quarta-feira, 31 de maio de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 17,20-26 - 01.06.2017

5ª-feira da 7ª Semana da Páscoa
01 de Junho de 2017
S. Justino Mt, memória
Cor: Vermelho

Evangelho - Jo 17,20-26

Para que eles cheguem à unidade perfeita.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 17,20-26

Naquele tempo, Jesus levantou os olhos ao céu e disse:
Pai Santo,
20eu não te rogo somente por eles,
mas também por aqueles
que vão crer em mim pela sua palavra,
21para que todos sejam um
como tu, Pai, estás em mim e eu em ti,
e para que eles estejam em nós,
a fim de que o mundo creia que tu me enviaste.
22Eu dei-lhes glória que tu me deste,
para que eles sejam um, como nós somos um:
23eu neles e tu em mim,
para que assim eles cheguem à unidade perfeita
e o mundo reconheça que tu me enviaste
e os amaste, como me amaste a mim.
24Pai, aqueles que me deste,
quero que estejam comigo onde eu estiver,
para que eles contemplem a minha glória,
glória que tu me deste
porque me amaste antes da fundação do universo.
25Pai justo, o mundo não te conheceu,
mas eu te conheci,
e estes também conheceram que tu me enviaste.
26Eu lhes fiz conhecer o teu nome,
e o tornarei conhecido ainda mais,
para que o amor com que me amaste esteja neles,
e eu mesmo esteja neles'.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 17,20-26

«Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que vão crer em mim»

Hoje, encontramos no Evangelho um sólido fundamento para a confiança: «Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que (...) vão crer em mim...» (Jo 17,20). É o Coração de Jesus que, na intimidade com os seus, abre-lhes os tesouros inesgotáveis do seu Amor. Quer afiançar seus corações afligidos pelo ar de despedida que têm as palavras e gestos do Mestre durante a Santa Ceia. É a oração indefectível de Jesus que sobe junto ao Pai pedindo por eles. Quanta segurança e fortaleça encontrarão depois nessa oração ao longo da sua missão apostólica! Em meio de todas as dificuldades e perigos que tiveram que afrontar, essa oração os acompanhará e, será a fonte na que encontrarão a força e ousadia para dar testemunho da sua fé com a entrega da própria vida.

A contemplação dessa realidade, dessa oração de Jesus pelos seus, tem que atingir também as nossas vidas: «Eu não rogo somente por eles, mas também por aqueles que (...) vão crer em mim... ». Essas palavras atravessam os séculos e chegam, com a mesma intensidade com que foram pronunciadas, até o coração de todos e cada um dos crentes.

Na lembrança fresca da última visita de João Paulo II a Espanha, encontramos nas palavras do Papa o eco dessa oração de Jesus pelos seus: «Com meus braços abertos, levo-os a todos no meu coração —disse o Pontífice na frente de mais de um milhão de pessoas—. A recordação desses dias vai transformar-se em oração pedindo para vos a paz em fraterna convivência, animados pela esperança cristã que nunca engana». E, já não tão próximo no tempo, outro Papa fazia uma exortação que nos chega ao coração depois de muitos séculos: «Não há nenhum doente a quem seja negada a vitória da cruz, nem há ninguém a quem não lhe ajude a oração de Cristo. Já que se esta foi de proveito para os que o maltrataram, quanto mais o será para os que se convertem a Ele?». (São Leão Magno)
P. Joaquim PETIT Llimona, L.C. 
(Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors |


Que sejamos construtores da unidade cristã
HOMILIA

Que sejamos construtores da unidade cristã. Para isso é preciso trabalhar para destruir as barreiras e favorecer o diálogo, o respeito e a convivência fraterna entre aqueles que creem no nome de Jesus.

“Não rogo somente por eles, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em mim. Para que todos sejam um, assim como tu, Pai, estás em mim e eu em ti” (João 17, 20-21).



O coração de Jesus, suplicante, numa prece ardente, dirige-se ao coração do Pai pedindo por todos os crentes de todos os tempos, de todas as gerações, em toda a face da Terra. Por todos aqueles que creem e hão de crer no nome d’Ele e que levam a vida em Seu nome. Tudo o que Jesus pede é por nossa unidade, é por nossa união e por nossa comunhão!

Nada entristece mais o coração de um pai do que ver seus filhos divididos, que não se relacionam, não se falam, nem se entendem. Da mesma forma, nada entristece mais o coração de nosso Deus do que a nossa incapacidade de fazer a comunhão e a unidade acontecer.

Isso acontece nas coisas mais simples do cotidiano de nossa vida. Os nossos grupos são divididos; nos grupos e ministérios da Igreja há lutas, há brigas, há separações e pessoas se achando melhores que outras. Às vezes, as divisões acontecem em nossas casas, em nossas famílias; mas há uma divisão muito mais escandalosa: a divisão em que vivem os cristãos por toda a face da Terra. Não é só o número crescente de igrejas e de denominações diferentes que escandalizam o mundo e o coração do Pai, mas é a maneira como nos portamos diante desta divisão, pois não somos capazes de construir comunhão, não somos capazes de fazer unidade, não somos capazes de orar juntos. Deixamos que a divisão cresça entre nós.

Como o Pai deseja que sejamos um! E o termo “um” não quer dizer tudo igual, tudo uniforme, tudo parecido, porque o Pai nos criou diferentes, com diversidades, nos criou homem e mulher, com a possibilidade de falarmos em várias línguas e termos culturas diferentes. Mas somos filhos de um único e mesmo Pai, cremos no mesmo Deus e Jesus Cristo é o Senhor de todos nós!

Sejamos, onde quer que estejamos, construtores da unidade! Que a oração de Jesus atinja o meu e o seu coração! É preciso trabalhar para destruir as barreiras, é preciso construir mais pontes. É preciso favorecer o diálogo, o respeito e a convivência fraterna entre aqueles que creem no nome de Jesus.

É importante não nos esquecermos de que, em nosso julgamento final, não vai ser a placa da nossa Igreja que vai nos salvar, mas sim o amor que manifestamos a Jesus e o amor que vivemos uns com os outros. O amor salva; contudo, as divisões e as separações não edificam o Corpo do Senhor!

Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção
Fonte http://homilia.cancaonova.com

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terça-feira, 30 de maio de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Lc 1,39-56 - 31.05.2017

Visitação de Nossa Senhora . Festa
31 de Maio de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Lc 1,39-56

Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha visitar-me?

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,39-56

39Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa,
dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia.
40Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel.
41Quando Isabel ouviu a saudação de Maria,
a criança pulou no seu ventre
e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42Com um grande grito, exclamou:
"Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre!"
43Como posso merecer
que a mãe do meu Senhor me venha visitar?
44Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos,
a criança pulou de alegria no meu ventre.
45Bem-aventurada aquela que acreditou,
porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu".
46Maria disse:
"A minha alma engrandece o Senhor,
47e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador,
48pois, ele viu a pequenez de sua serva,
eis que agora as gerações hão de chamar-me de bendita.
49O Poderoso fez por mim maravilhas
e Santo é o seu nome!
50Seu amor, de geração em geração,
chega a todos que o respeitam.
51Demonstrou o poder de seu braço,
dispersou os orgulhosos.
52Derrubou os poderosos de seus tronos
e os humildes exaltou.
53De bens saciou os famintos
despediu, sem nada, os ricos.
54Acolheu Israel, seu servidor,
fiel ao seu amor,
55como havia prometido aos nossos pais,
em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre".
56Maria ficou três meses com Isabel;
depois voltou para casa.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão -
«O menino pulou de alegria no meu ventre»

Hoje contemplamos o fato da Visitação da Virgem Maria a sua prima Isabel. Tão rapidamente como lhe foi comunicado que tinha sido escolhida por Deus Pai para ser Mãe do Filho de Deus e que sua prima Isabel tinha recebido também o dom da maternidade, caminha decididamente até a montanha para cumprimentar sua prima, para compartilhar com ela o gozo de terem sido agraciadas com o dom da maternidade e para servi-la.

A saudação da Mãe de Deus provoca que o menino, que Isabel leva no seu ventre, pule de entusiasmo dentro das entranhas de sua mãe. A Mãe de Deus, que leva Jesus no seu ventre é causa de alegria. A maternidade é um dom que gera alegria. As famílias alegram-se quando há um anúncio de uma nova vida. O nascimento de Cristo produz certamente «uma grande alegria» (Lc 2,10).

Apesar de tudo, hoje em dia, a maternidade não é devidamente valorizada. Freqüentemente colocam-se em primeiro lugar outros interesses superficiais, que são manifestação de comodidade e de egoísmo. As possíveis renúncias que comporta o amor paternal e maternal, assustam a muitos matrimônios que, talvez pelos meios que receberam de Deus, devessem ser mais generosos e dizer “sim” mais responsavelmente a novas vidas. Muitas famílias deixam de ser “santuários da vida”. O Papa São João Paulo II constata que a contracepção e o aborto “têm as suas raízes numa mentalidade hedonista e irresponsável a respeito da sexualidade e pressupõem uma concepção egoísta da liberdade, que vê na procriação um obstáculo ao desenvolvimento da própria personalidade».

Isabel, durante cinco meses, não saía de casa, e pensava: «Isto é o que o Senhor fez por mim» (Lc 1,25). E Maria dizia: «A minha alma glorifica o Senhor (…) porque pôs os olhos na humildade da sua serva» (Lc 1,46.48). A Virgem Maria e Isabel valorizam e agradecem a obra de Deus nelas: a maternidade! É necessário que os católicos reencontrem o significado da vida como um dom sagrado de Deus aos seres humanos.
Mons. F. Xavier CIURANETA i Aymí Bispo Emérito de Lleida 
(Lleida, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors 


DEIXE-TE VISITAR POR MARIA COMO ISABEL Lc 1,39-56
HOMILIA

Todo aquele intercâmbio de vida, todo aquele diálogo de amor à luz do Espírito Santo, leva Maria a um canto de ação de graças e de louvor, inspirado no canto de Ana, a mãe de Samuel (cf. Sm 2,1-10). É que tanto lá como aqui, se realimenta a esperança dos pobres por uma intervenção de Deus Salvador. Jesus, de fato, significa – Deus Salva! A primeira parte do canto apresenta o louvor e a santificação do nome de Deus por parte de Maria. Na verdade, Deus pôs seu olhar sobre aquela humilde jovem de Nazaré, fazendo grandes coisas em seu favor. Deus exalta sua humildade, de tal modo que todas as gerações têm a obrigação de chamar a Mãe de Deus de Bem-Aventurada, ou seja, de Santa.

Assim, Jesus é concebido como a misericórdia de Deus em ação, trazendo vida para todos, restaurando a fraternidade entre os filhos de Deus.

Ao descrever a visita de Maria a Isabel, Lucas quer mostrar Maria como um modelo de solidariedade, da comunidade fiel que atende a todos os irmãos necessitados. O serviço de Maria a Deus se concretiza no serviço aos irmãos e irmãs necessitadas. Descrevendo a visita de Maria a Isabel, Lucas quer ensinar como as pequenas comunidades devem fazer para transformar a visita de Deus em serviço aos irmãos e irmãs. Nossa acolhida à Palavra de Deus concretiza-se no serviço concreto às pessoas mais carentes.

Lucas acentua a prontidão de Maria em atender ao apelo de Deus contido nas palavras do anjo. O anjo tinha lhe falado da gravidez de Isabel. Imediatamente, Maria sai de sua casa para se colocar a serviço de Isabel. De Nazaré até as montanhas de Judá são mais de 100 quilômetros de caminhada. Tal atitude de Maria frente ao apelo da Palavra quer nos ensinar que não devemos nos fechar sobre nós mesmos, atendendo apenas as pessoas que nos são conhecidas ou que estão mais perto de nós. Devemos sair de casa, e estar bem atentos e atentas às necessidades concretas das pessoas e procurar ajudar na medida de nossas capacidades e possibilidades.

Até pouco tempo Maria levava uma vida “normal”; porém, depois do grande anúncio tudo muda; só Deus sabe o que passou em seus pensamentos, talvez muitas preocupações diante de um fato tão grandioso, do qual estava participando diretamente. Porém, uma coisa é certa: ela confia no Senhor. Não ficou presa no fato em si, mas põe-se, como nos diz a leitura, a caminho.

No diálogo que teve com o anjo, ‘na anunciação’, Maria fica sabendo que também Isabel foi agraciada milagrosamente: Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês para aquela que chamavam de estéril. Maria vai visitar sua parenta e ao vê-la confirma-se o que anjo já lhe havia falado.

Quando Isabel ouviu a saudação de Maria a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo.

Ao chegar na casa de Isabel, após uma longa viagem de pouco mais de cem quilômetros, as duas mulheres se encontram, e não só elas, também os frutos da bondade e do amor de Deus. Aqui aproveito para abrir um pequeno parêntese: Maria estava com poucos dias de gestação, e ainda assim o seu filho foi percebido por Isabel, e o ainda não nascido João Batista. Como é que podem alguns ainda colocar em dúvida se o feto não constitui ainda um ser humano, capaz de reconhecer as grandes maravilhas de Deus, mesmo que estes sejam de poucos centímetros?

Maria foi a primeira anunciadora da boa nova, junto com ela, leva a mesma alegria recebida do anjo, leva também o Cristo e o Espírito Santo. Como não querer bem a uma mulher que soube realizar a vontade do Pai? Maria é aquela que conduz Jesus até aquela família, mais tarde será ela também que pede a Jesus para que ajude os noivos nas bodas de Caná; e ainda hoje ela continua atenta as nossas necessidades, com seu olhar materno.

Diante de tudo que recebeu, ela não se exalta, mas bendiz o Senhor: Minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta em Deus meu Salvador. Este canto, que Lucas colocou nos lábios de Maria, relembra o que Deus fez em Maria, a Serva do Senhor. Mas recorda também o que Deus fez pelos pobres através de Jesus. Ele inverte as falsas situações humanas no campo religioso, político e social.

Pois Sua misericórdia perdura para sempre para os que o temem. Aos que não o temem – os orgulhosos – Ele dispersou com a força do seu braço. Ele derrubou do trono os poderosos. Quanto aos humildes, submissos e oprimidos, Ele os exaltou. Ele cumulou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias. Deixemo-nos visitar por Deus! Mas estejamos atentos com a mesma sensibilidade de Isabel e João Batista. Que possamos reconhecê-lo, acolhê-lo e com Ele alegrar-se.

Pai conduza-me pelos caminhos de Maria, tua fiel servidora, cuja vida se consumou, sendo exaltada por ti. Que, como Maria, eu saiba me preparar para a comunhão plena contigo.
Fonte http://homilia.cancaonova.com

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segunda-feira, 29 de maio de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 17,1-11a - 30.05.2017

3ª-feira da 7ª Semana da Páscoa
30 de Maio de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Jo 17,1-11a

Pai, glorifica o teu Filho.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 17,1-11a

Naquele tempo:
1Jesus ergueu os olhos ao céu e disse:
'Pai, chegou a hora.
Glorifica o teu Filho, para que o teu Filho te
glorifique a ti,
2e, porque lhe deste poder sobre todo homem, ele dê
a vida eterna a todos aqueles que lhe confiaste.
3Ora, a vida eterna é esta:
que eles te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro,
e àquele que tu enviaste, Jesus Cristo.
4Eu te glorifiquei na terra
e levei a termo a obra que me deste para fazer.
5E agora, Pai, glorifica-me junto de ti,
com a glória que eu tinha junto de ti
antes que o mundo existisse.
6Manifestei o teu nome aos homens
que tu me deste do meio do mundo.
Eram teus, e tu os confiaste a mim,
e eles guardaram a tua palavra.
7Agora eles sabem que tudo quanto me deste vem de ti,
8pois dei-lhes as palavras que tu me deste,
e eles as acolheram,
e reconheceram verdadeiramente que eu saí de ti
e acreditaram que tu me enviaste.
9Eu te rogo por eles.
Não te rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste,
porque são teus.
10Tudo o que é meu é teu
e tudo o que é teu é meu.
E eu sou glorificado neles.
11aJá não estou no mundo, mas eles permanecem no mundo,
enquanto eu vou para junto de ti'.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 17,1-11a 
«Mas tende coragem! Eu venci o mundo»

Hoje podemos ter a sensação de que o mundo da fé em Cristo se debilita. Existem várias notícias que vão contra a fortaleza que quereríamos receber de uma vida fundamentada integramente no Evangelho. Os valores do consumismo, do capitalismo, da sensualidade e do materialismo estão em voga e em contra de tudo o que suponha pôr-se em sintonia com as exigências evangélicas. Não obstante, este conjunto de valores e de formas de entender a vida não nos dão nem a plenitude pessoal nem a paz, mas apenas trazem mais mau estar e inquietude interior. Não será por isso que, hoje, as pessoas que vão pela rua enferrujadas, fechadas e preocupadas com um futuro que não vêm nada claro, precisamente porque o hipotecaram ao preço de um carro, de um apartamento ou de umas férias que, de fato, não se podem permitir?

As palavras de Jesus convidam-nos à confiança: «Eu venci o mundo» (Jo 16,33), quer dizer, pela sua Paixão, Morte e Ressurreição alcançou a vida eterna, aquela que não tem obstáculos, aquela que não tem limite e superou todas as dificuldades.

Os de Cristo vencemos as dificuldades tal e como Ele as venceu, apesar de na nossa vida também termos de passar por sucessivas mortes e ressurreições, nunca desejadas mas assumidas pelo próprio Mistério Pascal de Cristo. Por acaso não são “mortes” a perca de um amigo, a separação da pessoa amada, o fracasso de um projeto ou as limitações que experimentamos por causa da nossa fragilidade humana?

Mas «em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou» (Rom 8,37). Sejamos testemunhas do amor de Deus, porque Ele em nós «fez (…) grandes coisas» (Lc 1,49) e deu-nos a sua ajuda para superar todas as dificuldades, inclusivamente a da morte, porque Cristo nos comunica o seu Espírito Santo.
Rev. D. Jordi CASTELLET i Sala 
(Sant Hipòlit de Voltregà, Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


ORAÇÃO PELOS DISCÍPULOS Jo 17,1-11a
HOMILIA

Jesus sabia que sua hora tinha chegado. E assim sendo, não quer deixar seus discípulos dispersos e desunidos. E sabendo também a força e o poder do encardido – que é de dispersar, criar confusão e pânico – cheio de amor, por sua fidelidade, dá glória ao Pai.

Apresenta ao Pai a oração mais sublime da unidade na comunhão do amor. Ele pede que o seu Pai revele e exalte na natureza pecadora do homem a natureza divina do Filho que é o próprio Jesus: Revela a natureza divina do teu Filho a fim de que ele revele a tua natureza gloriosa. Pois tens dado ao Filho autoridade sobre todos os seres humanos para que ele dê a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que eles conheçam a Ti, que és o único Deus verdadeiro; e conheçam também Jesus Cristo, que enviaste ao mundo.

Nesta oração Jesus coloca em destaque primeiro a glória conjunta do Pai e d’Ele. E ao mesmo tempo faz-nos saber que a obediência na realização da vontade de Deus seu Pai constitui a maior glória do Pai, na terra. Por isso, terminando a sua missão diz: Eu mostrei quem tu és para aqueles que tirastes do mundo e me deste. Eles eram teus, e tu os deste para mim. Eles têm obedecido à tua mensagem e agora sabem que tudo o que me tens dado vem de ti.

Mas embora eles saibam que tu me enviaste, é preciso, tu ó pai os guardes na unidade. Para que o lobo não os disperse e devore um por um. Eu peço em favor deles. Não peço em favor do mundo, mas por aqueles que me deste, pois são teus. Tudo o que é meu é teu, e tudo o que é teu é meu; e a minha natureza divina se revela por meio daqueles que me deste. Esta é a preocupação do meu e do teu Jesus, que permaneçamos unidos n’Ele assim como Ele permanece no Pai. Que o lobo não nos devore. Mas tu me poderias perguntar. Padre que tipo de lobo? A resposta é muito simples. O lobo que me poder devorar, talvez não seja o mesmo que te possa devorar. Cada um tem o seu vício, hábito, dificuldade, problema que é como que o pecado de estimação que não passa de pedra no seu sapato ou no da sua família: esposo, esposa, filhos, irmãos e sei lá. E que vira e mexe nos põe de rasto. Semeando desordem, distúrbio, desunião, confusão, separação, divórcios e… É este o lobo do qual Jesus nos quer livrar na oração de hoje ao Pai do Céu.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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domingo, 28 de maio de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 16,29-33 - 29.05.2017

2ª-feira da 7ª Semana da Páscoa
29 de Maio de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Jo 16,29-33

Tende coragem! Eu venci o mundo!

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 16,29-33

Naquele tempo:
29Os discípulos disseram a Jesus:
'Eis, agora falas claramente e não usas mais figuras.
30Agora sabemos que conheces tudo
e que não precisas que alguém te interrogue.
Por isto cremos que vieste da parte de Deus.
31Jesus respondeu: 'Credes agora?
32Eis que vem a hora - e já chegou -
em que vos dispersareis, cada um para seu lado,
e me deixareis só.
Mas eu não estou só; o Pai está comigo.
33Disse-vos estas coisas
para que tenhais paz em mim.
No mundo, tereis tribulações.
Mas, tende coragem! Eu  venci o mundo!'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 16,29-33
«Mas tende coragem! Eu venci o mundo»

Hoje podemos ter a sensação de que o mundo da fé em Cristo se debilita. Existem várias notícias que vão contra a fortaleza que quereríamos receber de uma vida fundamentada integramente no Evangelho. Os valores do consumismo, do capitalismo, da sensualidade e do materialismo estão em voga e em contra de tudo o que suponha pôr-se em sintonia com as exigências evangélicas. Não obstante, este conjunto de valores e de formas de entender a vida não nos dão nem a plenitude pessoal nem a paz, mas apenas trazem mais mau estar e inquietude interior. Não será por isso que, hoje, as pessoas que vão pela rua enferrujadas, fechadas e preocupadas com um futuro que não vêm nada claro, precisamente porque o hipotecaram ao preço de um carro, de um apartamento ou de umas férias que, de fato, não se podem permitir?

As palavras de Jesus convidam-nos à confiança: «Eu venci o mundo» (Jo 16,33), quer dizer, pela sua Paixão, Morte e Ressurreição alcançou a vida eterna, aquela que não tem obstáculos, aquela que não tem limite e superou todas as dificuldades.

Os de Cristo vencemos as dificuldades tal e como Ele as venceu, apesar de na nossa vida também termos de passar por sucessivas mortes e ressurreições, nunca desejadas mas assumidas pelo próprio Mistério Pascal de Cristo. Por acaso não são “mortes” a perca de um amigo, a separação da pessoa amada, o fracasso de um projeto ou as limitações que experimentamos por causa da nossa fragilidade humana?

Mas «em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou» (Rom 8,37). Sejamos testemunhas do amor de Deus, porque Ele em nós «fez (…) grandes coisas» (Lc 1,49) e deu-nos a sua ajuda para superar todas as dificuldades, inclusivamente a da morte, porque Cristo nos comunica o seu Espírito Santo.
Rev. D. Jordi CASTELLET i Sala 
(Sant Hipòlit de Voltregà, Barcelona, Espanha)
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EU VENCI O MUNDO Jo 16,29-33
HOMILIA

O Mestre anuncia, com amargura, que os seus amigos, que agora se afirmam crentes, O hão de abandonar, porque não resistirão à prova da sorte humilhante a que será submetido. Mas o Senhor termina com palavras de esperança: tende confiança: Eu já venci o mundo!

Os apóstolos estavam convencidos de que tinham compreendido Jesus e o que Ele lhes dissera. Na verdade, não era assim: nem tinham compreendido a pessoa de Jesus nem a sua mensagem. A sua fé era ainda muito frágil. Precisavam mesmo do Espírito Santo. É o próprio Jesus que lhes faz notar a ilusão em que tinham caído: Agora credes? Eis que vem a hora – e já chegou – em que sereis dispersos cada um por seu lado, e me deixareis só. A provação estava próxima e revelaria a fragilidade da sua fé. Quando a fé se apóia em seguranças humanas, não resiste à provação. Mas, quando a provação encontra alguém devidamente ancorado na Palavra do Senhor, e no abandono a Ele, então é purificada e lança-o no caminho de Jesus que afirma: Eu não estou só, porque o Pai está comigo, e faz-nos tomar a sério as palavras do Senhor: Tende confiança: Eu já venci o mundo!.

As palavras de Jesus tinham um alcance que os discípulos não atingiam. Jesus ia voltar para o Pai através da Paixão. Esse «regresso» é um mistério que transforma toda a natureza humana, para que os homens possam acreditar. Quando Jesus tiver realizado, pelo sofrimento e pela morte, essa transformação, poderá enviar o Espírito Santo, que fará dos Apóstolos uma nova criação. Então poderão acreditar plenamente, compreender toda a verdade.

Nós já recebemos o Espírito Santo, e já acreditamos. Mas podemos e devemos crescer na fé. Há sempre novos horizontes que se abrem e que havemos de procurar atingir, como vemos na vida dos santos. Por isso, precisamos sempre de novos dons do Espírito, que nos revelem a superficialidade da nossa adesão a Cristo nas fases anteriores e a necessidade de enfrentar novas tribulações e de receber novas graças que nos façam crescer na intimidade e na união com Ele.

Acolhamos em todos os momentos, em todas as situações o Espírito com os Seus dons. Só Ele nos fará conhecer, cada vez mais, a pessoa de Cristo e o mistério do seu Coração. Só Ele nos fará compreender a sua mensagem. Só Ele nos fará caminhar no amor, mesmo no meio das tribulações, irradiando os Seus frutos. Só Ele nos fará crescer à imagem de Cristo, fazendo-nos Eucaristia, para glória e alegria de Deus, e para salvação dos nossos irmãos. E então com São Paulo diremos: Já não sou eu que vivo; é Cristo que vive em Mim. A vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus que me amou e Se entregou por mim(Gal 2, 20).
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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sábado, 27 de maio de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Mt 28,16-20 - 28.05.2017

Ascensão do Senhor da Páscoa
28 de Maio de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Mt 28,16-20

Toda a autoridade me foi dada
no céu e sobre a terra.

Conclusão do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 28,16-20

Naquele tempo:
16Os onze discípulos foram para a Galiléia,
ao monte que Jesus lhes tinha indicado.
17Quando viram Jesus, prostraram-se diante dele.
Ainda assim alguns duvidaram.
18Então Jesus aproximou-se e falou:
'Toda a autoridade me foi dada no céu e sobre a terra.
19Portanto, ide e fazei discípulos meus todos os povos,
batizando-os em nome do Pai
e do Filho e do Espírito Santo,
20e ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei!
Eis que eu estarei convosco todos os dias,
até ao fim do mundo'.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Mt 28,16-20
«Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra»

Hoje contemplamos umas mãos que abençoam —o último gesto terreno do Senhor (cf. Lc 24,51). Ou algumas pegadas marcadas numa colina —o ultimo sinal visível da passagem de Deus pela nossa terra. Em algumas ocasiões, representa-se essa colina como uma rocha, e a pegada de suas pisadas ficam gravadas não sobre a terra, mas na rocha. Como que aludindo àquela pedra que Ele anunciou e que rapidamente será selada pelo vento e pelo fogo do Pentecostes. A iconografia emprega desde a antiguidade esses símbolos tão sugestivos. E também a nuvem misteriosa —sombra e luz ao mesmo tempo que acompanha tantas teofanias já no antigo testamento. O rosto do Senhor nos deslumbraria.

São Leão Magno ajuda-nos a aprofundar o acontecimento: «O que era visível no nosso Salvador passou agora aos seus mistérios». A que mistérios? Aos que confiou à sua Igreja. O gesto da bênção realiza-se na liturgia, as pegadas sobre a terra marcam o caminho dos sacramentos. E é um caminho que conduz à plenitude do definitivo encontro com Deus.

Os apóstolos terão tido tempo para se habituar ao outro modo de ser do seu Mestre ao longo daqueles quarenta dias, nos quais o Senhor— dizem-nos os exegetas— não “se aparece”, mas que —numa tradução fiel literal— “se deixa ver”. Agora nesse último encontro, renova-se o assombro. Porque agora descobrem que, daqui em diante, não só anunciarão a Palavra, mas que infundirão vida e saúde, com o gesto visível e a palavra audível: no batismo e nos outros sacramentos.

«Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra» (Mt 28, 18). Toda a autoridade… Ir a todas as gentes… E ensinar a guardar tudo… E Ele estará com eles —com a sua Igreja, conosco— todos os tempos (cf Mt 28,19-20). Esse “todo” retumba através do espaço e do tempo, afirmando-nos na esperança.
Dr. Josef ARQUER 
(Berlin, Alemanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors 


UNIDOS NA TRINDADE SANTA Mt 28,16-20
HOMILIA

A festa de hoje é um convite a mergulhar no imenso mistério da vida íntima do próprio Deus e a louvar a grandeza do seu amor: Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo!

Deus revela-nos o mistério da sua vida quando, para nos fazer participar da sua própria vida, nos envia o seu Filho à Terra, e o Filho – consumada a obra da Redenção – nos envia do Pai o Espírito Santo.

A Igreja – fundada por Deus à imagem da SSª Trindade – é também um mistério de comunhão na unidade, a que jamais pode renunciar.

Ora, pois bem! Jesus se comunica não com terrores e poder, mas com palavras dirigidas aos seus discípulos de irmão para irmão, de amigo para amigo. São palavras de vida que seduzem e conquistam. Os discípulos são enviados de modo a eles próprios fazerem novos discípulos entre todas as nações. Não há nenhuma eleição particular; todos são chamados ao seguimento de Jesus, na observância de sua palavra e na adesão à vontade do Pai. Agora, os discípulos são enviados para batizar, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Jesus ao afirmar: Toda autoridade me foi dada no céu e na terra, torna muito bem claro que Ele não é somente o Filho de Deus, como algumas pessoas acreditam, mas sim, o próprio Deus descido do Céu, consubstancial ao Pai, isto é, da mesma natureza que o Pai, com os mesmos poderes do Pai, porque quem o viu, viu o Pai. Ele está repetindo o discurso que havia feito antes através do evangelista João: Eu e o Pai somos um!

Ao enviar ordenadamente os seus discípulos: Ide, pois, e ensinai a todas as nações; batizai-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Ele está nos confirmando que Deus é uno e trino, pois é composto de três pessoas distintas, muito embora não entendamos isso com a nossa razão nem com a nossa inteligência, mas sim com os olhos da fé. Não se trata de um dogma inventado pelos papas e bispos, mas sim, uma realidade anunciada pelo próprio Deus na pessoa de seu filho amado. A Santíssima Trindade, assim como a existência da nossa alma invisível, é um grande desafio para a nossa fé, pois tais verdades anunciadas por Jesus, só podem ser detectadas, repito, pelos olhos da nossa fé.

Quando Jesus nos garante: Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo. É para a gente confiar mesmo, ter coragem e a decisão inabalável de continuar o nosso trabalho de multiplicação de cristãos, de catequistas, de padres, através do nosso trabalho missionário, sem nenhum ciúme entre nós irmãos. Isto porque não somos concorrentes uns dos outros, mas sim, somos multiplicadores de muitos outros cristãos, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Vejam que os discípulos são enviados de modo que eles próprios vão fazer novos discípulos entre todas as nações. Não há nenhuma eleição particular, nem tampouco nenhuma obrigação de aceitar, também não há nenhum processo de seleção, porque todos, sem distinção, são chamados ao seguimento de Jesus, para ouvir a sua palavra, e colocá-la em prática, e através da observância de sua lei e na adesão à vontade do Pai, todos sejam salvos. A missão de Jesus começou com o seu batismo no Rio Jordão.

No Evangelho de hoje, Jesus me envia e te envia como discípulos para evangelizar e batizar, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Não ofereça resistência à sua voz. Responda sim ao seu chamado e vai unido, unida à Santíssima Trindade: Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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sexta-feira, 26 de maio de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 16,23b-28 - 27.05.2017

Sábado da 6ª Semana da Páscoa
27 de Maio de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Jo 16,23b-28

O Pai vos ama, porque vós me amastes e acreditastes

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 16,23b-28

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
23bEm verdade, em verdade vos digo:
se pedirdes ao Pai alguma coisa em meu nome,
ele vo-la dará.
24Até agora nada pedistes em meu nome;
pedi, e recebereis;
para que a vossa alegria seja completa.
25Disse-vos estas coisas em linguagem figurativa.
Vem a hora em que não vos falarei mais em figuras,
mas claramente vos falarei do Pai.
26Naquele dia pedireis em meu nome,
e não vos digo que vou pedir ao Pai por vós,
27pois o próprio Pai vos ama,
porque vós me amastes
e acreditastes que eu vim da parte de Deus.
28Eu saí do Pai e vim ao mundo;
e novamente parto do mundo e vou para o Pai.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão -  Jo 16,23b-28
«Eu saí do Pai (...) e vou para o Pai»

Hoje, na véspera da festa da Ascensão do Senhor, o Evangelho deixa-nos com palavras afetuosas de despedida. Jesus dá-nos a partilhar o seu mistério mais precioso; Deus Pai é a sua origem e, ao mesmo tempo, o seu destino: «Eu saí do Pai e vim ao mundo. De novo, deixo o mundo e vou para o Pai» (Jo 16,28).

Esta verdade, relativa à Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, não deveria jamais deixar de ressoar nos nossos corações: realmente, Jesus é o Filho de Deus; o Pai Divino é a sua origem e, ao mesmo tempo, o seu destino.

Para aqueles que julgam saber tudo sobre Deus, mas duvidam da filiação divina de Jesus, o Evangelho de hoje tem algo importante a lembrar-lhes: “Aquele” a quem os judeus chamam Deus é quem enviou Jesus; é, portanto, o Pai dos crentes. Com isto se diz, claramente, que Deus só se pode conhecer verdadeiramente se se aceitar que Ele é o Pai de Jesus.

E esta filiação divina de Jesus recorda-nos outro aspecto, fundamental para a nossa vida: nós, os batizados, somos filhos de Deus em Cristo pelo Espírito Santo. Aqui se esconde, para nós, um mistério belíssimo: esta paternidade divina adotiva, de Deus para cada homem, distingue-se da adoção humana na medida em que tem um fundamento real em nós, já que pressupõe um novo nascimento. Portanto, quem foi introduzido na grande Família divina já não é um estranho.

Por isso recordamos, na Oração Coleta da Missa do dia da Ascensão, que como filhos temos seguido os passos do Filho: «Deus onipotente, fazei-nos exultar em santa alegria e em filial ação de graças, porque a ascensão de Cristo, vosso Filho, é a nossa esperança: tendo-nos precedido na glória como nossa Cabeça, para aí nos chama como membros do seu Corpo». Finalmente, nenhum cristão deveria aceitar “despendurar-se”, pois tudo isto é mais importante que participar em qualquer corrida ou maratona, já que a nossa meta é o Céu, o próprio Deus!
Rev. D. Xavier ROMERO i Galdeano 
(Cervera, Lleida, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


PEDI E RECEBEREIS Jo 16,23b-28
HOMILIA

A preocupação de Jesus neste Evangelho nos revela que talvez os discípulos não estivessem acostumados a rezar em nome de Jesus. Daí: se vocês pedirem ao Pai alguma coisa em meu nome, ele lhes dará. Até agora vocês não pediram nada em meu nome; peçam e receberão para que a alegria de vocês seja completa.

Depois, Jesus lança um olhar ao passado, para dizer que se serviu de palavras e imagens, que encerravam um significado profundo, que nem sempre os discípulos podiam compreender. Mas, de futuro, depois da páscoa, as suas palavras serão compreendidas e atingirão o íntimo dos corações, graças à intervenção do Espírito Santo.

A oração será o «lugar» onde os discípulos conhecerão a relação profunda que existe entre Jesus e o Pai, e de Jesus e do Pai com eles. O perfeito entendimento no amor e na fé com Jesus, fará com que a oração dos discípulos seja feita de modo conveniente e, por isso, aceite pelo Pai.

Pedir em nome de Jesus significa pedir em união de vontade com ele. Pedir tudo o que é necessário para a realização da vontade do Pai. O convite ao pedir, dirigido aos discípulos, dá-lhes responsabilidade e integra-os no dinamismo da missão. Com a iniciativa do pedir, o discípulo integra-se no plano libertador e vivificante de Deus. E com a certeza do atendimento de seu pedido pelo Pai, fortalece sua esperança e perseverança na luta, em completa alegria. Jesus falará com clareza, aos discípulos, através do Espírito da Verdade, que enviará. Completa-se a sua missão: ele saiu do Pai, veio ao mundo e, agora, deixa o mundo e vai para o Pai. Quem está em união com Jesus e, nele, com o Pai, participa de uma só vontade. O seu pedir é a realização da vontade do Pai. Em união com Jesus, vive-se o amor na comunidade, a oração e a missão de servir os pobres em suas necessidades e seus direitos.

A vinda do Espírito Santo inaugurará um tempo novo no qual poderão dirigir-se ao Pai em nome de Jesus, porque o seu Senhor, em força da sua passagem para o Pai, se tornou verdadeiro mediador entre Deus e os homens.

Ó Jesus: Tu ensinas-me a pedir em teu nome, a fazer minha a tua causa, a ver o mundo com os teus olhos, e dar-me como Tu te deste ao Pai pelos homens. Como estou longe de tudo isso! É por essa razão que tantas vezes me sinto desiludido na minha oração, e desanimo no meu apostolado e no serviço aos meus irmãos. Olha, Jesus, com piedade, as minhas veleidades em Te servir. Vem ao encontro das minhas ilusórias esperanças de gratificação. Ampara-me, purifica-me. Dá-me um coração semelhante ao teu. Dá-me o impulso desinteressado do teu amor. Ajuda-me a amar Contigo e como Tu. Amem!
http://homilia.cancaonova.com/

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quinta-feira, 25 de maio de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 16,20-23a - 26.05.2017

6ª-feira da 6ª Semana da Páscoa
26 de Maio de 2017
S. Filipe Néri, presbítero, memória
Cor: Branco

Evangelho - Jo 16,20-23a

Ninguém vos poderá tirar a vossa alegria.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 16,20-23a
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
20Em verdade, em verdade vos digo:
Vós chorareis e vos lamentareis,
mas o mundo se alegrará;
vós ficareis tristes,
mas a vossa tristeza se transformará em alegria.
21A mulher, quando deve dar à luz,
fica angustiada porque chegou a sua hora;
mas, depois que a criança nasceu,
ela já não se lembra dos sofrimentos,
por causa da alegria de um homem ter vindo ao mundo.
22Também vós agora sentis tristeza,
mas eu hei de ver-vos novamente
e o vosso coração se alegrará,
e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria.
23aNaquele dia, não me perguntareis mais nada.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 16,20-23a
«Mas a vossa tristeza se transformará em alegria»

Hoje nós começamos a Novena do Espírito Santo. Revivendo o Cenáculo, vemos a Mãe de Jesus, Mãe do Bom Conselho, conversando com os Apóstolos. Que diálogo tão cordial e tão pleno! A recordação de todas as alegrias que tiveram ao lado do Mestre, os dias pascoais, a Ascenção e as promessas de Jesus. Os sofrimentos dos dias da Paixão se converteram em alegrias. Que belíssimo ambiente no Cenáculo! E quanta beleza está sendo preparada, como Jesus lhes prometeu.

Nós sabemos que Maria, Rainha dos Apóstolos, Esposa do Espírito Santo, Mãe da Igreja nascente, nos guia para receber os dons e os frutos do Espírito Santo. Os dons são como a vela desdobrada de uma embarcação e o vento —que representa a graça— está a seu favor: que rapidez e facilidade no caminho!

O Senhor nos promete também, em nossa rota, converter as fadigas em alegria: «ninguém poderá tirar a vossa alegria» (Jo 16, 22). E no Salmo 126,6: «Quando vai, vai chorando, levando a semente para plantar; mas quando volta, volta alegre, trazendo seus feixes».

Durante toda esta semana, a liturgia nos fala de rejuvenescer, de exultar (pular de alegria), da felicidade segura e eterna. Tudo nos leva a viver de oração. Como nos diz São Josemaria: «Quero que estejas sempre contente, porque a alegria é parte integrante de teu caminho. — Pede essa mesma alegria sobrenatural para todos».

O ser humano necessita sorrir para ter boa saúde física e espiritual. O humor sadio ensina a viver. São Paulo nos dirá: «Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus» (Rm 8, 28). Eis aqui uma boa jaculatória: «Tudo é para o bem!»; «Omnia in bonum!»
+ Rev. D. Joaquim FONT i Gassol 
(Igualada, Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors |


JESUS CONSOLA OS SEUS DISCÍPULOS Jo 16,20-23a
HOMILIA

Estamos continuando com o texto de ontem e Jesus hoje insiste dirigindo palavras de consolação a ti e a mim: vocês vão chorar e ficar tristes, mas as pessoas do mundo ficarão alegres. Poderíamos dizer que o tema central que Jesus nos propõe é o da alegria que supera a tristeza.

Veja que por ocasião das bodas em Cana da Galileia, Jesus inicia o Seu ministério. Trata-se de um momento de grande alegria, que já lança a contemplar e saborear já aqui na terra o que haveremos de viver para sempre lá no Céu. Alegria das bodas, com o vinho de Jesus. Agora, com sua partida, não cessará esta alegria, mesmo que passem por momentos de tristeza.

Assim como as mulheres têm a experiência da dor ao dar à luz uma criança mas que depois esta é superada pela alegria de ter nas mãos a criaça, que é fruto do amor com o seu marido, assim também para nós. Os chefes do poder que matam para se manter, alegrar-se-á com a aparente ausência de Jesus. Porém, os discípulos e todos os que forem libertos deste poder alegrar-se-ão com a nova presença de Jesus entre eles. E ninguém lhes poderá tirar sua alegria.

A tendência para falar dos momentos tristes sobrepõe-se, na maior parte das vezes, aos de alegria; não devia de ser, mas muitas vezes é. Faz parte da vida. E da vida fazem parte alegrias e tristezas… promessas e concretizações… forças e fraquezas… sorrisos e lágrimas. Diariamente, tentamos fintar os caminhos da tristeza como fazemos com os da morte. É nesse fintar que acabamos por encontrar o caminho e avançar. Avançar porque? Porque o Senhor nos promete: agora estão tristes, mas eu os verei novamente. Aí vocês ficarão cheios de alegria, e ninguém poderá tirar essa alegria de vocês.

Quero deixar bem claro para ti. Saiba que por mais complicada que seja a tua situação, tudo tem solução. É verdade, não há um único só problema que não tenha solução. Mas por vezes essa solução é de mais fácil visualização se for procurada por uma pessoa que esteja fora desse problema, por uma pessoa que queira ajudar. Uma pessoa amiga! Um anjo! E não um lobo com pele de carneiro. E estes são muitos. Passando por amigas afinal só vem para infernizar a nossa vida.

Saiba que a verdadeira amizade é aquela feita em Deus e o primeiro dos amigos que deves ter é Jesus. Ele é o amigo fiel que não nos abandona em momento algum. Ele nos convida: Vinde a mim todos vós que estais cansados e oprimidos. Tomai o meu julgo sobre vós e aprendei de mim que só manso e humilde de coração e encontrareis alívio. Com ele a tua tristeza se concerte em alegria. A partida dele para o Céu não é uma ausência. Mas sim uma presença escondida. Fisicamente. Porque ele quer que tu O sintas dentro de ti e não fora. É fundamental que não tendo encontrado ainda a solução do teu problema, vazio, carência, namorado, namorado, noivo, noiva, esposa, esposo, emprego, reconciliação, perdão em fim qualquer graça que seja, tenhas força de vontade para procurá-lo e lutar por isso. Lute pela tua vida, pelo teu amor, pela tua família e pelo teu bem estar. Mesmo que esteja tão triste, ferido e abatido que a dor bata bem lá no fundo do meu coração e te faça sentir aquele vazio, aquele nada, aquele sintoma de perda… O teu coração pode andar meio descompassado, aborrecido e desiludido, mas isso serve para mostrar a ti mesmo o quanto és forte, o quanto tu podes dar a volta por cima, crescer, vencer! Escute o que te diz São Paulo: Prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas porque quando me sinto fraco então é que sou forte. Forte para tudo recomeçar de novo. E com Cristo serás mais do que vencedor! Pois, a sua tristeza se converterá em alegria plena com Cristo e em Cristo pela força e poder do Espírito Santo!
Fonte http://homilia.cancaonova.com

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quarta-feira, 24 de maio de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 16,16-20 - 25.05.2017

5ª-feira da 6ª Semana da Páscoa
25 de Maio de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Jo 16,16-20

Vós ficareis tristes,
mas a vossa tristeza se transformará em alegria.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 16,16-20

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
16Pouco tempo ainda, e já não me vereis.
E outra vez pouco tempo, e me vereis de novo.'
17Alguns dos seus discípulos disseram então entre si:
'O que significa o que ele nos está dizendo:
'Pouco tempo, e não me vereis,
e outra vez pouco tempo, e me vereis de novo',
e: 'Eu vou para junto do Pai'?'
18Diziam, pois:
'O que significa este pouco tempo?
Não entendemos o que ele quer dizer.'
19Jesus compreendeu que eles queriam interrogá-lo;
então disse-lhes: 'Estais discutindo entre vós
porque eu disse:
`Pouco tempo e já não me vereis,
e outra vez pouco tempo e me vereis'?
20Em verdade, em verdade vos digo:
Vós chorareis e vos lamentareis,
mas o mundo se alegrará;
vós ficareis tristes,
mas a vossa tristeza se transformará em alegria.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 16,16-20
«Vossa tristeza se transformará em alegria»

Hoje contemplamos mais uma vez a palavra de Deus com a ajuda do evangelista João. Nestes últimos dias da Páscoa sentimos uma inquietação especial por viver esta palavra e entendê-la. A mesma inquietação dos primeiros discípulos que se expressa profundamente nas palavras de Jesus —«Um pouco de tempo, e não mais me vereis; e mais um pouco, e me vereis de novo» (Jo 16,16)— concentra a tensão de nossas inquietações de fé, da busca de Deus em nosso dia a dia.

Os cristãos do século XXI sentimos essa mesma urgência que os cristãos do primeiro século. Queremos ver Jesus, precisamos experimentar a sua presença em meio de nós para reforçar a nossa fé, esperança e caridade. Por isso, sentimos tristeza ao pensar que Ele não esteja entre nós, que não podamos sentir e tocar sua presença, sentir e escutar sua palavra. Mas essa tristeza se transforma em alegria profunda quando experimentamos sua presença segura entre nós.

Essa presença, era recordada pelo Papa João Paulo II na sua última Carta encíclica Ecclesia de Eucharistia, concretiza-se —especificamente— na Eucaristia: «A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja». Ela experimenta com alegria, como se realiza constantemente, de muitas maneiras, a promessa do Senhor: `Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo’ (Mt 28,20). (...) A Eucaristia é mistério de fé, e ao mesmo tempo, “mistério de luz”. Quando a Igreja a celebra, os fiéis podem reviver, de algum jeito a experiência dos discípulos de Emaús: «Então se lhes abriram os olhos e o reconheceram (Lc 24,31)».

Peçamos a Deus uma fé profunda, uma inquietação constante que se sacie na Eucaristia, ouvindo e compreendendo a Palavra de Deus; comendo e saciando a nossa fome no Corpo de Cristo. Que o espirito Santo enche de sua luz a nossa busca de Deus.
Rev. D. Joan Pere PULIDO i Gutiérrez 
(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors


Que o Espírito Santo transforme o nosso pranto em alegria!
HOMILIA

Que Deus hoje cure a nossa tristeza, que a presença gloriosa de Jesus no meio de nós e a força do Seu Espírito transformem o nosso pranto em alegria e em vida nova!

“Em verdade, em verdade vos digo: Vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós ficareis tristes, mas a vossa tristeza se transformará em alegria” (João 16, 20).




Jesus faz um discurso de despedida para os Seus apóstolos, para Seus discípulos, porque está chegando a hora em que Ele partirá deste mundo para a presença do Pai. Esse discurso é feito antes da Sua morte, por isso, Ele também mostra para os Seus discípulos o que a Sua morte, no primeiro momento, pode significar: alegria para o mundo, para o príncipe deste mundo.

Para aqueles que a presença de Jesus significa uma coisa indesejável, para aqueles que não O aceitam, não O acolhem, não O amam, no primeiro momento, a morte de Jesus significa uma alegria. Sabem quando queremos nos livrar de alguém e vemos essa pessoa indo embora, respiramos fundo e dizemos: “Estou livre!”. Assim se sentiu aquele grupo de judeus que quis se livrar do Mestre.

Mas isso foi por pouco tempo, porque, como o próprio Senhor nos diz hoje, a nossa tristeza se transformará em alegria, porque aquilo que, para nós, no primeiro momento, significou uma tristeza profunda, a tristeza da perda, da dor, da partida do Senhor e da solidão; a ressurreição do Senhor faz brotar uma nova vida, uma nova alegria, uma nova esperança!

Jesus está voltando definitivamente para a casa do Pai com Sua ascensão, mas a Sua despedida agora não significa uma partida, nem que Ele irá nos deixar, muito pelo contrário, Ele vai, mas permanece para sempre conosco! Ele está à direita do Pai cuidando, abençoando e conduzindo os Seus, basta que vivamos em Seu nome, levemos a vida em Seu nome, permitamos que a vida d’Ele esteja em nós; e Ele, sim, transforme, então, a nossa tristeza em alegria!

Permitamos no dia de hoje que Deus pegue tudo aquilo que entristece o nosso coração, que entristece a nossa alma. Permitamos que Deus acolha em Suas mãos tudo aquilo que para nós é mágoa, é decepção, tudo aquilo que vai puxando o fio de desapontamento e tristeza dentro de nós. Permitamos que a alegria de Deus possa entrar em nosso coração!

No fundo da nossa alma, nós, muitas vezes, guardamos tristezas profundas. A tristeza é um câncer, é um mal, é terrível, machuca, dói, oprime e à medida que ela cresce também mata! Que Deus hoje cure a nossa tristeza, que a presença gloriosa de Jesus no meio de nós e a força do Seu Espírito transformem o nosso pranto em alegria, em vida nova!

Deus abençoe você!


Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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terça-feira, 23 de maio de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 16,12-15 - 24.05.2017

4ª-feira da 6ª Semana da Páscoa
24 de Maio de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Jo 16,12-15

Tudo o que o Pai possui é meu. O Espírito Santo
receberá do que é meu e vo-lo anunciará.

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 16,12-15

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:
12Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos,
mas não sois capazes de as compreender agora.
13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade,
ele vos conduzirá à plena verdade.
Pois ele não falará por si mesmo,
mas dirá tudo o que tiver ouvido;
e até as coisas futuras vos anunciará.
14Ele me glorificará,
porque receberá do que é meu
e vo-lo anunciará.
15Tudo o que o Pai possui é meu.
Por isso, disse que
o que ele receberá e vos anunciará, é meu.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 16,12-15
«Quando ele vier, o Espírito da Verdade, vos guiará em toda a verdade»

Hoje, Senhor, uma vez mais, queres abrir-nos os olhos para que demos conta de que com demasiada frequência fazemos as coisas ao contrário. «O Espírito da Verdade, vos guiará em toda a verdade» ( Jo 16,13), aquilo que o Pai deu a conhecer ao filho.

É curioso!: mais que deixar-nos guiar pelo Espírito (que grande desconhecido em nossas vidas!), o que fazemos é, seguir a direito, impor-lhe as coisas uma vez que já tomamos as decisões. E o que hoje se nos diz é bem diferente: deixar que Ele nos guie.

Penso, Senhor, em voz alta… Volto a ler o Evangelho de hoje e vêem-me à cabeça os meninos e meninas que receberam a Confirmação este ano. Vejo os que me rodeiam e estou tentado a pensar: —Estão tão verdes! A estes, o teu Espírito não os leva nem pela frente nem por detrás; e melhor se deixam guiar por tudo e por nada!

Aos que somos considerados adultos na fé, faz-nos instrumentos eficazes do teu Espírito para chegar a ser “contagiadores” da tua verdade; para tentar “guiar-acompanhar”, e ajudar a abrir os corações e os ouvidos daqueles que nos rodeiam.

«Tenho ainda muitas coisas a vos dizer» (Jo 16,12). —Não de retenhas, Senhor, em dirigir-nos a tua voz para revelar-nos as nossas próprias identidades! Que o teu Espírito de Verdade nos leve a reconhecer tudo aquilo de falso que possa haver nas nossas vidas e nos faça valentes para emendá-lo. Que ponha luz nos nossos corações para que reconheçamos, também, aquilo que de autentico há dentro de nós e que já participa da tua Verdade. Que reconhecendo-o saibamos agradecê-lo e vivê-lo com alegria.

Espírito de verdade, abre os nossos corações e as nossas vidas ao Evangelho de Cristo: que seja esta a luz que ilumine a nossa vida quotidiana. Espírito Defensor, faz-nos fortes para viver a Verdade de Cristo, dando testemunho a todos.
Rev. D. Santi COLLELL i Aguirre 
(La Garriga, Barcelona, Espanha)
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors |


VEM, ESPÍRITO SANTO Jo 16,12-15
HOMILIA

O Evangelho de hoje vem confirmar a perfeita comunhão entre Jesus, o Pai e o Espírito. Assim como Jesus o ensinou aos seus discípulos e estes à primeira comunidade cristã, assim a Igreja nos nossos dias o continua anunciando.

É a presença do Espírito ao longo dos séculos, iluminando a cada povo, cultura, língua e nação no sentido de perceber a presença de Jesus, por meio do amor que se manifesta nas comunidades e no mundo.

Faça caminhada com o Espírito e peça que Ele ore por ti e leve para junto de Deus tudo aquilo que precisas no dia de hoje. Lembro-te que para cada dia basta as sua preocupações. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal. (Mt, 6,34)

Diante de tantos flagelos, doenças e epidemias de vários tipos, violências com os crimes nojentos praticados pelos adeptos, ou seja, partidários do encardido, não temos outra saída senão a presença do Espírito Santo em nós!

O Espírito Santo, presente nas comunidades, reforça a esperança e move os povos a um clamor pela fraternidade, justiça e paz.

Que o Espírito Santo te inspire e use as palavras que tu necessitas usar e não consegues por causa das dificuldades do dia-a-dia. Que te ajude nas fraquezas por não saberes como deves pedir.

Implore confiante: Espírito Santo vem interceder por mim. Pois todas as coisas cooperam pra o bem daqueles que amam a ti. Espírito Santo vem orar por mim.

Clama e peça porque só Deus sabe a dor que está sentindo o teu coração. Ferido está sim, mas o teu clamor com o poder e a força do Espírito Santo sobe até ao Céu.
Fonte http://homilia.cancaonova.com

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Mensagens de Fé

segunda-feira, 22 de maio de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 16,5-11 - 23.05.2017

3ª-feira da 6ª Semana da Páscoa
23 de Maio de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Jo 16,5-11

Se eu não for, não virá até vós o Defensor.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 16,5-11

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
5Agora, parto para aquele que me enviou,
e nenhum de vós me pergunta: 'Para onde vais?'
6Mas, porque vos disse isto,
a tristeza encheu os vossos corações.
7No entanto, eu vos digo a verdade:
É bom para vós que eu parta;
se eu não for, não virá até vós o Defensor;
mas, se eu me for, eu vo-lo mandarei.
8E quando vier, ele demonstrará ao mundo
em que consistem o pecado, a justiça e o julgamento:
9o pecado, porque não acreditaram em mim;
10a justiça, porque vou para o Pai,
de modo que não mais me vereis;
11e o julgamento,
porque o chefe deste mundo já está condenado.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 16,5-11

Hoje contemplamos outra despedida de Jesus, necessária para o estabelecimento de seu Reino. Inclui, porém, uma promessa: «Se eu não for, o Defensor não virá a vós. Mas, se eu for, eu o enviarei a vós» (Jo 16,7).


Promessa feita realidade de maneira impetuosa no dia de Pentecostes, dez dias depois da Ascensão de Jesus ao céu. Aquele dia —além de tirar a tristeza do coração dos Apóstolos e dos que estavam reunidos como Maria, a Mãe de Jesus (cf.
Fts 1,13-14) —os confirma e fortalece na fé, de maneira que, «Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia expressar-se» (Fts 2,4).

Fato que se “faz presente” ao longo dos séculos através da Igreja, uma, santa, católica e apostólica, já que, por a ação do mesmo Espírito prometido, se anuncia a todos e em todas partes que Jesus de Nazaré —o Filho de Deus, nascido de Maria Virgem, que foi crucificado, morto e sepultado — verdadeiramente ressuscitou, está sentado à direita de Deus Pai (cf. Credo) e vive entre nós. Seu Espírito está em nós pelo Batismo, constituindo-nos filhos no Filho, reafirmando sua presença em cada um de nós o dia da Confirmação. Tudo isso para levar a termo nossa vocação à santidade e reforçar a missão de chamar a outros a serem santos.

Assim, graças ao querer do Pai, a redenção do Filho e a ação constante do Espírito Santo, todos podemos responder com total fidelidade ao chamado, sendo santos; e, com uma caridade apostólica audaz, sem exclusivismos, realizar a missão, propondo e ajudando a outros a serem.

Como os primeiros —como os fiéis de sempre¬— com Maria rogamos e, confiando que novamente virá o Defensor e que haverá um novo Pentecostes, digamos: «Vem, Espírito Santo, enche o coração dos teus fiéis e acende neles a chama do teu amor» (Aleluia do Pentecostes).
«É bom para vós que eu vá»
+ Rev. D. Lluís ROQUÉ i Roqué 
(Manresa, Barcelona, Espanha)
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VINDE, ESPÍRITO SANTO Jo 16,5-11
HOMILIA

João, diferente dos evangelistas sinópticos atribui ao Espírito Santo o nome de Paráclito que quer dizer protetor, advogado, defensor, intercessor, consolador.

Nesta designação está verdadeiramente o trabalho, a função do Espírito Santo na nossa vida. Jesus com a sua partida para o Céu, consola os seus discípulos e firma os seus paços por meio daquele que vai enviar de junto do Seu Pai. Por isso, prepara-os para receber a força que virá. Afinal, a sua ia, não só é certa, mas, sobretudo é necessária. Eu falo a verdade quando digo que é melhor para vós que eu vá. Porque se eu não for, o Paráclito não virá; mas, se eu for enviar-vo-l’O-ei.

É, portanto bom que Jesus vá, pois o Defensor, enviado aos discípulos unidos em comunidade, tornará continuada a obra redentora e o ministério vivificante de Jesus.

E uma vez presente o Paráclito os discípulos, unidos n’ele são os protagonistas da missão vivificante.

Com a presença atuante e operante do Espírito Santo, Jesus passa a ter uma presença escondida física e humanamente falando.

Podemos assim dizer que o Espírito Santo atualiza a fé dos discípulos na presença de Jesus na sua Igreja formada pelos Apóstolos em primeira mão, depois pelos discípulos e conseqüentemente por toda a comunidade de fiéis nos nossos dias. Ele nos unge para a missão de questionar o mundo quanto ao pecado, à justiça e ao julgamento. Assim, sendo é minha e tua tarefa como missionário (a) de denunciar as estruturas injustas, o mundo da criminalidade, barbaridade, mundo do pecado e que alimenta, sustenta a máquina que promove a cultura da morte. E tua e minha a missão de anunciar e testemunhar o mundo novo, onde a vida prevalece e triunfa sobre a morte.

Mas isso, só vai acontecer na nossa vida se nós pedirmos a força que vem do alto. Portanto, rezemos, peçamos ao Papai do Céu que nos conceda o Dom do Espírito Santo. Para que tenhamos o protetor, advogado, defensor, intercessor, consolador e forças a fim poder enfrentar e vencer o mundo e usando sempre como instrumento de trabalho o selo cunhado com o carimbo do Céu, Jesus Cristo, o Caminho, a Verdade e Vida.

VINDE, ESPÍRITO SANTO, ENCHEI OS CORAÇÕES DOS VOSSOS FIÉIS…
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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domingo, 21 de maio de 2017

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Jo 15,26 - 16,4a - 22.05.2017

2ª-feira da 6ª Semana da Páscoa
22 de Maio de 2017
Cor: Branco

Evangelho - Jo 15,26 - 16,4a

O Espírito da Verdade dará testemunho de mim.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São João 15,26 - 16,4a

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
26Quando vier o Defensor
que eu vos mandarei da parte do Pai,
o Espírito da Verdade, que procede do Pai,
ele dará testemunho de mim.
27E vós também dareis testemunho,
porque estais comigo desde o começo.
16,1Eu vos disse estas coisas
para que a vossa fé não seja abalada.
2Expulsar-vos-ão das sinagogas,
e virá a hora em que aquele que vos matar
julgará estar prestando culto a Deus.
3Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim.
4aEu vos digo isto,
para que vos lembreis de que eu o disse,
quando chegar a hora.
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB


Reflexão - Jo 15, 26 - 16, 4a
Estamos na penúltima semana do tempo da Páscoa e a Igreja vem, através da liturgia da palavra da sexta semana do tempo pascal, nos preparar para as festas que se aproximam, ou seja, a festa da Ascensão de Jesus, que iremos celebrar no próximo domingo, e a festa de Pentecostes, que iremos celebrar no domingo seguinte. Por isso, vemos no Evangelho de hoje Jesus prometendo o Espírito Santo a seus discípulos e, ao mesmo tempo, falando a eles como será a vida sem a sua presença, ou seja, o testemunho que deverão dar do Evangelho e a conseqüente perseguição que virá com este testemunho.Mas as suas palavras são antes de tudo um estímulo para que os apóstolos sejam fiéis nos momentos difíceis.
Fonte CNBB


O ESPÍRITO DA VERDADE Jo 15,26-16,4a
HOMILIA

Diante de tanto ódio dos grandes deste mundo que felizmente é passageiro, os cristãos estão convidados a não desanimar. Pois eles não estão sós. Jesus permanece com eles de uma maneira invisível enviando-lhes o Espírito da Verdade.

Uma das funções do Espírito da Verdade é a de dar testemunho de Jesus. Sua ação em favor dos discípulos consiste em convencê-los da veracidade da pessoa e dos ensinamentos do Mestre. O conteúdo do seu testemunho será o próprio Jesus.

Tal testemunho faz-se perceptível na própria ação dos discípulos. Pelo fato de o Espírito manter sempre viva no coração deles a imagem de Jesus, estão em condições de mostrar a todos a verdade do Filho de Deus, que veio armar sua tenda no meio da humanidade carente de salvação.

A ação do Espírito da Verdade predispõe os discípulos a enfrentar a perversidade do mundo, sem se intimidarem.

Afinal, a missão deles consistirá em levar a luz de Cristo para quem caminha nas trevas do erro e da mentira. Move-os a esperança de que a humanidade marcada pelo pecado acolha a palavra de Jesus para ser salva.

O testemunho do Espírito supõe do discípulo total discernimento e docilidade para acolhê-lo, pois ele o recebe em meio a hostilidades que, muitas vezes, o impedem de captar com clareza a moção do bom Espírito. Por outro lado, o mau espírito, encarnado nos adversários, busca inculcar-lhe dúvidas a respeito da pessoa de Jesus, e da credibilidade de suas palavras.

Só com muito discernimento e disposição para deixar-se guiar pelo Espírito, é possível manter-se fiel a Jesus. Peça comigo a Deus a graça e a força do Espírito Santo, para que doce saibas acolhe-lo e possas enfrentar a perversidade do mundo sem medo de nada e de mingúem. Que ela seja o teu auxílio, e defensor em todas as circunstâncias.

Espírito Santo enche o meu ser, fortalece a minha pouca fé no Filho de Deus, feito homem para me salvar.
Fonte http://homilia.cancaonova.com/

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