Liturgia Diária
Liturgia da Palavra
17 – SEXTA-FEIRA
11ª SEMANA COMUM
(verde – ofício do dia)
Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador! (Sl 26,7.9)
Não raro a luta pelo poder envolve violência e traições e tem, como pano de fundo, a idolatria. O Senhor nos conceda um olhar sadio, para sempre sabermos reconhecer e buscar o verdadeiro bem.
Evangelho: Mateus 6,19-23
Aleluia, aleluia, aleluia.
Felizes os humildes de espírito, / porque deles é o Reino dos céus (Mt 5,3). – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 19“Não junteis tesouros aqui na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e os ladrões assaltam e roubam. 20Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem nem os ladrões assaltam e roubam. 21Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. 22O olho é a lâmpada do corpo. Se o teu olho é sadio, todo o teu corpo ficará iluminado. 23Se o teu olho está doente, todo o teu corpo ficará na escuridão. Ora, se a luz que existe em ti é escuridão, como será grande a escuridão”. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Mateus 6,19-23
«Ajuntai para vós tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam»
Rev. D. Lluís RAVENTÓS i Artés
(Tarragona, Espanha)
Hoje, o Senhor nos diz que «A lâmpada do corpo é o olho» (Mt 6,22). Santo Tomás entende que com isso —ao falar do olho— Jesus se refere à intenção do homem. Quando a intenção é correta, lúcida, encaminhada a Deus, todas nossas ações são brilhantes, resplandecentes; mas quando a intenção não é correta, que grande é a escuridão! (cf. Mt 6, 23).
Nossa intenção pode ser pouco correta por malicia, por maldade, mas muito frequentemente o é por falta de sensatez. Vivemos como se tivéssemos vindo ao mundo para amontoar riquezas e não temos na cabeça nenhum outro pensamento. Ganhar dinheiro, comprar, dispor, ter. Queremos despertar a admiração dos outros ou talvez a inveja. Enganamo-nos, sofremos nos sobrecarregamos de preocupações e de desgostos e não encontramos a felicidade que desejamos. Jesus nos faz outra proposta: «Ao contrário, ajuntai para vós tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, nem os ladrões assaltam e roubam» (Mt 6,20). O céu é o silo das boas ações, isto sim que é um tesouro para sempre.
Sejamos sinceros com nós mesmos, em que empregamos nossos esforços, quais são nossos interesses? Certamente, é próprio do bom cristão estudar e trabalhar honradamente para abrir-se passo no mundo, para ajudar a família, garantir o futuro dos seus e a tranquilidade da velhice, trabalhar também pelo desejo de ajudar aos outros... Sim, tudo isto é próprio de um bom cristão. Mas se aquilo que você procura é ter mais e mais, pondo o coração nestas riquezas, esquecendo-se das boas ações, esquecendo que neste mundo estamos de passo, que nossa vida é uma sombra que passa, não é verdade então que — temos o olho escurecido? E se o sentido comum se escurece. «Mas se teu olho for ruim, ficarás todo em trevas. Se, pois, a luz em ti é trevas, quão grandes serão as trevas!» (Mt 6,23).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Quando começas a detestar o que tiveres feito, então as tuas boas obras começam, porque reconheces as tuas obras más» (Santo Agostinho)
«Jesus convida a usar as coisas sem egoísmo, sem sede de posse ou dominação, mas segundo a lógica de Deus, a lógica do cuidado com os outros, a lógica do amor» (Bento XVI)
«A confissão (a acusação) dos pecados, mesmo de um ponto de vista simplesmente humano, liberta-nos e facilita a nossa reconciliação com os outros. Pela confissão, o homem encara de frente os pecados de que se tornou culpado; assume a sua responsabilidade e, desse modo, abre-se de novo a Deus e à comunhão da Igreja, para tornar possível um futuro diferente» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.455)
Fonte https://evangeli.net/
Deus deve ser o tesouro da nossa vida
HOMILIA
“Ao contrário, juntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça e a ferrugem destroem, nem os ladrões assaltam e roubam. Porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração” (Mateus 6,20-21).
Se pararmos para fazer uma revisão de vida, vamos perceber que acumulamos coisas demais. Olha como está o nosso guarda-roupa, nossa cozinha, nossa casa. Às vezes, colecionamos, guardamos coisas que ninguém sabe para que serve ou quem vai usar.
Pessoas do Evangelho não podem ser pessoas do acúmulo, mas sim pessoas que distribuem, que têm apenas o essencial, o necessário. Às vezes, juntamos coisas demais, aqui na Terra, e até traças demais. Vamos juntando desde a mãe que coleciona pano de pratos, que ninguém sabe quando vai usar, até aquele que coleciona tantas coisas em demasia, que nem cabe no seu quarto, roupas que guardamos, mas que ninguém sabe quem vai usar tanta quantidade.
Quando a pessoa morre, é uma dificuldade distribuir tantas coisas que essa pessoa juntou. Não acumulemos nem juntemos coisas.
O Evangelho de hoje, inclusive, fala sobre tesouros. Tesouro é quando a pessoa, de fato, coloca nos bens materiais o sentido de toda a sua vida, quando a pessoa só pensa em dinheiro, só pensa em juntar e acumular.
O problema é a cobiça, pois o olho é a luz do corpo. Se o seu olho é cobiçoso, você será uma pessoa cobiçosa, vai viver da cobiça, do desejar, do ter mais, e nunca estará satisfeito com o que tem. Mas se o seu olho é sadio, o seu corpo e toda a sua vida será iluminada.
Se Deus é o tesouro da nossa vida, podemos até ter outros tesouros aqui na Terra, mas saberemos usá-los de forma justa
Eu sempre priorizo quem trabalha, quem faz as suas economias, quem junta o seu dinheiro para comprar a sua necessidade. Isso é muito bom, é necessário, importante e fundamental.
Não vamos ser aquelas pessoas sem juízo, pois não é isso que o Evangelho está provocando em nós. Vamos ser pessoas justas, que sabem viver a cada dia. Não vamos ser aquelas pessoas que simplesmente pegam o dinheiro, colocam-no debaixo do colchão e depois não serve para nada, porque, quando morre, o que a pessoa leva consigo?
De tudo que acumularmos, vivamos a generosidade do distribuir, do partilhar, do compartilhar e de ter uma vida correta, justa, ordenada e organizada. Nada de acúmulos desnecessários, nada de vivermos a cobiça desenfreada, nada de colocarmos o sentido da nossa vida nos bens materiais.
Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração. Se Deus é o tesouro da nossa vida, podemos até ter outros tesouros aqui na Terra, mas saberemos usá-los de uma forma justa, correta e evangélica.
Deus abençoe você!
Fonte Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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