Liturgia Diária
17 – QUARTA-FEIRA
SANTO ANTÃO, ABADE
(branco, pref. comum, ou dos santos – ofício da memória)
Evangelho: Marcos 3,1-6
Hoje, mergulhamos em uma passagem evocativa que revela o confronto de Jesus com tradições rigorosas, ressaltando a prioridade da compaixão sobre formalidades, guiando-nos para uma fé vibrante e autêntica.
Marcos 3:1-6 (Bíblia de Jerusalém):
Proclamação do santo Evangelho segundo Marcos – Naquele tempo,1.De novo entrou Jesus na sinagoga, e encontrava-se ali um homem que tinha uma das mãos atrofiada.
2.Observavam-no para ver se o curaria no dia de sábado, a fim de acusá-lo.
3.Jesus disse ao homem da mão atrofiada: “Levanta-te e coloca-te no meio.”
4.E dirigiu-lhes a seguinte pergunta: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou matar?” Mas eles ficaram em silêncio.
5.Então, olhando ao seu redor, cheio de indignação e ao mesmo tempo entristecido pela dureza de seus corações, disse ao homem: “Estende a mão.” Ele a estendeu e a mão ficou curada.
6.Os fariseus, porém, saíram dali e começaram a conspirar contra Jesus, procurando matá-lo.
- Palavra da Salvação.
Reflexão:
"É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou matar?" (Mc 3:4)
Neste trecho, vemos Jesus novamente desafiando a rigidez das interpretações farisaicas sobre o sábado. Ele confronta a hipocrisia dos líderes religiosos, mostrando que a compaixão e a cura são compatíveis com a observância do sábado. A atitude dos fariseus revela a dureza de seus corações e a resistência à mensagem de Jesus. A narrativa destaca a importância de buscar o bem, mesmo quando confrontados com tradições estabelecidas, e nos leva a refletir sobre a verdadeira natureza da observância religiosa e o papel da compaixão em nossas vidas.
HOMILIA
"A Prioridade da Compaixão sobre as Tradições Rigorosas"
Queridos irmãos e irmãs,
Hoje, somos convidados a contemplar um trecho do Evangelho segundo Marcos (3:1-6), que nos apresenta um episódio marcante na vida de Jesus, onde Ele desafia as tradições rigorosas em favor da compaixão.
No cenário da sinagoga, Jesus depara-se com um homem com a mão atrofiada, e ao observar tal situação, questiona: "É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou matar?" Essa pergunta ressoa através dos tempos, desafiando-nos a refletir sobre as prioridades que estabelecemos em nossas vidas.
Os fariseus, enredados em suas interpretações legais, permaneceram em silêncio, revelando uma dureza de coração que contrasta com a ternura compassiva de Cristo. Aqui, Jesus não apenas realiza um ato de cura física, mas também busca curar corações endurecidos pela rigidez da tradição desprovida de misericórdia.
Hoje, somos chamados a examinar nossas próprias tradições e práticas religiosas. Será que, em nossos esforços para obedecer a leis e rituais, perdemos de vista o coração compassivo do Evangelho? A tradição por si só não pode salvar; é a compaixão, a misericórdia e o amor que transformam vidas.
A pergunta de Jesus permanece ecoando em nossos corações: "É permitido fazer o bem ou fazer o mal?" Em nossa busca pela santidade, devemos lembrar que a verdadeira santidade é inseparável da compaixão. O sábado, o dia da adoração, torna-se vazio se não for preenchido pelo amor prático ao próximo.
Assim como Jesus olhou ao redor cheio de indignação, também devemos examinar nosso próprio ambiente, nossa sociedade. Quantos sofrem de mãos atrofiadas, quantos são marginalizados, negligenciados e excluídos? A compaixão nos chama a estender a mão, a curar não apenas corpos, mas almas feridas.
Devemos aprender a discernir entre tradições que elevam e aquelas que aprisionam. A rigidez que não permite o bem, que não permite a expressão da misericórdia, é uma rigidez que afasta as pessoas do coração de Deus.
Que este Evangelho nos inspire a desafiar qualquer mentalidade legalista que nos impeça de fazer o bem, de sermos instrumentos de cura em um mundo que anseia por amor e compaixão. Que nossas vidas sejam testemunhas do Evangelho, onde a compaixão supera as barreiras do legalismo, onde a graça prevalece sobre o julgamento.
Que Deus nos conceda a sabedoria para discernir, a coragem para agir e a graça para vivermos uma fé enraizada na compaixão que Jesus exemplificou.
Amém.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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