domingo, 19 de agosto de 2018

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 23,1-12 - 25.08.2018

Liturgia Diária

DIA 25 – SÁBADO   
20ª SEMANA COMUM

(verde – ofício do dia da 4ª semana do saltério)

A glória do Senhor se revela onde há verdade e amor, justiça e paz. A comunidade de Jesus é formada por irmãos e irmãs, entre os quais não há distinções baseadas no saber e nas funções de cada um.

Evangelho: Mateus 23,1-12

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus

– Naquele tempo, 1Jesus falou às multidões e aos seus discípulos: 2“Os mestres da lei e os fariseus têm autoridade para interpretar a lei de Moisés. 3Por isso, deveis fazer e observar tudo o que eles dizem. Mas não imiteis suas ações! Pois eles falam e não praticam. 4Amarram pesados fardos e os colocam nos ombros dos outros, mas eles mesmos não estão dispostos a movê-los nem sequer com um dedo. 5Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços e põem na roupa longas franjas. 6Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas. 7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de mestre. 8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de mestre, pois um só é vosso mestre e todos vós sois irmãos. 9Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é o vosso guia, Cristo. 11Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado”.

– Palavra da salvação.

Fonte https://www.paulus.com.br/


Reflexão - Evangelho: Mateus 23,1-12
«Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus Cristo chama-nos novamente à humildade, é um convite para situarmos no lugar certo, que nos pertence: «Quanto a vós, não vos façais chamar de ‘rabi’, (...). Não chameis a ninguém na terra de ‘pai’, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. Não deixeis que vos chamem de ‘guia’, pois um só é o vosso Guia, o Cristo» (Mt 23,8-10). Antes de nos apropriar de todos esses títulos, procuremos dar graças a Deus, por tudo o que temos e que recebemos dele.

Como diz São Paulo, «Que tens que não tenhas recebido? Mas, se recebeste tudo que tens, por que, então, te glorias, como se não o tivesses recebido?» (I Cor 4,7). De maneira que, quando tenhamos consciência de ter agido corretamente, faremos bem em repetir: «Somos simples servos, fizemos o que devíamos fazer» (Lc 17,10).

O homem moderno padece de uma lamentável amnésia: vivemos e agimos como se fôssemos, nós mesmos, os autores da vida e os criadores do mundo. Ao contrário disto, Aristóteles provoca admiração, ele quem na sua teologia natural —desconhecia o conceito de "criação" (noção conhecida naqueles tempos somente pela Divina Revelação), ao menos, tinha claro que este mundo dependia da Divindade (a "causa incausada"). João Paulo II chama-nos a conservar a memória da dívida que temos contraída com nosso Deus: «É preciso que o homem dê honra ao Criador, oferecendo-lhe, em ação de graças e louvores, tudo o que dele tem recebido. O homem não pode perder o sentido desta dívida, que somente Ele, dentre todas as outras realidades terrestres, pode reconhecer».

Alem do mais, pensando na vida sobrenatural, nossa colaboração — Ele não fará nada sem nossa autorização, sem nosso esforço!— consiste em não perturbar o trabalho do Espírito Santo: Deixar Deus fazer! Que a santidade não a "fabricamos" nós, mas Ele a outorga, Ele que é Mestre, Pai e Guia. Em todo caso, se acreditamos que somos e temos algo, esforcemo-nos em colocá-lo ao serviço dos outros: «o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve» (Mt 23,11).

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JESUS E A HEMIPARESIA FARISAICA Mt 23,1-12
HOMILIA

Estamos na liturgia de hoje, diante de uma critica a religião falseada pela ausência de ética verdadeira, o culto fantasiado em ritos que não expressam a experiência de Deus e a sua soberana vontade.  Somente a vivência da Aliança garante unir comportamento e culto, vida e religião, moral e mística.  Esta fidelidade à Aliança é a pregação profética dirigida aos sacerdotes e a crítica de Jesus aos escribas e fariseus.

Jesus denuncia a hipocrisia dos que se consideram mestres em Israel porque, conhecendo a crítica dos profetas, apresentam-se como justos, isto é, observantes, unindo a vida ao culto, mas, na realidade, atraem com sua observância a atenção dos homens para si mesmos e não para Deus, ao buscarem a admiração e o reconhecimento como pessoas dignas de honra.

A hipocrisia, portanto, diz respeito, ainda que de forma subtil, também à incoerência entre religião e ética, expressando a não autenticidade do culto ou de vida, quando há observância.  Jesus se mostrou intransigente contra a hipocrisia farisaica até porque atinge a fé na sua pessoa e no seu ministério.  Só foi intolerante, em relação aos pecadores, contra os escribas e fariseus.  Para convocá-los e denunciar-lhes a dureza de coração, afirma que os publicanos e as prostitutas os precediam no Reino de Deus (Mt 21,31).  Em contrapartida, a hostilidade deles confirma que a hipocrisia é o pior obstáculo a impedir o caminho salvífico proposto por Jesus que supõe o assentimento da fé.

Jesus que é a Luz se torna, paradoxalmente, a cegueira do fariseu ao desvendar-lhe a hipocrisia.  Podemos, portanto, afirmar que se trata de um visar os próprios interesses e a não os de Deus, ainda que aparentemente afirmando-os, impossibilitou, espantosamente, que homens religiosos e de estrita observância reconhecessem o Messias por eles esperado, e favoreceu que impedissem à muitos de reconhecê-lo.

     Por ser o ideal cristão muito elevado a nossa justiça deve exceder a dos escribas e dos fariseus e temos de ser perfeitos como o Pai celeste é perfeito. Os fiéis de Cristo independentemente da busca sincera ou não de coerência, podem ser vistos ou podem se ver como hipócritas, isto é, merecedores da repreensão de Jesus: fazei e observai tudo quanto vos disserem.  Mas não imiteis as suas ações, pois dizem e não fazem.  Entretanto, há que se distinguir.  Uma coisa é não buscar a coerência de vida entre o que se crê e o que se celebra, fantasiando a religião, ritualizando os sacramentos, esvaziando a fé de seus compromissos.  Outra coisa é admitir a condição do homem fraco, falível e pecador que, mesmo buscando avidamente a coerência, descobre-se sempre em defasagem entre a mensagem e suas exigências e, por isso, vive a fé com humildade, em estado permanente de conversão e de busca constante do verdadeiro rosto de Deus.

Fonte https://homilia.cancaonova.com/


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