terça-feira, 9 de janeiro de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 1,40-45 - 11.01.2024

Liturgia Diária


11 – QUINTA-FEIRA


1ª SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)



Antífona

Em um cenário majestoso, vislumbrei um homem assentado em um trono excelso, enquanto uma miríade de serafins prostrava-se em reverência, entoando em uníssono um cântico sagrado: "Eis aquele cujo nome e domínio perduram pela eternidade".

Os elementos e manifestações de devoção religiosa, tais como o crucifixo, o rosário, imagens sagradas e a bênção de veículos, adquirem significado real somente quando são reflexos de uma fé autêntica em Deus. Essa autenticidade é nutrida pelos sacramentos, pela oração constante e pela prática ativa do amor fraterno. A liturgia, nesse contexto, nos instiga a refletir sobre o verdadeiro alcance de nossa fé.


Evangelho: Marcos 1,40-45 

Em um momento comovente, um suplicante leproso encontra Jesus, experimentando compaixão e cura. A ordem de silêncio contrasta com a alegria incontida que irradia da transformação vivenciada.

Marcos 1,40-45 (Bíblia de Jerusalém):

Proclamação do santo Evangelho segundo Marcos – Naquele tempo, 40."Aproximou-se, então, dele um leproso que, de joelhos, lhe pedia: 'Se queres, tens o poder de purificar-me.'
41.Jesus, movido de compaixão, estendeu a mão, tocou-o e disse: 'Quero, fica limpo.'
42.E, imediatamente, a lepra desapareceu, e ele ficou limpo.
43.Advertindo-o severamente, Jesus o despediu,
44.dizendo-lhe: 'Não contes nada a ninguém; mas vai mostrar-te ao sacerdote e oferece, pela tua purificação, o que Moisés prescreveu, como testemunho para eles.'
45.Ele, no entanto, ao sair, começou a propagar e divulgar o fato, de modo que Jesus já não podia entrar publicamente numa cidade. Conservava-se fora, em lugares desertos; e vinham a ele de todos os lados."
- Palavra da Salvação.

Reflexão:
"Eu quero, sê purificado!" (Mc1,41)

O encontro entre Jesus e o leproso retrata não apenas um milagre de cura, mas também revela a profunda compaixão do Mestre. Ao se aproximar do leproso, que representava uma figura marginalizada e excluída pela sociedade da época, Jesus não apenas restaurou sua saúde física, mas também o reintegrou à comunidade.
A atitude de Jesus, ao tocar no leproso, quebrando assim as normas sociais da época, destaca a natureza compassiva e inclusiva do seu ministério. A cura não é apenas física; é uma restauração completa que transcende as barreiras sociais e religiosas.
No entanto, a instrução de Jesus para que o homem curado não divulgue o milagre pode parecer curiosa. Jesus não deseja ser conhecido apenas como um curandeiro milagroso; ele busca uma compreensão mais profunda de seu papel messiânico e do Reino de Deus. A obediência à Lei, ao apresentar-se ao sacerdote, também destaca a importância do respeito pelas tradições.
Essa passagem nos convida a refletir sobre a compaixão de Jesus em nossas próprias vidas, lembrando-nos de buscar não apenas curas físicas, mas a restauração completa e a inclusão daqueles que estão à margem. Além disso, ela nos desafia a compreender a missão de Jesus além dos milagres, enxergando a profundidade do seu ensinamento e a natureza do Reino que ele veio proclamar.

HOMILIA
"Tocados pela Compaixão Divina: Uma Jornada de Cura e Testemunho"

Querida comunidade,

Hoje, mergulhamos nas páginas do Evangelho de Marcos, encontrando uma narrativa que transcende o tempo, ecoando lições eternas de compaixão, cura e transformação. O encontro entre Jesus e o leproso não é apenas uma página da história antiga, mas um espelho que reflete as profundezas da condição humana.

Imaginemos o cenário: um leproso, marginalizado pela sociedade, prostrado diante de Jesus com uma humildade que rompe as barreiras da vergonha e do isolamento. Sua súplica ressoa nos corredores do tempo, ecoando as vozes silenciadas pela rejeição e pelo sofrimento.

Jesus, o Curador Divino, responde não apenas com palavras, mas com um toque. "Eu quero, sê purificado!" - uma declaração que vai além da cura física, transcende as limitações da carne e mergulha nas profundezas da alma. Essa é a essência da compaixão divina, que não conhece fronteiras nem aceita exclusões.

A lepra, nesse contexto, não é apenas uma doença física, mas uma metáfora das feridas invisíveis que carregamos - o isolamento emocional, a solidão espiritual, a sensação de indignidade. Assim como o leproso, todos nós trazemos nossas próprias aflições, buscando desesperadamente cura e restauração.

A ordem de Jesus para manter o silêncio pode parecer intrigante à primeira vista. No entanto, ela revela a humildade do Mestre, que não buscava reconhecimento público, mas sim a verdadeira transformação de corações. Em um mundo marcado pela busca incessante por validação externa, somos chamados a aprender com essa humildade divina.

A reação do leproso curado ressoa como um eco de nossa própria jornada espiritual. A alegria incontida, a necessidade de compartilhar a boa nova - tudo isso reflete a natureza contagiante da verdadeira experiência com Cristo. Quantas vezes, em nossas vidas, experimentamos cura e restauração, mas hesitamos em compartilhar esse presente divino?

Assim como o leproso não pôde conter sua alegria, somos desafiados a levar a mensagem da cura espiritual aos confins da terra. Em um mundo ferido, marcado pela desigualdade, pela divisão e pela busca incessante por significado, somos chamados a ser portadores da compaixão divina.

Que a história do leproso e de Jesus nos inspire a ser agentes de cura e reconciliação. Que possamos ser testemunhas vivas da compaixão que transcende as barreiras humanas, alcançando aqueles que estão à margem, à procura de um toque divino que cure não apenas o corpo, mas a alma.

Que o Espírito Santo nos guie nessa jornada, capacitando-nos a ser fontes de cura e esperança em um mundo sedento por amor verdadeiro. Amém.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Primeira Leitura

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