Liturgia Diária
2 – SEXTA-FEIRA
APRESENTAÇÃO DO SENHOR
(branco, glória, pref. próprio – ofício da festa)
Evangelho: Lucas 2,22-40 ou 22-32
Neste relato, Maria e José levam Jesus ao Templo, cumprindo as prescrições da Lei. Encontram Simeão e Ana, cujas profecias e reconhecimento revelam a significância divina do Menino, antecipando sua missão redentora.
Lucas 2,22-40 (Bíblia de Jerusalém):
Proclamação do santo Evangelho segundo Lucas – 22 Quando se completaram os dias da purificação deles, segundo a Lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor,
23 conforme está escrito na Lei do Senhor: "Todo primogênito do sexo masculino será consagrado ao Senhor".
24 Foram também oferecer o sacrifício prescrito pela Lei do Senhor: um par de rolas ou dois pombinhos.
25 Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel; e o Espírito Santo estava sobre ele.
26 Fora-lhe revelado pelo Espírito Santo que não morreria antes de ver o Messias do Senhor.
27 Impelido pelo Espírito, foi ao templo. E, quando os pais trouxeram o menino Jesus para cumprirem as prescrições da Lei a seu respeito,
28 Simeão tomou-o nos braços e bendisse a Deus, dizendo:
29 "Agora, Senhor, conforme a tua promessa,
podes deixar teu servo partir em paz;
30 pois os meus olhos já viram a tua salvação,
31 que preparaste à vista de todos os povos:
32 luz para iluminar as nações
e glória do teu povo Israel".
33 O pai e a mãe do menino Jesus estavam admirados com o que se dizia dele.
34 Simeão os abençoou e disse a Maria, sua mãe: "Este menino está destinado a ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel e a ser um sinal de contradição,
35 para que sejam revelados os pensamentos de muitos corações. Quanto a ti, uma espada te traspassará a alma".
36 Havia também uma profetisa, chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser. Era de idade muito avançada; quando jovem, tinha vivido sete anos com o marido.
37 Depois, viúva, chegara aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, servindo a Deus noite e dia, com jejuns e orações.
38 Chegando na mesma hora, ela dava graças a Deus e falava do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.
39 Depois de cumprirem tudo segundo a Lei do Senhor, voltaram para a Galileia, para a cidade de Nazaré.
40 O menino crescia e tornava-se forte, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele.
- Palavra da Salvação.
Reflexão:
"Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz." (Lucas 2:29)
Este trecho do Evangelho de Lucas nos apresenta o momento em que Maria e José levam Jesus ao Templo de Jerusalém para cumprir as prescrições da Lei de Moisés. Encontramos dois personagens notáveis, Simeão e Ana, que desempenham papéis significativos nesse evento.
Simeão, cheio do Espírito Santo, reconhece em Jesus a promessa divina de salvação. Sua exclamação expressa a alegria e a realização de uma espera longa. Ele vê em Jesus a luz para iluminar as nações e a glória do povo de Israel. No entanto, Simeão também antecipa que a presença de Jesus será motivo de divisão e provação para muitos.
Ana, a profetisa, é apresentada como uma mulher dedicada a Deus, que passa sua vida servindo no templo. Sua resposta ao ver Jesus é de ação de graças e de compartilhamento com todos os que esperam a redenção de Jerusalém.
Esses episódios destacam a importância da espera, da fidelidade à promessa divina e da prontidão para reconhecer a presença salvífica de Deus. Simeão e Ana personificam a perseverança na fé e a resposta alegre diante da chegada do Messias. A vida de Jesus, desde a infância, é envolta em sinais de grandeza e mistério, apontando para o propósito divino de redenção para toda a humanidade. Que possamos, como Simeão e Ana, reconhecer a presença de Deus em nossa vida e responder com gratidão e fé.
HOMILIA
Um Chamado à Entrega Profunda diante da Luz Divina
Queridos irmãos e irmãs em Cristo,
Hoje, mergulhemos nas palavras inspiradas do Evangelho de Lucas (2,22-40) que nos revelam um momento sagrado e carregado de significado na vida de Maria, José e do próprio Jesus. Neste trecho, encontramos a apresentação do Menino Jesus no Templo, um evento que transcende o ordinário e nos conduz aos mistérios mais profundos da redenção.
Maria e José, obedientes à Lei de Moisés, trouxeram o recém-nascido Jesus ao Templo para cumprir as prescrições rituais. Este ato simples, porém repleto de simbolismo, marca a submissão da Sagrada Família à vontade divina. Nele, somos convidados a refletir sobre a importância da obediência às leis de Deus em nossas próprias vidas.
No Templo, encontramos dois veneráveis anciãos, Simeão e Ana, cujas vidas foram marcadas pela fé e esperança. Simeão, cheio do Espírito Santo, reconhece no Menino Jesus a promessa divina de salvação. Suas palavras, "Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz", ecoam como um hino de plenitude e realização. Que possamos também ansiar pela paz que só a presença de Cristo pode conceder.
Contudo, Simeão adverte sobre a dualidade que a chegada de Jesus traz. Ele será "causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel e um sinal de contradição". Aqui, somos confrontados com a realidade de que a mensagem de Cristo pode ser rejeitada por alguns, enquanto para outros é a fonte de salvação e renovação. Devemos examinar nossos corações para garantir que não rejeitamos a luz divina que nos é oferecida.
A presença de Ana, a profetisa, adiciona uma camada de profundidade à narrativa. Seu serviço constante no Templo, através de jejuns e orações, exemplifica uma vida de dedicação a Deus. Sua alegria ao testemunhar o Messias destaca a importância da perseverança na busca espiritual. Que nossas vidas também sejam caracterizadas pela busca constante de Deus, independentemente das circunstâncias.
Queridos fiéis, a apresentação de Jesus no Templo é mais do que um evento histórico; é um chamado à nossa própria apresentação diante de Deus. Assim como Maria e José trouxeram Jesus ao Templo, somos convidados a apresentar nossas vidas a Deus, oferecendo nossa obediência, fé e busca constante por Sua presença.
Que as palavras de Simeão ressoem em nossos corações, impulsionando-nos a reconhecer a luz de Cristo, a abraçar Sua salvação e a viver em paz, mesmo diante das contradições do mundo. Que a história sagrada que contemplamos hoje nos inspire a uma entrega mais profunda e a uma busca incessante pela face de Deus em nossas vidas.
Que assim seja. Amém.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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