Liturgia Diária
10 – QUARTA-FEIRA
1ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Antífona
Em um cenário majestoso, vislumbrei um homem assentado em um trono excelso, enquanto uma miríade de serafins prostrava-se em reverência, entoando em uníssono um cântico sagrado: "Eis aquele cujo nome e domínio perduram pela eternidade".
Deus, conhecedor dos corações, escolhe agentes para sua obra salvadora. Ao vocacionado, cabe ouvir e seguir a "voz" divina. Inspirados por Cristo, busquemos discernir nossa missão atual no mundo.
Evangelho: Marcos 1,29-39
Neste relato sagrado, testemunhamos a compaixão transformadora de Jesus ao curar enfermos e libertar possessos. Sua busca pela solidão na oração revela uma missão universal de redenção e cura integral.
Marcos, 1,29-39 (Bíblia de Jerusalém):
Proclamação do santo Evangelho segundo Marcos – Naquele tempo, 29 Logo que saíram da sinagoga, dirigiram-se com Tiago e João para a casa de Simão e André.
30 A sogra de Simão estava de cama com febre, e logo falaram a Jesus a respeito dela.
31 Aproximando-se, segurou-a pela mão e levantou-a. A febre a deixou, e ela começou a servi-los.
32 À tarde, ao pôr do sol, levaram-lhe todos os enfermos e possessos.
33 A cidade inteira se reuniu à porta.
34 Jesus curou muitas pessoas que sofriam diversas doenças. Expulsou muitos demônios, mas não os deixava falar, porque sabiam quem ele era.
35 De madrugada, quando ainda estava escuro, Jesus levantou-se e saiu. Foi para um lugar deserto e ali começou a orar.
36 Simão e seus companheiros foram procurá-lo.
37 Quando o encontraram, disseram-lhe: "Todos estão à tua procura!".
38 Jesus respondeu: "Vamos a outros lugares, às aldeias vizinhas, para que eu pregue também ali. Foi para isso que eu vim".
39 E percorreu toda a Galileia, pregando nas sinagogas e expulsando os demônios. - Palavra da Salvação.
Reflexão:
"Vamos a outros lugares, às aldeias vizinhas, para que eu pregue também ali. Foi para isso que eu vim". (Mc 1,38)
No Evangelho de Marcos 1,29-39, testemunhamos o poder compassivo de Jesus ao curar enfermos e libertar possessos. Sua busca por solidão na oração destaca a importância da comunhão espiritual. Jesus não apenas restaura a saúde física, mas também aponta para uma cura interior mais profunda, convidando-nos a refletir sobre nossa própria busca por equilíbrio entre a ação e a conexão com o divino. Sua missão transcende fronteiras geográficas, sinalizando uma chamada universal à redenção. Que possamos, como seguidores, encontrar inspiração em sua compaixão e empenhar-nos na busca por cura integral em nossas vidas.
HOMILIA
Caríssimos irmãos e irmãs,
Hoje, ao nos debruçarmos sobre o Evangelho segundo Marcos (1,29-39), somos convidados a refletir sobre a profundidade da missão de Jesus e sua relevância para nossas vidas contemporâneas. Este trecho nos revela não apenas os milagres de cura realizados por Cristo, mas também sua busca pela solidão na oração e a expansão de sua mensagem salvífica.
Iniciamos com a imagem poderosa de Jesus curando a sogra de Simão. Este gesto não é meramente um ato de compaixão, mas uma demonstração do poder transformador de Deus sobre as enfermidades que afligem não apenas o corpo, mas também a alma. Jesus, ao curar, aponta para uma realidade mais profunda: a necessidade de cura interior e espiritual em meio às enfermidades do mundo.
Contudo, não podemos negligenciar a lição valiosa contida na busca de Jesus pela solidão na oração. Em um mundo marcado pela agitação e pela constante demanda, a pausa para o recolhimento espiritual torna-se crucial. Assim como Cristo buscava a comunhão com o Pai, somos convidados a cultivar momentos de silêncio e reflexão em nossa jornada diária, buscando a orientação divina para nossas vidas atribuladas.
A resposta de Jesus aos discípulos que o procuram após sua oração revela a profundidade de sua missão. "Vamos a outros lugares, às aldeias vizinhas, para que eu pregue também ali. Foi para isso que eu vim" (Marcos 1:38). Estas palavras ressoam através dos séculos, ecoando em nossos corações. Jesus não veio apenas para um povo, uma cultura ou um tempo específico. Sua mensagem transcende fronteiras e abraça toda a humanidade.
Assim, somos desafiados a refletir sobre nossa missão neste mundo contemporâneo. Inspirados pelo agir salvífico de Cristo, qual é a nossa vocação? Em um mundo sedento por esperança e cura, somos chamados a levar a mensagem de amor e redenção a todos os lugares onde a luz divina ainda não brilhou.
Neste Evangelho, encontramos não apenas relatos do passado, mas uma chamada urgente para a ação no presente. Que, ao seguirmos os passos de Jesus, possamos ser instrumentos de cura, portadores da luz em meio às trevas, e mensageiros da esperança que transcende as fronteiras da temporalidade. Que o Espírito Santo nos inspire a viver a profundidade desse Evangelho em nossa realidade atual. Amém.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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