Liturgia Diária
31 – QUARTA-FEIRA
SÃO JOÃO BOSCO
PRESBÍTERO
(branco, pref. comum, ou dos pastores – ofício da memória)
Evangelho: Marcos 6,1-6
Neste trecho, Jesus retorna à sua cidade natal, onde sua sabedoria e milagres surpreendem a comunidade que o conhecia como carpinteiro. A incredulidade local destaca a ironia da falta de reconhecimento.
Marcos 6,1-6 (Bíblia de Jerusalém):
Proclamação do santo Evangelho segundo Marcos – Naquele tempo,1.Jesus partiu dali e foi para sua pátria, seguido dos discípulos.
2.Quando chegou o sábado, começou a ensinar na sinagoga. Muitos que o escutavam ficavam admirados e diziam: "De onde lhe vem isso? Que sabedoria é essa que lhe foi dada? E esses grandes milagres que são realizados por suas mãos?"
3.Não é este o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de Joset, de Judas e de Simão? E suas irmãs não estão aqui entre nós? E ficavam escandalizados por causa dele.
4.Jesus lhes disse: "Um profeta só é desprezado em sua pátria, entre seus parentes e em sua casa".
5.E não podia fazer ali milagre algum, exceto impor as mãos sobre alguns doentes e curá-los.
6.Admirava-se da incredulidade deles. Jesus percorria as aldeias circunvizinhas, ensinando.
- Palavra da Salvação.
Reflexão:
"Um profeta só é desprezado em sua pátria, entre seus parentes e em sua casa" (Marcos 6:4)
Este trecho do Evangelho de Marcos retrata a visita de Jesus à sua própria cidade, onde as pessoas que o conheciam desde a infância expressam incredulidade diante de sua sabedoria e dos milagres que realiza. A reação negativa da comunidade local reflete a dificuldade das pessoas em reconhecerem a dimensão divina daquele que conheciam como um simples carpinteiro.
A frase "Um profeta só é desprezado em sua pátria, entre seus parentes e em sua casa" destaca a ironia de como, por vezes, a familiaridade com alguém pode obscurecer nossa percepção de sua grandeza espiritual. Isso nos convida a refletir sobre como podemos, às vezes, subestimar as pessoas que estão próximas a nós, sem reconhecermos plenamente o potencial divino nelas.
A incapacidade da comunidade local de aceitar plenamente a mensagem e os feitos de Jesus limita a manifestação de milagres naquela região. Isso nos lembra da importância da abertura de coração e mente para receber a verdade espiritual, mesmo quando ela se manifesta de maneiras que desafiam nossas expectativas.
Ao final, Jesus continua seu ministério, percorrendo outras aldeias, enfatizando a persistência na missão divina, mesmo diante da resistência local. Essa passagem nos incentiva a superar preconceitos e abrir-nos à revelação divina, reconhecendo que a verdadeira grandeza muitas vezes está onde menos esperamos.
HOMILIA
Reconhecendo o Divino na Familiaridade
Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo,
Hoje, somos convidados a mergulhar nas profundezas do Evangelho segundo Marcos, capítulo 6, versículos 1 a 6. Neste trecho, testemunhamos a volta de Jesus à sua cidade natal, um retorno cheio de significados que ressoam até os dias de hoje em nossas vidas.
Imaginemos a cena: Jesus, acompanhado de seus discípulos, volta à sua pátria, à sua comunidade, àqueles que o viram crescer. O sábado chega, e Ele, como costume, ensina na sinagoga. A reação daqueles que o ouvem é de perplexidade e questionamento: "De onde lhe vem isso? Que sabedoria é essa que lhe foi dada? E esses grandes milagres realizados por suas mãos?"
Contudo, a surpresa rapidamente dá lugar à incredulidade. As pessoas começam a murchar diante do conhecimento prévio que têm sobre Jesus. "Não é este o carpinteiro, o filho de Maria?". A familiaridade obscurece a visão espiritual, e eles tropeçam na simplicidade da origem humana de Jesus.
Jesus, então, lança uma afirmação que ressoa através dos tempos: "Um profeta só é desprezado em sua pátria, entre seus parentes e em sua casa". Essas palavras nos convidam a refletir sobre como nossa proximidade com as coisas sagradas, muitas vezes, nos impede de reconhecer a presença de Deus em nosso meio.
O texto nos revela que a incredulidade limita a ação divina. Jesus não pode realizar ali milagres significativos, exceto tocar alguns doentes. Isso nos faz questionar: Será que nossas dúvidas, nossa resistência, limitam a intervenção de Deus em nossas vidas?
Contudo, não podemos esquecer a postura de Jesus diante dessa incredulidade. Ele não se detém, não desiste. Ele parte para outras aldeias, continuando a ensinar, a curar, a manifestar o Reino de Deus. Esta atitude nos desafia a persistir em nossa fé, mesmo quando enfrentamos resistência, seja de dentro de nossas comunidades ou de nossa própria mente.
Neste Evangelho, somos chamados a superar a tendência de subestimar o divino naquilo que nos é familiar. Abramos nossos corações para além das limitações humanas e permitamos que a sabedoria e os milagres de Cristo nos surpreendam novamente.
Que, ao meditarmos sobre estas palavras, possamos renovar nossa fé, abrindo-nos para a ação transformadora de Deus em nossas vidas. Que a familiaridade não nos torne cegos ao extraordinário, e que a incredulidade não limite a manifestação do divino em nosso meio. Amém.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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