segunda-feira, 6 de junho de 2022

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 5,17-19 - 08.06.2022

Liturgia Diária

Liturgia da Palavra


8 – QUARTA-FEIRA  

10ª SEMANA COMUM


(verde – ofício do dia)



O Senhor é minha luz e minha salvação, a quem poderia eu temer? O Senhor é o baluarte de minha vida, perante quem tremerei? Meus opressores e inimigos, são eles que vacilam e sucumbem (Sl 26,1s).


Obediente a Deus, o profeta se empenha em arrancar seu povo da idolatria. Renovemos nossa fé no Senhor, em cujas mãos está nossa vida.


Evangelho: Mateus 5,17-19


Aleluia, aleluia, aleluia.


Fazei-me conhecer vossa estrada, / vossa verdade me oriente e me conduza! (Sl 24,4s) – R.


Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade eu vos digo, antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da Lei sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo será considerado o menor no Reino dos céus. Porém quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos céus”. – Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 5,17-19

«Não vim para abolir, mas para cumprir»


Rev. D. Miquel MASATS i Roca

(Girona, Espanha)

Hoje escutamos do Senhor: «Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas; (...), não vim para abolir, mas para cumprir» (Mt 5,17). No Evangelho de hoje, Jesus ensina que o Antigo Testamento é parte da Revelação divina: Deus no início deu-se a conhecer aos homens através dos profetas. O Povo escolhido reunia-se nos sábados na sinagoga para escutar a Palavra de Deus. Assim como um bom israelita conhecia as Escritura e as punha em prática, aos cristãos convêm a meditação freqüente —diária, se fosse possível— das Escrituras.


Em Jesus temos a plenitude da Revelação. Ele é o Verbo, a Palavra de Deus, que se fez homem (cf. Jo 1,14), que vem a nós para dar-nos a conhecer quem é Deus e quanto nos ama. Deus espera do homem uma resposta de amor, manifestada no cumprimento dos seus ensinos: «Se me amais, observareis os meus mandamentos» (Jo 14,15).


No texto do Evangelho de hoje encontramos uma boa explicação na Primeira Carta de São João: «Pois amar a Deus consiste nisto: que observemos os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados» (1Jo 5,3). Observar os mandamentos de Deus garante que lhe amamos com obras e de verdade. O amor não é só um sentimento, senão que —também— pede obras, obras de amor, viver o duplo preceito da caridade.


Jesus nos ensina a malicia do escândalo: «Quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus» (Mt 5,19). ‘Eu conheço a Deus’, mas não observa os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele» (1Jo2,4).


Também ensina a importância do bom exemplo: «Quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus» (Mt 5,19). O bom exemplo é o primeiro elemento do apostolado cristão.


Pensamentos para o Evangelho de hoje

«Um mandato, por mais suave que seja, torna-se duro quando imposto por um coração tirânico e cruel, mas torna-se fácil quando é o Amor quem o ordena» (São Francisco de Sales)


«A lei é a sabedoria. A sabedoria é a arte de ser homem, a arte de poder viver bem e poder morrer bem. E só se pode viver e morrer bem quando a verdade foi recebida e quando a verdade nos mostra o caminho» (Bento XVI)


«O cumprimento perfeito da Lei só podia ser obra do divino Legislador, nascido sujeito à Lei na pessoa do Filho (362). Em Jesus, a Lei já não aparece gravada em tábuas de pedra, mas ‘no íntimo do coração’ (Jr 31,33) (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 580)

Fonte https://evangeli.net/


A LEI DE MOISÉS Mt 5,17-19

HOMILIA


Estamos diante de um texto que relaciona a Lei e os Profetas com o Reino dos Céus. Na primeira parte, vemos o cumprimento da Lei e dos Profetas na pessoa de Jesus Cristo.  Num tom severo, Jesus dirigindo-se aos Cristãos vindos do Judaísmo diz que n’ele toda a lei e os profetas encontram a perfeição.


E por outra, com num repetido contraste, Jesus abre o coração do seu discurso sobre a verdadeira justiça. O problema da justiça farisaica tinha sido levantado abertamente e agora este pernicioso sistema será destruído metodicamente pelas penetrantes e autoritárias observações do Senhor.


Não foi demasiada devoção à lei que provocou o devastador ataque de Jesus aos fariseus, mas sim a falsidade, e a pouca devoção. Com hipocrisia arrogante eles haviam produzido uma paródia vazia da lei de Deus. Jesus rejeita essa ilusão e a expõe tal como é à luz da verdadeira e imutável justiça de Deus.


A atitude de Jesus em face da lei deve ser descrita como negativa. Os publicanos e os pecadores precedem os escribas e fariseus no reino dos céus (Mt 21, 28-32), e os pecadores arrependidos são melhores do que os justos que não têm arrependimento (escribas e fariseus, Lc 15, 1-10).


As bem-aventuranças não contêm nenhum elogio à observância da lei. O reconhecimento por parte do Pai celeste depende da confissão de Jesus. Assim, Jesus declara-se o senhor do sábado. O publicano arrependido é perdoado, ao passo que o fariseu justo não o é. Aqueles que se reconhecem pecadores, pedem perdão e obedecem a todas as ordens do seu senhor são servos inúteis que não fazem mais do que o seu dever sim, mas o seu senhor escutará as suas súplicas. Ao contrário  dos escribas e fariseus que apropriando-se da chave do reino dos céus, de modo que nem eles entram nem permitem que outros entrem. É necessário que o novo povo mude de atitudes diante da Lei. Pois esta em relação às palavras de Jesus assemelha-se a um remendo de pano novo colocado numa roupa velha, ou ao vinho novo guardado em odres velhos. Jesus, como filho do reino, está livre das obrigações impostas pela lei.


Ele não hesita em repetir e confirmar a lei e o tratamento que lhe dá aqui não tem nada da maneira rabínica; sua antítese é: “Dizia-se” e “Eu vos digo que isto é verdade: enquanto o céu e a terra durarem, nada será tirado da Lei – nem a menor letra, nem qualquer acento.” Portanto, n’Ele e com Ele todos os que professarem a Sua fé terão a vida salva. Alías, Ele é o Caminho, a Verdade, e a Vida.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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Primeira Leitura

Segunda Leitura

Salmo

Evangelho

Santo do dia

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