terça-feira, 13 de agosto de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 19,3-12 - 16.08.2024

 Liturgia Diária


16 – SEXTA-FEIRA 

19ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia)



Evangelho: Mateus 19:3-12

"Felizes aqueles que, por amor ao Reino dos Céus, renunciam ao que lhes é permitido, abraçando a vida com sacrifício e devoção, escolhendo o caminho mais elevado."


Mateus 19:3-12


3 Alguns fariseus se aproximaram dele e, para o pôr à prova, perguntaram: “É lícito ao homem repudiar sua esposa por qualquer motivo?”  

4 Ele respondeu: “Não lestes que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher,  

5 e disse: ‘Por isso o homem deixará pai e mãe, e se unirá à sua esposa, e os dois se tornarão uma só carne’?  

6 Portanto, eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe.”  

7 Eles lhe disseram: “Então por que Moisés mandou dar uma carta de divórcio e repudiar a mulher?”  

8 Ele respondeu: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas não foi assim desde o princípio.  

9 Eu vos digo, porém, que quem repudiar sua mulher, a não ser por causa de fornicação, e se casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.”  

10 Os discípulos disseram-lhe: “Se tal é a condição do homem em relação à sua esposa, é melhor não se casar.”  

11 Ele, porém, lhes disse: “Nem todos podem aceitar esta palavra, mas apenas aqueles a quem foi dado.  

12 Pois há eunucos que nasceram assim do ventre da mãe; há eunucos que foram feitos eunucos pelos homens; e há eunucos que se fizeram eunucos por causa do Reino dos Céus. Quem puder aceitar isso, que aceite.”


Reflexão:

“Pois há eunucos que nasceram assim do ventre da mãe” (Mateus 19:12a).


A frase “Pois há eunucos que nasceram assim do ventre da mãe” (Mateus 19:12a) aponta para a diversidade intrínseca da criação humana, onde cada indivíduo carrega uma singularidade desde o nascimento. Não se refere apenas à condição física, mas simboliza aqueles que, por natureza, estão destinados a uma vida distinta, marcada por uma vocação específica. Essa diversidade reflete a complexidade do plano divino, onde cada caminho, ainda que incomum, tem seu propósito e valor. No contexto espiritual, tal condição pode ser vista como um chamado a transcender o comum, vivendo uma vida dedicada a algo maior que si mesmo.


HOMILIA

A Unidade e a Profundidade do Amor Verdadeiro


No profundo mistério da união humana, encontramos uma realidade que transcende o simples vínculo entre duas pessoas. O amor conjugal, em sua essência, é uma expressão tangível do grande amor divino, onde duas vidas se entrelaçam em uma unidade que reflete a própria natureza do Criador. Esta união não é apenas um contrato social, mas um sacramento, um sinal visível de uma realidade espiritual maior.

O verdadeiro amor exige uma entrega completa e mútua, um abandono de si mesmo em favor do outro. Este amor é ao mesmo tempo livre e comprometido, uma escolha diária que se reafirma nas dificuldades e se celebra nas alegrias. O amor que une dois seres em uma só carne é um reflexo da Trindade, onde o amor é ao mesmo tempo unitário e plural, sendo um mistério que nos chama a uma existência que vai além do material.

No entanto, esta unidade não é sem desafios. O caminho do amor exige sacrifício, compreensão e uma abertura contínua ao mistério da vida a dois. É nesta entrega, nesta renúncia ao egoísmo, que se encontra a verdadeira liberdade, a liberdade de amar plenamente, sem reservas, como o Criador ama sua criação. Assim, o amor conjugal é chamado a ser fecundo, não apenas em termos de procriação, mas na criação de uma nova realidade, onde o amor se torna o fundamento de uma vida em comunhão com o divino.


EXPLICAÇÃO

A frase “Pois há eunucos que nasceram assim do ventre da mãe” (Mateus 19:12a) carrega um significado teologicamente profundo, que pode ser compreendido em várias camadas de interpretação.


1. Reconhecimento da Diversidade Humana: Jesus, ao mencionar os eunucos que nasceram assim, reconhece a diversidade intrínseca da condição humana. Isso indica que, desde o nascimento, algumas pessoas são chamadas a viver de maneiras que fogem à norma socialmente estabelecida. Esta aceitação da diversidade revela uma sensibilidade divina à variedade de caminhos e vocações para os quais cada indivíduo é chamado.


2. Santidade em Todas as Condições: Ao falar de eunucos, Jesus eleva a discussão para além da simples condição física, afirmando que a santidade e a dignidade não dependem das funções biológicas ou das expectativas sociais. Aqueles que nascem eunucos, que podem ser entendidos como aqueles que, por natureza, não participam do casamento ou da procriação, são igualmente parte do plano de Deus e têm um lugar específico e honrado no Reino dos Céus.


3. A Vocação do Celibato e da Castidade: Teologicamente, essa passagem pode ser vista como uma referência ao celibato e à castidade. Jesus aponta que alguns são chamados desde o nascimento a viver uma vida de castidade, que, quando abraçada por amor ao Reino de Deus, se torna um sinal profético e uma vida de profunda união com Deus.


4. A Soberania de Deus na Criação: Ao reconhecer que alguns nascem eunucos, Jesus nos lembra da soberania de Deus na criação. Cada indivíduo é criado de acordo com o desígnio divino, e essas diferenças são parte da riqueza da criação. Não é a conformidade com um padrão humano que define a dignidade, mas sim a conformidade com o chamado de Deus para cada pessoa.


5. Chamado à Inclusividade: Essa frase também desafia a comunidade cristã a ser inclusiva e acolhedora para com todos, reconhecendo que cada pessoa, independentemente de sua condição, tem um valor inestimável diante de Deus e um papel no Corpo de Cristo.


Em resumo, essa passagem destaca a valorização de todas as formas de vida, o reconhecimento da dignidade intrínseca de cada ser humano, e a soberania divina na diversidade das vocações, sugerindo que o plano de Deus para cada pessoa é único e digno de ser honrado e vivido em plenitude.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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