Verde. 3ª-feira da 34ª Semana Tempo Comum
Evangelho - Lc 21,5-11
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
21,5-11
Naquele tempo:
5Algumas pessoas comentavam a respeito do Templo
que era enfeitado com belas pedras
e com ofertas votivas.
Jesus disse:
6'Vós admirais estas coisas?
Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra.
Tudo será destruído.'
7Mas eles perguntaram:
'Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal
de que estas coisas estão para acontecer?
8Jesus respondeu: 'Cuidado para não serdes enganados,
porque muitos virão em meu nome, dizendo:
'Sou eu!' - e ainda: 'O tempo está próximo.'
Não sigais essa gente!
9Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções,
não fiqueis apavorados.
É preciso que estas coisas aconteçam primeiro,
mas não será logo o fim.'
10E Jesus continuou:
'Um povo se levantará contra outro povo,
um país atacará outro país.
11Haverá grandes terremotos,
fomes e pestes em muitos lugares;
acontecerão coisas pavorosas
e grandes sinais serão vistos no céu.
Palavra da Salvação.
Reflexão - Lc 21,
5-11
Não podemos por na realidade material o sentido final da
nossa vida e a causa da nossa felicidade, pois o mundo material é transitório e
só encontra o seu verdadeiro sentido enquanto é relacionado com o definitivo,
ou seja, o mundo espiritual, e contribui para que a pessoa encontre nos valores
que não são transitórios a causa da sua vida e da sua felicidade. Assim,
devemos ser capazes de submeter os valores transitórios aos valores
definitivos, pois somente eles podem nos garantir a nossa plena realização.
HOMILIA
JESUS FALA DA
DESTRUIÇÃO DO TEMPLO Lc 21,5-11
Este discurso introduz a narrativa da Paixão, que é uma
tradição com características próprias, que circulava entre as primeiras
comunidades.
O Templo era a sede do judaísmo no tempo de Jesus. Ele já
denunciara que o Templo tornara-se um antro de ladrões (cf. 23 nov.). Sua
palavra sobre a destruição do Templo, além do fato histórico, tem o sentido do
abandono da antiga doutrina emanada do Templo para dar lugar à novidade de
Jesus. As religiões excludentes, que consolidam grupos privilegiados religiosos
ou raciais, são descartadas para a grande revelação do Deus de amor universal,
que chama a si todos os povos e todas as raças, comunicando-lhes sua vida
divina e eterna.
A fala de Jesus é motivada pela admiração que a
grandiosidade do Templo causava nas pessoas. Todo poder tem como arma a
ostentação de riqueza. A ostentação do Templo levava as pessoas a admirarem, se
curvarem e se submeterem. Porém, toda ostentação será destruída, pedra por
pedra, torre por torre. Jesus já denunciara que o Templo de Jerusalém
tornara-se um antro de ladrões. A palavra de Jesus sobre a destruição do
Templo, além de sua associação a um fato histórico acontecido, tem o sentido do
abandono da antiga doutrina emanada do Templo para dar lugar à novidade de
Jesus.
Após a menção do Templo, Jesus descarta que o advento de
falsos profetas ou de guerras e abalos telúricos sejam sinais da proximidade do
fim.
Assim, os discípulos devem despertar para a presença atual
do Filho do Homem, na pessoa de Jesus, transformando o mundo por sua palavra e
sua prática amorosa.
Pai, teu Filho Jesus é sinal de tua presença no meio da
humanidade. Que eu saiba acolhê-lo como manifestação de tua misericórdia, e só
nele colocar toda a minha segurança. Pois o cenário deste mundo passará e
deixará ruínas. Só no Céu encontraremos todas as belezas eternas.
Fonte Homilia: Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
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