Liturgia Diária
24 – SEXTA-FEIRA
SANTO ANDRÉ DUNG-LAC, presbítero, E COMPANHEIROS, mártires
(vermelho, pref. comum, ou dos mártires – ofício da memória)
Evangelho: Lucas 19,45-48
Em um impactante episódio, Jesus, zeloso pelo sagrado, purifica o templo, ressaltando a importância de nossos corações como espaços dedicados à oração e busca sincera por Deus.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 45 Tendo entrado no templo, começou a expulsar os vendedores,
46 dizendo-lhes: "Está escrito: 'Minha casa será casa de oração'; mas vós fizestes dela um covil de ladrões."
47 E diariamente ensinava no templo. Os príncipes dos sacerdotes, os escribas e os chefes do povo procuravam matá-lo.
48 Mas não encontravam meio de realizá-lo, porque todo o povo estava suspenso a ouvi-lo.
- Palavra da Salvação.
Reflexão:
"Está escrito: 'Minha casa será casa de oração'; mas vós fizestes dela um covil de ladrões." (Lucas 19,46)
Neste trecho do Evangelho, Jesus entra no templo e encontra uma situação que o perturba profundamente: a presença de vendedores e cambistas dentro do local sagrado. Ele os expulsa, citando uma passagem das Escrituras que destaca a importância do templo como uma casa de oração.
Essa ação de Jesus é mais do que uma mera condenação do comércio no templo; ela simboliza uma crítica ao desvio de propósito e à corrupção espiritual. O templo, que deveria ser um lugar dedicado à adoração a Deus e à busca espiritual, havia se tornado um lugar de exploração comercial, onde o foco estava nas transações financeiras em vez da conexão com o divino.
A reflexão aqui pode nos levar a considerar a nossa própria vida espiritual e a pureza de nossas intenções ao buscar a Deus. Podemos questionar se, em nossa jornada espiritual, estamos mantendo o foco na adoração e na busca sincera por Deus, ou se estamos permitindo que interesses materiais e mundanos desviem nosso propósito.
Além disso, a reação das autoridades religiosas da época, que procuravam matar Jesus, destaca a resistência à mensagem transformadora que ele trazia. Isso nos lembra da necessidade de estarmos abertos à mudança e à correção em nossa própria vida espiritual, mesmo quando isso pode desafiar estruturas estabelecidas.
Portanto, esse trecho do Evangelho nos convida a refletir sobre a pureza de nossas intenções espirituais, a prioridade que damos à adoração a Deus em nossas vidas e a disposição para aceitar a mensagem transformadora de Cristo, mesmo que isso envolva mudanças desconfortáveis em nossas vidas.
HOMILIA
"Restaurando o Sagrado: Uma Chamada à Pureza Espiritual"
Queridos irmãos em Cristo,
Hoje, nos reunimos para meditar sobre a passagem do Evangelho segundo Lucas (19,45-48), onde testemunhamos Jesus entrando no templo e, com zelo divino, expulsando os vendedores, declarando: "Está escrito: 'Minha casa será casa de oração'; mas vós fizestes dela um covil de ladrões."
Essas palavras de Jesus ecoam através dos séculos, convocando-nos a examinar nossos próprios templos interiores, as moradas espirituais que construímos em nossos corações. Assim como o templo físico foi corrompido pelo comércio e interesses egoístas, nossas vidas espirituais muitas vezes são contaminadas por preocupações terrenas que desviam nossa atenção do divino.
Jesus não estava apenas condenando práticas comerciais inadequadas, mas, mais profundamente, apontando para a necessidade de restauração espiritual. Hoje, somos desafiados a fazer uma análise honesta de nossas próprias vidas espirituais. Será que transformamos nossos templos interiores em locais de busca sincera por Deus, ou permitimos que se tornem centros de egoísmo, materialismo e distrações mundanas?
A mensagem de Jesus nos convida a restaurar a pureza em nossas relações com o divino. Devemos nos perguntar se as atividades diárias, os relacionamentos e as escolhas refletem a busca pela presença de Deus. Quando permitimos que preocupações seculares dominem nossas vidas, corremos o risco de perder de vista a verdadeira essência da adoração.
A citação de Jesus, "Minha casa será casa de oração," ressoa como um chamado à prioridade espiritual. É uma lembrança de que nossos corações, como templos do Espírito Santo, devem ser lugares onde a oração, a adoração e a busca por Deus têm precedência sobre todas as outras coisas.
Em um mundo cheio de distrações e demandas constantes, é fácil perder o foco na verdadeira razão pela qual fomos criados: para amar, adorar e servir a Deus. A mensagem atemporal de Lucas 19,45-48 nos incentiva a realizar uma reforma espiritual, a expulsar os vendedores do egoísmo e da indiferença que podem habitar nossos corações.
À medida que refletimos sobre essa passagem, recordemos que, assim como o povo estava suspenso para ouvir Jesus no templo, nossa atenção deve ser cativada pela voz do Salvador em nossas vidas. Que possamos renovar nosso compromisso de tornar nossos templos interiores verdadeiros lugares de encontro com Deus, onde a oração e a adoração são os alicerces de nossas vidas.
Que o Espírito Santo nos guie nesta jornada de restauração espiritual, para que possamos, verdadeiramente, experimentar a presença de Deus em nossas vidas. Amém.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
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