Liturgia Diária
8 – SEGUNDA-FEIRA
BATISMO DO SENHOR
(branco, glória, prefácio próprio – ofício da festa)
Antífona:
"Vós sois meu Filho muito amado; em vós ponho meu bem-querer."
Essa antífona é uma expressão baseada no versículo 16 do capítulo 3 do Evangelho de Mateus na Bíblia de Jerusalém, que diz:
"Assim que Jesus foi batizado, saiu logo da água. Eis que se lhe abriram os céus e viu o Espírito de Deus descendo como uma pomba e vindo sobre ele." ((Mt 3,16)
A antífona reflete a voz do Pai proclamando o amor e a aprovação divina sobre Jesus no momento do seu batismo.
Evangelho: Marcos 1,7-11
Neste relato bíblico, testemunhamos o momento crucial no início do ministério de Jesus. João Batista anuncia a vinda de alguém superior, cujo batismo transcenderá a água, envolvendo o Espírito Santo. A cena do batismo no rio Jordão revela a humildade de Jesus e culmina com uma divina manifestação celeste.
Marcos 1,7-11 (Bíblia de Jerusalém):
Proclamação do santo Evangelho segundo Marcos – Naquele tempo, "7 E pregava, dizendo: 'Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, diante do qual não sou digno de me inclinar para desatar-lhe as correias do calçado.
8 Eu vos batizei com água, mas ele vos batizará com o Espírito Santo.'
9 Naqueles dias, veio Jesus de Nazaré da Galileia e foi batizado por João no Jordão.
10 E, logo ao sair da água, viu os céus se abrirem e o Espírito, como pomba, descer sobre ele.
11 E do céu veio uma voz: 'Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição.'"
- Palavra da Salvação.
Reflexão:
"Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição." (Mc 1,11)
No Evangelho de Marcos, encontramos a narrativa do batismo de Jesus por João Batista no rio Jordão. João proclama a vinda daquele que é mais poderoso, o Messias, cujo batismo será diferente, realizado não apenas com água, mas com o Espírito Santo.
O ato de Jesus em ser batizado por João, embora ele mesmo fosse sem pecado, é um exemplo de humildade e identificação com a humanidade. Ao sair da água, ocorre um momento extraordinário: os céus se abrem, o Espírito Santo desce sobre Jesus como uma pomba, e uma voz do céu proclama que Ele é o Filho amado de Deus.
Este evento marca o início público do ministério de Jesus. A descida do Espírito Santo simboliza a unção divina sobre Ele, capacitando-O para cumprir sua missão redentora. A voz do céu confirma a relação única entre Deus e Jesus como Pai e Filho.
Assim, somos convidados a refletir sobre a importância do batismo, sobre o significado da humildade de Jesus e sobre a nossa própria chamada para vivermos em sintonia com o Espírito Santo, reconhecendo Jesus como o amado Filho de Deus em quem colocamos nossa fé e devoção.
HOMILIA
"Nos Céus Abertos: Uma Jornada de Batismo, Humildade e Amor Divino"
Caros irmãos e irmãs em Cristo,
Hoje, mergulhamos nas águas profundas do Evangelho de Marcos (1,7-11), onde encontramos o extraordinário momento do batismo de Jesus por João no rio Jordão. Este evento transcendental não é apenas uma narrativa histórica, mas uma fonte inesgotável de sabedoria para nossas vidas.
João Batista, aquele que prepara o caminho, proclama a chegada daquele "mais forte", cujo batismo será realizado não apenas com água, mas com o Espírito Santo. Aqui, no rio sagrado, Jesus, o Messias, se une à humanidade em um ato de profunda humildade e solidariedade.
Imaginem a cena: as águas do Jordão testemunhando a descida do Filho de Deus. Esse gesto, além de simbolizar purificação, revela uma verdade mais profunda – Jesus se abaixa, imerso na condição humana, alinhando-se conosco em nossa jornada de altos e baixos.
Ao emergir da água, os céus se abrem. Uma imagem que transcende a realidade física e nos convida a contemplar o sobrenatural. O Espírito Santo desce como uma pomba, simbolizando paz e renovação. Este é o batismo não só de Jesus, mas o sinal de uma nova criação que se inicia.
E então, a voz do Pai ressoa nos céus: "Tu és o meu Filho muito amado; em ti ponho minha afeição." Uma declaração divina que ecoa através dos séculos até nossos corações. Imagine a intensidade desse amor, a profundidade do afeto que o Pai sente por Seu Filho. E, como discípulos de Cristo, somos chamados a participar desse amor divino.
Essa passagem nos convida a refletir sobre o nosso próprio batismo, o momento em que as águas sagradas tocaram nossa vida. Como Jesus, somos chamados a nos imergir nas águas da humildade, reconhecendo nossa humanidade e abrindo-nos à transformação pelo Espírito Santo.
Os céus continuam abertos para nós, meus irmãos. O Espírito Santo continua a descer sobre cada um, renovando e capacitando para a missão que Deus nos confia. A voz do Pai continua a proclamar que somos Seus filhos muito amados.
Em tempos desafiadores, lembremos dessa verdade fundamental. Somos amados por um Deus que se abaixa para nos elevar, que nos purifica e renova, e cujo amor é inabalável mesmo diante das nossas imperfeições.
Que este batismo de Jesus inspire em nós uma profunda gratidão e compromisso. Que vivamos nossos dias imersos na humildade, guiados pelo Espírito, conscientes de que somos amados com um amor que transcende todas as compreensões.
Que o Espírito Santo, como a pomba que desceu sobre Jesus, nos conceda paz e renovação constante. Que, ao contemplarmos as águas do nosso próprio batismo, possamos renovar nossa promessa de seguir o Caminho, a Verdade e a Vida que é Jesus Cristo.
Amém.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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