quinta-feira, 27 de novembro de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Lc 21,34-36 - 29.11.2014 - Ficai atentos a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer

Pai,
ajuda-me a estar em permanente vigilância e oração,
preparando-me para o encontro com teu Filho Jesus
e ser acolhido por ele.
Sábado da 34ª Semana Tempo Comum
Cor: Verde

Evangelho - Lc 21,34-36

Ficai atentos a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 21,34-36

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
34Tomai cuidado para que vossos corações
não fiquem insensíveis por causa da gula,
da embriaguez e das preocupações da vida,
e esse dia não caia de repente sobre vós;
35pois esse dia cairá como uma armadilha
sobre todos os habitantes de toda a terra.
36Portanto, ficai atentos e orai a todo momento,
a fim de terdes força
para escapar de tudo o que deve acontecer
e para ficardes em pé diante do Filho do Homem.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB



Reflexão - Lc 21, 34-36

A nossa vida é marcada por preocupações constantes que são exigências da agitada vida moderna. Essas preocupações muitas vezes acabam por fazer de si mesmas o centro da nossa vida. Na verdade, a gente deixa de viver a vida que a gente quer para viver a vida que é exigida de nós. Assim, não temos tempo para a oração, para a contemplação, para o encontro com Deus e o estabelecimento de comunhão com ele. O resultado de tudo isso é que deixamos de viver na sua presença e nos fechamos num mundo que cada vez mais nos escraviza e nos impede de viver a verdadeira vida, a vida dos filhos e filhas de Deus em perfeita comunhão e relação com o Pai.
Fonte CNBB



O AMOR DE DEUS É INFINITO Lc 21,34-36
HOMILIA

Ao escrever o evangelho, Lucas preocupa-se com a nova história inaugurada com a presença de Jesus no meio de nós. A zombaria dos chefes junto à cruz não faz senão revelar qual foi a preocupação dele: “A outros salvou…”. De fato, ele criou com os marginalizados e a partir deles sociedade e história completamente novas. O Evangelho de Lucas é um convite incessante para que as pessoas se comprometam com as propostas de Jesus. Quem vai com ele?
No episódio de hoje temos a resposta a essa pergunta. Quem entra com Jesus no “paraíso” da nova sociedade são os banidos, criminosos, publicanos, prostitutas, lesbicas, gays e outros. Pessoas que a sociedade excludente considerou “malditos” e crucificou, juntamente com Jesus. Isso porque a misericórdia divina, tema que atravessa todo o Evangelho de Lucas, é proposta aberta até o fim, até mesmo onde as esperanças humanas de salvação e vida parecem ter desaparecido.
            Segundo Lucas, junto à cruz de Jesus estão espectadores curiosos (povo), lideranças político-religiosas judaicas e soldados. Juntamente com o criminoso do v. 39, essas pessoas representam os que se sentiram traídos em suas expectativas quanto ao tipo de messianismo e realeza que Jesus inaugurou a partir dos pobres e marginalizados. De fato, a zombaria gira em torno dos títulos Messias, o Escolhido, Rei dos Judeus. A caçoada dos chefes e soldados evidencia o modo como essas pessoas imaginavam o messianismo: “…que salve a si mesmo, se é de fato o Messias, o Escolhido de Deus… Se tu és o Rei dos Judeus, salva-te a ti mesmo”.
Já na transfiguração (cf. 9,35), Jesus fora apresentado como o Eleito de Deus, não no sentido triunfalista de quem exige a vida dos outros para poder viver, mas enquanto aquele que o Pai escolheu para salvar os que haviam sido postos à margem, os excluídos, os malditos… O título “Eleito” associa Jesus ao Servo de Javé de Isaías 42,1. Mediante o sofrimento e a entrega da vida, não procurando se salvar, mas dando a vida para salvar, é que Jesus se torna Messias, Eleito e Rei dos Judeus.
Havia um letreiro fixado à cruz: “Este é o Rei dos Judeus”. Só agora, depois de haver apresentado a zombaria dos que se excluem da sociedade e história novas, é que Lucas chama a atenção para o fato. O letreiro, apesar dos insultos e caçoadas, afirma que em Jesus está presente a realeza capaz de dar a vida.

O episódio do “bom ladrão” é próprio de Lucas. Com isso o evangelista quer realçar as características próprias desse evangelho. Em primeiro lugar, mostra que a misericórdia de Deus jamais se esgota se as pessoas estão dispostas a aceitá-la e a mudar de vida. Em segundo lugar, afirma que justamente aí, na cruz, é que inicia a realeza autêntica: “Jesus, lembra-te de mim, quando começares a reinar”. A súplica do “bom ladrão” representa o clamor de todos os “malditos” da nossa sociedade, dos quais Jesus se lembra e começa a reinar com eles e a partir deles: “Hoje você estará comigo no paraíso”. Temos aqui um dos pólos do Evangelho de Lucas. A atividade libertadora de Jesus iniciara a partir de seu programa na sinagoga de Nazaré (cf. 4,21: “Hoje se cumpriu essa passagem da Escritura, que vocês acabaram de ouvir”) para terminar no “paraíso”, onde ele entra com os excluídos que clamam: “Jesus, lembra-te de mim…” O paraíso recorda o jardim do Éden (cf. Gn 2,8), onde o ser humano experimentou o prazer de uma sociedade fraterna e igualitária. Expulso de lá, pode agora retornar, sem demora, quando entra pela porta que é Jesus, a expressão máxima da misericórdia do Pai.  Você que está vivendo uma situação difícil, acredite e cante com Ricardo Sá - http://letras.terra.com.br/ricardo-sa/835598/
Pai, ajuda-me a estar em permanente vigilância e oração, preparando-me para o encontro com teu Filho Jesus e ser acolhido por ele.

Fonte Padre BANTU SAYLA

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