhando o Seu destino de vida e missão: «Jesus viu os dois irmãos: Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens» (Mt 4,18-19). Assim, o evangelista apresenta-nos diversos passos que podem ser traduzidos pelos verbos: ver, seguir e fazer.

Diferentemente dos mestres judeus que eram procurados pela cultura e santidade que apresentavam, o Sábio e Santo Jesus é quem toma a iniciativa de procurar as ovelhas para transformá-las em pastores e apóstolos, n’Ele o Pastor Eterno e Apóstolo do Pai.

Jesus, em tudo, comunicou o movimento da Trindade-Amor em relação à humanidade: «Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi Ele que nos amou e enviou o Seu Filho como oferenda de expiação pelos nossos pecados» (1Jo 4,10). Por isso Ele, sem merecermos, nos dirige a Sua Palavra chamando, porque ama e, amando, porque chama: «Segui-me».

Estas palavras dirigidas aos primeiros continuam a penetrar a história da humanidade e os corações que se deixam conquistar por tão grande proximidade: «Tu me seduziste Senhor, e eu me deixei seduzir! Foste mais forte do que eu e me subjugaste» (Jr 20,7). Amor rico em promessas: «… eu farei de vós». Assim, no pessoal – «eu»- , Ele aceita bondosamente capacitar aqueles que são olhados e chamados.

Mas com que finalidade? Resposta: para participarmos do cumprimento das promessas de Deus novas e antigas: «Mas agora mando numerosos pescadores – oráculo do Senhor – para pescá-los. Meus olhos acompanham todo o seu caminhar» (Jr 16,16-17). Nas palavras neotestamentárias: «pescadores de homens».

Grande graça é podermos, como povo batizado, participarmos do comum dom e dever do apostolado, o qual tem uma origem divina como é próprio do mistério da Igreja Apostólica, assim ensina o Magistério oficial: «Toda a Igreja é apostólica, na medida em que, por meio dos sucessores de Pedro e dos apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com a sua origem. Toda a Igreja é apostólica, na medida em que é “enviada” a todo o mundo. Todos os membros da Igreja, embora de modos diversos, participam deste envio. “A vocação cristã é também, por natureza, vocação para o apostolado”. E chamamos “apostolado” a “toda a atividade do Corpo Místico” tendente a “alargar o reino de Cristo à terra inteira”» (Catecismo da Igreja Católica, nº 863).

Por isso, os esforços para uma Nova Evangelização e Missões “ad Gentes” (aos povos distantes), não poderão cessar para a Igreja de Cristo. Contemos com o auxílio de todos os santos e santas que seguem como modelos autênticos de resposta correta e coerente às escolhas de Deus e nossos familiares (cf. CIC, nº 959). Eles (santos) seguem triunfantes no estado da Igreja Celeste como eficazes intercessores para uma milagrosa pescaria, a cada dia primada na qualidade.

Os homens e mulheres do nosso tempo precisam encontrar em nosso olhar, em nossas palavras e ações o reflexo d’Aquele Divino Pescador que, um dia, também nos chamou e nunca cessa de recordar-nos tão grande e imerecido dom do Espírito Santo.

Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

Leia também:

terça-feira, 28 de novembro de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Lc 21,12-19 - 29.11.2017

4ª-feira da 34ª Semana do Tempo Comum
29 de Novembro de 2017
Cor: Verde

Evangelho - Lc 21,12-19

Todos vos odiarão por causa do meu nome.
Mas vós não perdereis.um só fio de cabelo da vossa cabeça.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 21,12-19

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
12Antes que estas coisas aconteçam,
sereis presos e perseguidos;
sereis entregues às sinagogas e postos na prisão;
sereis levados diante de reis e governadores
por causa do meu nome.
13Esta será a ocasião em que testemunhareis a vossa fé.
14Fazei o firme propósito
de não planejar com antecedência a própria defesa;
15porque eu vos darei palavras tão acertadas,
que nenhum dos inimigos vos poderá resistir ou rebater.
16Sereis entregues até mesmo pelos próprios pais,
irmãos, parentes e amigos.
E eles matarão alguns de vós.
17Todos vos odiarão por causa do meu nome.
18Mas vós não perdereis
um só fio de cabelo da vossa cabeça.
19É permanecendo firmes que ireis ganhar a vida!
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 21,12-19
«É pela vossa perseverança que conseguireis salvar a vossa vida!»

Hoje, prestamos atenção a esta frase breve e incisiva de Nosso Senhor, que se crava na alma e, ao feri-la, nos faz pensar: Por que é tão importante a perseverança? Por que faz Jesus depender a salvação do exercício desta virtude?

Por que o discípulo não é mais do que o Mestre —«sereis odiados por todos, por causa de meu nome» (Lc 21,17)— e, se o Senhor foi sinal de contradição, necessariamente o seremos nós, os seus discípulos. O Reino de Deus será arrebatado pelos que se fazem violência, pelos que lutam contra os inimigos da alma, pelos que combatem com bravura essa «belíssima guerra de paz e de amor», como gostava de dizer São Josemaria Escrivá, em que consiste a vida cristã. Não há rosas sem espinhos, e o caminho até ao Céu não é uma senda sem dificuldades. De aí que sem a virtude cardeal da fortaleza nossas boas intenções acabariam sendo estéreis. E a perseverança faz parte da fortaleza. Anima-nos, em concreto, a ter as forças suficientes para tolerar com alegria as contradições.

A perseverança em grau extremo dá-se na cruz. Por isso a perseverança confere liberdade ao outorgar a possessão de si mesmo mediante o amor. A promessa de Cristo é indefectível: «É pela vossa perseverança que conseguireis salvar a vossa vida» (Lc 21,19) e isto é assim porque o que nos salva é a Cruz. É a força do amor que nos dá a cada um a paciente e gozosa aceitação da Vontade de Deus, quando esta —como acontece na Cruz— contraria num primeiro momento a nossa pobre vontade humana.

Só num primeiro momento, porque depois se liberta a desbordante energia da perseverança que nos leva a compreender a difícil ciência da cruz. Por isso, a perseverança gera paciência, que vai muito mais além do que a simples resignação. Mas, nada tem que ver com atitudes estoicas. A paciência contribui decididamente para entender que a Cruz, muito mais do que dor, é essencialmente amor.

Quem entendeu melhor que ninguém esta verdade salvadora, a nossa Mãe do Céu, nos ajudará também a nós a compreendê-la.
Rvdo. D. Manuel COCIÑA Abella 
(Madrid, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors 


PERSEGUIÇÕES E SOFRIMENTOS Lc 21,12-19
HOMILIA

Jesus Cristo, o Filho de Deus, Aquele no qual nós cremos e seguimos, disse muito claramente e de várias maneiras que aqueles que o seguirem serão perseguidos. Atenção, não que eles podem ser perseguidos, mas que o serão decerto. Eis algumas das suas palavras a tal propósito: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Alegrai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós” (Mt 5,11-12)

A perseguição e o sofrimento do discípulo são tidos por Jesus como sinais premonitórios do fim. O testemunho de seu Nome atrairia de tal forma a ira dos inimigos que estes lançariam mão de toda sorte de maldade contra os seguidores do Mestre. Sofrimento, perseguição, prisões, acusações na sinagoga, morte e ódio era o que lhes aguardava. Até mesmo, a perseguição por parte dos próprios familiares. Tudo isso por causa da fidelidade ao Mestre Jesus. Era preciso, pois, avivar neles a chama da perseverança. Tarefa desafiadora! Não obstante isso, nos momentos mais difíceis os discípulos receberiam a ajuda divina, de forma que não precisariam preparar a própria defesa. Receberiam, também, uma sabedoria tão sublime, capaz de levá-los a convencer seus adversários. Além da perseverança, os discípulos necessitarão de uma grande fé em Deus. “Nem um só cabelo cairá de vossa cabeça” – garante Jesus ao grupo dos discípulos, facilmente contamináveis pelo medo. A luta, afinal de contas, é do Mestre. Os discípulos são unicamente seus mediadores. O Pai os protege, preservando-os do mal, porque é o Senhor. Ninguém como Deus tem nas mãos a vida dos discípulos, e, por conseguinte, tem o poder de livrá-los do mal.

Os verdadeiros cristãos sempre foram perseguidos em qualquer época e lugar que tenham vivido. Algumas vezes a perseguição será mais forte outras vezes menos forte, mas a perseguição haverá sempre.

Meu irmão, minha irmã, no meio das perseguições permaneça firme na fé não negando o Senhor, sabendo que, como disse o Senhor Jesus, com a vossa perseverança ganhareis as vossas almas (cfr. Lucas 21,19). Lembrai-vos destas palavras de Paulo: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há-de ser revelada” (Rom. 8,18), e também destas: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas” (2 Cor. 4,17-18). Estas palavras são de grande consolação, pois fazem perceber como após o sofrimento, a nós, cristãos, nos espera a glória, uma eterna glória, diante da qual os sofrimentos são coisa pouca. Certo, o sofrimento, justamente porque é um sofrimento, faz-nos sofrer de várias maneiras, mas, aliás, é justo que nós soframos porque também Jesus Cristo sofreu muito por nós. Por que não haveríamos nós de sofrer por amor do seu Nome? E, além disso, as aflições cooperam para o nosso bem porque, como diz Paulo, produzem em nós paciência (cfr. Rom. 5,3) e a paciência cumpre perfeitamente a obra de Deus em nós (cfr. Tiago 1,2-4). Portanto, não murmuremos contra Deus no meio das aflições, mas oremos encomendando as nossas almas ao fiel Criador, fazendo o bem (cfr. Tiago 5,13 e 1 Ped. 4:19).

Não desanimeis, portanto, é normal, justo e útil aquilo que vos sucede. Alegrai-vos de serdes julgados dignos de ser menosprezados e perseguidos pelo Nome de Jesus.

Pai, dá-me uma fé profunda que me possibilite perseverar nos momentos de dificuldade, sem abrir mão da tarefa que recebi: levar adiante o projeto de Jesus.
Fonte https://homilia.cancaonova.com

Leia também:

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Lc 9,7-9 - 28.11.2017

5ª-feira da 25ª Semana do Tempo Comum
28 de Setembro de 2017
Cor: Verde

Evangelho - Lc 9,7-9

Eu mandei degolar João.
Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 9,7-9
Naquele tempo:
7O tetrarca Herodes ouviu falar
de tudo o que estava acontecendo,
e ficou perplexo, porque alguns diziam
que João Batista tinha ressuscitado dos mortos.
8Outros diziam que Elias tinha aparecido;
outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado.
9Então Herodes disse: 'Eu mandei degolar João.
Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?'
E procurava ver Jesus.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão -  Lc 9,7-9
«Não ficará pedra sobre pedra»

Hoje, escutamos com assombro a severa advertência do Senhor: «Admirais essas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra» (Lc 21,6). Essas palavras de Jesus situam-se nas antípodas de uma denominada “cultura do progresso indefinido da humanidade”, ou, se preferimos, de uns quantos cabecilhas técnico-científicos e político-militares da espécie humana, em evolução imparável.

Desde onde? Até onde? Ninguém sabe, nem pode saber, com excepção, em última análise, de uma suposta matéria eterna que nega Deus, usurpando-o dos Seus atributos. Como tentam fazer-nos comungar com rodas de moinho aqueles que recusam comungar com a finitude e precariedade próprias da condição humana!

Nós, os discípulos do Filho de Deus feito homem, de Jesus, escutamos as Suas palavras e, fazendo-as muito nossas, meditamos nelas. Eis que nos diz: «Cuidado para não serdes enganados» (Lc 21,8). Quem no-lo diz é Aquele que veio para dar testemunho da verdade, afirmando que aqueles que são da verdade escutam a Sua voz.

E também nos garante: «Não será logo o fim» (Lc 21,9). O que, por um lado, quer dizer que dispomos de um tempo de salvação e que nos convém aproveitá-lo; e, por outro lado, que, de qualquer modo, o fim virá. Sim, Jesus virá «julgar os vivos e os mortos», como professamos no Credo.

Leitores de Meditando o Evangelho de hoje, queridos irmãos e amigos: em uns versículos mais adiante, do fragmento que agora comento, Jesus anima-nos e consola-nos com estas palavras que, em Seu nome, vos repito: «É pela vossa perseverança que conseguireis salvar a vossa vida!» (Lc 21,19).

Respondendo com a energia de um hino cristão da Catalunha, exortamo-nos uns aos outros:
+ Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret 
(Vic, Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


HERODES VIU, MAS NÃO CREU Lc 9,7-9
HOMILIA

O evangelista Lucas narra esta interrogação de Herodes sobre Jesus por ocasião do envio dos Doze em missão pela Galiléia, território não muito extenso, que estava sob sua jurisdição. Recebendo notícias da crescente atividade de Jesus e seus discípulos, Herodes alarma-se, parecendo-lhe que se repetia a mesma agitação ocorrida com João Batista.  E por isso procura ver e saber quem é este homem de quem se ouve falar tanto.

Herodes estava ciente de que mandara degolar João Batista para ver-se livre da acusação que lhe pesava em vista da sua situação de adultério. Porém, o que Herodes não sabia era que João Batista havia sido apenas o precursor do Messias e que o verdadeiro Salvador estava vivo e sendo interrogado e acusado pelos prodígios que realizava. Por isso, “Herodes procurava ver Jesus” e se questionava sobre a Sua verdadeira identidade. A pessoa de Jesus continua a ser questionada por aqueles(as) que ainda não tiveram com Ele uma experiência de salvação. Muitos também, hoje, O buscam, mas não têm consciência de que e porque O procuram!

Escrevem sobre Jesus sem tê-Lo conhecido e fazem suposições sobre a Sua pessoa levando muitos outros a acreditarem nas suas falsas conjecturas. Jesus é o protótipo do homem vindo do céu, é o modelo que todo filho e filha de Deus precisam seguir para serem reconhecidos pelo Pai. Para que nós tenhamos convicção sobre quem é Jesus e qual o Seu verdadeiro papel na nossa vida nós precisamos conhecê-Lo através da Palavra, ter intimidade com Ele na oração, na adoração, na Eucaristia.

Neste mundo, o Senhor só é visto quando as pessoas querem vê-lo. Não há de que nos espantarmos. Mesmo na Ressurreição, só foi dado ver Deus aos que tinham o coração puro: “Bem-aventurados os corações puros, porque verão a Deus” (Mt 5,8). Quantos bem-aventurados não tinha Jesus enumerado já e, contudo, não lhes tinha prometido esta possibilidade de verem Deus. Se, portanto, aqueles que têm o coração puro hão de ver Deus, seguramente que os outros não o verão; aquele que não quis ver Deus não pode ver Deus.

Porque Deus não se vê num lugar, mas, através de um coração puro. Não são os olhos do corpo que procuram Deus; ele não é captado pelo olhar, nem tocado pelo tato, nem ouvido numa conversa, nem reconhecido numa atitude. Julgamo-lo ausente e vemo-lo; está presente e não o vemos. Aliás, nem todos os apóstolos viam Cristo; foi por isso que ele lhes disse: “Há tanto tempo que estou convosco e ainda não me conheceis?” (Jo 19,9) Com efeito, todo aquele que conheceu qual é “a largura, o comprimento, a altura e a profundidade – o amor de Cristo que ultrapassa todo o conhecimento” (Ef 3,18-19), esse viu também Cristo, viu também o Pai. Porque, no que nos toca, não é segundo a carne que conhecemos Cristo (2 Cor 6,16), mas segundo o Espírito: “O Espírito que está diante da nossa face é o Ungido do Senhor, o Cristo”. Que Ele se digne, na sua misericórdia, cumular-nos com toda a plenitude de Deus, a fim de que O possamos ver!

Assim sendo poderemos apresentá-Lo àqueles que ainda não O conhecem para que tenham também um encontro com a Salvação. O que você fala de Jesus você o diz com conhecimento de causa? Você conhece Jesus porque lê muito sobre Ele ou porque encarna Sua Palavra como uma comida para a sua alma?

Pai, diversamente dos inimigos de Jesus, quero conhecer a identidade e a missão de teu Filho, pois é por ele que me guiarei para ser fiel a Ti.
Fonte https://homilia.cancaonova.com

Leia também:


quinta-feira, 23 de novembro de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Lc 21,1-4 - 27.11.2017

2ª-feira da 34ª Semana do Tempo Comum
27 de Novembro de 2017
Cor: Verde

Evangelho - Lc 21,1-4

Viu também uma pobre viúva
que depositou duas pequenas moedas.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 21,1-4

Naquele tempo:
1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas
depositando ofertas no tesouro do Templo.
2Viu também uma pobre viúva
que depositou duas pequenas moedas.
3Diante disto, ele disse:
'Em verdade vos digo que essa pobre viúva
ofertou mais do que todos.
4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus,
aquilo que lhes sobrava.
Mas a viúva, na sua pobreza,
ofertou tudo quanto tinha para viver.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB

Reflexão - Lc 21,1-4
«Mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver»

Hoje, como quase sempre, as coisas pequenas passam ignoradas, pequenas esmolas, sacrifícios pequenos, pequenas orações (jaculatórias), mas o que parece pequeno e sem importância constitui muitas vezes a trama e também o remate das obras-primas: tanto das grandes obras de arte como da obra máxima da santidade pessoal.

Pelo fato de essas coisas pequenas passarem desconhecidas, a sua retidão de intenção está garantida: com elas não procuramos o reconhecimento dos outros, nem a glória humana. Só Deus as descobrirá no nosso coração, como só Jesus se apercebeu da generosidade da viúva. É mais do que garantido que a pobre mulher não anunciou o seu gesto com um toque de trompete e até é possível que se envergonhasse bastante e se sentisse ridícula perante o olhar dos ricos, que deitavam grandes donativos no cofre do templo e disso faziam alarde. Porém, a sua generosidade, que a levou a tirar forças da fraqueza no meio da sua indigência, mereceu o elogio do Senhor, que vê o coração das pessoas: «Em verdade, vos digo: esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. Pois todos eles depositaram como oferta parte do que tinham de sobra, mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver» (Lc 21,3-4).

A generosidade da viúva pobre é uma boa lição para nós, discípulos de Cristo. Podemos dar muitas coisas, como os ricos que «depositavam as suas ofertas no cofre» (Lc 21,1), mas nada disso terá valor se só dermos “daquilo que nos sobra”, sem amor e sem espírito de generosidade, sem nos oferecermos a nós próprios. Diz Sto. Agostinho: «Eles punham os olhos nas grandes oferendas dos ricos, louvando-os por isso. Porém, embora tivessem logo visto a viúva, quantos viram aquelas duas moedas?... Ela deu tudo o que possuía. Tinha muito, porque tinha Deus no seu coração. É muito mais ter Deus na alma do que ouro na arca». É bem certo: se somos generosos com Deus, muito mais o será Ele conosco.
Rev. D. Àngel Eugeni PÉREZ i Sánchez 
(Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


A VIÚVA QUE DÁ TUDO O QUE TINHA PARA VIVER Lc 21,1-4
HOMILIA

Hoje, aprendemos de Jesus, o verdadeiro valor das coisas materiais. Parado à porta do Templo, Jesus observava o comportamento das pessoas que chegavam para participarem do culto. Perto de Jesus estava uma caixa para a coleta das ofertas que serviriam para a manutenção do Templo e, para socorrer os que estivessem necessitados. Ali, cada um colocava a sua contribuição livremente, de acordo com a sua vontade. Percebeu então Jesus, que muitos ricos depositaram boas quantias e que os pobres também contribuíam. E, uma viúva pobre, por fim, aproxima-se do cofre e deposita duas únicas moedinhas que tinha em sua bolsa. Jesus, após o culto, chama os seus apóstolos e lhes diz : Em verdade vos digo, que esta viúva pobre depositou muito mais do que todos os outros juntos pois, todos deram das sobras que sempre têm, mas ela, deu tudo o que tinha, todo o seu sustento.

Desta lição concluímos que a doação tem que representar, verdadeiramente, a vontade do nosso coração. Às vezes, sentimos muito quando presenciamos certas cenas que nos chocam, devido ao tamanho do sofrimento que um irmão nosso possa estar passando. Em vários locais que frequentamos, não estamos livres de presenciar a dor e o sofrimento que deprimem e sufocam pessoas como nós. Porém, pelas adversidades da vida, o que presenciamos dói muito na carne e no espírito daqueles sofredores.

Ficamos horrorizados, condoídos e compadecidos, chegando até mesmo às lágrimas. A maioria, enxugando os olhos e limpando a garganta, sai abatida e com muita dor no coração, porque mesmo não estando naquele estado, leva uma vida muito apertada, com muita luta e coragem, conseguindo sobreviver e mesmo tendo pouco recurso sempre são os que mais ajudam. Mas a minoria, privilegiada, ignora aqueles sofredores e até lastimam aquele quadro que enfeia a sua cidade; que mancha o bom nome que ela tem, mas com raras exceções, procuram ajudar àqueles desfavorecidos, mesmo tendo dinheiro e posição social que pode lhes dar condições de acionar as autoridades, para conseguir mudar o tratamento destinado àqueles que nada têm. Gastam, gastam, gastam, mas não gostam de partilhar.

Por isso Jesus fala que os ricos deram do que lhes sobrava. Isso não é dar com amor; é preciso partilhar. Não basta ter dó; não basta ter pena; não basta chorarmos compadecidos; como muitos fazem nos velórios quando abraçam e deixam uma mensagem para os parentes e, depois, falam mal dos defuntos, comentando sobre a sua vida. Isso não muda nada na vida dos que sofrem as marcas de um esquema social que os coloca à margem dos planos dos que dirigem esta e outras nações que têm os mesmos problemas no mundo inteiro. Com auxílio material, com boa vontade de os ouvirmos e falarmos com carinho e muito amor cristão, alguma coisa sempre se pode fazer. É preciso partilhar o Deus que trazemos dentro de nós com aqueles que encontramos nas esquinas da vida.

Que triste alguém que vem à casa do Senhor e tem a sua oferta rejeitada, porque com Deus não se pode barganhar, ou se oferece a oferta, a adoração de coração, com a vida ligada a Ele ou então melhor que nem ofereça.

O que essas pessoas não entendem é que Deus nunca precisou e nem precisa de recursos puramente humanos para levar a sua palavra, para levar a sua Igreja por esta terra em nossa era, mas o que Ele sempre procurou e procura ainda hoje, são os verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade, Ele sempre procurou corações abertos que não se rendam às coisas desse mundo, mais que se dediquem a Ele em todos os momentos de sua vida. O Senhor nunca se preocupou com a quantidade da oferta, mas sim com a qualidade dessa. Era só aquilo que a viúva tinha, e foi para essa oferta que Deus atentou. O que é que nós temos para oferecer ao Senhor? Ofereçamos de todo o coração, para que possa chegar a nossa oferta em odor suave diante do nosso Deus!
Fonte http://homilia.cancaonova.com/


Leia também:


LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Mt 25,31-46 - 26.11.2017

34º Domingo - Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo do Tempo Comum
26 de Novembro de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Mt 25,31-46

Assentar-se-á em seu trono glorioso
e separará uns dos outros.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 25,31-46

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
31Quando o Filho do Homem vier em sua glória,
acompanhado de todos os anjos,
então se assentará em seu trono glorioso.
32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele,
e ele separará uns dos outros,
assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
33E colocará as ovelhas à sua direita
e os cabritos à sua esquerda.
34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita:
`Vinde benditos de meu Pai!
Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou
desde a criação do mundo!
35Pois eu estava com fome e me destes de comer;
eu estava com sede e me destes de beber;
eu era estrangeiro e me recebestes em casa;
36eu estava nu e me vestistes;
eu estava doente e cuidastes de mim;
eu estava na prisão e fostes me visitar'.
37Então os justos lhe perguntarão:
`Senhor, quando foi que te vimos com fome
e te demos de comer?
com sede e te demos de beber?
38Quando foi que te vimos como estrangeiro
e te recebemos em casa,
e sem roupa e te vestimos?
39Quando foi que te vimos doente ou preso,
e fomos te visitar?'
40Então o Rei lhes responderá:
`Em verdade eu vos digo,
que todas as vezes que fizestes isso
a um dos menores de meus irmãos,
foi a mim que o fizestes!'
41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda:
`Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno,
preparado para o diabo e para os seus anjos.
42Pois eu estava com fome e não me destes de comer;
eu estava com sede e não me destes de beber;
43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa;
eu estava nu e não me vestistes;
eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar'.
44E responderão também eles:
`Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede,
como estrangeiro, ou nu, doente ou preso,
e não te servimos?'
45Então o Rei lhes responderá:
`Em verdade eu vos digo,
todas as vezes que não fizestes isso
a um desses pequeninos,
foi a mim que não o fizestes!'
46Portanto, estes irão para o castigo eterno,
enquanto os justos irão para a vida eterna'.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mt 25,31-46
«Todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes»

Hoje, Jesus nos fala do juízo final. E com essa ilustração metafórica de ovelhas e cabras, nos mostra que se tratará de um juízo de amor. «Seremos examinados sobre o amor», nos diz São João da Cruz.

Como diz outro místico, Santo Inácio de Loyola na sua meditação Contemplação para alcançar amor, devemos pôr o amor mais nas obras que nas palavras. E o Evangelho de hoje é muito ilustrativo. Cada obra de caridade que fazemos, a fazemos ao próprio Cristo: «(...)Então o Rei dirá aos que estão à direita: - Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; estava nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim» (Mt 25,34-36). Mais ainda: «Responderá o Rei: - Em verdade eu vos declaro: todas as vezes que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, foi a mim mesmo que o fizestes» (Mt 25,40).

Esta passagem evangélica, que nos faz tocar o chão com os pés, põe a festa do juízo de Cristo Rei em seu lugar. A realeza de Cristo é uma coisa bem diferente da prepotência, é simplesmente a realidade fundamental da existência: o amor terá a última palavra.

Jesus nos mostra que o sentido da realeza -a potestade- é o serviço aos outros. Ele afirmou de si mesmo que era Mestre e Senhor (cf. Jn 13,13), e também que era Rei (cf. Jn 18,37), mas exerceu seu mestrado lavando os pés aos discípulos (cf. Jn 13,4 ss.) e, reinou dando sua vida. Jesus Cristo reina, primeiro, desde um humilde berço (um preséprio!) e, depois, desde um trono muito incômodo, isto é, a Cruz.

Acima da cruz estava a inscrição que rezava «Jesus Nazareno, Rei dos judios» (Jn 19,19): o que a aparência negava era confirmado pela realidade profunda do mistério de Deus, já que Jesus reina na Cruz y nos julga no seu amor. «Seremos examinados sobre o amor»
P. Antoni POU OSB Monje de Montserrat 
(Montserrat, Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


VINDE BENDITOS DO MEU PAI!!! Mt 25,31-46
HOMILIA

A presente homilia descreve o final dos tempos, ou seja, o Juízo Final que é um tema tão antigo e tão atual com o qual a humanidade inteira se sempre depara. Dando uma passagem rápida o que dizem as três grandes religiões monoteístas verificamos que o tema é amplamente abordado em sua essência religiosa.

Assim, no cristianismo, às obras de misericórdia que envolvem compromisso de amor a Deus e ao próximo e são fundamentais para se obter a salvação; no judaísmo, está relacionado às obras de piedade presentes no Antigo Testamento; e no islamismo, o bem ou mal que se pratica com os irmãos são obras importantes para possuir o paraíso ou acabar no inferno.

Mateus que é o evangelista que nos apresenta Jesus como o Filho do Homem nos apresenta hoje um Jesus que se intitula e se declara realmente como Rei e Juiz da história da humanidade. Estamos diante do que São Paulo diz: O triunfo de Cristo, a vitória do bem sobre o mal, da vida sobre a morte. É a glória devida ao triunfo de Cristo sobre a cruz. Pois Ele é o Poder de Deus e a sua Sabedoria (1 Cor 1, 24).

Cristo Jesus ressuscitado vindo com poder e grande glória (Lc 21, 27) – assume as funções do verdadeiro Deus: Sua sentença é definitiva: eterna como o fogo eterno preparado pelo pai para os anjos rebeldes. Ele está rodeado de todos os seus anjos que estão submissos em tudo.

Trata-se de um juízo final, ou do início de uma era histórica após a destruição de Jerusalém? No primeiro caso, Jesus, o Filho do Homem – será o juiz definitivo como vemos no texto. No segundo caso indica quais entrarão a formar parte do novo reino entre os gentios. Os escolhidos serão os misericordiosos que alcançarão misericórdia ( Mt 5, 7) ou seja os que agiram com compaixão com os necessitados. Quais são estes irmãos menores?

Sobre o fogo preparado para o Diabo e os anjos, devemos comentar que na época de Jesus não se esperava que o Diabo estivesse no inferno, porque sabemos pelas palavras do próprio Jesus que viu Satanás cair do céu como um relâmpago (Lc 10, 18). Portanto o inferno não era sua morada, mas o fogo ou lago de fogo será o destino definitivo do Diabo (Ap 20, 10) ao qual será lançado quem não for escrito no livro da vida (Ap 20, 15). Talvez isso explique a influência do maligno em nossa história.

A condenação não é por atos de perversidade, mas de omissão. Talvez porque os primeiros já estavam incluídos na mentalidade antiga. Os segundos eram o grande pecado e ainda são dos batizados chamados discípulos de Cristo. Por outra parte o evangelho de hoje serve para responder à pergunta: Como poderão salvar-se os que não conhecem Jesus ou consideram verdadeira a sua própria religião? Obviamente a fé será substituída pelas obras de misericórdia, necessárias também entre os cristãos porque a fé sem obras está morta (Tg 2, 17) e Paulo afirma que o que tem valor é a fé que atua mediante o amor (Gl 5, 6).

Portanto, lembre-se do que nos é apresentada à atualização da mensagem do Juízo Final que tem, por base, três dimensões: pessoal, eclesial e social, onde, de acordo com os ensinamentos de Jesus, as obras de misericórdia, praticadas em relação aos mais pequeninos, aqui e agora, serão decisivas no dia do Juízo Final, quando o Filho do Homem julgará cada um de acordo com suas obras.

O último juiz virá. E o julgamento dele será sobre o serviço que tiveres prestado aos seus irmãos mais pequeninos. Ele chamará e congregará todos os que lhe forem fiéis e lhes dirá: Vinde benditos de meu Pai, possui por herança o reino que vos está preparado deste a fundação do mundo, porque tive fome e me destes de comer… Será que tu serás um destes benditos? Se sim, parabéns! E se não o tempo é este e a hora é agora de acertares o passo e convertendo-te seguires as pegadas do Mestre.
Fonte https://homilia.cancaonova.com

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Lc 20,27-40 - 25.11.2017

Sábado da 33ª Semana do Tempo Comum
25 de Novembro de 2017
Cor: Verde

Evangelho - Lc 20,27-40

Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 20,27-40

Naquele tempo:
27Aproximaram-se de Jesus alguns saduceus,
que negam a ressurreição,
28e lhe perguntaram:
'Mestre, Moisés deixou-nos escrito:
se alguém tiver um irmão casado
e este morrer sem filhos,
deve casar-se com a viúva
a fim de garantir a descendência para o seu irmão.
29Ora, havia sete irmãos.
O primeiro casou e morreu, sem deixar filhos.
30Também o segundo
31e o terceiro se casaram com a viúva.
E assim os sete: todos morreram sem deixar filhos.
32Por fim, morreu também a mulher.
33Na ressurreição, ela será esposa de quem?
Todos os sete estiveram casados com ela.'
34Jesus respondeu aos saduceus:
'Nesta vida, os homens e as mulheres casam-se,
35mas os que forem julgados dignos
da ressurreição dos mortos e de participar da vida futura,
nem eles se casam nem elas se dão em casamento;
36e já não poderão morrer, pois serão iguais aos anjos,
serão filhos de Deus, porque ressuscitaram.
37Que os mortos ressuscitam,
Moisés também o indicou na passagem da sarça,
quando chama o Senhor 'o Deus de Abraão,
o Deus de Isaac e o Deus de Jacó'.
38Deus não é Deus dos mortos, mas dos vivos,
pois todos vivem para ele.'
39Alguns doutores da Lei disseram a Jesus:
'Mestre, tu falaste muito bem.'
40E ninguém mais tinha coragem
de perguntar coisa alguma a Jesus.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 20,27-40
«Ele é Deus não de mortos, mas de vivos, pois todos vivem para ele»

Hoje, a Palavra de Deus nos fala do tema capital da ressurreição dos mortos. Curiosamente, como os saduceus, também nós não nos cansamos de formular perguntas inúteis e fora do lugar. Queremos solucionar as coisas do além com os critérios daqui de baixo, quando no mundo que está por vir tudo será diferente: «mas os que serão julgados dignos do século futuro e da ressurreição dos mortos não terão mulher nem marido». (Lc 20,35). Partindo de critérios errados chegamos a conclusões errôneas.

Se nos amassemos mais e melhor, não estranharíamos que no céu não houvesse a exclusividade do amor que vivemos na terra, totalmente compreensível devido à nossa limitação, que nos dificulta o poder sair de nossos círculos mais próximos. Mas no céu nos amaremos todos e com um coração puro, sem invejas, nem receios e, não somente ao esposo ou à esposa, aos filhos ou aos do nosso sangue, mas sim a todo o mundo, sem exceções, nem discriminações de língua, nação, raça ou cultura, uma vez que o «amor verdadeiro alcança uma grande força» (São Paulino de Nola).

Faz-nos muito bem escutar essas palavras da Escritura que saem dos lábios de Jesus. Faz-nos bem, porque nos poderia suceder que, agitados por tantas coisas que não nos deixam nem tempo para pensar e influenciados por uma cultura ambiental que parece negar a vida eterna, chegássemos a estar tocados pela dúvida com respeito a ressurreição dos mortos. Sim, nos faz um grande bem que o Senhor mesmo seja quem nos diga que existe um futuro além da destruição do nosso corpo e deste mundo que passa: «Por outra parte, que os mortos hão de ressuscitar é o que Moisés revelou na passagem da sarça ardente (Ex 3,6), chamando ao Senhor: Deus de Abraão, Deus de Isaac, Deus de Jacó» (Lc 20,37-38).
Rev. D. Ramon CORTS i Blay 
(Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors 


A PERGUNTA SOBRE A RESSURREIÇÃO Lc 20,27-40
HOMILIA

A propósito de uma pergunta capciosa dos seus adversários que negavam a ressurreição dos mortos, Jesus procura fazer-lhes compreender que, no mundo novo da ressurreição, as coisas estão fora e acima do nosso modo de pensar terreno. A ressurreição dos mortos pertence já a esse “mundo que há-de vir” para além da morte, em que Deus vive como Deus de vivos, como Ele Se tinha revelado no episódio da sarça ardente, ao apresentar-Se a Moisés como Deus dos que tinham vivido antes, mas que para Ele são sempre vivos, Ele “o Deus de Abraão, o Deus de Isaac, o Deus de Jacob”.
Os saduceus, grandes proprietários de terras, formavam a elite dos sacerdotes(20,27-40). Não acreditavam na ressurreição, e propõem a Jesus um caso difícil, para mostrar que é absurdo crer na ressurreição. Jesus retifica a questão, mostrando que a vida da ressurreição não deve ser concebida como mera cópia da vida na dimensão presente. E os mortos ressuscitam? Referindo-se à célebre forma “Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacó”, Jesus mostra que, sendo Deus dos vivos e da Vida, também Abraão, Isaac e Jacó devem estar vivos com ele. Com efeito, o sentido de toda a criação é viver para Deus, e essa vida não conhece fim. Ruma para a plenitude, sempre. O que está com Deus está vivo para gozar a vida em abundância.
            Os saduceus queriam embaraçar Jesus fazendo perguntas a partir da prática do levirato (Dt 25.5-6). No livro do Deuteronômio está ordenado que, no caso de um irmão falecer sem descendência, é a obrigação de um irmão casar com a viúva para dar o nome à família. Se, nessa prática, uma viúva casar sucessivamente, de quem será a mulher na ressurreição? Jesus afirma a ressurreição (vv. 35-37), e mostra aos saduceus que as instituições pertencentes a esta ordem das coisas não continuarão pós-ressurreição. Em outras palavras, as instituições terrenas não continuarão no céu, que é o mundo da justiça plena. O mundo onde está presente o Reino de Deus. Todas as instituições e poderes são transitórios e provisórios, ainda.
            A continuidade entre o agora e o então está em Deus e na sua graça. E Jesus faz excursão mais profunda no Pentateuco, lembrando-os do que Moisés disse a respeito de Deus como o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó. A ressurreição é contrastada, por isso, pela imposição da morte; pelos determinismos e fatalismos da cultura, da religião, da política corrompida, nos sistemas de pensar. A ressurreição é a dádiva da vida e vem de Deus. Assim, à luz da ressurreição, a vida é vista e vivida sob o poder da graça. Em Lucas a ênfase recai na expressão: “não podem mais morrer” com referência aos filhos da ressurreição.
            Pai, és Deus da vida e Deus dos vivos, e queres todos os seres humanos em comunhão contigo para sempre. Ajuda-me a viver, já nesta vida, esta comunhão eterna.
Fonte PADRE BANTU MENDONÇA KATCHIPWI SAYLA


Leia também:


LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Lc 19,45-48 - 24.11.2017

6ª-feira da 33ª Semana do Tempo Comum
24 de Novembro de 2017
Sto. André Dung-Lac Presb e Comps. Mts, memória
Cor: Vermelho

Evangelho - Lc 19,45-48

Fizestes da casa de Deus um antro de ladrões.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 19,45-48

Naquele tempo:
45Jesus entrou no Templo
e começou a expulsar os vendedores.
46E disse: 'Está escrito:
'Minha casa será casa de oração'.
No entanto, vós fizestes dela um antro de ladrões.'
47Jesus ensinava todos os dias no Templo.
Os sumos sacerdotes, os mestres da Lei e os notáveis do povo
procuravam modo de matá-lo.
48Mas não sabiam o que fazer,
porque o povo todo ficava fascinado
quando ouvia Jesus falar.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 19,45-48
«Minha casa será casa de oração»

Hoje, o gesto de Jesus é profético. À maneira dos antigos profetas, realiza uma ação simbólica, cheia de significado face ao futuro. Ao expulsar do templo os mercadeiros, que faziam negócio com as vítimas destinadas a servir de oferenda, e ao indicar que «a casa de Deus será casa de oração» (Is 56,7), Jesus anunciava a nova situação, que Ele vinha inaugurar, em que os sacrifícios de animais já não tinham lugar. São João definirá a nova relação de culto como uma «adoração ao Pai em espírito e verdade» (Jn 4,24). A figura deve dar lugar à realidade. Santo Tomás de Aquino dizia poeticamente «Et antiquum documentum / novo cedat ritui (Que o Antigo Testamento ceda o lugar ao Novo Rito)».

O Novo Rito é a palavra de Jesus. Por isso, São Lucas associou à cena da purificação do templo a apresentação de Jesus, nele pregando cada dia. O novo culto centra-se na oração e na escuta da Palavra de Deus. Mas, na realidade, o centro do centro da instituição cristã é a própria pessoa viva de Jesus, com a sua carne entregue e o seu sangue derramado na cruz e oferecidos na Eucaristia. Também Santo Tomás o destaca de modo muito belo: «Recumbens com fratribus (...) se dat suis manibus» («Sentado à mesa com os irmãos (...) dá-se a si mesmo com as suas próprias mãos»).

No Novo Testamento, inaugurado por Jesus, já não são necessários nem bois nem vendedores de cordeiros. Tal como «todo o povo ficava fascinado ao ouvi-lo falar» (Lc 19,48), também nós não temos de ir ao templo para imolar vítimas, mas para receber Jesus, o autêntico cordeiro imolado por nós, de uma vez para sempre (cf. He 7,27), e para unir a nossa vida à de Jesus.
P. Josep LAPLANA OSB Monje de Montserrat 
(Montserrat, Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors 


JESUS NO TEMPLO Lc 19,45-48
HOMILIA

Naquele tempo a celebração da Páscoa acontecia anualmente no templo em Jerusalém. Era uma das três festas anuais que exigiam o comparecimento de todos os homens, sendo as outras a festa de Pentecostes e a dos Tabernáculos. A festa da Páscoa comemorava a saída dos judeus da escravidão no Egito (Êxodo 12:1-13) e começava aproximadamente no décimo quarto dia de abril em nosso calendário, durando sete dias ao todo. A Páscoa propriamente era celebrada no dia inicial, seguindo-se depois a festa dos Pães Ázimos.

Muitas judeus com suas famílias viajavam do mundo inteiro para Jerusalém durante essas festas. Assim, durante a Páscoa, a área do templo ficava sempre abarrotada com milhares de visitantes além dos seus habitantes.

Todo israelita de vinte anos para cima tinha que pagar anualmente na tesouraria sagrada do templo meio siclo como um oferecimento ao Senhor (Êxodo 30:13-15), e isto com a tradicional e antiga moeda hebraica deste valor exato. O povo também era obrigado a oferecer animais como sacrifício pelos pecados. Muitos não podiam trazer consigo seus animais porque vinham de longe, ou porque não dispunham de animais nas perfeitas condições exigidas.

Havia, portanto, grande procura de moedas de meio siclo assim como de animais próprios para os sacrifícios e holocaustos na festa da Páscoa. Para facilitar o comércio, os líderes religiosos permitiam que cambistas de moedas e comerciantes montassem suas bancas e barracas na corte dos gentios no templo, mediante um aluguel. Era lucrativo para os negociantes e rendoso para os sacerdotes, à custa dos que vinham oferecer sacrifício. O templo de Deus estava sendo usado de forma inadequada, e a perseguição do ganho material e o uso de práticas gananciosas predominavam. A Casa de Deus tinha se tornado uma espécie de bolsa de mercadorias ou feira livre.

O Senhor indignou-se com isto e, tendo feito um chicote de cordas, expeliu todos do templo com seus animais, espalhou o dinheiro dos cambistas e virou-lhes as mesas, dizendo aos que vendiam as pombas “tirai daqui estas coisas: não façais da casa do meu Pai casa de negócio”, pois estavam fazendo um escárnio da casa de Deus. Ao término do seu ministério, aproximadamente três anos mais tarde (Mateus 21:12-17; Marcos 11:12-19; Lucas 19:45-48), Ele repetiu esta “limpeza”, pois o motivo de lucro daquela gente era mais forte que o desejo de conservar a santidade do templo.

Deus sempre preveniu seu povo contra o uso do culto a Ele para o seu próprio enriquecimento. O que o Senhor fez naquelas ocasiões não foi cruel ou injusto, mas era apenas a manifestação da sua santidade e justiça, o que fez com que seus discípulos se lembrassem do versículo no Salmo 69:9… “o zelo da tua casa me devorou”. Este salmo é citado dezessete vezes no Novo Testamento e é um dos seis salmos mais citados no Novo Testamento.

Jesus tinha amplos motivos para dizer que os comerciantes gananciosos haviam transformado o templo de Deus num “covil de salteadores”. Para poder pagar o imposto do templo, os judeus e os prosélitos procedentes de outros países tinham de trocar seu dinheiro estrangeiro por moeda aceitável. Os cambistas operavam negócios lucrativos, cobrando uma taxa para cada moeda cambiada. Jesus os chama de salteadores, sugere que as taxas deles eram tão excessivas, que na realidade extorquiam dinheiro dos pobres.

Alguns não podiam levar seus próprios animais para ser sacrificados. Todos que os levavam tinham de submetê-los a um exame feito por um inspetor no templo por uma taxa. Muitos que não queriam arriscar-se a ter um animal rejeitado depois de trazê-lo de longe, compravam um leviticamente “aprovado” dos negociantes corruptos no templo. Muitos dos camponeses pobres eram bem enganados ali.

Há evidência de que o ex-sumo sacerdote Anás e sua família tinham capital investido nos comerciantes no templo. Escritos rabínicos falam de “bazares dos filhos de Anás [no templo]”. O lucro que recebiam dos cambistas e da venda de animais na área do templo era uma das suas principais fontes de renda. A ação de Jesus, de expulsar os comerciantes, não só tinha por alvo o prestígio dos sacerdotes, mas também os bolsos deles.

Não será que esta cena ainda se repete em nossos dias nas festas dos padroeiros em nossas paróquias e capelas?

Espírito purificador, tira do meu coração toda sorte de maldade e de egoísmo, que o tornam indigno de ser morada de Deus.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também:

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Lc 19,41-44 - 23.11.2017

5ª-feira da 33ª Semana do Tempo Comum
23 de Novembro de 2017
Cor: Verde

Evangelho - Lc 19,41-44

Se tu também compreendesses hoje
o que te pode trazer a paz!

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 19,41-44

Naquele tempo:
41Quando Jesus se aproximou de Jerusalém e viu a cidade,
começou a chorar. E disse:
42'Se tu também compreendesses hoje
o que te pode trazer a paz!
Agora, porém, isso está escondido aos teus olhos!
43Dias virão em que os inimigos
farão trincheiras contra ti e te cercarão de todos os lados.
44Eles esmagarão a ti e a teus filhos.
E não deixarão em ti pedra sobre pedra.
Porque tu não reconheceste o tempo
em que foste visitada.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 19,41-44
«Se (...) tu compreendesses hoje o que te pode trazer a paz!»

Hoje, a imagem que nos apresenta o Evangelho é a de um Jesus que «chorou» (Lc 19,41) pela sorte da cidade escolhida, que não reconheceu a presença do seu Salvador. Conhecendo as notícias que se deram nos últimos tempos, seria fácil para nós aplicar essa lamentação à cidade que é —à vez— santa e fonte de divisões.

Mas, olhando mais para a frente, podemos identificar esta Jerusalém com o povo escolhido, que é a Igreja, e —por extensão— com o mundo em que esta levará a termo a sua missão. Se assim o fazemos, encontraremos uma comunidade que, ainda que tenha alcançado o topo no campo da tecnologia e da ciência, geme e chora, porque vive rodeada pelo egoísmo dos seus membros, porque levantou ao seu redor os muros da violência e do desordem moral, porque atira no chão os seus filhos, arrastando-os com as cadeias de um individualismo desumanizador. Definitivamente, o que encontraremos é um povo que não soube reconhecer o Deus que o visitava (cf. Lc 19,44).

Porém, nós os cristãos, não podemos ficar na pura lamentação, não devemos ser profetas de desventuras, mas homens de esperança. Conhecemos o final da história, sabemos que Cristo fez cair os muros e rompeu as cadeias: as lágrimas que derrama neste Evangelho prefiguram o sangue com o qual nos salvou.

De fato, Jesus está presente na sua Igreja, especialmente através daqueles mais necessitados. Temos de advertir esta presença para entender a ternura que Cristo tem por nós: é tão excelso o seu amor, diz-nos Santo Ambrósio, que Ele se fez pequeno e humilde para que cheguemos a ser grandes; Ele deixou-se amarrar entre as fraldas como um menino para que nós sejamos liberados dos laços do pecado; Ele deixou-se cravar na cruz para que nós sejamos contados entre as estrelas do céu... Por isso, temos de dar graças a Deus, e descobrir presente no meio de nós aquele que nos visita e nos redime
Rev. D. Blas RUIZ i López 
(Ascó, Tarragona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors 


AI DE TI JERUSALÉM Lc 19,41-44
HOMILIA

Jesus chega a Jerusalém aclamado pela multidão. Porém, ao invés de corresponder aos aplausos vendo a cidade, chora sobre ela. Jerusalém era a capital da fé daquele tempo. Pois tendo sido tomada do povo jebuseu pelo rei Davi, nela estavam centralizados todos os poderes religiosos, político e militar. O templo aí construído e a sólida teologia imperial elaborada na corte dos reis descendentes de Davi conferiram à Jerusalém o status de cidade sagrada. Todavia, já os profetas do Antigo Testamento denunciavam o abuso de poder e a corrupção aí reinantes, e o fato se tornava cada vez pior. Os olhos desta cidade estão como que tapados: ela se tornou o centro da exploração e opressão do povo, enveredando por um caminho que é o oposto do caminho da paz.

Ela será destruída, porque não quer reconhecer na visita de Jesus a ocasião para mudar as próprias estruturas injustas, abrindo-se ao apelo d’Ele.

Jesus chora porque gostaria de juntar aquele povo como uma galinha junta seus pintinhos. Caro leitor, você conhece esta cena? A galinha junta os pintinhos com as asas e os protege. Jesus é assim mesmo! Ele usa linguagem bem humana para que possamos compreender.

Veja que comparação Jesus faz! Como é grande o amor de Jesus pela humanidade, narrado nestes textos à cidade de Jerusalém. E ele é proclamado para você aqui, agora! Ele deseja muito abrir seus braços agora e acolher a todos, deixe-se ser acolhido por Jesus!

Foram duas ocasiões muito solenes aquelas em que os textos sagrados nos dizem que Jesus chorou. Chorou diante do sepulcro, onde jazia o seu amigo Lázaro, morto há quatro dias, e chorou quando sentiu, no mais íntimo do seu coração, a incredulidade da santa cidade de Jerusalém.

Jesus é Deus (único, sem dúvida), que chora pela situação triste e ímpia deste mundo perdido. Parece um contraste, algo incoerente, Deus a chorar pelos homens. Mas não. Não é incoerência, porque este (Jesus) é o único Deus que ama. Deus que ama o mundo de tal maneira que dá a si mesmo, como sacrifício de substituição para que todo aquele que n’Ele crê não morra, mas tenha a vida eterna.

Olhemos este texto e vejamos com que amor Deus se ocupa de nós. Como dá a si mesmo; como sofre, vendo a cidade entregue às suas impiedades e dominada pelos vendilhões da religião; como chora sobre ela e ora para que abra os olhos para as suas oportunidades, ainda de pé, mas em breve perdidas! Esta cidade é você, sou eu quando não nos “queremos” converter e acatando os seus ensinamentos nos salvar. E então continua chorando por ti e por mim: Jerusalém, Jerusalém, como gostaria que visses as tuas oportunidades, mas tu queres continuar de olhos fechados; como queria que abrisses os olhos, mas tu preferes continuar de olhos fechados e não ver a verdade; como quis ajuntar os teus filhos como a galinha ajunta os pintos debaixo das asas, mas tu não quiseste; Porque assim queres, os teus inimigos te sitiarão de todos os lados, serás totalmente derrubada e em ti não ficará pedra sobre pedra que não seja derrubada.

Não te revês na situação da rebeldia de Jerusalém? Arrepende-te enquanto é tempo. Aceita a misericórdia de Jesus, que chora pela tua triste e condenável situação de pecador perdido. Vem a Cristo que te chama com amor infinito e viverás. Ai de ti que não sabes reconhecer a bondade de Deus que estava a seu lado no dia a dia da vida. Que estejamos sempre atentos e conscientes com os bens que temos, sobretudo, o bem da paz e da vida.

Pai, dá-me o bom senso de acolher a salvação que me ofereces em teu Filho Jesus. Desta forma, não incorrerei em castigo semelhante ao que se abateu sobre a Cidade Santa.
Fonte https://homilia.cancaonova.com


Leia também:


terça-feira, 21 de novembro de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho - Lc 19,11-28 - 22.11.2017

4ª-feira da 33ª Semana do Tempo Comum
22 de Novembro de 2017
Sta. Cecília* VgMt, memória
Cor: Verde

Evangelho - Lc 19,11-28

Porque tu não depositaste meu dinheiro no banco?

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 19,11-28

Naquele tempo:
11Jesus acrescentou uma parábola,
porque estava perto de Jerusalém
e eles pensavam que o Reino de Deus ia chegar logo.
12Então Jesus disse:
'Um homem nobre partiu para um país distante,
a fim de ser coroado rei e depois voltar.
13Chamou então dez dos seus empregados,
entregou cem moedas de prata a cada um,
e disse: 'Procurai negociar até que eu volte'.
14Seus concidadãos, porém, o odiavam,
e enviaram uma embaixada atrás dele,
dizendo: 'Nós não queremos que esse homem reine sobre nós'.
15Mas o homem foi coroado rei e voltou.
Mandou chamar os empregados,
aos quais havia dado o dinheiro,
a fim de saber quanto cada um havia lucrado.
16O primeiro chegou e disse:
'Senhor, as cem moedas renderam dez vezes mais.'
17O homem disse:
'Muito bem, servo bom.
Como foste fiel em coisas pequenas,
recebe o governo de dez cidades'.
18O segundo chegou e disse:
'Senhor, as cem moedas renderam cinco vezes mais'.
19O homem disse também a este:
'Recebe tu também o governo de cinco cidades'.
20Chegou o outro empregado e disse:
'Senhor, aqui estão as tuas cem moedas
que guardei num lenço,
21pois eu tinha medo de ti,
porque és um homem severo.
Recebes o que não deste e colhes o que não semeaste'.
22O homem disse:
'Servo mau, eu te julgo pela tua própria boca.
Tu sabias que eu sou um homem severo,
que recebo o que não dei e colho o que não semeei.
23Então, porque tu não depositaste meu dinheiro no banco?
Ao chegar, eu o retiraria com juros'.
24Depois disse aos que estavam aí presentes:
'Tirai dele as cem moedas e dai-as àquele que tem mil'.
25Os presentes disseram:
'Senhor, esse já tem mil moedas!'
26Ele respondeu: 'Eu vos digo:
a todo aquele que já possui, será dado mais ainda;
mas àquele que nada tem, será tirado até mesmo o que tem.
27E quanto a esses inimigos,
que não queriam que eu reinasse sobre eles,
trazei-os aqui e matai-os na minha frente'.'
28Jesus caminhava à frente dos discípulos,
subindo para Jerusalém.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Lc 19,11-28
«Negociai com isto até que eu volte»

Hoje, o Evangelho propõe-nos a parábola das minas: uma quantidade de dinheiro que aquele nobre repartiu entre seus servos, antes de partir de viagem. Primeiro fixemo-nos na ocasião que provoca a parábola de Jesus. Ele ia subindo para Jerusalém, onde o esperava a paixão e a conseqüente ressurreição. Os discípulos «pensavam que o Reino de Deus ia se manifestar logo» (Lc 19,11). É nessas circunstâncias que Jesus propõe esta parábola. Com ela, Jesus ensina-nos que temos que fazer render os dons e qualidades que Ele nos deu, isto é, que nos deixou a cada um. Não são nossos de maneira que possamos fazer com eles o que queiramos. Ele deixou-nos esses dons para que os façamos render. Os que fizeram render as minas - mais ou menos - são louvados e premiados pelo seu Senhor. É o servo preguiçoso, que guardou o dinheiro num lenço sem o fazer render, é o que é repreendido e condenado.

O cristão, pois, tem que esperar,claro está, o regresso do seu Senhor, Jesus. Mas com duas condições, se quer que o encontro seja amigável. A primeira condição é que afaste a curiosidade doentia de querer saber a hora da solene e vitoriosa volta do Senhor. Virá, diz em outro lugar, quando menos o pensemos. Fora, por tanto, as especulações sobre isto! Esperamos com esperança, mas numa espera confiada sem doentia curiosidade. A segunda condição, é que não percamos o tempo. A esperança do encontro e do final gozoso não pode ser desculpa para não tomarmos a sério o momento presente. Precisamente, porque a alegria e o gozo do encontro final será tanto melhor quanto maior for a colaboração que cada um tiver dado pela causa do reino na vida presente.

Não falta, também aqui, a grave advertência de Jesus aos que se revelam contra Ele: «E quanto a esses meus inimigos, que não queriam que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os na minha frente» (Lc 19,27)
P. Pere SUÑER i Puig SJ 
(Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors 


AS DEZ MOEDAS DE OURO Lc 19,11-28
HOMILIA

A parábola dos talentos, apesar das semelhanças, não deverá ser a mesma das minas, ainda que alguns pensem que sim, pois Jesus podia ter contado duas parábolas semelhantes, embora com o mesmo fim didático. Esta parábola ensina principalmente a necessidade de corresponder à graça de uma maneira esforçada, exigente, constante, durante toda a vida. Temos de fazer render todos os dons da natureza e da graça, recebidos do Senhor. O importante não é o número dos talentos recebidos, mas sim a generosidade em fazê-los frutificar.

Não se trata propriamente de uma moeda, mas de uma unidade monetária, cujo valor ignoramos ao certo, por variável que era então, mas que ronda pelos 36 quilos de prata. O texto sugere refletirmos sobre três pontos fundamentais que são:

1. O segredo da felicidade. Todos suspiramos pela felicidade, todos queremos ser felizes. Todavia, é preciso não termos ilusões. A felicidade não se recebe de “mão-beijada”. Ela conquista-se com o esforço, o trabalho e o sacrifício. O segredo da felicidade está na fidelidade aos nossos deveres em relação a Deus e aos outros. Ser fiel no dever de cada dia; fiel em pequenos gestos de caridade com o próximo; fiel no compromisso de piedade, de amor para com Jesus na Eucaristia; fiel na preocupação de tornar a vida agradável aos outros; sorrindo, servindo e ensinando. Não é indiferente ser ou não ser fiel: ditoso o que teme o Senhor e segue o seu caminho, diz o salmista.

Não há felicidade sem fidelidade. As leituras da missa de hoje colocam diante de nós o exemplo da mulher virtuosa que põe todo o seu esforço ao serviço do bem estar da família, do aconchego do lar. E, no Evangelho, o exemplo dos criados que puseram a render os talentos que o patrão lhes confiou. S. Paulo, por sua vez, convida-nos a sermos vigilantes e sóbrios em tudo: no falar e no comer; no vestir e no andar; na maneira de encarar os acontecimentos com otimismo e não com pessimismo e desespero.

2. Os pecados de omissão. O Evangelho nos diz que o patrão daqueles criados, passado muito tempo, foi ajustar contas com eles. Enquanto que o primeiro e o segundo puseram a render os talentos recebidos, o terceiro, deixando-se levar pela preguiça, nada fez. Daí, ouviu a censura condenatória do seu patrão: servo mau e preguiçoso.

Aqui temos retratado o pecado de omissão. Aquele servo não perdeu o talento recebido. Teve até o cuidado de o esconder, mas assim o tornou improdutivo.

O servo preguiçoso é imagem viva do cristão que, quando é chamado à uma vida de piedade mas intensa; comprometer-se na tarefa do apostolado; a aliviar o peso da pobreza, do sofrimento de quem o rodeia, se esquiva. E tranquiliza a sua consciência dizendo: eu não sou mau, não trato mal ninguém, nem prejudico quem quer que seja. Quem fala assim não repara que também existem omissões graves, coisas que se deviam ter feito ou dito, não se fizeram nem se disseram. Na comunicação social quantos pecados de omissão nesta área, lembra o Senhor Arcebispo Primaz: há momentos para elogiar e ocasiões para, sem condenar ninguém, mostrar a nossa discordância. Lembro os que apoiam publicamente o aborto e outros atos graves contra a vida, a justiça e a paz.

3. O verdadeiro descanso. O comportamento dos servos não foi igual. Para o primeiro e o segundo o resultado foi 100% mais; para o terceiro foi 100% negativo. Cada um recebeu seus talentos para os pôr a render sempre que pode fazer algo. E, desta forma, eu não posso cruzar os braços. Certamente que não resolvo tudo. Faço o que posso. Portanto, dê você também o seu 100% e descansará, tomará posse do que está reservado para aqueles que em vida deram o seu 100%

O Evangelho estabelece um laço constante entre os pecados de omissão e o inferno. Três textos se referem ao caso: a parábola dos talentos que acabamos de ouvir: Lançai-os às trevas de lá de fora. Na parábola do rico avarento (Lc. 16, 10): Morreu e foi sepultado no abismo. No capítulo 25, 11 de São Mateus: Afastai-vos de mim malditos para o fogo eterno.

Eu, no meu lar, no lugar de trabalho, nas minhas relações sociais, na minha Paróquia, faço frutificar os talentos de inteligência, de saúde, de simpatia, de possibilidades econômicas, ou enterro tudo isso no despejo da preguiça? Procuro trabalhar na defesa dos valores: da vida, da verdade, da honra, do pudor, dos outros que precisam da minha ajuda? Mãos à obra! Você tem tudo para ser feliz, e repousar na alegria do seu Senhor, basta que ponha a render os seus talentos.

Pai, faça-me um discípulo fiel de Jesus, para quem deverei prestar contas do bom uso dos dons que me concedeu. Que eu seja prudente no meu agir.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/


Leia também: