Liturgia Diária
17 – SEXTA-FEIRA
SANTA ISABEL DA HUNGRIA
ESPOSA E RELIGIOSA
(branco, pref. comum, ou dos santos – ofício da memória)
Evangelho: Lucas 17,26-37
Este trecho bíblico alerta sobre a imprevisibilidade da vinda do Filho do Homem, comparando-a aos dias de Noé e Ló, enfatizando a necessidade de vigilância espiritual e prontidão.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 26 "Como aconteceu nos dias de Noé, assim acontecerá nos dias do Filho do Homem:
27 comiam, bebiam, casavam-se e se davam em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Veio o dilúvio e fez perecer a todos.
28 Acontecerá como nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam, edificavam.
29 Mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, que fez perecer a todos.
30 Assim será no dia em que se manifestar o Filho do Homem.
31 Quem estiver no terraço, não desça para tirar do meio de casa os seus bens; e quem estiver no campo, não volte atrás.
32 Lembrai-vos da mulher de Ló.
33 Quem procura ganhar a sua vida há de perdê-la; e quem a perde há de conservá-la.
34 Digo-vos: naquela noite, de dois homens num leito, um será tomado e o outro será deixado;
35 de duas mulheres que moem juntas, uma será tomada e a outra será deixada."
36 Duas pessoas estarão no campo: uma será tomada, a outra deixada.
37 Perguntaram a Jesus: "Onde, Senhor?" Respondeu-lhes: "Onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres." - Palavra da Salvação.
Reflexão:
"Digo-vos: naquela noite, de dois homens num leito, um será tomado e o outro será deixado" (Lucas 17,34).
Este trecho do Evangelho de Lucas fala sobre a imprevisibilidade da vinda do Filho do Homem e destaca a importância da vigilância espiritual. A referência aos dias de Noé e de Ló serve como um aviso para que as pessoas estejam preparadas para a manifestação do Filho do Homem.
A ênfase na ideia de que a vida continuará normalmente até o último momento ressalta a necessidade de constante alerta espiritual. A imagem de pessoas sendo "tomadas" ou "deixadas" ilustra a distinção entre aqueles que estão preparados e os que não estão.
A advertência para não olhar para trás, como a mulher de Ló fez ao deixar Sodoma, sugere que a jornada espiritual exige foco e comprometimento. A última frase, sobre onde estiver o cadáver, aí se ajuntarão os abutres, pode ser interpretada como uma metáfora para a inevitabilidade do julgamento.
Essa passagem destaca a importância da prontidão espiritual, da renúncia às preocupações mundanas e da busca pela verdadeira vida em Deus.
HOMILIA
Vigilância Espiritual em Tempos Modernos
Queridos irmãos em Cristo,
Hoje, meditamos sobre as palavras do Senhor registradas por Lucas, que nos instigam a refletir sobre a vigilância espiritual em nossos tempos. O Evangelho nos transporta para os dias de Noé e Ló, lembrando-nos de que, assim como nos dias passados, muitos estão imersos em suas ocupações cotidianas, alheios à iminência da vinda do Filho do Homem.
Em um mundo marcado pela agitação, avanços tecnológicos e preocupações incessantes, corremos o risco de nos perdermos nas tramas do dia a dia, esquecendo a essência da nossa jornada espiritual. Jesus nos adverte para não sermos como aqueles que, nos dias de Noé, estavam absortos em suas próprias vidas, sem perceberem a tempestade que se aproximava.
A referência aos dias de Ló reforça a ideia de que, em meio às atividades mundanas, devemos permanecer fiéis aos princípios divinos. Ló, ao sair de Sodoma, deixou para trás uma cidade imersa em pecado, e isso nos recorda da importância de afastarmo-nos das influências negativas que podem obscurecer nossa fé.
A exortação para não olhar para trás, como a mulher de Ló fez, é um apelo à determinação espiritual. Olhar para trás pode simbolizar a nostalgia pelo que deixamos para trás, mas Jesus nos chama a seguir adiante, mantendo os olhos fixos no reino que está por vir.
A parábola sobre duas pessoas no campo ou no leito, uma sendo tomada e a outra deixada, nos faz refletir sobre a individualidade da fé. Cada um de nós é responsável por sua jornada espiritual, e essa responsabilidade não pode ser transferida para outrem.
Na resposta de Jesus à pergunta sobre onde isso acontecerá, Ele nos lembra de que o julgamento não ocorre em um lugar específico, mas está ligado à condição do coração. Onde houver morte espiritual, ali estarão os sinais do julgamento.
Portanto, queridos irmãos, este Evangelho é um chamado à vigilância, à renúncia das distrações mundanas e ao foco na construção de um relacionamento íntimo com Deus. Em nossos tempos modernos, onde as distrações são inúmeras, a mensagem de Cristo permanece atemporal: estejamos preparados, pois o Filho do Homem virá em um momento inesperado. Que a graça de Deus nos fortaleça nessa jornada espiritual, e que possamos ser encontrados fiéis quando Ele retornar.
Que assim seja. Amém.
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