quinta-feira, 11 de abril de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho segundo Lucas 24,35-48 - 14.04.2024

 Liturgia Diária


14 – DOMINGO 

3º DA PÁSCOA


(branco, glória, creio – 3ª semana do saltério)



Evangelho segundo Lucas 24,35-48

Antífona:

Na jornada, o Mestre se revela, dissipando temores, nutrindo fé. Suas mãos, marcadas, testemunham o sacrifício, sua presença transcende dúvidas. Na partilha do pão, compreensão se abre. O Evangelho ecoa, convocando testemunhas da redenção universal.


Lucas 24,35-48 (Bíblia de Jerusalém):

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 35 Eles, por sua parte, contaram o que tinha acontecido no caminho e como o tinham reconhecido ao partir o pão. 

36 Estavam ainda a falar quando Ele próprio se apresentou no meio deles e disse-lhes: "A paz esteja convosco!" 

37 Ficaram assustados e cheios de medo, julgando ver um espírito. 

38 E Ele disse-lhes: "Por que estais perturbados e porque surgem essas dúvidas em vossos corações? 

39 Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo! Tocai-me e vede! Um espírito não tem carne, nem ossos, como vedes que Eu tenho." 

40 Dizendo isto, mostrou-lhes as mãos e os pés. 

41 E como eles, na sua alegria, não queriam acreditar e estavam admirados, Ele disse-lhes: "Tendes aqui alguma coisa para comer?" 

42 Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 

43 Ele tomou-o e comeu diante deles. 

44 E disse-lhes: "São estas as palavras que vos dirigia quando ainda estava convosco: Era necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos." 

45 Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. 

46 E disse-lhes: "Assim está escrito: O Messias sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia, 

47 e no seu nome serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 

48 Vós sois testemunhas disso." - Palavra da Salvação.


Reflexão:

 "Era necessário que se cumprisse tudo o que a meu respeito está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos.'" (Lucas 24,44)


Este trecho do Evangelho de Lucas nos apresenta um momento de profunda revelação e comunhão entre Jesus ressuscitado e seus discípulos. Após testemunharem a aparição de Jesus e sentirem inicialmente medo e incredulidade, eles são confortados pela presença tangível do Mestre, que lhes mostra suas mãos e pés, convidando-os a tocá-lo e a alimentá-lo para provar sua realidade física.

Nesse encontro, Jesus não apenas reafirma sua identidade e presença física, mas também revela o significado profundo de sua missão redentora. Ele os conduz através das Escrituras, abrindo-lhes o entendimento para compreenderem as profecias que apontavam para sua morte e ressurreição. 

A mensagem central é clara: a morte e ressurreição de Jesus não foram eventos isolados, mas cumpriram as promessas divinas anunciadas ao longo das Escrituras. Através desses eventos, a salvação foi oferecida não apenas a um grupo seleto, mas a todas as nações, começando por Jerusalém, e os discípulos são incumbidos de serem testemunhas dessa mensagem transformadora.

Essa passagem nos convida a refletir sobre nossa própria experiência de fé. Assim como os discípulos, muitas vezes somos assolados pelo medo e pela dúvida diante dos desafios da vida. No entanto, Jesus continua a se revelar a nós, convidando-nos a experimentar sua presença viva e a compreender mais profundamente o significado de sua obra redentora.

Que possamos, como os discípulos, abrir nossos corações e mentes para a verdade do Evangelho, testemunhando com alegria e convicção a mensagem de salvação e perdão que se estende a todos os povos, em todos os tempos.


HOMILIA

A Revelação da Verdadeira Presença


Meus irmãos e irmãs, hoje contemplamos o Evangelho segundo Lucas (24,35-48), onde somos convidados a mergulhar nas profundezas da fé e da revelação divina. Neste relato, encontramos os discípulos reunidos, atormentados pela dúvida e pelo medo após a crucificação de seu Mestre. Em meio à incerteza, Jesus se apresenta diante deles, não como um espectro distante, mas como o Cristo vivo e real.

A cena é carregada de significado. Os discípulos, ao partilharem sua experiência de reconhecimento do Senhor na fração do pão, são confrontados com a presença tangível daquele a quem choravam como morto. Jesus não apenas lhes oferece palavras de conforto, mas convida-os a tocar suas mãos e pés, a fim de testemunharem sua corporeidade ressuscitada. Ele não é uma mera visão, mas a concretização da esperança que os sustentou.

Entretanto, não é apenas a presença física de Jesus que é revelada, mas também a continuidade de sua missão redentora. Ao abrir as Escrituras aos discípulos, Ele lhes mostra que sua morte e ressurreição não foram eventos isolados, mas o cumprimento das promessas divinas desde tempos antigos. Em suas palavras, ecoam as profecias dos profetas, dos Salmos, e da Lei de Moisés.

Neste encontro, somos confrontados com a verdade de que o Cristo não está limitado ao passado, mas é o Senhor da história presente e futura. Ele é o cumprimento de todas as promessas, o ponto de convergência da história humana com a eternidade divina. Sua ressurreição não é apenas um evento do passado, mas uma realidade viva que continua a transformar o mundo.

Assim como os discípulos, somos chamados a reconhecer a presença viva de Cristo em nossas vidas, não apenas nos momentos de alegria e consolação, mas também nas horas de dúvida e desespero. Ele se apresenta a nós na Eucaristia, na comunhão fraterna, na Palavra proclamada. Ele nos convida a tocar suas chagas, a testemunhar sua presença viva no meio de nós.

Que este Evangelho nos inspire a renovar nossa fé na presença viva de Cristo ressuscitado. Que Ele seja o centro de nossas vidas, a luz que dissipa nossas trevas, a esperança que nos sustenta em meio às provações. Que possamos, como os discípulos de Emaús, reconhecê-lo no partir do pão e proclamar com alegria: "O Senhor ressuscitou verdadeiramente!" Amém.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

Leia também:

Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

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