Verde. 2ª-feira da 34ª Semana Tempo Comum
Evangelho - Lc 21,1-4
Viu também uma pobre viúva que depositou duas pequenas
moedas.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas
21,1-4
Naquele tempo:
1Jesus ergueu os olhos e viu pessoas ricas
depositando ofertas no tesouro do Templo.
2Viu também uma pobre viúva
que depositou duas pequenas moedas.
3Diante disto, ele disse:
'Em verdade vos digo que essa pobre viúva
ofertou mais do que todos.
4Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus,
aquilo que lhes sobrava.
Mas a viúva, na sua pobreza,
ofertou tudo quanto tinha para viver.'
Palavra da Salvação.
Reflexão - Lc 21, 1-4
Muitas vezes somos injustos com as pessoas porque fazemos do
elemento quantitativo a principal fonte dos nossos juízos e das nossas decisões
em relação a elas. Assumindo os critérios do mundo, o número cada vez mais
torna-se o principal critério para a nossa avaliação. Jesus nos mostra que
diante de Deus, devemos pensar de forma diferente. Não é o quanto foi dado que
manifesta a generosidade da pessoa, mas o como, o porquê e o significado da
quantia que são realmente importantes, pois nos revela o relacionamento da
pessoa com Deus e o seu envolvimento com ele.
HOMILIA
A OFERTA DA VIÚVA
POBRE Lc 21,1-4
Hoje, aprendemos de Jesus, o verdadeiro valor das coisas
materiais. Parado à porta do Templo, Jesus observava o comportamento das
pessoas que chegavam para participarem do culto. Perto de Jesus estava uma
caixa para a coleta das ofertas que serviriam para a manutenção do Templo e,
para socorrer os que estivessem necessitados. Ali, cada um colocava a sua
contribuição livremente, de acordo com a sua vontade. Percebeu então Jesus, que
muitos ricos depositaram boas quantias e que os pobres também contribuíam. E,
uma viúva pobre, por fim aproxima-se do cofre e deposita duas únicas moedinhas
que tinha em sua bolsa. Jesus, após o culto, chama os seus apóstolos e lhes diz
: Em verdade vos digo, que esta viúva pobre depositou muito mais do que todos
os outros juntos pois, todos deram das sobras que sempre Têm, mas ela, deu tudo
o que tinha, todo o seu sustento.
Desta lição concluímos lição que, a doação tem que
representar, verdadeiramente, a vontade do nosso coração. Às vezes, sentimos
muito quando presenciamos certas cenas que nos chocam, devido ao tamanho do
sofrimento que um nosso irmão possa estar passando. Em vários locais que
freqüentamos, não estamos livres de presenciar a dor o o sofrimento que
deprimem e sufocam pessoas como nós, porém, que as adversidades da vida, o que
presenciamos dói muito na carne e no espírito daqueles sofredores.
E, ficamos horrorizados, condoídos e com muita pena, com
muito dó, mas, mesmo chegando até às lágrimas, a maioria, enxugando os olhos e
limpando a garganta, sai abatida e com muita dor no coração, porque mesmo não
estando naquele estado, leva uma vida muito apertada, com muita luta e coragem,
conseguindo sobreviver e, , mesmo tendo muito pouco recurso sempre são os que
mais ajudam. Mas, a minoria, privilegiada, ignora aqueles sofredores e, até
lastimam aquele quadro que enfeia a sua cidade; que mancha o bom nome que ela
tem, mas com raras exceções, procuram ajudar àqueles desfavorecidos, mesmo
tendo dinheiro e posição social que pode lhes dar condições de acionar as
autoridades, para conseguir mudar o tratamento destinado àqueles que nada têm. Gastam,
gastam, gastam, mas não gostam de partilhar.
Por isso Jesus fala que os ricos deram do que lhes sobrava.
Isso não é dar com amor; é preciso partilhar. Não basta ter dó; não basta Ter
pena; não basta chorarmos compadecidos; como muitos fazem nos velórios abraçam
e deixam uma mensagem para os parentes e, depois, falam mal dos defuntos,
comentando sobre a sua vida. Isso não muda nada na vida dos que sofrem as
marcas de um esquema social que os coloca à margem dos planos dos que dirigem
esta e outras nações. Que têm os mesmos problemas no mundo inteiro. Com auxílio
material, com boa vontade de os ouvirmos e falarmos com carinho e muito amor
cristão, alguma coisa sempre se pode fazer. É preciso partilhar o Deus que
trazemos dentro de nós, com aqueles que encontramos nas esquinas da vida.
Que triste alguém que vem à casa do Senhor e tem a sua
oferta rejeitada, porque com Deus não se pode barganhar, ou se oferece a oferta
a adoração de coração, com a vida ligada a Ele ou então melhor que nem ofereça,
o que essas pessoas não entendem, é que Deus nunca precisou e nem precisa de
recursos puramente humanos para levar a sua palavra, para levar a sua igreja
por esta terra por nossa era, mas o que ele sempre procurou e procura ainda
hoje, são os verdadeiros adoradores que o adorem em espírito e em verdade, ele
sempre procurou corações abertos que não se rendam as coisas desse mundo, mais
que se dediquem a Ele em todos os momentos de sua vida, o Senhor nunca se
preocupou com a quantidade da oferta, mas sim com a qualidade dessa, era só
aquilo que a viúva tinha, e foi para essa oferta que Deus atentou. O que é que
nós temos para oferecer ao Senhor? Ofereçamos de todo o coração, para que possa
chegar a nossa oferta em cheiro suave diante do nosso Deus!
Fonte Homilia: Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
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