domingo, 11 de agosto de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 18:15-20 14.08.2024

 Liturgia Diária


14 – QUARTA-FEIRA 

SÃO MAXIMILIANO MARIA KOLBE


PRESBÍTERO E MÁRTIR


(vermelho, pref. comum ou dos mártires – ofício da memória)



Evangelho: Mateus 18:15-20

Onde houver comunhão sincera, o amor prevalecerá; em cada palavra de reconciliação, o céu se une à terra. Cristo habita onde dois ou três se unem em seu nome, fortalecendo os laços de fé e amor.


Mateus 18:15-20


15. "Se teu irmão pecar contra ti, vai e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, ganhaste a teu irmão."

16. "Mas, se não te ouvir, toma ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda a palavra seja confirmada."

17. "E, se não as escutar, dize-o à igreja; e, se também não escutar a igreja, considera-o como um gentio e publicano."

18. "Em verdade vos digo que tudo o que ligardes na terra será ligado no céu, e tudo o que desligardes na terra será desligado no céu."

19. "Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus."

20. "Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles."


Reflexão:

"Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles." (Mateus 18:20)


Nesta passagem, a dinâmica da reconciliação é colocada no centro da vida comunitária, onde a correção fraterna deve ser guiada pelo amor e pela verdade. O processo de tentar restaurar a comunhão enfatiza a importância do perdão, da paciência e do desejo de reconciliação. O poder de ligar e desligar demonstra a responsabilidade espiritual atribuída à comunidade, refletindo a autoridade divina. A promessa de Cristo estar presente onde dois ou três estão reunidos em seu nome sublinha a santidade da comunhão e a certeza da sua presença entre os fiéis, elevando cada encontro à esfera do divino.


HOMILIA

Homilia: A Comunidade como Espaço de Reconciliação e Presença Divina


No coração da vida comunitária, reside a profunda verdade de que nossa existência é entrelaçada com a dos outros. A reconciliação não é apenas um ato de justiça, mas uma abertura para a graça que transforma as relações humanas. Quando buscamos corrigir um irmão ou irmã, o fazemos não para condenar, mas para restaurar a comunhão. Este processo de reconciliação exige coragem, humildade e, acima de tudo, amor.

O desafio da correção fraterna é uma oportunidade para que a comunidade se torne um verdadeiro reflexo do amor divino, onde o perdão é possível e a cura é oferecida. O espaço em que vivemos e interagimos deve ser um santuário de encontro, onde a presença do divino se manifesta na união e na solidariedade entre os seus membros.

Quando nos reunimos em nome de um propósito maior, transcendente, garantimos que a presença divina está entre nós, vivificando nossos esforços e santificando nossa convivência. Cada reunião, cada oração compartilhada, cada gesto de reconciliação torna-se uma participação no mistério da presença de Deus no meio de seu povo. A verdadeira comunidade é, assim, um sacramento vivo, um lugar onde o humano e o divino se encontram e onde o amor de Deus se torna visível e tangível no mundo.


EXPLICAÇÃO

A frase "Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles" (Mateus 18:20) revela uma profundidade teológica que transcende a mera compreensão literal e nos conduz a um entendimento mais amplo da presença divina na comunidade dos fiéis.

Em primeiro lugar, essa afirmação sublinha o caráter comunitário da fé cristã. A presença de Cristo não se limita ao espaço individual do crente, mas se manifesta de maneira especial na comunhão dos fiéis. A Igreja, enquanto corpo místico de Cristo, é o espaço privilegiado onde essa presença se concretiza. Cada reunião em nome de Cristo é uma expressão da Igreja em miniatura, uma epifania do Reino de Deus em meio à realidade humana.

Em segundo lugar, a presença de Cristo entre "dois ou três" aponta para a eficácia sacramental da comunidade. A Igreja, em sua essência, é um sacramento, um sinal visível da graça invisível. Quando os fiéis se reúnem em nome de Cristo, eles tornam visível a graça de Deus, tornando-se mediadores de sua presença no mundo. Esta reunião, por menor que seja, é, portanto, um ato sacramental onde Cristo se faz presente de maneira real e efetiva.

Além disso, a expressão "em meu nome" carrega um profundo significado teológico. Reunir-se em nome de Cristo significa estar unido à sua vontade, aos seus ensinamentos, e ao seu amor. Não se trata apenas de uma reunião formal ou exterior, mas de uma união interior e espiritual que reflete a comunhão dos crentes com o próprio Cristo. Essa união espiritual garante que Cristo esteja realmente presente, não como uma figura simbólica, mas como uma realidade viva e atuante.

Finalmente, essa promessa de Cristo de estar presente entre os reunidos em seu nome é um lembrete constante de que a Igreja não é apenas uma instituição humana, mas uma realidade divina. Cristo é o fundamento e a cabeça da Igreja, e sua presença é o que dá vida, sentido e direção a toda a comunidade cristã. Essa presença é, ao mesmo tempo, um conforto e um desafio: conforto porque garante que Cristo nunca abandona seu povo; desafio porque nos chama a viver e agir sempre em seu nome, refletindo sua presença em nossas vidas e ações.

Assim, a frase de Mateus 18:20 não é apenas uma promessa de companhia divina, mas uma profunda afirmação da natureza sacramental e comunitária da Igreja, onde Cristo se faz presente e ativo na vida de seus seguidores.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

Mensagens de Fé

#evangelho #homilia #reflexão #católico #evangélico #espírita #cristão

#jesus #cristo #liturgia #liturgiadapalavra #liturgia #salmo #oração

#primeiraleitura #segundaleitura #santododia

Nenhum comentário:

Postar um comentário