segunda-feira, 13 de junho de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 5,43-48 - 14.05.2022

Liturgia Diária

Liturgia da Palavra


14 – TERÇA-FEIRA  

11ª SEMANA COMUM


(verde – ofício do dia da 3ª semana)



Ouvi, Senhor, a voz do meu apelo: tende compaixão de mim e atendei-me; vós sois meu protetor: não me deixeis; não me abandoneis, ó Deus, meu salvador! (Sl 26,7.9)


Deus se dispõe a perdoar ao pecador arrependido. Atentos à nossa vocação de filhos e filhas seus, tomemos a firme decisão de mudar de vida, expressando-lhe o mesmo apelo do salmista: “Na imensidão do vosso amor, purificai-me”.


Evangelho: Mateus 5,43-48


Aleluia, aleluia, aleluia.


Eu vos dou novo preceito: / que uns aos outros vos ameis, / como eu vos tenho amado (Jo 13,34). – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 43“Vós ouvistes o que foi dito: ‘Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo!’ 44Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e rezai por aqueles que vos perseguem! 45Assim, vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus, porque ele faz nascer o sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos. 46Porque, se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis? Os cobradores de impostos não fazem a mesma coisa? 47E se saudais somente os vossos irmãos, o que fazeis de extraordinário? Os pagãos não fazem a mesma coisa? 48Portanto, sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 5,43-48

«Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito»


Rev. D. Iñaki BALLBÉ i Turu

(Terrassa, Barcelona, Espanha)

Hoje, Cristo convida-nos a amar. Amar sem medida, que é a medida do amor verdadeiro. Deus é Amor «ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair a chuva sobre justos e injustos» (Mt 5,45). E o homem, faísca de Deus, tem que lutar para assemelhar-se a Ele cada dia, «Assim vos tornareis filhos do vosso Pai que está nos céus». Onde encontramos o rosto de Cristo? Nos outros, no próximo. É muito fácil compadecer-se das crianças da Etiópia que têm fome quando as assistimos na TV, ou dos imigrantes que cada dia chegam as nossas praias. Mas, e os que estão em casa? E os nossos parceiros de trabalho? E aquela parenta que esta longe e sozinha à qual poderíamos fazer companhia? Os outros, como os tratamos? Como os amamos? Que atos de serviço temos com eles cada dia?


É muito fácil amar quem nos ama. Mais o Senhor convida-nos ir mais além, porque «Se amais somente aqueles que vos amam, que recompensa tereis?» (Mt 5,46). Amar nossos inimigos! Amar aquelas pessoas que sabemos —com certeza— que nunca nos devolverão o afeto, nem o sorriso, nem aquele favor. Simplesmente porque nos ignoram. O cristão, todo cristão, não pode amar de maneira “interessada”; não tem de dar um troço de pão, uma esmola aos que estão no sinal. Tem que dar-se a sim mesmo. O Senhor, morrendo na Cruz, perdoa aos que o crucificaram. Nenhum reproche, nem uma queixa, nem um gesto desagradável...


Amar, sem esperar nada em troca. À hora de amar temos que enterrar as calculadoras. A perfeição é amar sem medida, a perfeição a temos nas mãos no meio do mundo, no meio do nosso dia-a-dia. Fazendo o que devemos, e não o que nos convém. A Mãe de Deus, nas bodas de Caná da Galiléia, vê que os convidados não têm vinho. E pede para o Senhor que faça o milagre. Peçamos-lhe hoje o milagre de sabê-lo descobrir nas necessidades dos outros.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«O amor basta-se a si próprio; não requer outro motivo fora de si, nem tem nenhum proveito; os seus frutos consistem na sua prática: “Amo porque amo”» (S. Bernardo)


«Porque é que Jesus nos pede para amarmos os nossos próprios inimigos, ou seja um amor que excede a capacidade humana? Porque sabe que no mundo há demasiada violência, demasiadas injustiças e, portanto, esta situação só é ultrapassável, contrapondo com um plus de amor» (Benedito XVI)


«Os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: `Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito´ (Mt 5, 48)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.013)

Fonte https://evangeli.net/


O AMOR PERFEITO Mt 5,43-48

HOMILIA


É assim que prefiro chamar o amor de Deus. Aquele que passa por cima do ódio que deveríamos sentir pelos nossos inimigos: «Vocês ouviram o que foi dito: “Ame os seus amigos e odeie os seus inimigos.” Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu». Nestas palavras de Jesus está a perfeição do amor.


Jesus hoje nos exorta longamente para que respondamos ao ódio com amor. Este texto, aparecendo nessa situação, ajuda-nos a compreender, que Mateus vê no amor aos adversários, a característica específica dos discípulos de Cristo.


As palavras de Jesus indicam duas maneiras de viver:


A primeira é a dos que se comportam sem referência a Deus e sua Palavra. Esses agem em relação aos outros em função da maneira como eles os tratam, a sua reação é de fato uma reação. Dividem o mundo em dois grupos, os amigos e os que não o são, e fazem prova de bondade só em relação aos que são bons para eles.


A segunda forma de viver não põe em primeiro lugar um grupo de homens, mas sim o próprio Deus. Deus, por seu lado, não reage de acordo com a maneira como o tratam; pelo contrário, «Ele é bom até para os ingratos e os maus» (Lucas 6,35).


Jesus chama assim a atenção para a característica essencial do nosso Deus. Fonte transbordante de bondade, Deus não se deixa condicionar pela maldade de quem está à sua frente. Mesmo esquecido, mesmo injuriado, Deus continua fiel a si próprio, só pode amar. Isto é verdadeiro desde a primeira hora. Diferentemente dos homens, Deus está sempre pronto a perdoar: «Os meus planos não são os vossos planos, os vossos caminhos não são os meus caminhos» (Isaías 55,7-8). O profeta Oseias, por seu lado, ouve o Senhor dizer-lhe: «Não desafogarei o furor da minha cólera… porque sou Deus e não um homem» (Oseias 11,9). Numa palavra, o nosso Deus é misericordioso (Êxodo 34,6; Salmo 86,15; 116,5 etc.), «não nos trata de acordo com os nossos pecados, nem nos castiga segundo as nossas culpas» (Salmo 103,10).


A grande novidade do Evangelho não é tanto o fato de que Deus é Fonte de bondade, mas que os homens podem e devem agir à imagem do seu Criador: «Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso!» (Lucas 6,36). Através da vinda do seu Filho até nós, esta Fonte de bondade está agora acessível. Tornamo-nos, por nosso lado, «filhos do Altíssimo» (Lucas 6,35), seres capazes de responder ao mal com o bem, ao ódio com amor. Vivendo uma compaixão universal, perdoando aos que nos fazem mal, damos testemunho de que o Deus de misericórdia está no coração de um mundo marcado pela recusa do outro, pelo desprezo em relação àquele que é diferente.


Impossível para os humanos entregues às suas próprias forças, o amor pelos inimigos testemunha a atividade do próprio Deus no meio de nós. Nenhuma ordem exterior o torna possível. Só a presença, nos nossos corações, do amor divino em pessoa, o Espírito Santo, permite amar assim. Este amor é uma conseqüência direta do Pentecostes. Não é em vão que Estêvão, «cheio do Espírito Santo» termine com estas palavras: «Senhor, não lhes atribuas este pecado.» (Actos 7,60)


Como Jesus, o verdadeiro discípulo faz com que a luz do amor divino brilhe no país sombrio da violência como é o nosso Brasil.


Este amor, longe de ser um simples sentimento, reconcilia as oposições e cria uma comunidade fraterna a partir dos mais diversos homens e mulheres, da vida desta comunidade sai uma força de atração que pode agitar os corações. É este o amor que eu chamo de perfeito, o amor que perdoa até aqueles que nos podem tirar a vida.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

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