Liturgia Diária
13 – SÁBADO
1ª SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Antífona
Em um cenário majestoso, vislumbrei um homem assentado em um trono excelso, enquanto uma miríade de serafins prostrava-se em reverência, entoando em uníssono um cântico sagrado: "Eis aquele cujo nome e domínio perduram pela eternidade".
Ao designar um líder, Deus enfatiza: "Governe o povo do Senhor, livre-os dos inimigos." Cada líder deve zelar pelo bem-estar geral, promovendo crescimento, sem preconceitos ou discriminações.
Evangelho de Marcos 2,13-17
Neste relato, Jesus desafia convenções sociais ao chamar Levi, um publicano, como discípulo. Durante uma refeição, questionamentos surgem sobre a presença de Jesus entre pecadores. Sua resposta revela a missão redentora, convidando todos à transformação espiritual.
Marcos 2,13-17 (Bíblia de Jerusalém):
Proclamação do santo Evangelho segundo Marcos – Naquele tempo, 13.Ele saiu de novo para a beira do mar; toda a multidão ia ter com ele, e ele os ensinava.
14.Passando, viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na alfândega, e disse-lhe: "Segue-me". Levi levantou-se e seguiu-o.
15.Ora, aconteceu que, estando à mesa em casa de Levi, muitos publicanos e pecadores tomaram lugar com Jesus e seus discípulos, porque eram numerosos os que o seguiam.
16.Os escribas dos fariseus, vendo-o comer com os pecadores e publicanos, diziam aos discípulos: "Ele come com os publicanos e pecadores?"
17.Tendo ouvido isso, Jesus respondeu-lhes: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores." - Palavra da Salvação.
Reflexão:
"Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores" (Marcos 2:17)
Neste trecho, vemos Jesus desafiando as expectativas sociais ao escolher Levi, um cobrador de impostos (publicano), como Seu discípulo. Ao compartilhar uma refeição com publicanos e pecadores, Jesus mostra Seu amor inclusivo e Seu chamado à transformação. A resposta de Jesus aos escribas destaca Sua missão de redenção: Ele veio para curar os doentes espiritualmente, chamando aqueles que reconhecem sua necessidade de salvação. A mensagem central é a graça divina que se estende a todos, independentemente de seu passado ou status social. Este episódio nos convida a refletir sobre nossa atitude em relação aos outros e a reconhecer que todos nós precisamos do amor e perdão de Cristo.
HOMILIA
"A Mesa da Misericórdia: O Chamado à Transformação"
Queridos irmãos e irmãs em Cristo,
Hoje, contemplamos o relato evangélico que nos leva às margens do mar, onde Jesus chama Levi, um cobrador de impostos, para segui-Lo. Este episódio, mais do que uma narrativa histórica, é um convite para todos nós a examinarmos as alfândegas de nossas próprias vidas.
Ao escolher Levi, Jesus transcende as barreiras sociais, demonstrando que Seu chamado não é exclusivo para os autoproclamados justos, mas para aqueles que reconhecem a necessidade de transformação. O cenário da refeição com publicanos e pecadores ecoa o convite de Cristo para a comunhão, sem discriminação.
Em um mundo que muitas vezes nos pressiona a buscar a perfeição exterior, Jesus nos recorda que Sua graça é para os quebrantados, os que reconhecem suas enfermidades espirituais. A crítica dos escribas revela a incompreensão da extraordinária misericórdia de Deus, que ultrapassa as fronteiras do convencional.
A resposta de Jesus ressoa como um bálsamo para as almas sedentas: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes. Eu não vim chamar justos, mas pecadores." Estas palavras ecoam em nossos tempos, convidando-nos a abandonar a rigidez do farisaísmo e a abraçar a humildade que reconhece a própria necessidade de cura.
Assim como Levi se levantou e seguiu Jesus, somos desafiados a abandonar as alfândegas do egoísmo, da indiferença e da autossuficiência. Jesus não apenas nos chama para segui-Lo, mas nos acolhe à Sua mesa da misericórdia, onde nossos pecados são transformados em oportunidades de redenção.
Que esta passagem do Evangelho inspire em nós uma profunda reflexão sobre nossa disposição em seguir Jesus, não apenas como um mestre, mas como o Médico divino que restaura a saúde de nossas almas. Que possamos, como Levi, responder ao chamado de Cristo, abandonando o velho para abraçar o novo em Sua graça transformadora.
Que a mesa da misericórdia, onde Jesus se senta conosco, seja o local de nossa constante conversão, e que possamos testemunhar ao mundo a beleza de uma vida transformada pelo amor infinito de Deus.
Que assim seja. Amém.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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