terça-feira, 9 de julho de 2024

LITURGIA E HOMILIA DIÁRIA - Evangelho: Mateus 10:16-23 - 12.07.2024

 Liturgia Diária


12 – SEXTA-FEIRA 

14ª SEMANA DO TEMPO COMUM


(verde – ofício do dia)



Evangelho: Mateus 10:16-23

"Senhor, envia-nos como ovelhas entre lobos; concedei-nos prudência e simplicidade. Que o Espírito fale por nós em tempos de perseguição. Perseveremos na fé, suportando o ódio, e encontremos salvação na vossa promessa. Amém."


Mateus 10:16-23 (Bíblia de Jerusalém)

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:

16. “Eis que eu vos envio como ovelhas no meio de lobos. Sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas.

17. Cuidado com os homens, pois eles vos entregarão aos tribunais e vos açoitarão nas suas sinagogas.

18. E sereis levados à presença de governadores e reis, por causa de mim, para dar testemunho diante deles e dos gentios.

19. Quando vos entregarem, não vos preocupeis em como ou o que haveis de falar; porque vos será dado naquele momento o que haveis de falar.

20. Porque não sois vós que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós.

21. O irmão entregará à morte o irmão, e o pai, o filho; os filhos se levantarão contra os pais e os matarão.

22. E sereis odiados de todos por causa do meu nome; mas quem perseverar até o fim, esse será salvo.

23. Quando, porém, vos perseguirem numa cidade, fugi para outra; em verdade vos digo: não acabareis de percorrer as cidades de Israel, até que venha o Filho do Homem. Palavra da Salvação.


Reflexão:

"Quem perseverar até o fim, esse será salvo." (Mateus 10,22)


Assim como o Cristo advertiu seus discípulos, a sabedoria estoica nos ensina a manter a serenidade diante das adversidades. A perseguição e o sofrimento são inevitáveis, mas a virtude reside em nossa resposta a eles. Devemos ser prudentes e simples, confiando na razão divina que guia todas as coisas. A verdadeira coragem é manter a integridade moral mesmo quando confrontados com a injustiça. O ódio do mundo é um teste à nossa capacidade de perseverar na virtude. Em cada desafio, encontramos uma oportunidade para praticar a sabedoria e a compaixão, sabendo que a verdadeira salvação está em viver de acordo com a natureza e a razão universal.


HOMILIA

A Perseverança na Verdade


Amados irmãos e irmãs,


Hoje refletimos sobre um trecho do Evangelho de Mateus que nos fala da missão desafiadora dos discípulos de Cristo. Somos enviados como ovelhas entre lobos, convocados a ser prudentes como serpentes e simples como pombas. Essa dualidade de prudência e simplicidade é uma lição profunda sobre como devemos navegar pelo mundo.

A prudência nos guia a agir com sabedoria, a discernir as circunstâncias e a tomar decisões que preservem a nossa integridade e segurança. A simplicidade, por outro lado, nos chama a pureza de coração, à transparência de nossas ações e à autenticidade de nossa fé. Somos desafiados a manter um equilíbrio delicado entre essas duas virtudes, especialmente quando confrontados com a oposição e a perseguição.

O Evangelho nos adverte sobre os inevitáveis conflitos que enfrentaremos ao seguir a Cristo. Seremos entregues aos tribunais, açoitados e levados à presença de governadores e reis. Em momentos de tamanha provação, a mensagem é clara: não temais. Não vos preocupeis com o que haveis de falar, pois o Espírito de Deus falará por nós. Esta confiança na providência divina é fundamental. Devemos acreditar que, em nossa fragilidade, a força de Deus se manifesta.

A divisão dentro das famílias e o ódio por causa do nome de Cristo são provas dolorosas de nossa jornada espiritual. No entanto, é nesse contexto de sofrimento e rejeição que somos chamados a perseverar. A perseverança até o fim é a marca do verdadeiro discípulo. Não é a ausência de conflitos que define nossa fé, mas sim a nossa capacidade de permanecer firmes e fiéis no meio das tempestades da vida.

A promessa de salvação está reservada àqueles que, apesar de todas as adversidades, mantêm sua fé inabalável. Devemos buscar refúgio na certeza de que cada prova é uma oportunidade para reafirmar nossa confiança em Deus e fortalecer nosso espírito. Fugir de uma cidade para outra, quando perseguido, não é sinal de covardia, mas de uma estratégia prudente para continuar a missão sem comprometer nossa integridade.

Concluímos nossa reflexão com a certeza de que, seguindo os passos de Cristo, encontramos a verdadeira paz e segurança. Que possamos, com coragem e determinação, perseverar na verdade e na fé, certos de que a salvação nos aguarda ao final de nossa jornada.


Amém.


EXPLICAÇÃO

"Quem perseverar até o fim, esse será salvo." (Mateus 10,22)


A frase "Quem perseverar até o fim, esse será salvo." (Mateus 10,22) contém uma profundidade espiritual e uma chamada à ação que ressoam através dos séculos. Para entender plenamente essa passagem, devemos explorar seu contexto, seu significado teológico e suas implicações práticas para a vida cristã.


Contexto


No contexto do Evangelho de Mateus, Jesus está instruindo seus discípulos sobre as dificuldades que enfrentarão ao pregar a mensagem do Reino de Deus. Ele os alerta sobre perseguições, traições e ódio por causa de seu nome. Esse aviso não é apenas uma preparação para os desafios imediatos, mas também uma preparação para as futuras gerações de cristãos que enfrentarão situações similares.


Significado Teológico


1. Perseverança na Fé: A perseverança mencionada por Jesus refere-se à constância e firmeza na fé, mesmo diante das adversidades. Na teologia cristã, a fé não é apenas uma crença intelectual, mas uma confiança viva e ativa em Deus que se mantém mesmo quando confrontada por dificuldades.


2. Prova de Autenticidade: A perseverança é a prova da autenticidade da fé. Aqueles que continuam firmes em sua devoção e lealdade a Cristo, independentemente das circunstâncias, demonstram que sua fé é genuína. Essa perseverança não é uma obra humana isolada, mas é sustentada pela graça de Deus e pela força do Espírito Santo.


3. Salvação Escatológica: A promessa de salvação no fim dos tempos é um tema central no Novo Testamento. Jesus promete que aqueles que perseverarem até o fim serão salvos, referindo-se à salvação final e completa que será plenamente realizada no Reino de Deus. Essa salvação é tanto uma realidade presente, através da redenção e santificação, quanto uma esperança futura, aguardando a plena manifestação na segunda vinda de Cristo.


Implicações Práticas


1. Resiliência e Coragem: Os cristãos são chamados a enfrentar as dificuldades com resiliência e coragem. As perseguições e provações são inevitáveis, mas a promessa de salvação nos encoraja a não desistir. A fé cristã não é uma jornada fácil, mas é sustentada pela esperança e pela certeza da vitória final em Cristo.


2. Viver na Graça: Perseverar até o fim é possível somente através da graça de Deus. Devemos buscar constantemente a força e a orientação do Espírito Santo, cultivando uma vida de oração, sacramentos e comunhão com outros crentes. É na comunidade de fé que encontramos apoio e encorajamento para seguir em frente.


3. Testemunho Fiel: A perseverança até o fim também implica um testemunho fiel. Nossa vida deve refletir os valores do Reino de Deus, mesmo quando confrontados por um mundo que pode ser hostil aos princípios cristãos. Nosso comportamento, palavras e ações devem ser uma luz que aponta para Cristo e sua mensagem de amor e redenção.


Reflexão Final


"Quem perseverar até o fim, esse será salvo" é um chamado à fé inabalável e à esperança perseverante. Jesus não promete uma vida livre de problemas, mas garante que aqueles que se mantiverem firmes na fé serão recompensados com a salvação eterna. Essa promessa nos convida a confiar plenamente em Deus, a buscar sua graça incessantemente e a viver de maneira que nossa fé seja um testemunho constante da presença e do poder de Cristo em nossas vidas.


Amém.

Leia também: LITURGIA DA PALAVRA

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