Liturgia Diária
26 – DOMINGO
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
(branco, glória, creio, prefácio próprio – ofício da solenidade)
Evangelho: Mateus 25,31-46 (Bíblia de Jerusalém):
Num relato impactante, Jesus pinta um quadro majestoso do juízo final, destacando a compaixão prática como critério decisivo. Suas palavras ecoam, desafiando ações benevolentes como resposta essencial à fé.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos:31 "Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso.
32 Todas as nações serão reunidas diante dele, e ele separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
33 Ele colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda.
34 Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham, benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo.
35 Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram;
36 necessitei de roupas, e vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês me visitaram’.
37 "Então os justos lhe responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber?
38 Quando te vimos como estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos?
39 Quando te vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?’
40 "O Rei responderá: ‘Digo a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram’.
41 "Então ele dirá aos que estiverem à sua esquerda: ‘Malditos, apartem-se de mim para o fogo eterno, preparado para o Diabo e os seus anjos. 42 Pois eu tive fome, e vocês não me deram de comer; tive sede, e vocês não me deram de beber; 43 fui estrangeiro, e vocês não me acolheram; necessitei de roupas, e vocês não me vestiram; estive enfermo e preso, e vocês não me visitaram’.
44 "Eles também responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome ou com sede, como estrangeiro ou necessitado de roupas, enfermo ou preso, e não te ajudamos?’
45 "Ele responderá: ‘Digo a verdade: O que vocês deixaram de fazer a alguns destes menores, também deixaram de fazer a mim’.
46 "E estes irão para o castigo eterno, mas os justos, para a vida eterna". - Palavra da Salvação.
Reflexão:
"Digo a verdade: O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram" (Mateus 25:40).
Esta passagem enfatiza a importância das ações práticas de compaixão e misericórdia em relação aos outros. Jesus está ensinando que, no final, seremos julgados não apenas por nossas crenças, mas também por nossas ações em relação aos necessitados e oprimidos. Ele identifica-se com os "menores irmãos", sugerindo que o tratamento que damos aos mais vulneráveis na sociedade é, de fato, um reflexo direto de nossa relação com Ele.
Portanto, a reflexão que podemos tirar desta passagem é a importância de vivermos vidas de amor prático, cuidado e serviço aos outros. Devemos estar atentos às necessidades daqueles ao nosso redor e agir com compaixão, expressando assim o amor de Deus de maneira tangível. Essa abordagem altruísta é uma resposta ao amor que Deus demonstrou por nós e, segundo o ensinamento de Jesus, é fundamental para nossa participação no Reino de Deus.
HOMILIA
"A Arte da Compaixão: Desvendando o Juízo das Ações"
Queridos irmãos em Cristo,
Hoje mergulhamos nas palavras profundas de Jesus no Evangelho de Mateus 25,31-46, onde Ele desvela o Juízo Final. Este relato, muitas vezes chamado de "O Juízo das Nações", não é apenas uma visão do futuro, mas uma chamada urgente para ação e reflexão em nosso presente cotidiano.
A imagem do Filho do Homem glorioso, acompanhado por anjos, nos leva a contemplar a majestade do divino. Contudo, a verdadeira grandiosidade desse texto reside na mensagem contida na separação das ovelhas e dos cabritos. Não é um julgamento abstrato; é a revelação de uma verdade profunda sobre a natureza da fé.
As ovelhas são elogiadas não por suas crenças eloquentes, mas por suas ações tangíveis de amor. Jesus identifica-se diretamente com os necessitados, afirmando que cada ato de compaixão dirigido a eles é como se fosse feito a Ele mesmo. Este é o cerne da mensagem: a fé verdadeira se manifesta em atos concretos de amor ao próximo.
Ao alimentar os famintos, dar de beber aos sedentos, acolher o estrangeiro, vestir os nus, cuidar dos enfermos e visitar os presos, somos desafiados a encarnar o Evangelho. Não é apenas sobre palavras, mas sobre ação transformadora. A pergunta que ecoa para cada um de nós é: Estamos vivendo uma fé que se traduz em compaixão prática?
Nosso mundo está repleto de fome, sede, estrangeiros, necessitados, enfermos e presos. Cada encontro com esses irmãos e irmãs é uma oportunidade de encontrar Cristo. O Juízo das Nações nos lembra que seremos julgados não por nossa eloquência religiosa, mas pelo modo como amamos e servimos os menos favorecidos.
À medida que nos deparamos com desafios globais, como a pobreza, a injustiça social e a crise ambiental, devemos nos perguntar: Estamos sendo as ovelhas que respondem com amor prático ou os cabritos que se afastam das necessidades do mundo?
Que essa reflexão nos inspire a ser agentes de mudança, a viver uma fé que transcende as palavras e se torna uma fonte viva de amor e justiça. Que possamos, como comunidade de fé, ser reconhecidos não apenas por nossas crenças, mas pela profunda compaixão que exibimos em nosso viver diário.
Que o Espírito Santo nos guie nesse caminho de compaixão, para que, ao final dos tempos, possamos ouvir as palavras de nosso Senhor: "Venham, benditos de meu Pai!".
Amém.
Leia também: LITURGIA DA PALAVRA
Leia também:
#evangelho #homilia #reflexão #católico #evangélico #espírita #cristão
#jesus #cristo #liturgia #liturgiadapalavra #liturgia #salmo #oração
#primeiraleitura #segundaleitura #santododia
Nenhum comentário:
Postar um comentário