sábado, 22 de novembro de 2014

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Lc 21,1-4 - 24.11.2014 - Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas.

Pai,
dá-me um coração de pobre,
capaz de partilhar até do que me é necessário,
porque confio totalmente no teu amor providente.
2ª-feira da 34ª Semana Tempo Comum
Sto. André Dung-Lac Presb e Comps. Mts, memória
Cor: Vermelho

Evangelho - Lc 21,1-4

Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas moedas.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 21,1-4

Naquele tempo:
1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas
depositando ofertas no tesouro do Templo.
2Viu também uma pobre viúva
que depositou duas pequenas moedas.
3Diante disto, ele disse:
'Em verdade vos digo que essa pobre viúva
ofertou mais do que todos.
4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus,
aquilo que lhes sobrava.
Mas a viúva, na sua pobreza,
ofertou tudo quanto tinha para viver.'
Palavra da Salvação.
Fonte CNBB



Reflexão - Lc 21, 1-4

Muitas vezes somos injustos com as pessoas porque fazemos do elemento quantitativo a principal fonte dos nossos juízos e das nossas decisões em relação a elas. Assumindo os critérios do mundo, o número cada vez mais torna-se o principal critério para a nossa avaliação. Jesus nos mostra que diante de Deus, devemos pensar de forma diferente. Não é o quanto foi dado que manifesta a generosidade da pessoa, mas o como, o porquê e o significado da quantia que são realmente importantes, pois nos revela o relacionamento da pessoa com Deus e o seu envolvimento com ele.
Fonte CNBB



A OFERTA DA VIÚVA POBRE Lc 21,1-4
HOMILIA

Jesus, em Jerusalém, nos últimos dias do seu ministério, circulava pelo Templo, ensinando. O ambiente é imponente por seu luxo. Muralhas de pedra, grandes pátios com arcadas e a grande construção central do Templo, com pedras e ornatos com placas de ouro. Uma dependência do Templo, o Tesouro, guardava as riquezas acumuladas das ofertas.
Hoje, aprendemos de Jesus, o verdadeiro valor das coisas materiais. Parado à porta do Templo, Jesus observava o comportamento das pessoas que chegavam para participarem do culto. Perto de Jesus estava uma caixa para a coleta das ofertas que serviriam para a manutenção do Templo e, para socorrer os que estivessem necessitados. Ali, cada um colocava a sua contribuição livremente, de acordo com a sua vontade. Percebeu, então Jesus, que muitos ricos depositaram boas quantias e, percebeu , que os pobres também  contribuíram. E, uma viuva pobre , por fim aproxima-se do cofre e deposita duas únicas moedinhas que tinha em sua bolsa. Jesus, após o culto, chama os seus apóstolos e lhes diz :-“Em verdade vos digo, que esta viuva pobre depositou muito mais do que todos os outros juntos pois, todos deram das sobras que sempre Têm, mas ela, deu tudo o que tinha, todo o seu sustento. “
            Deduzimos desta lição que, a “doação” tem que representar, verdadeiramente, a vontade do nosso coração. Às vezes, sentimos muito quando presenciamos certas cenas que nos chocam, devido ao tamanho do sofrimento que um nosso irmão possa estar passando. Em vários locais que freqüentamos , não estamos livres  de presenciar a dor o o sofrimento que deprimem e sufocam pessoas como nós, porém, que as adversidades da vida (não nos interessa os caminhos que as levaram a tal situação), o que presenciamos dói muito na carne e no espírito daqueles sofredores.
E, ficamos horrorizados, condoídos e com muita pena, com muito dó mas ... mesmo chegando até às lágrimas, a maioria, enxugando os olhos e limpando a garganta, sai abatida e com muita dor no coração, porque mesmo  não estando naquele estado, leva uma vida muito apertada, com muita luta e coragem, conseguindo sobreviver e, , mesmo tendo muito  pouco recurso sempre são os que mais ajudam. Mas, a minoria, privilegiada, (estou falando do nosso Brasil, da nossa e de todas as demais cidades), ignora aqueles sofredores e, até lastimam aquele quadro que enfeia a sua cidade; que mancha o bom nome que ela tem, mas, com raras exceções, procuram ajudar àqueles desfavorecidos, mesmo tendo dinheiro e posição social que pode lhes dar condições de acionar as autoridades, para conseguir mudar o tratamento destinado àqueles que nada  têm . Gastam, gastam, gastam, mas...  com raras exceções , gostam de partilhar.
            Por isso Jesus fala que os ricos deram do que lhes sobrava. Isso não é dar com amor; é preciso partilharmos. Não basta Ter dó; não basta Ter pena;  não basta chorarmos compadecidos; como muitos fazem  nos velórios abraçam e deixam uma mensagem para os parentes e, depois, falam mal dos defuntos, comentando sobre a sua vida.  Isso não muda nada na vida dos que sofrem as marcas de um esquema social que os coloca à margem dos planos dos que dirigem esta e outras nações. Que têm os mesmos problemas no mundo inteiro. Com auxílio material, com boa vontade de os ouvirmos e falarmos com carinho e muito amor cristão, alguma coisa sempre  se pode fazer. É preciso partilharmos o Deus que trazemos dentro de nós, com aqueles que encontramos nas esquinas da vida.
Pai, dá-me um coração de pobre, capaz de partilhar até do que me é necessário, porque confio totalmente no teu amor providente.
Fonte Padre BANTU SAYLA

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