Liturgia Diária
DIA 12 – DOMINGO
19º DO TEMPO COMUM
(verde – 3ª semana do saltério)
A liturgia nos reúne em torno de Jesus, pão descido do céu. Sempre solidário a nós no longo caminho que temos a percorrer, o Senhor quer nos alimentar com o pão da imortalidade que é ele próprio. A Eucaristia é a oblação e o sacrifício que formam em nós um coração de filhos e filhas dispostos a viver no amor e superar toda forma de desunião. Celebremos em comunhão com as famílias e, especialmente, com os pais neste seu dia.
Evangelho: João 6,41-51
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João
– Naquele tempo, 41os judeus começaram a murmurar a respeito de Jesus, porque havia dito: “Eu sou o pão que desceu do céu”. 42Eles comentavam: “Não é este Jesus o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como então pode dizer que desceu do céu?” 43Jesus respondeu: “Não murmureis entre vós. 44Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído vem a mim. 46Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo, quem crê possui a vida eterna. 48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.
– Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: João 6,41-51
«Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrair»
Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet
(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)
Hoje, o Evangelho apresenta o desconcerto que a presença de Jesus causou em seus compatriotas: «Este não é Jesus, o filho de José? Não conhecemos nós o seu pai e a sua mãe? Como pode, então, dizer que desceu do céu?» (Jo 6, 42). A vida de Jesus entre os seus foi tão normal que, ao começar a Proclamação do Reino, aqueles que O conheciam se escandalizaram do que então lhes dizia.
De que Pai lhes falava Jesus que ninguém havia visto? Que pão descido do céu era esse que aqueles que o comessem viveriam para sempre? Ele negava que fosse o maná do deserto porque, os que o comeram, morreram. «E o pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo» (Jo 6, 51). Sua carne poderia ser um alimento para nós? O desconcerto que Jesus provocava entre os judeus pode também se dar entre nós se nós não nos respondermos a uma pergunta central para nossa vida cristã: Quem é Jesus?
Muitos homens e mulheres, antes que nós, se fizeram esta pergunta, a responderam de uma forma pessoal, foram a Jesus, O seguiram e agora desfrutam de uma vida sem fim e plena de amor. E aos que vão a Jesus, Ele os ressuscitará no último dia (cf. Jo 6, 44). João Cassiano exortava seus monges dizendo-lhes: «‘Aproximai-vos a Deus, e Deus se aproximará de vós’, porque ‘ninguém pode ir a Jesus se o Pai que O enviou não o atrai’ (...). No Evangelho escutamos ao Senhor que nos convida a ir até Ele: ‘Vinde a Mim todos os que estais cansados e esgotados, e eu os farei repousar’». Acolhamos a Palavra do Evangelho que nos aproxima a Jesus cada dia; acolhamos o convite do próprio Evangelho de entrar em comunhão com Ele comendo sua carne, porque «este é o verdadeiro alimento, a carne de Cristo, o qual, sendo a Palavra, fez-se carne para nós» (Orígenes).
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors
O PÃO DA VIDA Jo 6,41-51
HOMILIA
“Eu sou o pão da vida.” Esta afirmação é categórica, direta e conclusiva. Usando de uma metáfora, baseada no Antigo Testamento, quando os Hebreus estavam no Deserto e Deus os alimentava com o maná vindo do céu, Jesus encerra qualquer dúvida quanto à fonte da vida: Ele próprio é o que dá vida.
O pão na época era um dos alimentos mais importantes e consumidos, e até hoje ainda é, e por isso usado como referencial, mas trata-se de qualquer alimento. Ora, se o que eles estavam acostumados era o que os alimentava, que dava força para o trabalho, logo o pão era imprescindível para o sustento do corpo. Jesus, entretanto, não se referiu ao corpo físico, Ele era o que alimentava a vida, o que é a vida se não nossas ações, nosso coração, nossas intenções? Jesus queria ser alimento nestes aspectos. Quantas vezes procuramos saciar nossa fome de alegria, de amor, de paz, e buscamos em tantos lugares, quando que só podemos ser saciados com Jesus. Ele é o único que dá vida em abundância, com Ele nunca teremos fome ou sede, mas é fome de paz, amor, alegria, justiça, verdade.
Jesus sabia que o povo estava atrás dele por causa do milagre dos pães. Sabia também que queriam fazê-lo rei, mas o seu reino não é deste mundo, e o que ele lhes propõe é que trabalhem pelo alimento que permanece para a vida eterna. Este trabalho é a obra de Deus, a evangelização que Jesus realiza e que nós devemos continuar. Este trabalho consiste em fazer a vontade do Pai, Consiste em dar vida, para salvar este mundo do pecado para que todos, de preferência, mereçam um dia a vida eterna. Aqueles homens ainda incrédulos e apegados às suas tradições, pedem, exigindo que Jesus faça milagres, sinais espetaculares, como os milagres de Moisés com o maná no deserto. Contudo, esta tradição do maná (“pão”) caído do céu está superada. O maná, assim como o nosso feijão com arroz de hoje, é alimento para um só dia, e não salva ninguém da morte. Todos os que comeram o maná, vieram a morrer mais tarde. O que nós precisamos fazer, segundo a explicação de Jesus hoje, é buscar o verdadeiro pão caído do céu que é Jesus, aquele que se fez alimento para a nossa salvação e que nos foi dado pelo Pai, porque esse é o alimento que permanece para a vida eterna, esse é o alimento que nos guarda para a vida eterna. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue terá a vida eterna” “Quem come a minha carne viverá em mim e eu nele”
É esse o alimento que devemos procurar com todas as nossas forças e com todo o nosso empenho, pois é ele que vai nos fazer merecedores da vida no paraíso preparado para nós por Deus Pai.
É importante que estejamos preparados para receber este alimento da nossa alma, procurando praticar os ensinamentos de Cristo, e evitando o pecado. Na verdade, nunca estamos merecendo receber o corpo e o sangue de Cristo. O máximo que conseguimos é ficar menos indignos para comungar. Por isso é sempre indispensável um exame de nossa consciência antes de nos levantar do banco e entrar na fila da comunhão. Pois para receber o Pão da vida é preciso estar em estado de graça, e se não estiver, será preciso fazer uma confissão. Caso contrário, receber a hóstia consagrada indignamente é comer a nossa própria condenação. Por isso é preferível não comungar naquela missa, e depois procurar um sacerdote, para que na próxima missa estejamos na fila da comunhão com a consciência tranqüila.
Na carta de Paulo aos efésios, nós vimos que aquele que crê em Jesus é transformado num homem novo, criado à imagem de Deus, na verdadeira justiça e santidade. Pois é o próprio Jesus que nos garante: ” Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede.”
O pão descido do céu é Jesus concebido no ventre de Maria, e que viveu, cerca de trinta anos, uma vida comum na sua cidade de origem; e, depois, cerca de três anos, em contato com as multidões revelando-lhes o Pai que o enviou. Doando-se a fim de comunicar a vida, consagrou-se à libertação de todos das opressões e da morte, levando a esperança de um mundo novo, pela prática do amor. Ser atraído por Jesus e crer nele é segui-lo, na adesão concreta ao projeto de Deus. Alimentar-se de Jesus é contemplá-lo e seguir seus passos, como na prefiguração de Elias. Na bondade, na compaixão e no perdão, na fraternidade comunitária e na solidariedade social, na busca da justiça e da paz, entra-se em comunhão com Jesus, pão da vida eterna.
Espírito de docilidade ao Pai, reforça minha disposição para acolher os ensinamentos divinos e colocar-me, resolutamente, na busca do Ressuscitado.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
DIA 12 – DOMINGO
19º DO TEMPO COMUM
(verde – 3ª semana do saltério)
A liturgia nos reúne em torno de Jesus, pão descido do céu. Sempre solidário a nós no longo caminho que temos a percorrer, o Senhor quer nos alimentar com o pão da imortalidade que é ele próprio. A Eucaristia é a oblação e o sacrifício que formam em nós um coração de filhos e filhas dispostos a viver no amor e superar toda forma de desunião. Celebremos em comunhão com as famílias e, especialmente, com os pais neste seu dia.
Evangelho: João 6,41-51
Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo João
– Naquele tempo, 41os judeus começaram a murmurar a respeito de Jesus, porque havia dito: “Eu sou o pão que desceu do céu”. 42Eles comentavam: “Não é este Jesus o filho de José? Não conhecemos seu pai e sua mãe? Como então pode dizer que desceu do céu?” 43Jesus respondeu: “Não murmureis entre vós. 44Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o atrai. E eu o ressuscitarei no último dia. 45Está escrito nos profetas: ‘Todos serão discípulos de Deus’. Ora, todo aquele que escutou o Pai e por ele foi instruído vem a mim. 46Não que alguém já tenha visto o Pai. Só aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. 47Em verdade, em verdade vos digo, quem crê possui a vida eterna. 48Eu sou o pão da vida. 49Os vossos pais comeram o maná no deserto e, no entanto, morreram. 50Eis aqui o pão que desce do céu: quem dele comer nunca morrerá. 51Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que eu darei é a minha carne dada para a vida do mundo”.
– Palavra da salvação.
Fonte https://www.paulus.com.br/
Reflexão - Evangelho: João 6,41-51
«Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o atrair»
Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet
(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)
Hoje, o Evangelho apresenta o desconcerto que a presença de Jesus causou em seus compatriotas: «Este não é Jesus, o filho de José? Não conhecemos nós o seu pai e a sua mãe? Como pode, então, dizer que desceu do céu?» (Jo 6, 42). A vida de Jesus entre os seus foi tão normal que, ao começar a Proclamação do Reino, aqueles que O conheciam se escandalizaram do que então lhes dizia.
De que Pai lhes falava Jesus que ninguém havia visto? Que pão descido do céu era esse que aqueles que o comessem viveriam para sempre? Ele negava que fosse o maná do deserto porque, os que o comeram, morreram. «E o pão que eu darei é a minha carne, entregue pela vida do mundo» (Jo 6, 51). Sua carne poderia ser um alimento para nós? O desconcerto que Jesus provocava entre os judeus pode também se dar entre nós se nós não nos respondermos a uma pergunta central para nossa vida cristã: Quem é Jesus?
Muitos homens e mulheres, antes que nós, se fizeram esta pergunta, a responderam de uma forma pessoal, foram a Jesus, O seguiram e agora desfrutam de uma vida sem fim e plena de amor. E aos que vão a Jesus, Ele os ressuscitará no último dia (cf. Jo 6, 44). João Cassiano exortava seus monges dizendo-lhes: «‘Aproximai-vos a Deus, e Deus se aproximará de vós’, porque ‘ninguém pode ir a Jesus se o Pai que O enviou não o atrai’ (...). No Evangelho escutamos ao Senhor que nos convida a ir até Ele: ‘Vinde a Mim todos os que estais cansados e esgotados, e eu os farei repousar’». Acolhamos a Palavra do Evangelho que nos aproxima a Jesus cada dia; acolhamos o convite do próprio Evangelho de entrar em comunhão com Ele comendo sua carne, porque «este é o verdadeiro alimento, a carne de Cristo, o qual, sendo a Palavra, fez-se carne para nós» (Orígenes).
© evangeli.net Associació Cultural M&M Euroeditors
O PÃO DA VIDA Jo 6,41-51
HOMILIA
“Eu sou o pão da vida.” Esta afirmação é categórica, direta e conclusiva. Usando de uma metáfora, baseada no Antigo Testamento, quando os Hebreus estavam no Deserto e Deus os alimentava com o maná vindo do céu, Jesus encerra qualquer dúvida quanto à fonte da vida: Ele próprio é o que dá vida.
O pão na época era um dos alimentos mais importantes e consumidos, e até hoje ainda é, e por isso usado como referencial, mas trata-se de qualquer alimento. Ora, se o que eles estavam acostumados era o que os alimentava, que dava força para o trabalho, logo o pão era imprescindível para o sustento do corpo. Jesus, entretanto, não se referiu ao corpo físico, Ele era o que alimentava a vida, o que é a vida se não nossas ações, nosso coração, nossas intenções? Jesus queria ser alimento nestes aspectos. Quantas vezes procuramos saciar nossa fome de alegria, de amor, de paz, e buscamos em tantos lugares, quando que só podemos ser saciados com Jesus. Ele é o único que dá vida em abundância, com Ele nunca teremos fome ou sede, mas é fome de paz, amor, alegria, justiça, verdade.
Jesus sabia que o povo estava atrás dele por causa do milagre dos pães. Sabia também que queriam fazê-lo rei, mas o seu reino não é deste mundo, e o que ele lhes propõe é que trabalhem pelo alimento que permanece para a vida eterna. Este trabalho é a obra de Deus, a evangelização que Jesus realiza e que nós devemos continuar. Este trabalho consiste em fazer a vontade do Pai, Consiste em dar vida, para salvar este mundo do pecado para que todos, de preferência, mereçam um dia a vida eterna. Aqueles homens ainda incrédulos e apegados às suas tradições, pedem, exigindo que Jesus faça milagres, sinais espetaculares, como os milagres de Moisés com o maná no deserto. Contudo, esta tradição do maná (“pão”) caído do céu está superada. O maná, assim como o nosso feijão com arroz de hoje, é alimento para um só dia, e não salva ninguém da morte. Todos os que comeram o maná, vieram a morrer mais tarde. O que nós precisamos fazer, segundo a explicação de Jesus hoje, é buscar o verdadeiro pão caído do céu que é Jesus, aquele que se fez alimento para a nossa salvação e que nos foi dado pelo Pai, porque esse é o alimento que permanece para a vida eterna, esse é o alimento que nos guarda para a vida eterna. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue terá a vida eterna” “Quem come a minha carne viverá em mim e eu nele”
É esse o alimento que devemos procurar com todas as nossas forças e com todo o nosso empenho, pois é ele que vai nos fazer merecedores da vida no paraíso preparado para nós por Deus Pai.
É importante que estejamos preparados para receber este alimento da nossa alma, procurando praticar os ensinamentos de Cristo, e evitando o pecado. Na verdade, nunca estamos merecendo receber o corpo e o sangue de Cristo. O máximo que conseguimos é ficar menos indignos para comungar. Por isso é sempre indispensável um exame de nossa consciência antes de nos levantar do banco e entrar na fila da comunhão. Pois para receber o Pão da vida é preciso estar em estado de graça, e se não estiver, será preciso fazer uma confissão. Caso contrário, receber a hóstia consagrada indignamente é comer a nossa própria condenação. Por isso é preferível não comungar naquela missa, e depois procurar um sacerdote, para que na próxima missa estejamos na fila da comunhão com a consciência tranqüila.
Na carta de Paulo aos efésios, nós vimos que aquele que crê em Jesus é transformado num homem novo, criado à imagem de Deus, na verdadeira justiça e santidade. Pois é o próprio Jesus que nos garante: ” Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede.”
O pão descido do céu é Jesus concebido no ventre de Maria, e que viveu, cerca de trinta anos, uma vida comum na sua cidade de origem; e, depois, cerca de três anos, em contato com as multidões revelando-lhes o Pai que o enviou. Doando-se a fim de comunicar a vida, consagrou-se à libertação de todos das opressões e da morte, levando a esperança de um mundo novo, pela prática do amor. Ser atraído por Jesus e crer nele é segui-lo, na adesão concreta ao projeto de Deus. Alimentar-se de Jesus é contemplá-lo e seguir seus passos, como na prefiguração de Elias. Na bondade, na compaixão e no perdão, na fraternidade comunitária e na solidariedade social, na busca da justiça e da paz, entra-se em comunhão com Jesus, pão da vida eterna.
Espírito de docilidade ao Pai, reforça minha disposição para acolher os ensinamentos divinos e colocar-me, resolutamente, na busca do Ressuscitado.
Fonte https://homilia.cancaonova.com/
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