Evangelho (Lucas 17,7-10)
Terça-Feira, 13 de Novembro de 2012
32ª Semana Comum
— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, disse Jesus: 7“Se algum de vós tem um
empregado que trabalha a terra ou cuida dos animais, por acaso vai dizer-lhe,
quando ele volta do campo: ‘Vem depressa para a mesa?’ 8Pelo contrário, não vai
dizer ao empregado: ‘Prepara-me o jantar, cinge-te e serve-me, enquanto eu como
e bebo; depois disso poderás comer e beber?’ 9Será que vai agradecer ao
empregado, porque fez o que lhe havia mandado? 10Assim também vós: quando
tiverdes feito tudo o que vos mandaram, dizei: ‘Somos servos inúteis; fizemos o
que devíamos fazer’”.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
HOMILIA
O dever do empregado
Temos só um dever na terra: “cumprir bem nossa obrigação”.
Apesar de ser uma simplificação muito fácil, esse modo de dizer ensina que
temos de ser responsáveis por aquilo que somos e fazemos, assim como o
empregado que sabe o que tem de fazer e faz. Faz porque tem de fazer e pronto.
A cozinheira responsável faz bem a comida e não precisa ficar esperando
elogios. Se os elogios vierem, graças a Deus! Mas se não vierem, ela já cumpriu
sua obrigação.
Os elogios, quando sinceros, têm a vantagem de mostrar que
acertamos. Podem ser elogios diretos ou indiretos. Elogio direto vem com
palavras de aprovação; e os elogios indiretos podem vir com gestos de
aprovação, como é o caso da comida da cozinheira; se todos comem e repetem, é
um sinal de que a comida estava boa. Como nossa vida é bastante complexa, como
somos seres superiores, temos também, por natureza, muitas obrigações; não
apenas obrigações de trabalho.
Temos obrigações de religião; por isso, se somos cristãos ,
precisamos respeitar as exigências inerentes a nossa fé. Temos obrigações
sociais; por isso, se queremos conviver bem com as pessoas, precisamos
descobrir quais são nossas obrigações para com elas e tentar uma convivência
responsável. Temos obrigações para conosco; por isso precisamos cuidar de nossa
saúde, da saúde do corpo e da saúde da alma. E assim por diante.
Mesmo se estivéssemos sozinhos no mundo, ainda assim não
estaríamos livres de obrigações. Mas quem entende a si mesmo e percebe suas
relações com o mundo e com as pessoas, não encara as obrigações como um peso e
sim como uma realidade da vida, que pode nos fazer felizes.
Deus, meu Pai, uma coisa que eu gostaria de ouvir de vós,
quando chegar ao céu, é esse elogio: “Você cumpriu sua obrigação”. Mas para eu
receber esse elogio preciso muito da vossa ajuda; preciso saber distinguir a
vossa vontade, para não cair no engano de só fazer a minha. Jesus de Nazaré
parece que tinha um único objetivo: fazer a vossa vontade. Assim Ele disse, e
assim Ele cumpriu até o fim, quando, pregado na cruz e já sem forças reclamou
de ter sido abandonado apesar de tudo. Depois, porém, num último esforço,
entregou seu espírito em vossas mãos, num gesto de submissão total. Ele fez
tudo bem feito. Ele cumpriu sua obrigação. E eu fico feliz.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova
Nenhum comentário:
Postar um comentário