segunda-feira, 22 de setembro de 2025

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Lucas 9,7-9 - 25.09.2025

 Liturgia Diária


25 – QUINTA-FEIRA 

25ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia)


A salvação se revela como força interior que sustenta o ser diante da dor e da incerteza. O homem, chamado à dignidade, encontra em sua liberdade a resposta à presença eterna que o guia. Não é pelo peso das circunstâncias que se mede a vida, mas pela firmeza de permanecer fiel ao que transcende. O divino não abandona, antes chama à união, onde cada consciência se ergue como templo vivo. No Cristo ressurreto, o sinal absoluto da vida, o homem encontra a medida da esperança e a certeza de que nenhuma tribulação pode apagar a luz da eternidade.



Sancti Evangelii secundum Lucam 9,7-9

  1. Audivit autem Herodes tetrarcha omnia, quae fiebant ab eo; et haesitabat, eo quod diceretur a quibusdam: quia Ioannes surrexit a mortuis;
    7. Ora, Herodes, o tetrarca, ouviu falar de tudo o que acontecia, e estava perplexo, porque alguns diziam que João tinha ressuscitado dos mortos;

  2. a quibusdam vero: quia Elias apparuit; ab aliis autem: quia propheta unus de antiquis surrexit.
    8. outros diziam que Elias tinha aparecido, e ainda outros, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado.

  3. Et ait Herodes: Ioannem ego decollavi; quis est autem iste, de quo audio ego talia? Et quaerebat videre eum.
    9. Então Herodes disse: Eu decapitei João; mas quem é este de quem ouço tais coisas? E procurava vê-lo.

Verbum Domini

Reflexão:
Herodes simboliza a mente perturbada diante do mistério que não pode ser contido pela razão limitada. O poder humano, por mais seguro que pareça, não alcança a essência da verdade que se manifesta além da matéria. O Cristo revela a força que não é imposta pela espada, mas pela presença silenciosa que transforma consciências. A dúvida de Herodes mostra que o temor nasce do apego ao transitório, enquanto a serenidade brota de quem reconhece a eternidade como fundamento da vida. O homem livre não se guia pela inquietação dos rumores, mas pela firmeza do espírito que busca o essencial.


Versículo mais importante:

Et ait Herodes: Ioannem ego decollavi; quis est autem iste, de quo audio ego talia? Et quaerebat videre eum.

Então Herodes disse: Eu decapitei João; mas quem é este de quem ouço tais coisas? E procurava vê-lo.(Lc 9:9)


HOMILIA

O Mistério que Transforma a Consciência

O Evangelho de Lucas apresenta Herodes diante do eco do divino, inquieto com a presença que não se submete ao poder humano. A mente que se apega ao transitório teme o desconhecido, enquanto a alma desperta reconhece a eternidade que permeia todas as coisas. João, decapitado pelo mundo, permanece vivo na memória do espírito, e o Cristo, surgindo silencioso, revela a força que não se impõe, mas que transforma.

Cada ser é chamado a esta liberdade interior, onde a dignidade não depende da aprovação alheia, mas da consciência firme da própria essência. O mistério do divino não exige respostas imediatas, apenas a presença atenta que observa, aprende e se molda. Quem se abre ao invisível encontra a serenidade que supera rumores, ansiedades e poder, vivendo em harmonia com a ordem que sustenta toda a existência.

A verdadeira evolução não se mede em feitos externos, mas na capacidade de permanecer íntegro, fiel ao que transcende, percebendo que cada tribulação é oportunidade para fortalecer o espírito e reconhecer que a vida não se perde, apenas se transforma no silêncio da eternidade.


EXPLICAÇÃO TEOLÓGICA

Herodes e a Dúvida que Revela a Essência
Lc 9,9 – “Então Herodes disse: Eu decapitei João; mas quem é este de quem ouço tais coisas? E procurava vê-lo.”

O Poder que Não Compreende a Vida
Herodes representa a consciência voltada apenas às aparências e ao controle externo. Ao declarar a morte de João, revela a ilusão de que o poder humano pode extinguir a verdade e a vida espiritual. No entanto, a inquietação diante do Cristo evidencia que a essência não se submete a decretos ou violências, pois a presença do divino transcende qualquer imposição material. A força que transforma não é visível, mas ativa o interior de cada ser que se dispõe a contemplar a realidade em sua plenitude.

O Mistério que Desperta a Consciência
A pergunta de Herodes não é mera curiosidade; é a expressão de um espírito confrontado com aquilo que não pode controlar. Surge a tensão entre a razão limitada e o chamado da eternidade, que não se impõe mas se revela progressivamente. O Cristo, símbolo da vida que supera a morte, desperta a percepção da dignidade e da liberdade interior. O homem é convidado a reconhecer que aquilo que parece final ou perdido permanece como semente de transformação na consciência atenta.

A Liberdade Interior e a Dignidade da Pessoa
A busca de Herodes reflete o anseio universal por compreender o inexplicável, mas só aqueles que se voltam para dentro alcançam a serenidade diante da vida. A dignidade não se mede pelo poder ou pela força, mas pela capacidade de reconhecer a eternidade que sustenta cada ser. Cada existência é chamada a se abrir àquilo que transcende, permitindo que o silêncio e a presença do divino moldem a compreensão e conduzam a alma à firmeza e à clareza interior.

O Chamado à Observação e à Transformação
Este versículo nos lembra que as circunstâncias externas não definem a essência da vida. O olhar atento, livre das inquietações passageiras, descobre o que permanece e transforma. A consciência desperta percebe que as provas e dúvidas são oportunidades de evolução, onde cada instante é espaço de aprendizado e cada encontro com o divino é convite à renovação interior. A verdadeira visão não nasce da força, mas da abertura ao mistério que guia o ser rumo à plenitude.

Leia: LITURGIA DA PALAVRA

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