quarta-feira, 5 de novembro de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Lc 16,9-15 - 08.11.2014 - Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem?

Pai,
meu coração está todo centrado em ti,
e em ti encontra consolo e proteção.
Meu único anseio é não deixar
que se abale esta segurança,
fonte de minha felicidade.
Sábado da 31ª Semana Tempo Comum
Cor: Verde

Evangelho - Lc 16,9-15

Por isso, se vós não sois fiéis no uso do dinheiro injusto, quem vos confiará o verdadeiro bem?

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 16,9-15

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
9Usai o dinheiro injusto para fazer amigos,
pois, quando acabar, eles vos receberão nas moradas eternas.
10Quem é fiel nas pequenas coisas
também é fiel nas grandes,
e quem é injusto nas pequenas
também é injusto nas grandes.
11Por isso, se vós não sois fiéis
no uso do dinheiro injusto,
quem vos confiará o verdadeiro bem?
12E se não sois fiéis no que é dos outros,
quem vos dará aquilo que é vosso?
13Ninguém pode servir a dois senhores.
porque ou odiará um e amará o outro,
ou se apegará a um e desprezará o outro.
Vós não podeis servir a Deus e ao dinheiro.'
14Os fariseus, que eram amigos do dinheiro,
ouviam tudo isso e riam de Jesus.
15Então, Jesus lhes disse:
'Vós gostais de parecer justos diante dos homens,
mas Deus conhece vossos corações.
Com efeito, o que é importante para os homens,
é detestável para Deus.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB



Reflexão - Lc 16, 9-15

Devemos usar do dinheiro da injustiça para conquistar os bens eternos. De fato, o dinheiro é sempre uma realidade injusta, independentemente da forma como foi conquistado, porque vai sempre significar separação, apossamento, divisões e condições de vida diferentes, gerando oportunidades diferentes e privilégios, além de uma concorrência sempre injusta com os nossos irmãos e irmãs. Por isso, Jesus diz que ninguém pode servir a Deus e ao dinheiro. Usar do dinheiro da injustiça para conquistar os bens eternos significa usar de tudo o que o dinheiro nos concede, tanto em termos de bens materiais como pessoais, como por exemplo a formação profissional, para a construção do Reino e a promoção da dignidade de todos.
Fonte CNBB



A CHAVE DA NOSSA FELICIDADE Lc 16,9-15
HOMILIA

Jesus continua nos ensinando a como usar das coisas do mundo tendo como motivação as coisas do alto. Não podemos separar as duas realidades. Temos que viver aqui com o sentido naquilo que viveremos depois. Uma coisa não dispensa a outra. O verdadeiro bem é a vida eterna, prometida àqueles que viverem bem, isto é, com fidelidade, a vida terrena. Só o Senhor conhece profundamente as intenções do nosso coração e pode ajuizar as nossas ações com justiça e equidade. Enquanto aqui estamos, nós precisamos do dinheiro “injusto” para sobreviver.
O dinheiro injusto é o dinheiro que compra as coisas passageiras, mas que não serve para nos comprar o céu. O modo como nós ganhamos esse dinheiro e como nós o usamos, só poderá ser avaliado por Deus, que sonda os nossos corações e conhece a nossa verdade. No entanto, nós podemos, conscientemente, também fazer uma reflexão dos nossos sentimentos e intenções quando praticamos as nossas ações tendo em vista o objetivo para o qual nós vivemos. Dependendo do modo como nós usamos o dinheiro injusto que nós ganhamos, ele poderá se converter em boas obras as quais se transformarão em riquezas que nos esperarão no céu. Jesus fala em fidelidade no pouco e no muito. Ser fiel no pouco é ser leal a Deus com relação à Sua providência na nossa vida, empregar bem o dinheiro que Ele nos propicia ganhar.
A chave da nossa felicidade aqui na terra está na maneira como nós nos relacionamos uns com os outros bem como na reciprocidade com que cultivamos o amor, mandamento maior da lei de Deus. Tudo o mais, os nossos bens materiais, a nossa bagagem intelectual e todas as coisas que nós adquirimos pelo trabalho, honesto, ou desonesto, com esforço ou sem empenho, são apenas instrumentos que dispomos para desenvolver entre nós a vivência do amor.
Nas nossas pequenas ações diárias nós já demonstramos amor ou desamor. Às vezes, nós pensamos que seremos julgados apenas pelas grandes “coisas” que fazemos, no entanto, para Deus não importa o que nós realizamos, mas, o caráter com que nós fazemos essas “coisas”. “O que é importante para os homens é detestável para Deus”, diz-nos Jesus. Desse modo, vejamos, se o que tem sido “tão importante” para nós, é abominável para Deus, porque ainda é tempo de conversão.
Todo homem, consciente ou inconsciente, tem na vida um valor fundamental, um absoluto que determina toda a sua forma de ser e viver. Qual é o absoluto: Deus ou as riquezas? Deus leva o homem à liberdade e à vida, através da justiça que gera a partilha e a fraternidade. As riquezas são resultado da opressão e da exploração, levando o homem à escravidão e à morte. È preciso escolher a qual dos dois queremos servir.
Você está usando o dinheiro que ganha, com justiça, ou você o tem usado só para comprar as coisas do mundo?- Os bens que você amealha o ajudam a adquirir um tesouro no céu? – Em que você tem investido o seu dinheiro injusto? – Você o esbanja com coisas supérfluas? – Você tem ajudado as pessoas que estão precisando, porque passam necessidade?
Pai, meu coração está todo centrado em ti, e em ti encontra consolo e proteção. Meu único anseio é não deixar que se abale esta segurança, fonte de minha felicidade.
Fonte padre BANTU SAYLA

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