sábado, 4 de agosto de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Marcos 9,2-10 - 06.08.2018

Liturgia Diária

DIA 6 – SEGUNDA-FEIRA   
TRANSFIGURAÇÃO DO SENHOR

(branco – ofício da festa)

A transfiguração favorece aos discípulos a compreensão do mistério pascal do Senhor. Celebrada 40 dias antes da festa da Exaltação da Cruz, a festa de hoje manifesta o esplendor da vida divina presente em Jesus. Deixemo-nos transfigurar por ele.

Evangelho: Marcos 9,2-10

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos

– Naquele tempo, ²Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou sozinhos a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. ³Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar. 4Apareceram-lhe Elias e Moisés, e estavam conversando com Jesus. 5Então Pedro tomou a palavra e disse a Jesus: “Mestre, é bom ficarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. 6Pedro não sabia o que dizer, pois estavam todos com muito medo. 7Então desceu uma nuvem e os encobriu com sua sombra. E da nuvem saiu uma voz: “Este é o meu Filho amado. Escutai o que ele diz!” 8E, de repente, olhando em volta, não viram mais ninguém, a não ser somente Jesus com eles. 9Ao descerem da montanha, Jesus ordenou que não contassem a ninguém o que tinham visto, até que o Filho do homem tivesse ressuscitado dos mortos. 10Eles observaram essa ordem, mas comentavam entre si o que queria dizer “ressuscitar dos mortos”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br


Reflexão - Evangelho: Marcos 9,2-10
«Rabi, é bom ficarmos aqui»

Rev. D. Ignasi NAVARRI i Benet
(La Seu d'Urgell, Lleida, Espanha)

Hoje celebramos a solenidade da Transfiguração do Senhor. A montanha do Tabor, como a do Sinai, é o lugar da proximidade com Deus. É o espaço elevado, com respeito à existência diária onde se respira o ar puro da Criação. é o lugar da oração donde se está na presença do Senhor, como Moisés e Elias que aparecem com Jesus transfigurado falando com Ele sobre o Êxodo que lhe esperava em Jerusalém (ou seja, sua Páscoa).

«As suas vestes tornaram-se resplandecentes, de tal brancura que nenhum lavadeiro sobre a terra as poderia assim branquear» (Mc 9,3). Este fato simboliza a purificação da Igreja. E Pedro disse a Jesus: «Vamos fazer três cabanas, una para ti, outra para Moisés e outra para Elias» (Mc 9,5). Santo Agostinho comenta belamente que Pedro buscava três cabanas porque ainda não conhecia a unidade entre a Lei, a Profecia e o Evangelho.

«Nisto veio uma nuvem que os cobriu, e dela saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado; a ele ouvi» (Mc 9,7). A Transfiguração não é uma mudança em Jesus, e sim a Revelação de sua Divindade. Pedro, Santiago e João, contemplando a Divindade do Senhor, se preparam para afrontar o escândalo da Cruz. A Transfiguração é um antecipo da Ressurreição!

«Rabi, bom é nós estarmos aqui» (Mc 9,5). A Transfiguração nos recorda que as alegrias semeadas por Deus na vida não são pontos de chegada, e sim luzes que Ele nos dá na peregrinação terrena para que “Jesus só” seja nossa Lei, e sua Palavra seja o critério, o gozo e a bem-aventurança de nossa existência.

Que a Virgem Maria nos ajude a viver intensamente nossos momentos de encontro com o Senhor para que possamos seguir cada dia com alegria, e nos ajude a escutar e seguir sempre ao Senhor Jesus, até a paixão e a Cruz com intensão de participar também de sua Gloria.

© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors |


TRANSFIGURAÇÃO DE JESUS Mc 9,2-10
HOMILIA

A Festa da Transfiguração do Senhor remonta ao século V, no Oriente. Na Idade Média estendeu-se por toda Igreja Universal, especialmente com o Papa Calisto III.

Presente Pedro, João e Tiago Jesus se transfigura diante deles! Seu corpo ficou luminoso e resplandecentes as suas vestes. Com isto Jesus quis manifestar aos discípulos que Ele era realmente o Filho de Deus, enviado pelo Pai. Jesus é o cumprimento de todas as promessas de Deus; é Deus conosco, a manifestação da ternura e da misericórdia do Pai entre os homens. A sua paixão e morte não serão o fim, mas tudo recobrará sentido quando Deus Pai o ressuscitar e o fizer sentar à Sua direita, na Sua glória. Tudo isto é dito de uma maneira plástica – luz, brancura, glória, nuvem… que indicam a presença de Deus.

Jesus nos revela um Deus que surpreende. Fala da Glória. Todavia nos mostra que o caminho necessário para ela é o caminho da cruz, da paixão e morte, da entrega total de Sua vida pelo perdão dos pecados.

Já o profeta Daniel ficou surpreendido, de ver entrar na glória e receber uma realeza divina, com poder eterno, alguém semelhante a qualquer filho do homem. Mas teve que passar pela cova de leões.

Surpreendidos ficaram também os três apóstolos no Tabor ao verem Jesus tão divinamente transfigurado, estando precisamente a rezar preocupado, como qualquer homem, com o que ia sofrer em Jerusalém.

Na liturgia de hoje, o Evangelista refere que Jesus levou consigo Pedro, Tiago e João a um monte elevado e se transfigurou diante deles, tornando-se resplandecente de tal brancura que «lavadeiro algum da terra poderia branquear as suas vestes assim». É neste mistério de luz que hoje a liturgia nos convida a fixar o nosso olhar. No rosto transfigurado de Jesus brilha um raio da luz divina que Ele conservava no seu íntimo. Esta mesma luz resplandecerá no rosto de Cristo no dia da Ressurreição. Neste sentido, a Transfiguração manifesta-se como uma antecipação daquilo que nós nos revestiremos quando tudo se consumar em todos. Aí sim celebraremos o mistério pascal.

A Transfiguração convida-nos a abrir os olhos do coração para o mistério da luz de Deus, presente em toda a história da salvação. Já no início da criação, o Todo-Poderoso diz: «Faça-se a luz!» (Gn 1, 3), e verifica-se a separação entre a luz e as trevas. Como as outras criaturas, a luz é um sinal que revela algo de Deus: é como o reflexo da sua glória, que acompanha as suas manifestações. Quando Deus aparece, «o seu esplendor é como a luz, das suas mãos saem raios» (Hab 3, 4 s.). Como se afirma nos Salmos, a luz é o manto com que Deus se reveste (cf. Sl 104, 2). No Livro da Sabedoria, o simbolismo da luz é utilizado para descrever a própria essência de Deus: a sabedoria, efusão da glória de Deus, é «um reflexo da luz eterna», superior a todas as luzes criadas (cf. Sb 7, 26.29 s.). No Novo Testamento, é Cristo que constitui a plena manifestação da luz de Deus. A sua Ressurreição aboliu para sempre o poder das trevas do mal.

Com Cristo ressuscitado a verdade e o amor triunfam sobre a mentira e o pecado. Nele, a luz de Deus já ilumina definitivamente a vida dos homens e o percurso da história. «Eu sou a luz do mundo afirma Ele no Evangelho Quem me segue não caminhará nas trevas, mas terá a luz da vida» (Jo 8, 12).

Marcos no Evangelho de hoje recorrendo a elementos simbólicos do Antigo Testamento, faz uma catequese sobre Jesus, o Filho amado de Deus, que vai concretizar o seu projeto libertador em favor dos homens através do dom da vida. A ti que muitas vezes estás, desanimado e assustado, Jesus diz: o caminho do dom da vida não conduz ao fracasso, mas à vida plena e definitiva. Segui-l’O é a garantia da vitória final.

Portanto, neste segundo Domingo da Quaresma, a Palavra de Deus define o caminho que o verdadeiro discípulo deve seguir para chegar à vida nova. E este não é senão o caminho da escuta atenta de Deus e dos seus projetos, o caminho da obediência total e radical aos planos do Pai.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


Leia também:


Nenhum comentário:

Postar um comentário