sábado, 27 de janeiro de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 5,1-20 - 29.01.2024

Liturgia Diária


29 – SEGUNDA-FEIRA 

4ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia)



Evangelho: Marcos 5,1-20 

Neste revelador relato, Jesus atravessa o mar e depara-se com um homem atormentado por legiões de espíritos impuros. A extraordinária transformação que se desenrola destaca o poder libertador e compassivo de Cristo.


 Marcos 5,1-20 (Bíblia de Jerusalém):

Proclamação do santo Evangelho segundo Marcos – Naquele tempo,1 Chegaram à outra margem do mar, à região dos gerasenos.

2 Logo que saiu da barca, veio ao seu encontro, vindo dos sepulcros, um homem possuído por um espírito impuro.

3 Ele vivia nos sepulcros e ninguém conseguia prendê-lo nem mesmo com correntes,

4 porque muitas vezes tinha sido algemado com grilhões e correntes, mas ele arrebentava as correntes e despedaçava os grilhões. Ninguém conseguia dominá-lo.

5 Sempre, de dia e de noite, andava gritando pelos sepulcros e pelos montes e ferindo-se com pedras.

6 Vendo Jesus de longe, correu, prostrou-se diante dele

7 e, gritando com voz forte, disse: "Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Eu te conjuro por Deus, não me atormentes!"

8 Pois Jesus lhe tinha dito: "Espírito impuro, sai desse homem!"

9 Então Jesus perguntou: "Qual é o teu nome?" Ele respondeu: "Meu nome é Legião, porque somos muitos".

10 E pedia-lhe com insistência que não os expulsasse daquela região.

11 Ora, havia ali, pastando na montanha, uma grande manada de porcos.

12 Os espíritos impuros pediram a Jesus: "Manda-nos para os porcos, para que entremos neles".

13 Jesus lhes deu permissão. Então os espíritos impuros saíram do homem e entraram nos porcos. A manada, cerca de dois mil porcos, precipitou-se monte abaixo para o mar e se afogou.

14 Os que apascentavam os porcos fugiram e anunciaram isso na cidade e nos campos. E as pessoas foram ver o que tinha acontecido.

15 Ao se aproximarem de Jesus, viram o endemoninhado sentado, vestido e em perfeito juízo, aquele mesmo que tivera a Legião. E ficaram com medo.

16 Os que tinham presenciado o fato contaram-lhes o que havia acontecido ao endemoninhado e acerca dos porcos.

17 Então começaram a pedir que Jesus se afastasse dos seus limites.

18 Quando estava entrando na barca, o homem que fora endemoninhado pediu-lhe que o deixasse ficar com ele.

19 Mas Jesus não permitiu, dizendo-lhe: "Vai para casa, para os teus. Anuncia-lhes tudo o que o Senhor fez por ti e como teve compaixão de ti".

20 O homem retirou-se e começou a pregar pela Decápole tudo o que Jesus tinha feito por ele. E todos ficavam admirados. - Palavra da Salvação.


Reflexão:

"Qual é o teu nome?" e ele responde: "Meu nome é Legião, porque somos muitos" (Marcos 5:9)


Este episódio do Evangelho de Marcos revela o poder libertador e curador de Jesus sobre a opressão espiritual. O homem possuído por legiões de espíritos impuros representa a extensão do mal que pode se apossar da vida humana. A cena nos ensina sobre a compaixão de Jesus, que não apenas liberta o homem da opressão demoníaca, mas também o restaura à sua sanidade.

A permissão dada por Jesus para que os espíritos impuros entrem nos porcos e a subsequente destruição da manada destacam a natureza destrutiva do mal. A reação das testemunhas, misturando medo e incredulidade, ressalta a incompreensão humana diante do poder divino.

Ao enviar o homem curado de volta para sua casa, Jesus o encarrega de ser um testemunho vivo da misericórdia divina. A missão do homem é proclamar as maravilhas que Jesus operou em sua vida, convidando outros a conhecerem o poder transformador do Filho do Deus Altíssimo.

Esta passagem nos desafia a refletir sobre nossa própria jornada espiritual, reconhecendo a presença libertadora de Jesus em nossas vidas e compartilhando as bênçãos recebidas com os outros, para que também experimentem a compaixão divina.


HOMILIA

 "Da Escuridão à Luz: A Transformação pela Graça Divina"


Queridos irmãos e irmãs em Cristo, o Evangelho segundo Marcos 5,1-20 nos leva a contemplar a extraordinária jornada do homem possuído por legiões de espíritos impuros. Este relato não é apenas um episódio histórico, mas um reflexo profundo da nossa própria jornada espiritual.

Ao chegarmos à outra margem do mar, testemunhamos a presença de Jesus, aquele que cruza os mares tumultuados de nossas vidas para alcançar-nos nas regiões mais obscuras da alma. Esse homem, atormentado e isolado, representa cada um de nós em nossas lutas invisíveis.

Jesus, o Mestre de compaixão, vê além das correntes visíveis, além das muralhas que erguemos ao redor de nossos corações. Ele encontra o homem nos sepulcros de sua própria existência, onde a escuridão parece reinar sem fim. A pergunta de Jesus, "Qual é o teu nome?", ecoa através dos séculos, chamando-nos à autoconsciência diante de nossas próprias legiões interiores.

Ao ouvir a resposta, "Meu nome é Legião, porque somos muitos", somos confrontados com a multiplicidade de desafios que enfrentamos. Jesus não apenas reconhece a profundidade de nossas aflições, mas também nos oferece a cura. Ele ordena aos espíritos impuros que deixem aquele homem, liberando-o do fardo esmagador que o aprisionava.

A permissão para que os espíritos impuros entrem nos porcos e a subsequente destruição da manada revelam a natureza destrutiva do mal. A reação da comunidade destaca o medo e a incompreensão que muitas vezes enfrentamos diante do poder redentor de Cristo.

Ao restaurar o homem à sanidade e à sociedade, Jesus envia uma mensagem clara: a transformação pela graça divina não é apenas individual, mas também comunitária. O homem curado não é apenas um testemunho pessoal, mas um apelo para que todos nós experimentemos a compaixão divina.

Como discípulos de Cristo, somos chamados a proclamar as maravilhas que Jesus opera em nossas vidas. Ele não apenas nos liberta da opressão espiritual, mas nos comissiona para sermos agentes de Sua luz em um mundo envolto em trevas. Que este Evangelho inspire em nós a coragem de encarar nossas próprias legiões interiores, confiantes de que a graça divina é suficiente para nos transformar da escuridão à luz. Amém.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

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