terça-feira, 30 de setembro de 2025

LITURGIA HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 18:1-5.10 - 02.10.2025

 Liturgia Diária


2 – QUINTA-FEIRA 

SANTOS ANJOS DA GUARDA


(branco, pref. dos anjos – ofício da memória)


Anjos do Senhor, bendizei ao Senhor; louvai-o e exaltai-o pelos séculos sem fim! (Dn 3,58)


A memória dos Anjos da Guarda recorda que o ser humano não está só em sua travessia. Eles manifestam a presença invisível que guia, fortalece e protege, lembrando-nos de que a vida é mais que o imediato. Ao contemplar sua missão, aprendemos que todo existir se ergue sobre responsabilidade e firmeza, pois a verdadeira grandeza não reside em dominar, mas em servir. Tornamo-nos então guardiões uns dos outros, sustentados pela virtude que liberta, pela coragem que resiste e pela solidariedade que edifica. Assim, cada ato justo participa da ordem eterna que governa o cosmos e dignifica a alma.



In Festo Sanctorum Angelorum Custodum

Evangelium secundum Matthaeum 18,1-5.10

1 In illa hora accesserunt discipuli ad Iesum, dicentes: Quis putas maior est in regno caelorum?
Naquela hora os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: Quem será o maior no Reino dos Céus?

2 Et advocans Iesus parvulum, statuit eum in medio eorum,
E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles,

3 et dixit: Amen dico vobis, nisi conversi fueritis et efficiamini sicut parvuli, non intrabitis in regnum caelorum.
E disse: Em verdade vos digo, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, não entrareis no Reino dos Céus.

4 Quicumque ergo humiliaverit se sicut parvulus iste, hic est maior in regno caelorum.
Portanto, quem se fizer humilde como esta criança, esse é o maior no Reino dos Céus.

5 Et, qui susceperit unum parvulum talem in nomine meo, me suscipit.
E quem receber uma criança como esta em meu nome, a mim recebe.

10 Videte ne contemnatis unum ex his pusillis; dico enim vobis, quia angeli eorum in caelis semper vident faciem Patris mei, qui in caelis est.
Vede, não desprezeis nenhum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sempre a face de meu Pai que está nos céus.

Verbum Domini

Reflexão:
O texto nos recorda que a verdadeira grandeza não se encontra na força exterior, mas na simplicidade que se abre ao mistério do ser. A criança é imagem da alma que, livre do peso da vaidade, acolhe a vida como dádiva. Os anjos, guardiões dessa pureza, revelam que há sempre uma presença que guia e sustenta. Tornar-se pequeno é alcançar a liberdade interior que não depende das circunstâncias. É viver segundo a ordem da consciência, não do prestígio. Nesse caminho, a humildade não é fraqueza, mas fundamento de toda dignidade. Assim o homem cresce servindo, e serve crescendo.


Versículo mais importante:

Videte ne contemnatis unum ex his pusillis; dico enim vobis, quia angeli eorum in caelis semper vident faciem Patris mei, qui in caelis est.
Vede, não desprezeis nenhum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sempre a face de meu Pai que está nos céus.(Mt 18:10)


HOMILIA

A Grandeza do Pequeno e a Luz dos Anjos

O Evangelho nos conduz a um ponto essencial: a verdadeira grandeza não se manifesta na busca de poder, mas no retorno à simplicidade da criança. O coração infantil não é marcado pela vaidade, mas pela abertura ao mistério. É nesse vazio de pretensões que o ser humano encontra espaço para que o divino habite.

A humildade não é submissão cega, mas força interior que liberta da ilusão das aparências. Aquele que se faz pequeno encontra dignidade maior, pois reconhece que a existência é sustentada por uma ordem superior, silenciosa e eterna.

Os anjos que contemplam continuamente a face do Pai revelam que a vida humana está entrelaçada a uma realidade invisível, onde cada gesto de cuidado ressoa no tecido cósmico. Cuidar do pequeno é participar desse fluxo sagrado, tornar-se guardião da dignidade do outro e fortalecer a própria alma.

Assim, o caminho da evolução não está em ascender sobre os demais, mas em descer ao íntimo de si mesmo, onde repousa a liberdade que nenhuma força exterior pode dominar. O Reino dos Céus se abre na medida em que aprendemos a acolher, a servir e a honrar o mistério da vida que arde em cada ser.


EXPLICAÇÃO TEOLÓGICA

“Vede, não desprezeis nenhum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus veem sempre a face de meu Pai que está nos céus.” (Mt 18,10)

O Mistério dos Pequenos

A palavra do Senhor revela que a grandeza da vida não se mede por poder ou prestígio, mas pela atenção dada aos mais frágeis. Os pequeninos, desprovidos de artifícios, carregam em si a transparência da condição humana diante do Eterno. Reconhecê-los é reconhecer o valor sagrado de cada existência.

A Presença dos Anjos

Os anjos que contemplam a face do Pai são expressão de que cada ser humano possui uma dignidade inalienável. Eles indicam que a vida humana está sob constante cuidado divino e que nenhuma alma é esquecida. Há, portanto, uma dimensão invisível que acompanha e sustenta cada caminho.

A Liberdade do Cuidado

Desprezar os pequeninos é aprisionar-se no orgulho. Honrá-los, ao contrário, é libertar-se de si mesmo e participar da ordem que governa o universo. A liberdade autêntica nasce do serviço e do reconhecimento do valor do outro, não da imposição sobre ele.

A Visão do Alto

Os anjos que veem sempre a face do Pai recordam que a vida terrena está ligada ao horizonte eterno. O ser humano é chamado a viver não apenas em função do imediato, mas a partir da consciência de que tudo possui sentido diante de Deus.

A Dignidade que Não se Perde

Ao proteger e honrar o pequeno, o discípulo participa da própria visão dos anjos. Reconhece-se parte de uma ordem maior, onde cada pessoa possui valor absoluto. Assim, a vida se eleva, e a dignidade humana se revela como reflexo da face divina.


Leia: LITURGIA DA PALAVRA

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