quinta-feira, 8 de agosto de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: João 6:41-51- 11.08.2024

 Liturgia Diária


11 – DOMINGO 

19º DO TEMPO COMUM


(verde, glória, creio – 3ª semana do saltério)



Evangelho: João 6:41-51

O pão vivo desceu do céu, para que todos tenham vida eterna. A carne oferecida é o alimento que sacia a fome da alma, unindo-nos ao mistério divino e à promessa de vida sem fim.


João 6:41-51


41. Os judeus então murmuravam contra ele, porque dissera: "Eu sou o pão que desceu do céu."

42. E diziam: "Não é ele Jesus, o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como pode agora dizer: 'Eu desci do céu'?"

43. Jesus respondeu-lhes: "Não murmureis entre vós.

44. Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia.

45. Está escrito nos profetas: 'E todos serão ensinados por Deus'. Todo aquele que ouviu e aprendeu do Pai vem a mim.

46. Não que alguém tenha visto o Pai, senão aquele que vem de Deus; esse viu o Pai.

47. Em verdade, em verdade vos digo: quem crê tem a vida eterna.

48. Eu sou o pão da vida.

49. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram.

50. Este é o pão que desce do céu, para que todo o que dele comer não morra.

51. Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Se alguém comer deste pão, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne."


Reflexão:

"Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá eternamente." (João 6:51)


A encarnação do Verbo manifesta a profunda união entre o divino e o humano. A comunhão com Cristo, simbolizada pelo pão vivo, transforma nossa existência, orientando-a para a eternidade. A aceitação deste mistério exige uma fé que transcende o racional e nos abre ao infinito. Ao nos alimentarmos desse pão, participamos da vida divina, iniciando um processo de transformação que reflete a dinâmica de todo o cosmos: o movimento do finito ao infinito, do temporal ao eterno. Assim, em Cristo, encontramos o caminho para a plena realização da humanidade.


HOMILIA

Alimento da Eternidade


Neste trecho do Evangelho, somos confrontados com a profundidade do mistério da Encarnação e da Eucaristia. Quando Jesus se declara o "pão vivo que desceu do céu", Ele não está apenas oferecendo um símbolo, mas uma realidade espiritual que transcende o entendimento humano comum. Este pão, que é Ele mesmo, não apenas sacia a fome do corpo, mas nutre a alma, levando-a à vida eterna.

A reação dos ouvintes, que murmuravam por não compreenderem, reflete a dificuldade de aceitar o mistério divino que desafia a lógica terrena. Jesus, no entanto, insiste que a verdadeira vida, aquela que transcende a existência temporária, só pode ser alcançada através da união com Ele, o pão da vida.

Este alimento espiritual é o que nos permite participar da vida divina, nos transformando gradualmente à imagem de Cristo. Comer deste pão é aceitar o chamado de Deus para uma comunhão profunda, onde nossa existência se torna parte do grande processo evolutivo da criação, culminando na plenitude da vida em Deus. 

Assim, ao nos alimentarmos de Cristo, não apenas nos sustentamos espiritualmente, mas nos tornamos participantes do mistério da vida eterna, onde cada ato de fé nos aproxima mais da fonte de toda a vida. O desafio é abrir nossos corações e mentes para aceitar essa verdade sublime, que a vida eterna começa aqui e agora, na medida em que acolhemos Cristo em nossas vidas.


EXPLICAÇÃO

A frase "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá eternamente" (João 6:51) está no coração da teologia eucarística e da cristologia, oferecendo uma compreensão profunda do mistério da encarnação e da salvação.


1. A Encarnação e a Divindade de Cristo:

Jesus, ao se declarar "pão vivo", revela sua identidade como o Verbo encarnado, o Filho de Deus que desceu do céu para se tornar alimento espiritual para a humanidade. O "pão" aqui não é apenas um símbolo, mas a realidade concreta de Cristo que se oferece em sua totalidade – corpo, sangue, alma e divindade. Ao descer do céu, Ele se torna acessível, próximo, e ao mesmo tempo, permanece plenamente divino.


2. O Pão como Alimento Espiritual:

O conceito de "pão" no contexto judaico era central para a subsistência física, mas Jesus expande esse entendimento para incluir a subsistência espiritual. Comer desse pão é mais do que participar de um rito; é entrar em comunhão profunda com Cristo, onde Ele se torna o sustento de nossa vida espiritual. Esta comunhão é vitalícia e transforma a existência humana, orientando-a para o divino.


3. A Vida Eterna:

A promessa de "viver eternamente" aponta para a vida escatológica, a vida em plenitude com Deus que transcende a morte. Essa vida eterna não é meramente uma extensão temporal, mas uma qualidade de vida que começa aqui e agora, na medida em que nos unimos a Cristo. A Eucaristia, na qual recebemos o "pão vivo", é uma antecipação e participação real desta vida eterna.


4. A Sacrificialidade de Cristo:

Implicitamente, Jesus anuncia o sacrifício de si mesmo. Ele é o "pão vivo" que será entregue na cruz, seu corpo partido e seu sangue derramado. Ao comer desse pão, os fiéis participam do sacrifício redentor de Cristo, sendo incorporados ao mistério pascal. A Eucaristia torna presente esse sacrifício, permitindo que os fiéis recebam os frutos da redenção.


5. A Comunhão dos Santos:

Ao comungar o "pão vivo", os cristãos não só se unem a Cristo, mas também uns aos outros, formando o Corpo Místico de Cristo. Esta união transcende o tempo e o espaço, unindo os fiéis na terra com os santos no céu, em uma única comunhão que prefigura a plenitude do Reino de Deus.


Conclusão:

A declaração de Jesus como o "pão vivo" sintetiza a essência do cristianismo: Deus se faz presente no mundo, oferecendo-se como alimento espiritual que sustenta, transforma e conduz à vida eterna. Este mistério é o centro da fé cristã, convidando cada pessoa a uma relação íntima e transformadora com Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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