Liturgia Diária
16 – QUINTA-FEIRA
CORPO E SANGUE DE CRISTO
(branco, glória, sequência [facultativa], creio, pref. da Eucaristia – ofício da solenidade)
O Senhor alimentou seu povo com a flor do trigo e com o mel do rochedo o saciou (Sl 80,17).
Sob as bênçãos do Deus altíssimo, estamos reunidos para celebrar a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, a festa do pão e da partilha. Fazer memória da doação do Senhor nos leva à partilha da vida. Nosso alimento na caminhada cristã, Jesus nos anima para a superação da fome, da miséria e da injustiça em nossa sociedade.
Evangelho: Lucas 9,11-17
Aleluia, aleluia, aleluia.
Eu sou o pão vivo descido do céu; / quem deste pão come sempre há de viver! (Jo 6,51) – R.
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas – Naquele tempo, 11Jesus acolheu as multidões, falava-lhes sobre o Reino de Deus e curava todos os que precisavam. 12A tarde vinha chegando. Os doze apóstolos aproximaram-se de Jesus e disseram: “Despede a multidão, para que possa ir aos povoados e campos vizinhos procurar hospedagem e comida, pois estamos num lugar deserto”. 13Mas Jesus disse: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Eles responderam: “Só temos cinco pães e dois peixes. A não ser que fôssemos comprar comida para toda essa gente”. 14Estavam ali mais ou menos cinco mil homens. Mas Jesus disse aos discípulos: “Mandai o povo sentar-se em grupos de cinquenta”. 15Os discípulos assim fizeram, e todos se sentaram. 16Então Jesus tomou os cinco pães e os dois peixes, elevou os olhos para o céu, abençoou-os, partiu-os e os deu aos discípulos para distribuí-los à multidão. 17Todos comeram e ficaram satisfeitos. E ainda foram recolhidos doze cestos dos pedaços que sobraram. – Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: Lucas 9,11-17
«Dai-lhes vós mesmos de comer»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
Hoje é o maior dia para o coração de um cristão, porque a Igreja, depois de comemorar a Quinta-feira Santa a instituição da Eucaristia, busca agora a exaltação deste augusto Sacramento, tratando de que todos o adoremos ilimitadamente. «Quantum potes, tantum aude...», «atreva-se a tudo o que possas»: este é o convite que nos faz santo Tomás de Aquino em um maravilhoso hino de louvor à Eucaristia. E este convite resume admiravelmente quais devem ser os sentimentos do nosso coração ante a presença real de Jesus Cristo na Eucaristia. Tudo o que possamos fazer é pouco para tentar corresponder a uma entrega tão humilde, tão escondida, tão impressionante. O Criador do céu e da terra se esconde nas espécies sacramentais e nos oferece como alimento de nossas almas. É o pano dos anjos e o alimento dos que estão em caminho. E é um pão que nos dá em abundância, como se distribuiu sem taxa o pão milagrosamente multiplicado por Jesus para evitar o desfalecimento dos que o seguiam: «E todos comeram e ficaram fartos. Do que sobrou recolheram ainda doze cestos de pedaços.» (Lc 9,17).
Ante essa super abundância de amor, deveria ser impossível não ter uma resposta. Um olhar de fé, atento e profundo, a este divino Sacramento, deixa passo necessariamente a uma oração agradecida e a um despertar do coração. São Josemaria acostumava fazer eco em sua prédica das palavras que um ancião e piedoso prelado dirigia aos seus sacerdotes: «Trate-o bem».
Um rápido exame de consciência nos ajudará a advertir que devemos fazer para tratar com mais delicadeza a Jesus Sacramentado: a limpeza de nossa alma —sempre deve estar em estado de graça para recebê-lo—, a correção no modo de vestir —como sinal exterior de amor e reverência—, a freqüência com a que nos aproximamos a recebê-lo, quando vamos visitá-lo no Sacrário... Deveriam ser incontáveis os detalhes com o Senhor na Eucaristia. Lutemos por receber e por tratar a Jesus Sacramentado com a pureza, humildade e devoção de sua Santíssima Mãe, com o espírito e fervor dos santos.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Alimentou à multidão quando já declinava a tarde, isto é, quando já se acerca o final dos tempos, o quando o Sol de Justiça ia morrer por nós» (São Beda o Venerável)
«O Senhor deseja que todos os seres humanos se alimentem da Eucaristia. Hoje, festa do Corpus Christi, com a processão e a adoração comum da Eucaristia, se chama a atenção para o fato de que Cristo se imolou pela humanidade inteira» (Bento XVI)
«Os milagres da multiplicação dos pães, quando o Senhor disse a benção, partiu e distribuiu os pães pelos seus discípulos para alimentar a multidão, prefiguram a superabundância deste pão único de sua Eucaristia» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1335)
Fonte https://evangeli.net/
Para seguir a Jesus é preciso renunciar a si mesmo e abraçar a sua cruz
HOMILIA
Sigamos a Jesus com todo o nosso amor e de todo coração
“Jesus disse a todos: ‘Se alguém Me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome sua cruz cada dia, e siga-Me’” (Lucas 9,23).
Jesus está dizendo para todos que quiserem seguir-Lo que é preciso entrar na disciplina do Evangelho. E seguir Jesus significa ir mesmo atrás d’Ele, tornar-se verdadeiramente Seu discípulo. E ser discípulo d’Ele é exigente, não basta dizer que foi batizado, ir à Missa aos domingos, carregar uma cruz no peito, ter uma medalha de Nossa Senhora, porque esses são apenas adereços.
Para seguir Jesus é preciso entrar na disciplina do Evangelho. A primeira é a capacidade de renunciar, mas renunciar a si mesmo. Porque somos muito cheios de nós: nossa vontade, nosso desejo, nosso orgulho e egoísmo. Geralmente é no singular “a minha” vontade; o que “eu” quero.
Os dissabores da vida humana, do relacionamento familiar, conjugal, entre amigos, dos relacionamentos na casa de Deus, acontecem por causa do dissabor do “eu”, por estar sempre à frente do nós.
Para seguir Jesus a escola não é só para um, a escola é para todos os filhos de Deus. Então, se não sou capaz de vencer o meu egoísmo, a minha tendência ao individualismo, não conseguirei seguir a Jesus de todo o meu coração.
“Quem quiser Me seguir, precisa tomar a sua cruz a cada dia”. Jesus carregou a cruz d’Ele e nós carregamos a nossa . Eu carrego a minha cruz de cada dia, você carrega a sua de cada dia.
E a vida é uma cruz, uma via crucis, e precisamos purificar a compreensão do sentido da cruz. Cristo carregou a Sua cruz, o Seu madeiro que, para uns, representava a maldição, mas ela nos salvou. Abraçar a minha cruz de cada dia, é abraçar a minha salvação.
Tem horas que a cruz pesa e não temos força. Jesus teve ajuda para carregar a cruz e, também, precisamos de ajuda e de ajudar uns aos outros. O que não podemos é abandonar e renegar a nossa cruz, amaldiçoá-la.
Precisamos, muitas vezes, lidar com os nossos próprios limites da condição humana, da saúde, financeiros, limites de situações adversas. Lide com tudo isso e com espírito evangélico. Quando tiver pesado e não tiver dando conta, não se isole. Fique irmanado com Deus e com a graça d’Ele, como irmãos que precisam ajudar uns aos outros a carregarem a sua cruz de cada dia.
Mas siga a Jesus de todo coração e com todo amor. Não se deixe enganar por falsos caminhos, pois Ele é o nosso Mestre. Renunciando a nós, abraçando a nossa cruz, iremos atrás do nosso Divino Salvador.
Deus abençoe você!
Fonte Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
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